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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS


COLEGIADO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

A formação de renda em David Ricardo

Trabalho acadêmico apresentado como


instrumento avaliativo para a disciplina de
Economia Política (teórica T02) do Curso de
Ciências Econômicas da Universidade
Estadual de Santa Cruz.
Docente: Zilney Matos de Almeida

Discente: Lucas Lemos Sousa

Ilhéus, BA
JUL. /2023
Resumo

David Ricardo foi um economista clássico do século XIX cujas ideias tiveram grande
influência na teoria econômica. Uma de suas contribuições mais importantes é a teoria da renda
de Ricardo, que estuda a formação da renda em uma economia, com ênfase na interação entre
terra e trabalho. Ricardo acreditava que a renda da terra era determinada pela produtividade
marginal da terra. Ele disse que, à medida que a população aumentava e a necessidade de
alimentos aumentava, também aumentava a necessidade de cultivar terras menos férteis. O
resultado foi um aumento nos custos de produção, principalmente na agricultura, o que levou ao
aumento dos preços dos alimentos. A diferença entre o custo de produção em terras marginais e
o preço de mercado dos alimentos é o que Ricardo chamou de renda da terra. Para entender
melhor essa ideia, considere o conceito de terra fértil marginal.

Na economia, existem diferentes tipos de terras disponíveis para a agricultura, com graus
variados de fertilidade e produtividade. As terras mais férteis e produtivas costumavam ser
colhidas primeiro e, com o aumento da demanda por alimentos, tornou-se necessário cultivar
terras menos férteis e menos produtivas. Segundo Ricardo, o aluguel da terra é uma forma de
renda não produtiva porque nada tem a ver com trabalho humano ou capital investido. Este é o
rendimento gerado pela relativa escassez de terras férteis em comparação com as necessidades
alimentares. Essa renda é obtida pelos proprietários de terras, que podem receber aluguéis mais
altos porque suas terras são relativamente mais produtivas. Com relação à distribuição de renda,
Ricardo sugeriu que os proprietários deveriam ser os principais receptores da renda da terra,
enquanto os trabalhadores receberiam apenas o suficiente para viver, um "salário de
subsistência".

Ele argumentou que a oferta de trabalho aumentaria devido ao crescimento populacional, o


que manteria os salários no nível mínimo necessário para sustentar os trabalhadores. Assim, as
rendas da terra seriam um meio de transferência de recursos dos trabalhadores para os
proprietários. As opiniões de Ricardo sobre a distribuição de renda geraram críticas e debates ao
longo dos anos. Muitos argumentam que os salários não estão intimamente relacionados aos
padrões de vida e que a dinâmica da formação da renda é mais complexa do que Ricardo sugere.
Além disso, outros fatores como tecnologia, capital humano e instituições econômicas também
influenciam a geração de renda de uma economia.

Apesar de suas críticas, a teoria da renda de Ricardo ainda oferece uma valiosa contribuição
para a compreensão da geração de renda e alocação de recursos em economia. Enfatiza a
importância da produtividade da terra na determinação da distribuição de renda e recursos entre
os diferentes atores econômicos. No entanto, é importante considerar outras perspectivas e
abordagens obtenha uma compreensão mais completa e abrangente da geração de renda e
alocação de recursos na economia atual.

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