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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA

CRIMINAL DA COMARCA DE SANTOS – SP

RUI, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº___, RG nº___,
residente e domiciliado na Rua Cordélia, nº 10, apto º ___- Edifício das Flores, na
cidade de Santos – SP, vem, por seu Advogado que a esta subscreve (instrumento de
mandato especial incluso), perante Vossa Excelência, oferecer

“QUEIXA – CRIME”

contra ARI, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº___, RG
nº___, residente e domiciliado na Rua Cordélia, nº 10, apto º____- Edifício das Flores,
na cidade de Santos – SP, com fundamento no artigo 30 do Código de Processo
Penal, pela prática do delito penal previsto nos artigos 138 e 140 do Código de
Processo penal e Código Penal respectivamente, consoante as seguintes asserções
de fato e de direito adiante aduzidas:
DOS FATOS:

O querelante foi a mesma festa que o querelado, ambos residentes no


mesmo endereço do ocorrido, o edifício das flores. O querelante adentrou com Ana,
ex-namorada do querelado.

O querelado começou a ingerir bebida alcóolica, ficando alterado, e


começou a gritar na frente de todos que estavam na festa que o querelante havia
furtado seu celular, quando na verdade o aparelho eletrônico estava escondido em seu
bolso.

O querelante sabendo que o fato se deu em razão dos ciúmes do


querelado por estar com Ana na festa, não retrucou.

Entretanto, o querelante pegou o nome de três testemunhas presentes na


festa (Patrícia, Pedro e Gabriel), e que também moram no mesmo edifício, informando
que iria processar o querelado.

O fato se deu na presença de todos os convidados presentes, que ficaram


admirados com tal comportamento do querelado.

DA CARACTERIZAÇÃO DA CALÚNIA:

Segundo o apurado, no dia dos fatos, durante a festa, o querelado estava


afirmando que o querelante tinha furtado seu celular. Vejamos o que diz o artigo 138
do Código Penal:

“Art. 138 – Caluniar alguém, imputando –


lhe falsamente fato definido como crime:

Pena – detenção, de seis meses a dois


anos, e multa.”

Demonstrando-se, portanto, a falsidade dos fatos criminosos imputados ao


querelado, uma vez que o aparelho eletrônico estava escondido em seu bolso o tempo
todo.

Também, segundo o artigo 141, III do Código Penal:


“Art. 141 – As penas cominadas neste
Capítulo aumentam – se de um terço, se
qualquer dos crimes é cometido:

III – na presença de várias pessoas, ou por


meio que facilite a divulgação da calúnia,
da difamação ou da injúria.”

Além da falsa imputação do crime, o querelado estava gritando para todos


que estavam na festa.

DO PEDIDO:

Ante o exposto, ofereço queixa – crime contra o querelado, como incursa


no artigo 138 e artigo 141, III ambos do Código Penal, e requeiro a Vossa Excelência,
após regular procedimento do artigo 520 do Código de Processo Penal, seja recebida
a queixa-crime, citando o querelado para responder ao devido processo legal, com
observância do rito previsto nos artigos 395 e 405 do Código de Processo Penal, até
final condenação, ouvindo – se as testemunhas arroladas abaixo.

Requer – se ainda, a fixação de valor mínimo para indenização (artigo 387,


IV, do Código de Processo Penal).

Custas, nos termos da Lei 11.608 /03.

ROL DE TESTEMUNHAS.

Patrícia – endereço.

Pedro – endereço.

Gabriel – endereço.

Santos. Data.
____________________

ADVOGADO
OAB Nº

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