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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CRIMINAL

DA COMARCA DE SANTOS – SP

Processo nº

RUI, devidamente qualificado nos autos, vem, por seu defensor que esta
subscreve, perante Vossa Excelência, apresentar MEMORIAIS, com fundamento no §
3.º, do artigo 403, do Código de Processo Penal, consoante as seguintes asserções
de fato e de direito adiante deduzidas.

I. DOS FATOS:

Conforme consta nos autos, o Réu responde processo por ter


supostamente praticado um roubo com uma faca, sendo denunciado pelo Ministério
Público por infração ao artigo 157, parágrafo segundo, inciso VII do Código Penal.
Durante a instrução criminal que transitou perante a 1º Vara Criminal da Comarca de
Santos, o juiz ouviu a vítima, que disse ter dúvidas sobre a autoria, uma vez que o
ladrão estava utilizando máscara, não sendo possível visualizar seu rosto por
completo. Os policiais não localizaram a arma utilizada no crime. Nenhuma
testemunha de defesa foi ouvida. Ao ser ouvido, o réu negou a autoria do delito, pois
no dia dos fatos estava em outra cidade, comprovando sua tese com documentos. O
réu é primário e nunca foi preso ou processado anteriormente. As partes nada
requereram e o Magistrado abriu vista para o Ministério Público se manifestar. Em
manifestação escrita, o Ministério Público pugnou pela condenação do réu nos exatos
termos da denúncia, sendo o advogado intimado no dia 13/02/2023, segunda – feira.
II. DA FUNDAMENTAÇÃO:

Há de se demonstrar, no presente feito que os motivos alegados pela


acusação não se sustentam, como será a seguir demonstrado.

A prova apresentada é absolutamente frágil, a própria vítima na instrução


criminal alegou não ter certeza sobre a autoria, pois devido a utilização da máscara o
reconhecimento foi falho. O réu comprovou que não estava no local, no dia e no
horário dos fatos. Ademais Excelência, o instrumento não foi localizado, não havendo,
destarte, a comprovação da materialidade.

Portanto, em face da precariedade de provas e fundamentos, deve ser


proferida sentença absolutória por falta de provas, conforme dispõe o artigo 386, inciso
II e VII, do Código de Processo Penal.

III. DO PEDIDO:

Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência, a absolvição do acusado,


com fundamento no artigo 386, inciso II e VII, ambos do Código de Processo Penal.
Caso Vossa Excelência entendo o contrário, que então, o acusado seja apenado
somente pelo artigo 157 do Código Penal em seu mínimo legal.

Santos, 20 de fevereiro de 2023.

_______________

ADVOGADO

OAB Nº

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