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O PROFESSOR

Fabiano Sossai

Engenheiro Civil, MSc. Geotecnia Analítica e Experimental – UFV


Coordenador do setor de geotecnia da POTAMOS
18 anos de experiência em:
Avaliação de segurança de barragens
Geotecnia de mineração
Projetos de barragens
ALUNOS
• Nome

• Formação acadêmica

• Experiência profissional

• Motivação para fazer a pós em Engenharia Geotécnica


CONTEÚDO DA
MATÉRIA
CONTEÚDO
• Classificação das barragens quanto ao uso e materiais envolvidos
• Principais usos
• Materiais utilizados em construção de barragens
• Tipos de barragens
• Plano Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) Lei 12.334/2010 e recentes
modificações
CONTEÚDO
• Análise de critérios de projeto para definição do eixo da barragem
• Condicionantes locacionais
• Finalidade;
• Questões políticas e sociais;
• Hidrologia;
• Topografia;
• Geologia/ geotecnia;
• Materiais de construção;
CONTEÚDO
• Caracterização de materiais para estruturas de barragens de terra
• Caracterização da região de implantação/ fundação;
• Investigações dos materiais disponíveis;
• Tipos de investigações;
• Parâmetros dos materiais;
CONTEÚDO
• Métodos executivos de construção
• Etapas para execução de barragens de terra e enrocamento;
• Controle de qualidade da obra;
CONTEÚDO
• Tratamento de fundações de barragens
• Principais tipos de tratamentos de fundação de barragem
CONTEÚDO
• Dimensionamento de filtros e sistemas de drenagem
• O que é e para que serve?
• Histórico;
• Características;
• Metodologia de cálculo;
• Exemplos/ exercícios;
• Características construtivas;
• Resumo.
CONTEÚDO
• Análise da estabilidade, percolação e de tensão-deformação em
barragens de terra.
• Conceitos básicos;
• Parâmetros;
• Modelos de análise;
• Modelagem numérica;
• Prática.
CONTEÚDO
• Monitoramento e instrumentação em barragens de terra
• Importância do monitoramento;
• Tipos de instrumentos e suas utilizações;
• Exemplos de instrumentação de barragens de terra;
• Monitoramento do comportamento dos instrumentos e Cartas de Risco.
CONTEÚDO
• Barragens de enrocamento
• Definição;
• Usos;
• Requisitos da fundação.
AVALIAÇÃO
• 90%: ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE UM PROJETO DE
BARRAGEM;

• 10%: PARTICIPAÇÃO EM SALA DE AULA.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8044: projeto geotécnico. Rio de Janeiro, 1983;

• BOURDEAUX, G.R.M. Curso de projeto e construção de barragens de terra e enrocamento. São Paulo:
Instituto de Engenharia de São Paulo, 1978;

• BRAJA, M D. Fundamentos de engenharia geotécnica. 6. ed. Sacramento: Thonson Canada, 2006;

• BUREAU OF RECLAMATION. Design of small dams. 3. ed. Denver: A Water Resources Technical
Publications, 1987;

• CRUZ, P.T. 100 barragens brasileiras. São Paulo: Oficina de Textos-Fapesp, 1996;

• SILVEIRA, J. F. A. Instrumentação e Segurança de Barragens de Terra e Enrocamento. São Paulo: Oficina de


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• GAIOTO, N. Barragens de terra e enrocamento. São Carlos: Escola de Eng. de São Carlos, 1979;

• MARSAL, R.J.; NUÑEZ, D.R. Presas de tierra y enrocamento. México: Limusa, 1983. SILVEIRA, J.F.A.
Instrumentação e segurança de barragens de terra e enrocamento. São Paulo: Oficina de Textos, 2005;

• COOKE, J. B. Rockfill and Rockfill Dams, Stan Wilson Memorial Lecture, Univ. of Washington, 1990;

• Davis, C. V, e Sorensen, K. E. (1974) “Concrete face rockfill dam”, Ch. 19, I.C. Steel and J.B. Cooke, eds.,
Handbook of Applied Hydraulics, 3rd Ed., McGraw Hill Book Co. Inc., New York.

• CEDERGREN, H. R. (1967) “Seepage, Drainage and Flow Nets”, John Wiley & Sons, Inc., New York.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS. Desvio de grandes rios brasileiros. Publicação interna. 193p., 2009;

• COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS. Main Brazilian Dams: Design, Construction and Performance.
Volume I. Novo Grupo Editora, São Paulo. 653p., 1982.

• COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS. Main Brazilian Dams: Design, Construction and Performance.
Volume II. Publicação interna. 496p., 2000.

• COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS. Main Brazilian Dams: Design, Construction and Performance.
Volume III. Impressul, Santa Catarina. 440p., 2009.

• CRUZ, P.T.; MATERÓN, B.; FREITAS, M. Barragens de Enrocamento com Face de Concreto. Oficina de
Textos, São Paulo, SP, 2009, 448p.
BARRAGENS
USOS E TIPOS
BARRAGENS
• Definição

Qualquer estrutura construída dentro ou fora de um curso permanente ou


temporário de água, em talvegue ou em cava exaurida com dique, para fins de
contenção ou acumulação de substâncias líquidas ou de misturas de líquidos e
sólidos, compreendendo o barramento e as estruturas associadas. (Lei
14.066/2020)
BARRAGENS
• Definição

Fonte: ANA
CONTEXTO HISTÓRICO

Krasnodar, Rússia

Em 2013, foram encontrados indícios


de uma aterro artificial, com idade
superior a 10.000 anos, em uma
caverna com a função de represar a
água que escorria por suas paredes.
CONTEXTO HISTÓRICO
Pernambuco, Brasil

No Brasil, a barragem mais


antiga que se tem registro é
conhecida como Açude
Apipucos . Localiza-se na região
metropolitana de Recife, sendo
datada do século XVI.
CONTEXTO HISTÓRICO

Açude de Apipucos na cidade de Recife-PE.

(Fonte: A história das barragens no Brasil,


Séculos XIX, XX e XXI : cinquenta anos do
Comitê Brasileiro de Barragens, 2011.)
CONTEXTO HISTÓRICO

PRIMEIRO ACIDENTE DOCUMENTADO

Região Metropolitana de Recife, Pernambuco

Dique Afogados
Altura: 3 m
Extensão da crista: 2 km
Conclusão da obra: 1644

Em 1650, um transbordamento em virtude de


uma grande cheia , causou o colapso de vários
pontos do maciço.
CONTEXTO HISTÓRICO
ALTURA DAS BARRAGENS m
300

200

100

Menores que 1m Aproximadamente 300m

(Agricultura/ (Geração de energia /


Indústria) mineração)
CONTEXTO HISTÓRICO
ALTURA DAS BARRAGENS

Barragem Nurek,
Tajiquistão

Altura: 304m
Finalidade: Geração de
energia e irrigação
BARRAGENS
• Classificação

Quanto ao uso: Finalidade para a qual a barragem foi/ será construída e/ou que
tipo de material será armazenado no reservatório.
Quanto ao material de construção: Tipo de material utilizado na construção da
barragem.
Quanto a geometria da barragem: que tem ligação direta com o material de
construção utilizado.
Captação/
BARRAGENS - USOS consumo humano

Geração de
Irrigação
energia
Sedimentos
Uso na agricultura Aquicultura

Contenção de
Rejeitos Dessedentação
sólidos Uso industrial
animal

Resíduos Reservação de
Mineração
industriais água

Recreação

Resíduos industriais Contenção de


Contenção produtos cheias
contaminantes
Rejeitos/ resíduos de Regularização de
mineração vazões

Usos múltiplos
BARRAGENS – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Seção homogênea
Aterro Concreto
compactado
Seção zonada
Gravidade CCR

Núcleo argiloso
Gravidade aliviada Concreto ciclópico

Face de concreto
Concreto Contrafortes

Enrocamento Núcleo asfáltico


Arco

Face em PEAD
Arcos múltiplos

Filtrante
BARRAGENS
Aterro compactado – seção homogênea
BARRAGENS
Aterro compactado – seção homogênea
BARRAGENS
Aterro compactado – seção zonada
BARRAGENS
Aterro compactado – seção zonada
BARRAGENS
Enrocamento – Núcleo argiloso
BARRAGENS
Enrocamento – Face de concreto
BARRAGENS
Enrocamento – Face de concreto

UHE Xingó, AL/SE.


BARRAGENS
Enrocamento – Núcleo asfáltico

UHE Jirau, RO.


BARRAGENS
Enrocamento – Núcleo asfáltico

UHE Foz do Chapecó,


SC/RS.
BARRAGENS
Enrocamento – Face em PEAD
Symvoulos Dam,
Limassol District, UK.
BARRAGENS
Enrocamento – Filtrante
BARRAGENS
Enrocamento – Filtrante
BARRAGENS
• Concreto - Gravidade
Cabo Verde
BARRAGENS
• Concreto - CCR
MG
BARRAGENS
• Concreto – Gravidade – Concreto Ciclópico
Cabo Verde
BARRAGENS
• Concreto – Gravidade aliviada
BARRAGENS
• Concreto – Contrafortes
Barragem Roselend, FR
BARRAGENS
• Concreto – Arco
BARRAGENS
• Concreto – Arcos múltiplos

Barragem Santa Luzia, PT


BARRAGENS
• Barragens mistas
Enrocamento Terra
Concreto
BARRAGENS DE REJEITOS
• Quanto ao tipo de alteamento:
• Alteada para Jusante
• Linha de centro
• Alteada para montante
BARRAGENS DE REJEITOS
• Quanto ao tipo de alteamento: Pontos positivos
Maior segurança da estrutura;
• Alteada para Jusante

Pontos negativos
Maior custo de implantação;
Maior área impactada;
BARRAGENS DE REJEITOS
• Quanto ao tipo de alteamento: Pontos positivos
Menor custo de implantação;
• Alteada para montante Menor área impactada;
Implantação proibida no
Brasil;

Pontos negativos
Maior risco de instabilidade;
Implantação proibida no
Brasil;
BARRAGENS DE REJEITOS
• Quanto ao tipo de alteamento: Pontos positivos
Meio termo entre as
• Linha de centro barragens alteadas para
montante e alteadas para
jusante;

Pontos negativos
O talude de montante tende a
não satisfazer os critérios de
segurança preconizados por
norma, em certos momentos
da vida útil da estrutura;

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