A análise do discurso francesa surgiu na França na década de 1960 e teve como expoentes Jean Dubois e Michel Pêcheux. A análise do discurso busca entender as ideologias presentes nos discursos considerando o contexto histórico e social, sem julgar verdades. Ela evoluiu ao longo de três fases principais e contribui para compreender como os sentidos são produzidos socialmente.
A análise do discurso francesa surgiu na França na década de 1960 e teve como expoentes Jean Dubois e Michel Pêcheux. A análise do discurso busca entender as ideologias presentes nos discursos considerando o contexto histórico e social, sem julgar verdades. Ela evoluiu ao longo de três fases principais e contribui para compreender como os sentidos são produzidos socialmente.
A análise do discurso francesa surgiu na França na década de 1960 e teve como expoentes Jean Dubois e Michel Pêcheux. A análise do discurso busca entender as ideologias presentes nos discursos considerando o contexto histórico e social, sem julgar verdades. Ela evoluiu ao longo de três fases principais e contribui para compreender como os sentidos são produzidos socialmente.
A análise do discurso francesa também conhecida como AD surgiu na França por volta
de 1960 e segundo Maldidier foram dois grandes expoentes da geração de
pensadores franceses: Jean Dubois e Michel Pêuchex. O primeiro, linguista e lexicólogo com interesse nas questões linguísticas de sua época. O segundo, filósofo interessado nos debates sobre o Marxismo, e nos estudos da Epistemologia e Psicanálise. Ainda que ambos tenham objetivos distintos, eles se unem a teoria marxista e as convicções políticas. Ou seja, Dubois realizou uma combinação do modelo estrutural de análise linguística com um novo modelo, e Pêcheux buscou ressignificar o objeto discurso e as práticas de análise, não vendo condições de surgimento da nova disciplina sem uma ruptura radical com os modelos se estudar a língua então em voga, especialmente com a vertente estruturalista, da orientação saussuriana. Denise Maldidier (1997, p.24) diz que: “A AD, de alguma maneira, repetiu na sua constituição as condições da fundamentação saussuriana do objeto da linguística”. Para Pêucheux (1997), estava clara a necessidade de propor uma teoria que se afastasse desse subjetivismo sem, no entanto, deixar de lado o sujeito. Em 1975 ocorre a reconfiguração da AD, momento em que se passa a falar das três épocas. O primeiro se caracteriza pela noção de cada conjunto de discursos idênticos era gerado por uma mesma estrutura, surgindo o conceito de Máquina Discursiva. A segunda fase substitui a noção anteriormente apresentada, trazendo a Formação Discursiva ou FD, que caracteriza “um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas no tempo espaço, que definiram em uma época data, e para uma área social econômica, geográfica ou linguística dada, as condições de exercício da função enunciativa.” (FOUCAULT,1960, p. 43). Por fim, a terceira fase é marcada pelo abandono completo da ideia de Máquina Discursiva, trazendo o conceito de Interdiscurso, deixando a discursos de serem considerados como uma constituição independente, passando a ser vistos com simultaneidade em que atravessam uma Formação Discursiva. Importante ressaltarmos que a Análise do Discurso Francesa (ADF) tem por objeto de estudo, o discurso. É possível um olhar profundo sobre as marcas textuais e o acesso as filiações ideológicas, possibilitando perceber as contradições, equívocos discursivos, evidenciar os funcionamentos e estratégias discursivas, além de explicar os processos de significação. “o discurso, por princípio, não se fecha. É um processo em curso. Ele não é um conjunto de textos, mas uma prática. É nesse sentido que consideramos o discurso no conjunto das práticas que constituem a sociedade na história“ (ORLANDI, 2009, p. 71). Não há nela uma procura de uma verdade ou de uma avaliação valorativa, mas uma busca por evidenciar o mecanismo por trás do funcionamento dos discursos. As palavras são re-significadas a partir do contexto em que são expressas. Para finalizar, é possível perceber que essa corrente de estudos têm contribuído de forma bastante consistente com os estudos linguísticos e a compreensão dos discursos e suas multiplicidades de sentido produzidos pela sociedade. Podemos perceber o quanto os sentidos dos discursos não são evidentes, necessitam de interpretações, que consideram para isso o processo histórico, a cultura, o lugar de onde os sujeitos enunciam. A análise do discurso é a compreensão as ideologias no interior dos discursos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MALDIDIER, D. Elementos para uma história da análise do discurso na França.
In: ORLANDI, E. P.; AUROUX, S. Gestos de leitura: da história no discurso. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1997.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997
ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise do Discurso: princípios e procedimentos.8.ed.São
Paulo: Pontes, 2009.
MELLO, Debbi. Línguistica avançada.
MEDEIROS, Laís Virgínia Alves. Análise do Discurso.
CORDEIRO, Rafaela Queiroz Ferreira. Teorias da Comunicação.
FRANÇA, Simone dos Santos. ANÁLISE DO DISCURSO FRANCESA: DISCUSSÕES
SOBRE TEORIA E MÉTODO. 16 f. Dissertação – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
A importância da análise do discurso na educação de hoje. Blog Singularidades,
2021. Disponível em: https://blog.institutosingularidades.edu.br/a-importancia-da- analise-do-discurso-na-educacao-de-hoje/. Acesso em: 28 de mar. de 2023.
JUNIOR, Jonas. Análise do Discurso Francesa: procedimentos e fases de análise.
Disponível em: https://jonasjr.wordpress.com/2020/10/24/analise-do-discurso-francesa- procedimentos-e-fases-de-analise/. Acesso em: 28 de mar. de 2023