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AO JUIZO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE

BARRINHAS

ATANÁSIO BASTIÃO, brasileiro, casado, portador da Carteira de


Identidade sob nº 0000000000, inscrito no CPF sob nº 000.000.000-00,
(Profissão), residente e domiciliado na Rua 20, Apartamento 201, Condomínio
das Hortênsias, Centro, Barrinhas e AMÂNCIO FREITAS, brasileiro, casado,
portador da Carteira de Identidade sob nº 0000000000, inscrito no CPF sob nº
000.000.000-00, (Profissão), residente e domiciliado na Rua 20, Apartamento
203, Condomínio das Hortênsias, Centro, Barrinhas, vem respeitosamente nos
termos do Art. 30, Art. 41 e Art. 44 do Código de Processo Penal, por intermédio
de seu procurador consoante instrumento particular de mandato anexo, oferecer:

QUEIXA-CRIME

em desfavor de GOFREDO AMARO, brasileiro, solteiro, portador da


Carteira de Identidade sob nº 0000000000, inscrito no CPF sob nº 000.000.000-
00, (Profissão), residente e domiciliado na Rua 20, Apartamento 104,
Condomínio das Hortênsias, Centro, Barrinhas.

I – DOS FATOS

No dia 19 de abril de 2023, às 20h, momento em que as partes


participavam de uma Assembleia Condominial, situado no Condomínio da
Hortênsias, os Querelantes, ATANÁSIO BASTIÃO e AMÂNCIO FREITAS,
sofreram ofensas proferidas pelo Querelado, GOFREDO AMARO.
Na ocasião, as partes, na companhia de em torno de trinta pessoas, todos
moradores do condomínio, debatiam as causas do desaparecimento de canos
que seriam utilizados para benfeitorias no parque infantil do local. Em dado
momento, de forma agressiva e acusatória, GOFREDO AMARO, pediu para
fazer o uso da palavra e, então, manifestou-se nos seguintes termos:

- “Vamos deixar de bobagem; todos sabem


aqui o que ocorreu. Ninguém tem coragem
de dizer, mas eu vou dizer. Esse dois aí
surrupiaram os canos para vende-los e
fazerem dinheiro extra para suas farras”.

A manifestação de GOFREDO AMARO fez menção aos Querelantes,


uma vez que, lhes foi apontado o dedo. ATANÁSIO BASTIÃO e AMÂNCIO
FREITAS, buscavam entender a razão daquela acusação, aos olhares dos
demais condôminos.

Diante dos fatos, os Querelantes ante a acusação e sentindo-se ofendidos


em sua honra, retiraram-se da Assembleia, ouvindo, à saída, os gritos do
Querelado a eles dirigidos, chamando-os de “ladrão, ladrão”.

Desse modo, GOFREDO AMARO, incidiu nos crimes de Calúnia e Injúria,


majoradas, de acordo com o disposto no Art. 138 e Art. 140 c/c com Art. 141, III,
do Código Penal.

II – DO DIREITO

De acordo com os fatos, a prática do Querelado, viola o disposto nos Art.


138 (Calúnia) e Art. 140 (Injúria) do Código Penal, pois, sua manifestação
ofendeu a honra objetiva e subjetiva dos Querelantes.

Art. 138, CP – “Caluniar alguém,


imputando-lhe falsamente fato definido
como crime”.
Art. 140, CP – “Injuriar alguém,
ofendendo-lhe a dignidade ou o
decoro”.

A honra subjetiva é violada quando o Querelado faz a falsa acusação


criminosa, com intuito de, ferir a credibilidade dos Querelantes, imputando-lhes
à prática do crime de furto dos canos. Na sequência, ao chamar os Querelantes
de “ladrão”, ocorre a prática do delito de Injúria, que ofende a honra subjetiva
dos Querelantes, atrelando qualidades negativas e os desqualificando
moralmente.

Não obstante, as ofensas dirigidas aos Querelantes, ocorreram na


presença de várias pessoas, que por si só tende a facilitar a sua propagação,
inclusive aos condôminos que não participavam da Assembleia.

Diante dos fatos, resta evidente que GOFREDO AMARO, realizou a


prática dos crimes descritos nos Art. 138 e Art. 140 do Código Penal, combinados
com o Art. 141, III do mesmo ordenamento.

Art. 141, III, CP “na presença de várias


pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da
injúria”.

Os realizou de maneira dolosa, com firme propósito de caluniar e injuriar


ATANÁSIO BASTIÃO e AMÂNCIO FREITAS, atacando-lhes a honra, na
presença de várias pessoas.

III – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) Que seja recebida a Queixa-Crime;


b) Que seja citado o Querelado, para defender-se dos termos da presente
ação;
c) Que seja julgada procedente a presente Ação Criminal, com a
Condenação do Querelado às penas cominadas nos crimes previstos nos
Art. 138 e Art. 140, ambos combinados com o Art. 141, III, todos do Código
Penal Brasileiro;
d) Requer a intimação do Ministério Público.
e) Protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidos, em
especial, pelo depoimento das testemunhas arroladas, que presenciaram
a prática do delito.

IV – VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de Alçada.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Barrinhas, 19 de maio de 2023.

(ADVOGADO)

(OAB/UF)

ROL DE TESTEMUNHAS

Testemunha 1 - Qualificar

Testemunha 2 - Qualificar

Testemunha 3 - Qualificar

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