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LINGUÍSTICA

AVANÇADA

Debbie Mello Noble


Breve histórico da
análise do discurso
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer o histórico da análise do discurso.


 Identificar a reconfiguração da análise do discurso ao longo do tempo.
 Sintetizar as diferentes etapas da análise do discurso e sua importância
no Brasil.

Introdução
Para compreender a análise do discurso, é preciso perceber os dife-
rentes momentos pelos quais a disciplina passou desde sua fundação.
A análise do discurso, também chamada AD, é uma disciplina de
interpretação que nasce do entrelaçamento de três teorias: a linguís-
tica, conforme proposta por Ferdinand de Saussure; o materialismo
histórico, baseado em Louis Althusser; e a psicanálise, segundo a
visão de Jacques Lacan.
Neste texto, você vai conhecer melhor as principais fases da análise
do discurso, bem como a caracterização da disciplina no Brasil.

A fundação da análise do discurso


A fundação da análise do discurso (de agora em diante, AD) é difícil de definir,
primeiramente, porque um de seus principais pressupostos é justamente a
impossibilidade de alcançar a origem do dizer e a totalidade. Em segundo
lugar, porque a AD se configura como uma disciplina de ruptura com as
ciências sociais praticadas na década de 1960, ou seja, precisamos “juntar
seus pedaços” para entender o modo como a AD emerge como disciplina.
Você conhecerá, agora, os movimentos que fundaram, concomitantemente,
e influenciaram-se de forma mútua, a AD de linha francesa. Você pode estar

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se perguntando: por que a francesa especificamente? As respostas a essa


pergunta serão encontradas ao longo deste texto.

A dupla fundação da análise do discurso


Ao longo da década de 1960, a França vivia um momento de efervescência
cultural e política. As ciências humanas, em especial a linguística, experi-
mentam uma nova fase de intensifi cação de sua produção, o que se deve, em
parte, a um novo momento de recepção do Curso de linguística geral, de
Ferdinand de Saussure.
Por outro lado, há também a forte influência do movimento político, uma
vez que os cientistas saem da aparente neutralidade desejada até então para
assumir suas posições políticas e, mais do que isso, fazerem política por meio
de seus estudos. Nas palavras de Ferreira (2003, p. 40) “Do ponto de vista
político, a Análise do Discurso (AD) nasce, assim, na perspectiva de uma
intervenção, de uma ação transformadora, que visa combater o excessivo
formalismo linguístico então vigente.”.
É nesse contexto que surge, no final da década de 1960, a AD, nas “[...]
condições de possibilidade de um campo novo dentro da conjuntura teórico-
-política do fim da década de 1960 [...]” (MALDIDIER, 1997, p. 15).

É a AD francesa que terá presença mais marcante ao longo do


tempo, motivo pelo qual você conhecerá essa vertente mais a fundo.
Maldidier aponta para uma “dupla fundação” da AD, atribuídas a dois
grandes expoentes da geração de pensadores franceses: Jean Dubois e Michel
Pêcheux. O primeiro, linguista e professor da Universidade de Nanterre, e o
segundo, filósofo e pesquisador do Laboratório de Psicologia Social (CNRS)
fazem circular dois textos-manifestos que, segundo Maldidier, marcam esse
duplo surgimento da AD.
Muitas são as diferenças entre esses pensadores, mas a
concomitância que pensaram uma disciplina apoiada no marxismo e na
política é apontada por Denise Maldidier como um horizonte em comum,
que deu origem à AD como um modo de leitura. O que os separa, no
entanto, segundo Maldidier (1997, p. 18), é o “[...] modo como se
posicionam em relação à teoria [...]”. Enquanto Dubois pensa de maneira
natural a passagem do estudo da palavra ao estudo do enunciado, tratando
a AD como parte desse percurso teórico, a AD pensada por Michel
Pêcheux

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surge como “disciplina de ruptura”, por romper com os métodos


estatísticos utilizados nas ciências humanas até então. Ou seja, o olhar de
cada um para a relação linguística-exterior é diferente.
Se ambos os teóricos pensavam o objeto discurso ao mesmo tempo em que
pensavam o dispositivo de análise, podemos dizer que Jean Dubois realizou
uma combinação do modelo estrutural de análise linguística com um novo
modelo, ao passo que Michel Pêcheux buscou ressignificar o objeto discurso
e as práticas de análise.
Essa é, portanto, a ruptura que a AD Pêcheuxtiana traz com a linguística
da época: o discurso como objeto representa uma mudança de terreno.
Nesse sentido, Eni Orlandi (1996) define a AD como uma disciplina
de entremeio, por se “nutrir” da linguística, do materialismo histórico e,
posteriormente, da psicanálise, para pensar o discurso, seu objeto central.
Veja, na Figura 1, uma forma de ilustrar essa definição da AD como dis-
ciplina de entremeio.

Figura 1. Análise do discurso como disciplina de entremeio.

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Pêcheux: o grande expoente da análise do discurso


francesa
No entender de Ferreira (2003), Michel Pêcheux pode ser visto como o prin-
cipal articulador da AD na França. Isso porque, como você já viu, a disciplina
conforme proposta por ele instaura uma ruptura no modo de se pensar os
estudos linguísticos, passando o discurso a ser o objeto central da teoria, não
mais a língua como uma estrutura.
É o que diz Denise Maldidier (1997, p. 24): “A AD, de alguma maneira,
repetiu na sua constituição as condições da fundação saussuriana do objeto
da linguística.”.
Tamanha responsabilidade atribuída a Michel Pêcheux se deve à publicação
de seu livro Análise automática do discurso, no qual ele propõe a configuração
de uma teoria do discurso por meio de uma “máquina discursiva”, que seria
uma atualização da tentativa de construção de um dispositivo informático de
AD que vinha sendo construído antes deste livro.
No entanto, essa obra abre caminho para uma teoria do discurso muito
mais ampla do que a constituição do dispositivo informático. O conceito de
discurso, seu objeto central, é entendido a partir de uma reflexão crítica sobre
o corte saussuriano, qual seja, a separação metodológica entre língua e fala.

Para compreender melhor como essa reflexão crítica de Saussure se deu na teoria
de Pêcheux, leia:
OLIVEIRA, P. D. Michel Pêcheux como leitor de Saussure. Estudos linguísticos, São Paulo,
v. 40, n. 3, p. 1541-1550, set.-dez. 2011.

Sua preocupação estava na concepção de sujeito que viria desse corte


saussuriano. Pêcheux destaca as consequências teóricas da oposição língua
e fala, que daria margem à compreensão da fala como uso da língua por um
sujeito consciente de suas escolhas. Para Pêcheux (1997), desde o início,
estava muito clara a necessidade de propor uma teoria que se afastasse desse
subjetivismo sem, no entanto, deixar de lado o sujeito.
Em um primeiro momento, com a Análise Automática (originalmente pu-
blicada em 1969), a proposta de Pêcheux se afasta um pouco desse propósito.

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Na chamada primeira fase da AD, o autor propõe que um discurso deve ser
sempre pensado a partir de suas relações com as condições que o produziram.
Para ele, o discurso não é transmissão de informação, conforme o que
propunha Roman Jakobson na época, mas sim um efeito de sentidos entre os
pontos A e B. Esses pontos seriam algo diferente da presença física, empí-
rica do indivíduo, seriam lugares sociais determinados na estrutura de uma
formação social.
Roman Jakobson propôs um esquema informacional, no qual o processo de
comunicação funcionaria como o envio de uma mensagem de um destinador
a um destinatário, ou de um emissor a um receptor, conformo apresentado
na Figura 2.

Figura 2. Esquema informacional de Roman Jakobson.

Pêcheux (1997, p. 81-82) contesta este modelo, em especial o conceito de


mensagem, por perceber que ele implica uma transmissão de informação, ou
seja, uma comunicação perfeita entre locutor e interlocutor, sem os equívocos,
os deslizes e as ambiguidades próprios do discurso.
Assim, ao propor a questão dos lugares sociais, Pêcheux não consegue
afastar-se muito do empirismo do sujeito, especialmente quando traz a noção
de formações imaginárias que funcionariam no discurso, ou seja, o imaginário
que dois sujeitos fazem do seu lugar e do lugar do outro quando enunciam.
Esse ponto da teoria é posteriormente reformulado pelo próprio Pêcheux.
O que é mantido, do início aos dias atuais na teoria de Pêcheux, é o seu objeto,
o discurso. O que a teoria de Pêcheux propunha era um modo de abordagem
no discurso da relação entre a língua e a história. Assim, o discurso se difere
do texto e da fala produzidos por um sujeito.
A seguir, você verá como a teoria foi reconfigurada a partir de 1975.

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Reconfiguração da teoria
Uma reconfiguração da AD começa em 1975, quando Michel Pêcheux e
Fuchs apresentam o quadro epistemológico que revisa a Análise Automática
do Discurso (a partir de agora, AAD).
A partir dessa reconfiguração, passa-se a falar em três épocas da AD,
como você vai ver a seguir.

Pêcheux nunca deixou de reformular sua teoria, de repensar as noções teóricas que
a compunham. Observe (PÊCHEUX, 1997, p. 163):
“Parece-nos que as observações, interpretações, críticas ou mesmo deformações
que suscitaram nestes dois níveis precisam de reformulação de conjunto, visando a
eliminar certas ambiguidades, retificar certos erros, constatar certas dificuldades não
resolvidas e, ao mesmo tempo, indicar as bases para uma nova formulação da questão,
à luz dos desenvolvimentos mais recentes, frequentemente não publicados, da reflexão
sobre a relação entre a linguística e a teoria do discurso.”

Análise do discurso: três épocas


Com a reconfiguração da teoria do discurso, no trabalho de Michel Pêcheux e
Catherine Fuchs, A propósito da análise do discurso: atualização e perspecti-
vas, de 1975, surge o que Pêcheux chamou de AD-2, ou a segunda fase da AD.
Este quadro marca a articulação de três regiões do conhecimento científico
que se entrelaçam na teoria, e que são “atravessadas” por uma teoria da subje-
tividade de natureza psicanalítica, conforme você pode observar no Quadro 1.

Quadro 1. Regiões do conhecimento científico na segunda fase da AD.

Materialismo histórico Linguística Teoria do discurso

Teoria das formações sociais Teoria dos mecanismos Teoria da


e de suas transformações, sintáticos e dos processos determinação
compreendida aí a de enunciação ao histórica dos
teoria das ideologias. mesmo tempo. processos semânticos.

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Dessa forma, inicia a reformulação da teoria, tendo como marca a entrada


da noção de formação discursiva, ressignificada a partir da proposta de Michel
Foucault.

A diferença das teorias de Pêcheux e Foucault é que, se para Foucault (1999) a formação
discursiva está ligada à definição de uma regularidade nos discursos, para Pêcheux
(1997) as formações discursivas são determinantes dos sentidos, pois determinam o
que pode e deve ser dito, segundo a posição ideológica dos sujeitos da enunciação.

Você pode perceber aqui que, se o sentido é determinado pela ideologia, ele
não está colado nas frases, palavras e expressões. Ele é, portanto, direcionado
conforme a identificação dos sujeitos com determinada formação discursiva. Por
esse motivo, em AD, dizemos que os sentidos estão potencialmente à deriva, não
são únicos e literais, pois possuem direcionamentos pelas formações discursivas.
Sentido e sujeito sempre caminham juntos!
É nessa fase também que a noção de interdiscurso é introduzida na teoria.
Pêcheux define a noção de interdiscurso como um conjunto de já ditos que
sustenta todo dizer.

Análise do discurso 3 e a noção de acontecimento


A AD-3, terceira fase da AD, caracteriza-se pelos questionamentos de Pêcheux
em relação à teoria proposta até então. Pêcheux ressalta o foco nos estudos
da construção dos objetos discursivos e dos acontecimentos nessa terceira
fase, assim como o olhar para os diferentes pontos de vista no discurso. O
autor pensa a heterogeneidade do discurso dialogando com as pesquisas de
Jacqueline Authier-Revuz.
Em seu livro Discurso: estrutura e acontecimento, Michel Pêcheux realiza
a análise de um enunciado que circulou na França dos anos de 1980.
Em 1981, François Mitterrand ganha as eleições na França, trazendo a
esquerda de volta ao poder. No dia da vitória, um canto (On a gagné – “ganha-
mos”) que era até então ligado ao meio esportivo, é deslocado e ressignificado
na política. O enunciado on a gagné circula, então, como um canto de vitória,
como palavras de ordem.

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Nesse sentido, o enunciado “ganhamos” simboliza a marca de um acon-


tecimento histórico (o retorno da esquerda ao poder na França) no campo do
discursivo, e passa a ser analisado em suas múltiplas possibilidades, obser-
vando-se o jogo metafórico presente no deslocamento do campo do esporte ao
da política, bem como em sua opacidade (Quem é o sujeito deste enunciado?
Quem ganhou? Ganhou o quê?) e na mobilização de uma rede de memórias
que estão aí envolvidas nesse acontecimento.
Por essa análise, vemos surgir a noção de acontecimento discursivo, ou
seja, aquele que une uma memória a uma atualidade, atualizando-a.

Análise do discurso hoje

Análise do discurso brasileira


É no Brasil e na América Latina que a AD, filiada a Michel Pêcheux, encontra
maior receptividade e continuidade. Isso se deve, em parte, ao momento político
que viviam os países latino-americanos.
A principal responsável por trazer a obra de Michel Pêcheux para o Brasil,
por meio de suas traduções e publicações, é Eni Orlandi. A autora afirma que
não se pode falar em recepção da obra de Pêcheux, pois situa os estudos da
AD brasileira em uma leitura e interlocução com Michel Pêcheux.
Também é importante ressaltar a institucionalização da AD como disciplina
consolidada no Brasil, que tem seu início com Eni Orlandi no Instituto de
Estudos da Linguagem, na Universidade de Campinas, mas que hoje se espalha
pelas universidades de todo o país. Assim, a AD e muitos conceitos pêcheux-
tianos encontram-se ressignificados no Brasil, mas ainda se aproximam mais
de seu fundador do que a própria AD francesa praticada na França atualmente.
Observe o trecho a seguir (ORLANDI, 2003, p. 10):

De minha parte, sempre insisti na possibilidade de trabalhar um objeto


novo: o discurso. E minha reflexão vai nessa direção procurando dar
visibilidade, construir mesmo, o campo específico da análise de discurso
caracterizando sua teoria, seu método, seus procedimentos analíticos e
seu objeto próprio. Estabeleço a noção de texto relacionando-a a discurso
para não cair no engano do “puro linguístico”, relaciono a noção de sujeito
com o que vou chamar função-autor e distingo particularidades na noção
de situação (condições de produção) que assim ganham outros sentidos,

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são re-significados ganhando especificidade face à análise de discurso


em cuja filiação situamos M. Pêcheux.

Ferreira (2003) ressalta a heterogeneidade de objetos que constituem as


análises brasileiras nos dias de hoje, afastando-se um pouco da AD reali-
zada hoje na França. Quando Eni Orlandi aporta a AD no Brasil, já faz isso
ressignificando-a, pensando a análise em relação ao seu objeto de estudo: o
discurso pedagógico, o que abre caminho para que muitos outros objetos, em
sua relação língua-história, sejam analisados atualmente.
A própria Orlandi reflete sobre as rupturas e entremeios ocupados pela AD
brasileira: diferentemente da AD francesa, a brasileira precisa romper com a
pragmática para consolidar uma concepção de língua que pensa as relações
intrínsecas entre sujeito, língua e ideologia.

Eni Orlandi aponta para uma vertente empiricista da AD, que seria a análise do discurso
americana, a qual pensaria o sujeito dotado de intenções, ou um “sujeito intencional”,
e com a qual precisa romper a AD brasileira, cujo sujeito é visto como afetado pelo
inconsciente e constituído pela ideologia na sua relação com discurso.

Se é possível sintetizar a contribuição da corrente brasileira da AD, pode-


-se dizer que a abertura para novos objetos de análise – como o discurso
pedagógico, tecnológico, publicitário, feminista, entre outros – e a ressigni-
ficação dos dispositivos teóricos e analíticos, como o advento da categoria
de silêncio, proposta por Eni Orlandi (2003), são importantes contribuições
para o desenvolvimento e consolidação da disciplina.

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FERREIRA, M. C. L. O quadro atual da análise de discurso no Brasil. Letras, Santa Maria,


n. 27, dez. 2003. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/
letras/article/viewFile/11896/7318>. Acesso em: 27 ago. 2017.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 5. ed. São Paulo: Loyola,1999.
MALDIDIER, D. A inquietude do discurso: um trajeto na história da análise do discurso:
o trabalho de Michel Pêcheux. In: PIOVEZANI, C.; SARGENTINI, V. Legados de Michel
Pêcheux: inéditos em análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2011.
MALDIDIER, D. Elementos para uma história da análise do discurso na França. In: ORLANDI,
E. P.; AUROUX, S. Gestos de leitura: da história no discurso. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1997.
OLIVEIRA, P. D. Michel Pêcheux como leitor de Saussure. Estudos Linguísticos, São
Paulo, v. 40, n. 3, p. 1541-1550, set.-dez. 2011.
ORLANDI, E. P. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Petrópolis:
Vozes, 1996.
ORLANDI, E. P. Michel Pêcheux e a Escola Brasileira de Análise de Discurso. In: SE-
MINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO, 1., 2003, Porto Alegre. Anais...
Porto Alegre: UFRGS, 2003. Disponível em: <http://www.analisedodiscurso.ufrgs.br/
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PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso (AAD-69). In: GADET, F.; HAK, T.; MARIANI,
B. S. C. Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel
Pêcheux. 3. ed. Campinas: UNICAMP, 1997.
PÊCHEUX, M.; FUCHS, C. A propósito da análise automática do discurso: atualização e
perspectivas (1975). In: GADET, F.; HAK, T.; MARIANI, B. S. C. Por uma análise automática
do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. 3. ed. Campinas: UNICAMP,
1997. p.163-252.

Leituras recomendadas
BRANDÃO, H. H. N. Introdução à análise do discurso. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 2004.
FONSECA, R. O. Uma proposta de ensino de análise do discurso. In: SEMINÁRIO
INTERNACIONAL DE TEXTO, ENUNCIAÇÃO E DISCURSO, 2010, Porto Alegre. Anais...
Porto Alegre: PUCRS, 2010.
ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2012.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 4. ed. Campinas:
UNICAMP, 2009.
PIOVEZANI, C.; SARGENTINI, V. Legados de Michel Pêcheux: inéditos em análise do
discurso. São Paulo: Contexto, 2011.

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