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Jesus e a Última Geração

Larry Kirkpatrick / Traduzido por Marcell Dalle Carbonare

Tanto interesse quanto oposição caracterizam a recente discussão sobre a Teologia da


Última Geração (TUG). Mas o conceito da TUG é inerentemente bíblico.

Haverá uma última geração de cristãos; está inserida na ideia da Segunda Vinda. Jesus
retorna literalmente. Para quem? Para aqueles cristãos que vivem no último fragmento
de tempo. Se há uma expiação final purificando o acampamento de todo pecado, então
há uma remoção final de todo pecado do povo. Então, imediatamente antes da Segunda
Vinda de Jesus, há uma marca no tempo em que, nos Seus discípulos, todas as escolhas
para se rebelar, todos os pecados, terão cessado. Seus pecados terão desaparecido diante
deles antes do julgamento. Eles vivem à vista de um Deus santo após a intercessão de
Jesus pelo pecado ter se encerrado. Todos estão selados e do lado de Deus, ou marcados
e do lado de Satanás. Ninguém vai mudar de lado novamente. Todos terão visto,
entendido e intencionalmente alinhado seu caráter ao caráter de Jesus ou de Satanás.

A Teologia da Última Geração é simplesmente o adventismo do sétimo dia. É o


cristianismo leva à sua conclusão. É seguir completamente a Jesus no fim das eras.

Alguns corações conturbados rejeitam o conceito – não importa se eles estão lutando
contra o tema da Segunda Vinda embutido no âmago de sua fé. Eles estão
desconfortáveis. Há certos pontos de vista sobre o que é a salvação, e alguns têm
advertido que a ideia de uma última geração está errada. Qual é a verdade?

Nosso objetivo nesta hora é, do ponto de vista da Bíblia, pesquisar o que tem sido
chamado Teologia da Última Geração.

Teologia da Última Geração: Um Panorama Bíblico


Gênesis 3:15

Começamos no livro de Gênesis. Deus deu um simples teste. O homem falhou. Ele
escolheu a rebelião contra Seu Criador. A natureza do homem foi modificada. A
situação humana ficou sem esperança a menos que Deus intervisse. Jesus entendeu isso.
E assim que houve pecado houve um Salvador. Deus fez esta promessa:

"E porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua semente e a sua semente " (Gênesis
3:15).

A Adão e Eva, Deus disse: ‘Eu farei algo por vocês. Mudarei esta nova relação entre
vocês e o seu adversário. Vocês serão capazes de resisti-lo. Darei a vocês algo que
vocês não têm. Porei inimizade.’

O plano de Satanás para depravar a humanidade seria interrompido. Jesus implanta


graça na pessoa que O permite implantá-la. Ele exercita Seu poder criativo para mudar o
coração. Em cada uma de nossas vidas a operação ou falta dessa graça convertedora é
demonstrada. Ninguém pode ser vencido sem primeiro dar seu consentimento. Os anjos
caídos podem nos angustiar, mas não podem controlar nossa vontade. Eles não podem
nos forçar a pecar.

Lembre-se que Jesus em particular foi a Pessoa divina que agiu na criação do mundo
(Hebreus 1:2). Perto do fim do livro de Jó, Jesus pergunta a Jó e seus amigos onde eles
estavam quando Ele estabeleceu os fundamentos da terra. Jesus é Emanuel, Deus
conosco. Ele é a pessoa na Divindade cuja tarefa especial é se comunicar com a
humanidade.

Mantenha isso em mente enquanto refletimos sobre o livro de Jó.

Os primeiros dois capítulos de Jó revelam um incrível desafio. Houve um dia em que


seres de todos os planetas criados apareceram diante de Deus. Todos eram súditos leais
do reino; todos menos um. Nesta ocasião, Satanás também se convidou. Ele estava
ocupado trabalhando para tentar o maior número possível de pessoas. Agora, aqui
estava ele com um sorriso completo.

Mas algo maravilhoso acontece. Enquanto estão frente a frente, Jesus traz o nome de um
de seus seguidores. "Viste meu servo Jó?" Jesus diz a Satanás que Jó serve a Deus
fielmente. Ele é uma pessoa inculpável e correta, temente a Deus, e que se afasta do
mal.

Satanás discorda, alegando que Jó serve a Jesus apenas por interesse próprio. Sua
alegação é que Jó está no time de Deus apenas pelos benefícios, os pães e os peixes.
Satanás afirma que Deus está subornando a Jó. Satanás provoca a Deus para que tire
tudo de Jó - então, ele diz, Jó vai amaldiçoar a Jesus. Mas Jesus se recusa a se mover
contra Jó sem causa. Ele permite que Satanás faça ataques a Jó. Jesus coloca limites ao
teste, e Satanás acelera para fazer o pior para Jó. Ele causa grande tristeza e sofrimento.
Mas a resposta de Jó é fiel. Ele não culpa a Deus. Ele abençoa a Deus. Ele agradece a
Deus pelo bem que experimentou enquanto O servia. Satanás é derrotado.

Mas o teste não acabou. Ele piora dez vezes! Chegamos a Jó capítulo 2. Satanás retorna
com suas acusações. Se a saúde de Jó for tirada, diz ele, então Jó amaldiçoará a Jesus. E
então, novamente, Jesus permite que Satanás faça seu pior. O único parâmetro é que
Satanás não tem permissão para matar Jó. Satanás ataca a Jó com sofrimento
extraordinário. E desta vez existem elementos mais sutis. A esposa de Jó é alistada. Ela
diz a Jó para desistir e morrer. Então os amigos de Jó chegam a estar com ele em sua
miséria. Por vários dias eles permanecem. Mas quando a conversa começa, eles insistem
que o sofrimento de Jó foi o resultado do próprio pecado dele. Eles pedem a Jó que se
arrependa. Jó discorda; ele não pecou contra Deus. A discussão continua com três
dúzias de capítulos. No final, Jesus intervém. Ele pergunta: Onde estavam todos vocês
quando eu estabeleci os fundamentos da terra? (Jó 38:4)

O mais interessante nisso tudo são os dados bíblicos. Lembre-se: Jesus saiu do seu
caminho para levantar a questão da justiça de Jó. Diante de todo o universo expectante,
Jesus fez questão de destacar o caráter de Seu servo Jó. Aqui, diz Jesus, está uma pessoa
que me serve voluntariamente, que livremente escolhe confiar em mim.
Mas Jesus também admite que neste estágio da disputa entre o bem e o mal, Jó é
excepcional. No tempo em que vive, Jó é o exemplo vivo e proeminente da confiança
humana. E até isto Satanás contesta. Ele rejeita agressivamente a possibilidade da
existência de uma dessas pessoas. Satanás está determinado a demonstrar que não há
nem mesmo um humano que possa obedecer à lei de Deus. Satanás diz que se Jesus
remover os incentivos, nem mesmo um ser humano seria altruísta e viveria do jeito de
Deus.

Você se lembrará do final da história. Jó afirma que Deus é justo e que, se ele, Jó,
apenas pudesse explicar sua inocência, Deus seria justo e compassivo. Jó não sabe que
Satanás está fazendo essas coisas com ele, ou que Deus chamou a atenção de modo
intencional para Jó como um exemplo dos caminhos de Deus. No final, Jesus repreende
os três amigos de Jó que, falando em defesa de Deus, estavam de fato deturpando-O. Jó
é vindicado. Satanás, depois de suas afirmações no capítulo 2, não retorna. Jesus
produziu uma testemunha de caráter que deu evidência de fidelidade altruísta a Ele sob
enorme pressão. Por ter suportado, Jó vindicou seu próprio caráter, e também o caráter
daquele a quem ele representava - Jesus.

O exemplo de Jó foi muito importante, mas não foi diretamente redentivo por toda a
humanidade. O caráter de Jó não era de modo algum igual à lei quebrada. Jó não podia
fazer expiação por si mesmo ou por qualquer número de pessoas. O que ele pôde fazer
foi oferecer um exemplo de fidelidade. E isto ele fez. Como? Simplesmente sendo quem
ele era. Que fique claro: dentro dos parâmetros dos propósitos de Deus, permaneceu
necessário que Jesus viesse em forma humana, tomasse um corpo caído, humano,
mortal, impactado pelo pecado, para condenar o pecado naquele corpo e para fazer
sacrifício na cruz. Esta foi a única maneira de nossa raça condenada ser libertada da
destruição.

Sem a cruz não há expiação, assim como no sistema do santuário no deserto, sem a
oferta sobre o altar de bronze no pátio, não haveria sangue para ser ministrado no lugar
santíssimo. A morte de Jesus na cruz é essencial. As ofertas diárias pelo pecado pessoal
seriam em última instância ineficazes se o arraial não fosse purificado no encerramento
do ano. Precisamos de um Salvador tanto divino quanto humano, que purifica e renova.

Assim como a oferta sobre o altar de bronze no pátio faz parte do processo de expiação,
também as atividades sacerdotais no sistema do santuário. Os processos de Deus para
lidar com o problema do pecado e eliminar o pecado incluem todas as partes do Seu
sistema designado de expiação. A purificação anual do santuário era tão necessária
quanto os sacrifícios diários pelo pecado.

O que estou dizendo é que a purificação do santuário é tão importante quanto a cruz.
Tire qualquer um dos aspectos e o pecado não será removido do acampamento. Tire
qualquer aspecto e o povo de Deus não seja purificado. Tirar qualquer aspecto e o
pecado não é erradicado.

Romanos 3

O terceiro capítulo de Romanos é muito útil. Em Romanos 1 Paulo mostra porquê os


gentios estão condendos. Em Romanos 2, as razões pelas quais os judeus estão
condenados. E em Romanos 3, ele trabalha através do dilema da vindicação de Deus.
E se os judeus foram infiéis? Seu fracasso não nega a fidelidade de Deus. Deus será
justificado em Suas palavras e prevalecerá quando for julgado! Mateus registra a
palavra de Jesus em seu livro, capítulo 7:2:

"Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que
tiverdes medido vos hão de medir a vós." Jesus bem sabe que os julgamentos feitos pelo
juiz revelam o caráter do juiz. Nossas escolhas revelam o que somos. O modo como
Deus lida com o pecado revela sua aprovação ou desaprovação deste. Então, em
Romanos 3:4 Paulo crê que Deus será vindicado quando Ele julgar. Quando Ele julgar
os outros justamente, Ele será julgado justo.

Adiante, três perguntas e respostas fundamentais são tratadas:

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados


gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus
propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela
remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da
sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem
fé em Jesus" (Romanos 3:23-26).

Todas as pessoas pecam. Em algum ponto, em toda experiência humana, uma pessoa
age em rebelião para com Deus. Essa rebelião intencional coloca essa pessoa para
sempre em débito para com Seu perdão. Quão graciosa é a Sua oferta para redimir a
transgressão! Nem qualquer ser perdoado chega a um lugar onde esse perdão não seja
necessário. Todos os que são perdoados estão endividados a Deus para sempre. Eles se
colocaram em um déficit de retidão para o qual nenhuma solução era humanamente
possível. Deus misericordiosamente oferece a Sua graça como um presente. Ele
demonstra a Sua justiça perdoando livremente o pecador e depois mantendo esse
perdão. Mas há outra questão. Deus muda as pessoas? Ele pode reparar o Seu povo? Ele
pode salvar o Seu povo dos seus pecados apenas na ficção, ou por demonstração real?
Ele pode ser justo e justificar - perdoar e tornar justo - o pecador? E então Romanos 3:4
afirma finalmente, " Para que sejas [Deus] justificado em tuas palavras, e venças quando
fores julgado."

Romanos 8

Romanos capítulo 8 foi escrito um quarto de século após a cruz. E nesse momento algo
ainda está faltando. Há algo pelo qual toda a criação continua a esperar:

"Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para
comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da
criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à
vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que
também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da
glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente
com dores de parto até agora" (Romanos 8:18-22).
O Filho de Deus (Jesus) foi revelado para que os filhos de Deus (plural) pudessem ser
revelados. A criação ainda não está completamente livre. O que permanece a ser
revelado? A glória dos filhos de Deus.

Alguns podem alegar que essa "glória" aqui é ambígua. Mas você leu o capítulo? É uma
visão moral apresentada. Em 8:29 somos chamados a ser "conforme a imagem de Seu
Filho." "Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos
amou" (Romanos 8:37). Em 8, 1-4, se estamos em Cristo Jesus, não estamos
condenados. Porquê? Porque o princípio do Espírito de vida em Cristo Jesus nos livrou
do princípio do pecado e da morte.

A lei de Deus não podia nos salvar. Este não era o plano dEle para Sua lei. Mas quando
Ele enviou a Jesus em semelhança de carne pecaminosa por causa do pecado, Ele, Jesus,
condenou o pecado em carne pecaminosa. O resultado não é apenas que a justiça da lei
foi cumprida nEle, mas que a justiça de Sua lei deve ser cumprida em nós. Romanos
8:12 nos diz que não estamos debaixo de obrigação para com a carne. Vivemos pelo
Espírito. E assim as inclinações egoístas da carne são interceptadas. As ações do corpo
são mortas.

Essas linhas não ensinam a escravidão, mas a vitória. A "glória dos filhos de Deus” é
uma vida de vitória. Humanidade e divindade combinadas podem obedecer a cada um
dos preceitos de Deus.

E, no entanto, quantos foram ensinados que Romanos ensina uma salvação meramente
legal! O poder de Deus para a salvação é reduzido a uma ficção forense. É
compreensível que alguns aceitem tais histórias. Mas nós adventistas afirmamos ser
vigorosamente bíblicos em nossas práticas. Será que nós somos? Às vezes somos tão
culpados de nos recusar a pensar cuidadosamente e piedosamente, recusando-nos a
comparar seriamente as Escrituras com as Escrituras. Nós tomamos o caminho fácil,
aceitando palavras agradáveis daqueles em quem preferimos confiar. Estamos em um
momento de sacudidura. Busquemos a Jesus para tornar nosso chamado e eleição
seguros.

Apocalipse

O último livro na Bíblia é o Apocalipse, a revelação. Se fosse nomeado como muitos


livros do Antigo Testamento, após as primeiras palavras da primeira linha, teria sido
conhecido nestes últimos 2.000 anos como APOKALUPSIS IESOU XRISTOU, a
revelação de Jesus Cristo. Jesus, o próprio centro da salvação, a altura e a profundidade
de nossa esperança, o evangelho encarnado, deu na Bíblia um retrato da salvação que
inspirou os escritores da bíblia a chamarem de ‘revelação de Deus’.

João está em exílio na ilha de Patmos por causa de Sua fé. Deus dá a ele uma série de
visões. Jesus tem mensagens para Sua igreja em sete épocas. Curiosamente, o último, o
período de Laodicéia, é o mais auto-satisfatório de todos. Nos últimos dias do planeta
Terra, a Igreja de Deus se sente enriquecida em entendimento. Isto é, justamente quando
Deus está juntado tudo para levar a guerra entre Cristo e Satanás à conclusão, muitos em
Sua Igreja estão em uma névoa narcisista e egoísta.
Depois das cartas para as igrejas, o restante do livro é uma coleção de visões relativas às
provações do povo de Deus desde o tempo de João até o fim. Aprendemos que a Igreja
de Deus entrará em um período de grande dificuldade, será assaltada de fora e de
dentro, mas prevalecerá. O povo de Deus guardará Seus mandamentos e viverá a fé de
Jesus. Eles serão vitoriosos. Eles deixarão de pecar. Eles serão selados e passarão pelo
maior tempo de provação em toda a eternidade, e o farão depois que o ministério de
perdão de Jesus for encerrado. Isso ocorrerá imediatamente antes de Sua Segunda Vinda
literal. Jesus nunca os deixa, mas o último estágio do conflito ocorre sob condições
únicas.

Entre essas visões no Apocalipse, uma é sem dúvida a mais surpreendente de todas. É a
visão mais extraordinária dada em toda a Bíblia. A cena em Apocalipse 14:1-5 descreve
um povo que passa por provações como as de Jó, e que são o produto final do
evangelho. Eles são o mesmo grupo mencionado em Romanos 8. Toda a criação estava
esperando pela revelação dos filhos de Deus. Agora, aqui estão eles.

Considere o que João vê. Jesus (o Cordeiro) está vitoriosamente de pé no monte Sião.
Pela teologia convencional, o resto da visão não deveria ter sido dado. Nunca deveria ter
acontecido. É tudo sobre Jesus, não é? Mas olhe novamente. Sim, Jesus está de pé no
monte Sião, "e com Ele cento e quarenta e quatro mil, tendo o Seu nome e o nome de
Seu Pai escritos em suas testas." Os próximos quatro versos enfocam esse grupo. Nós
vemos um povo vitorioso. Eles passaram pela maior angústia que já houve. Eles estão
com Jesus. É assim que eles passaram por isso. Eles foram selados e nunca deixaram o
caminho de Jesus durante toda a provação. Ele nunca deixa de fortalecê-los com a ajuda
necessária para passarem por isso.

Especialmente interessante é o detalhe que João dá a respeito esse grupo. Como eles são
descritos? Eles têm o nome de Jesus e do Pai neles. O nome não está em qualquer lugar.
O nome está escrito em suas testas.

Sabemos pelas Escrituras que o nome de Deus representa seu caráter. Em outras
palavras, podemos dizer que o caráter de Cristo foi perfeitamente reproduzido neles.
Eles são seus. Paulo, que escreveu sobre a criação à espera da revelação dos filhos de
Deus, também escreveu: "Haja em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus" (Filipenses 2:5). Satanás disse que isso não poderia ser feito. Ele disse que
não poderia nem começar a ser feito. Ninguém pode guardar a lei de Deus. Mas aqui
estão eles! O nome de Cristo em suas testas mostra que eles Lhe pertencem. Eles se
entregaram a Jesus completamente.

Essa passagem os descreve como cantando um novo cântico—um cântico que apenas
eles podem aprender e apenas eles podem cantar. É o cântico de sua experiência—uma
experiência tal como nenhum outro grupo jamais teve. Além do mais, eles não se
contaminaram com mulheres, isto é, eles responderam ao chamado de Jesus para saírem
de Babilônia, para fugirem daqueles corpos religiosos que se tornaram completamente
corrompidos e que estão à beira da destruição. Eles são descritos como seguindo o
Cordeiro onde quer que Ele vá. O que quer que Jesus faça, eles aprenderam a fazer. O
que quer que Jesus não faça, eles aprenderam a não fazer.

Reflita sobre o que nos é dito aqui. Satanás alegou que se Jó fosse atacado ele rejeitaria
a Deus. Mas aqui estão aqueles que passaram por uma prova extraordinária, a maior
prova das eras. Eles escolheram seguir a Jesus através de todo o campo minado, não
importa o custo. Apocalipse 14:4 mostra que esses passam no teste final. Eles são
totalmente de Jesus.

O quinto verso torna o resultado explícito: esse grupo não tem mentiras. Eles estão sem
culpa diante do trono de Deus. Eles deixaram de pecar.

Não entenda mal. Eles não são absolutamente perfeitos como Deus é absolutamente
perfeito; eles são seres finitos. Mas eles vieram da grande tribulação, suportaram
provações extraordinárias. Eles estão completamente do lado de Jesus. Quem são esses
que são mostrados a João logo após Apocalipse 13 nos dizer que todos os que
recusaram o selo de Deus serão coagidos a receber a marca da besta?

Eles estão selados. Apocalipse 7:1-3:

"E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra,
retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem
sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e
que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora
dado o poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar,
nem as árvores, até que hajamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus."

Aqui estão os anjos que guiam em medida o progresso do conflito. A Guerra do Grande
Conflito não é permitida avançar para seu estágio final até que o povo de Deus tenha
sido selado. O selo é a lei de Deus, o nome de Deus, uma reprodução de Seu caráter no
refletor humano individual. Em Apocalipse 7, estes estão vestidos de vestes brancas e
vieram da grande tribulação. Eles são descritos como tendo "lavado suas vestes e as
branqueado no sangue do Cordeiro" (7:14).

Apocalipse 19 mais à frente elabora nos versos 7 e 8:

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do


Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino,
puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos."

Tanto Apocalipse 7 quanto 19 retratam a noiva como se preparando. Mas o capítulo 19


deixa claro que sua habilidade para se preparar é em si um dom de Deus. Há uma
cooperação divino-humana nisso. Estar pronta para o casamento é tornar-se
completamente fiel ao Noivo. Todas as agendas são deixadas de lado, exceto a agenda
de Deus. Então em Apocalipse 22:11, 12 vem a disposição final. Os caracteres foram
decididos, os santos foram selados, os adversários receberam a marca do grande
adversário. Deus aceita todas essas decisões. O ministério de perdão de Jesus se encerra.
Não é mais necessário.

Perceba que aqueles que escolheram o Seu reino estão totalmente entregues a Jesus.
Todos os seus pecados foram antes deles para o julgamento. Todos foram apagados.
Eles estão totalmente conectados a Deus. Tão completamente quanto humanamente
possível, eles são participantes da natureza divina. Eles são totalmente receptivos. Eles
estão buscando e absorvendo toda a Sua presença. Eles continuam recebendo Seu poder
para vencer. Enquanto isso, os ímpios se conectaram totalmente a Satanás. Eles estão
imundos e sujos. Eles se tornaram implacáveis e determinados a abandonar
completamente a Jesus. Eles estão pecando e recusam até o Seu perdão. Eles se
convenceram de uma mentira sofisticada. Eles não acham que haja um fenômeno
chamado pecado. E assim, o ministério de perdão de Jesus não serve para eles. Eles
receberam a marca da besta. Eles estão feitos. Eles estão assentados no erro e no
egoísmo tão profundamente quanto os seguidores de Cristo estão assentados na verdade.
Eles estão unidos aos seus ídolos. Eles não podem ser movidos.

O ministério de perdão cessa porque todos se alinharam. Os justos pararam


completamente de pecar, e os ímpios abraçaram completamente o egoísmo; eles nem
mais sequer buscam o perdão. Colocando de maneira simples, Jesus não para de
perdoar, mas as pessoas param de ser perdoadas. Cada coração escolheu; cada coração
alcançou o alinhamento final. Cada coração escolheu por si mesmo a eternidade. Este
grupo se recusa a pecar.

Deus aceita essas escolhas. Satanás ainda procura fazer com que os seguidores de Jesus
falhem. A provação se encerrou, mas Satanás tenta. Ele poderia tentar por um dia ou por
milhões de anos. O resultado seria o mesmo.

Tudo isso nos leva novamente a uma ideia, uma que vimos bem no início dessa jornada.
Perto de completar sua carta aos romanos, os pensamentos de Paulo se voltam
novamente para a criação aguardando pela revelação dos filhos de Deus. Assim como
começamos com a declaração clara em Gênesis 3:15 de que a Semente da mulher
esmagaria a cabeça da serpente, Paulo, um quarto de século depois da cruz, encoraja os
cristãos, escrevendo: "O Deus da paz em breve esmagará Satanás sob seus pés"
(Romanos 16:20). Que fique claro: Paulo não diz que eles salvam a si mesmos, ou
contribuem com mérito para sua própria salvação. Mas diz a eles e a nós que uma parte
da vindicação de Deus está ligada às vidas que eles vivem.

E então, assim como 2.000 anos atrás a vida de Jesus respondeu diretamente à questão
se a lei de Deus podia ser obedecida, as vidas do povo de Deus têm um papel definido
pelo Céu no que vem a seguir. Na cruz o disfarce de Satanás foi destruído, contudo, os
anjos nem mesmo compreenderam tudo o que estava envolvido no grande conflito.
Outro engano foi então apresentado, a saber, que a morte de Jesus pôs fim à lei. Essa
guerra continua.

Continuará até o final dos tempos. Toda pessoa será testada. Obediência ou
desobediência é a questão a ser decidida pelo mundo. Cada caráter será totalmente
desenvolvido; todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião.
Quando o grande conflito terminar, a eliminação do pecado justificará o amor de Deus e
estabelecerá Sua honra diante de um universo de seres que se deleitam em fazer Sua
vontade, e em cujo coração está Sua lei.
Conclusão
A Teologia da Última Geração é o cristianismo. É apenas a história do cristianismo
levada à conclusão. Não é o cristianismo convencional, pois a vindicação do caráter de
Deus não é enfatizada na visão comum. Mas é um cristianismo robusto, totalmente
bíblico. É a conclusão da expiação de Jesus sem quaisquer partes reduzidas, sem cantos
arredondados.

Jesus e a última geração mostram o que a humanidade e divindade combinadas podem


fazer no poder de Deus. Isto não é nem mesmo sobre a salvação pessoal. É sobre
assegurar o universo contra o pecado por toda a eternidade.

Entenda, estamos quase no lar. O título deste artigo ("Jesus e a Última Geração") dá um
sermão sobre nós e Jesus. Mas apenas as escolhas que você e eu fizermos hoje, amanhã
e todos os dias podem fazer isso de fato. Supliquemos a Deus para que nos ajude a
querermos estar dispostos, e a darmos nossos corações ao Criador do Planeta para que
sejam refeitos. E então nós estaremos lá.

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