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USO DO

CHATGPT
NA MEDICINA

1 Uso do ChatGPT na Medicina


Sumário
1..Apresentação........................................................................... 3

2..Oportunidades do Uso do Chatbots na Medicina................... 5

3..Desafios do uso de Chatbots na Medicina.............................. 9

4..Prompt Engineering aplicado à área médica..........................12

5..Exemplos de prompts para discussão de casos clínicos e


pesquisa aplicados à área médica.............................................15

6..Considerações finais..............................................................17

Sugestão de Leitura Complementar......................................... 18

Participantes............................................................................. 19

Equipe Executiva MEDHub UFSC.............................................. 20

Equipe de Produção do Ebook - Secretaria de Educação a Dis-


tância (SEAD/UFSC)...................................................................21

2 Uso do ChatGPT na Medicina


1. Apresentação
A medicina em seu contexto atual enfrenta uma série de desafios,
como o aumento da demanda por serviços de saúde, a necessi-
dade de decisões clínicas rápidas e precisas e a crescente com-
plexidade das informações médicas. Diante desse cenário, a tec-
nologia tem assumido um papel fundamental na transformação da
prática médica, oferecendo soluções inovadoras que têm o poten-
cial de melhorar a qualidade do atendimento e otimizar a gestão
dos recursos de saúde. Nesse contexto, o MEDHub UFSC, um
Hub de Inovação em Saúde criado na Universidade Federal de
Santa Catarina, surge como um importante aliado no desenvolvi-
mento e implementação de soluções inovadoras na área da saúde.

O MEDHub UFSC, em parceria com a SINOVA-Departamento de


Inovação da UFSC, está realizando o projeto de extensão “Ino-
vação Generativa e Empreendedorismo Social aplicado ao setor
da saúde”. Este projeto busca promover a cultura de inovação nos
curso da área da saúde da UFSC e fomentar a criação de soluções
inovadoras, promovendo a interação entre profissionais de saúde,
estudantes, pesquisadores e empreendedores. Essa colaboração
multidisciplinar permite a troca de conhecimentos e experiências,
estimulando a criação de soluções que abordem os desafios en-
frentados no setor da saúde de maneira eficiente e sustentável.

Uma dessas soluções é o uso de chatbots, como o ChatGPT, na me-


dicina. Essas ferramentas de inteligência artificial tem o potencial de
auxiliar profissionais de saúde e pesquisadores no aprimoramento
diagnóstico, na ampliação dos modelos de educação médica, na faci-
litação de ideias estruturantes para projetos de pesquisa, entre vários
outros usos . Ao integrar chatbots como o ChatGPT em suas práticas
e processos, os profissionais de saúde podem acessar informações
médicas de maneira rápida e eficiente, facilitando a tomada de deci-
sões clínicas e otimizando a gestão dos recursos de saúde.

Este ebook tem como objetivo explorar tópicos discutidos no


Workshop “Uso do ChatGPT na Medicina”, organizado pelo MEDHub
UFSC, e que abordou tanto as oportunidades quanto os desafios
associados ao emprego dessas ferramentas na prática clínica. Além
disso, trouxemos uma breve discussão do conceito de Prompt Engi-
neering, uma técnica essencial para extrair informações relevantes
e úteis de modelos de linguagem como o ChatGPT, e sua aplicação
na área médica.

3 Uso do ChatGPT na Medicina


Além das oportunidades e desafios do uso dos chatbots em me-
dicina, também iremos apresentar exemplos práticos de prompts
para discussão de casos clínicos e geração de ideias de pesquisa.
Desejamos que o conteúdo que a equipe MEDHub UFSC organizou
nesse Ebook contribua para o avanço de uma discussão qualifi-
cada sobre o papel dos chatbots na prática médica e incentivar
a adoção dessas tecnologias de maneira responsável e eficaz.

Boa leitura!!

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2. Oportunidades do Uso
do Chatbots na Medicina
O uso de chatbots, como o ChatGPT, na medicina oferece uma série
de oportunidades para melhorar a qualidade e a eficiência do atendi-
mento médico. Entre suas principais potencialidades podemos citar:

1. Suporte à tomada de decisão clínica:

▪ Geração de hipóteses diagnósticas: os chatbots tem o poten-


cial de auxiliar médicos na formulação de hipóteses diagnós-
ticas com base nas informações fornecidas sobre o paciente,
possibilitando uma análise abrangente.

▪ Descrição de possibilidades terapêuticas: com acesso a uma


vasta quantidade de informações de livros textos, artigos e
conteúdo médico, os chatbots podem descrever uma série de
tratamentos disponíveis para as condições diagnosticadas,
auxiliando a curadoria dos médicos na escolha das melhores
opções terapêuticas.

2. Ampliação do Acesso à Informação:

▪ Educação médica: chatbots podem servir como recursos edu-


cacionais para estudantes e profissionais de saúde, ofere-
cendo acesso a simulações de casos clínicos e correlação de
aspectos fisiopatológicos, diagnósticos e terapêuticos essên-
cias para diferentes condições clínicas.

▪ Sumarização de conceitos médicos: os chatbots tem o potencial


de auxiliar os médicos a encontrarem conceitos e correlações
clínicas de uma forma mais direta e interativa do que bases digi-
tais convencionais de consulta de informação médica.

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3. Comunicação com pacientes:

▪ Melhoria na comunicação entre médicos e pacientes: esti-


ma-se que em um futuro próximo os chatbots possam atuar
como intermediários, ajudando os pacientes a compreender
suas condições e tratamentos, e permitindo que as informa-
ções fornecidas pelos médicos sejam mais assertivas no con-
texto terapêutico.

▪ Pré-consultas virtuais: os chatbots podem ser utilizados em


telemedicina como assistentes virtuais de pré-consultas mé-
dicas e assim reduzir parte da sobrecarga nos serviços de
saúde e otimizar a qualidade da interação médico-paciente
durante a consulta.

4. Redução de erros médicos:

▪ Apoio na análise de exames: os chatbots podem ajudar a ana-


lisar exames e resultados de testes, reduzindo a possibilidade
de erros de interpretação e contribuindo para decisões clínicas
mais informadas.

▪ Prevenção de interações medicamentosas: com acesso a infor-


mações detalhadas sobre medicamentos, os chatbots podem
auxiliar na identificação de possíveis interações medicamen-
tosas e prevenir efeitos adversos.

5. Gestão de saúde populacional:

▪ Identificação de padrões e tendências: os chatbots podem


ajudar a analisar dados de saúde populacional, permitindo a
identificação de padrões e tendências, o que pode ser útil
para a formulação de políticas públicas de saúde e prevenção
de doenças.

▪ Promoção da saúde e prevenção: os chatbots podem ser utili-


zados para promover estilos de vida saudáveis e prevenir do-
enças, oferecendo informações e orientações personalizadas
aos indivíduos.

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6. Integração com sistemas de saúde existentes:

▪ Integração com prontuários eletrônicos: os chatbots podem


ser conectados a prontuários eletrônicos, facilitando o acesso
a informações relevantes sobre os pacientes e agilizando a to-
mada de decisões clínicas.

▪ Colaboração entre profissionais de saúde: os chatbots podem


facilitar a comunicação e a colaboração entre profissionais de
saúde de diferentes especialidades, promovendo a troca de
informações e a coordenação do atendimento ao paciente.

7. Pesquisa e desenvolvimento:

▪ Apoio à pesquisa clínica: os chatbots podem auxiliar pesqui-


sadores na elaboração de projetos de pesquisa e estudos clí-
nicos, fornecendo informações relevantes e ajudando na aná-
lise dos resultados.

▪ Identificação de áreas de pesquisa promissoras: ao analisar


grandes volumes de dados médicos, os chatbots podem iden-
tificar áreas com necessidades não atendidas ou com poten-
cial para avanços significativos, orientando o foco da pesquisa
e o desenvolvimento de novas terapias.

8. Personalização do atendimento:

▪ Medicina personalizada: os chatbots podem ajudar a persona-


lizar o atendimento médico, levando em consideração fatores
individuais, como genética, histórico médico e estilo de vida,
para oferecer recomendações de tratamento e prevenção mais
precisas e eficazes.

As oportunidades apresentadas pelo uso de chatbots, como o


ChatGPT, na medicina são numerosas e promissoras. No entanto,
é fundamental considerar os desafios associados a essa tecno-
logia e abordá-los de maneira adequada para garantir a imple-
mentação responsável e eficaz dos chatbots na prática médica.
Além disso, é importante investir em pesquisa e desenvolvimento
contínuos para expandir as capacidades dos chatbots e adaptá-
-los às necessidades específicas do campo da saúde.

7 Uso do ChatGPT na Medicina


Quadro conceitual: Chatbots e ChatGPT

Chatbots são programas de computador desenvolvidos para si-


mular conversas humanas através de texto ou voz, permitindo que
os usuários interajam com sistemas e serviços de forma mais na-
tural e intuitiva. Essas ferramentas de inteligência artificial utilizam
algoritmos de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla
em inglês) para entender e responder às perguntas e solicitações
dos usuários, atuando como assistentes virtuais em diversos con-
textos, como atendimento ao cliente, suporte técnico, educação e
até mesmo na área médica.

O ChatGPT é um exemplo de chatbot, que foi desenvolvido pela


OpenAI, utilizando o modelo GPT (Generative Pre-Trained Trans-
former), uma arquitetura de redes neurais artificiais especialmente
desenvolvida para interagir com um ser humano e gerar textos em
linguagem natural. Para isso, o modelo é treinado a partir de uma
grande quantidade de textos disponíveis na internet, adquirindo,
por exemplo, a habilidade de responder perguntas complexas e sin-
tetizar informações. O objetivo do ChatGPT é compreender e gerar
respostas relevantes e coerentes em conversas, aplicando seu co-
nhecimento em diversas áreas e oferecendo um desempenho de
ponta em termos de geração de linguagem natural.

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3. Desafios do uso de
Chatbots na Medicina
Embora o uso de chatbots na medicina apresente diversas opor-
tunidades para melhorar a qualidade e a eficiência do atendimento
médico, também há desafios que devem ser abordados para ga-
rantir uma implementação responsável e eficaz, estes incluem:

1. Responsabilidade legal e ética:

▪ Confidencialidade das informações: a proteção das informa-


ções médicas e pessoais dos pacientes é fundamental, e cha-
tbots devem ser projetados e implementados de maneira a ga-
rantir a privacidade e a segurança dos dados.

▪ Responsabilidade médica: a utilização de chatbots na tomada


de decisões clínicas levanta questões sobre responsabilidade
legal e ética, exigindo a elaboração de diretrizes e regulamen-
tações adequadas para estabelecer as responsabilidades dos
profissionais de saúde e dos desenvolvedores de chatbots.

2. Aceitação por parte dos profissionais de saúde:

▪ Resistência à adoção: pode haver resistência por parte de mé-


dicos e outros profissionais de saúde em adotar o uso de cha-
tbots, especialmente se acreditarem que a ferramenta pode
substituí-los ou diminuir a qualidade do atendimento.

▪ Treinamento e capacitação: é importante garantir que os pro-


fissionais de saúde estejam devidamente treinados e capaci-
tados para usar chatbots de maneira eficaz e integrá-los à sua
prática clínica.

3. Equidade no acesso:

▪ Disparidades no acesso à saúde: é fundamental garantir que o


uso de chatbots na medicina não aumente as disparidades no
acesso à saúde, mas sim contribua para reduzi-las, garantindo
que pacientes de diferentes origens socioeconômicas e geográ-
ficas possam se beneficiar dessa tecnologia.

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4. Precisão e qualidade das informações:

▪ Limitações do conhecimento do chatbot: o ChatGPT e ou-


tros chatbots são limitados pelo conhecimento que possuem
e forma como produzem as informações textuais. Nesse con-
texto, é essencial garantir uma curadoria apropriada das bases
de dados as quais os chatbots são treinados e assim melhorar
a qualidade das informações geradas.

▪ Viés e discriminação: é importante abordar possíveis vieses nos


dados e algoritmos dos chatbots, para evitar discriminação e
garantir que as informações e recomendações sejam impar-
ciais e precisas.

5. Integração com sistemas de saúde existentes:

▪ Interoperabilidade: a integração de chatbots com sistemas de


saúde existentes, como prontuários eletrônicos e sistemas de
gerenciamento de pacientes, pode ser um desafio, especial-
mente em ambientes com tecnologias heterogêneas e regula-
mentações variadas.

▪ Padronização de dados: para que os chatbots possam ser


utilizados de maneira eficaz, é necessário garantir a padro-
nização e a compatibilidade dos dados médicos e de saúde
entre os diferentes sistemas.

6. Questões regulatórias e de conformidade:

▪ Regulamentação: o desenvolvimento e a implementação de


chatbots na medicina devem estar em conformidade com as
regulamentações e diretrizes locais, nacionais e internacionais,
o que pode representar um desafio para os desenvolvedores e
profissionais de saúde envolvidos.

▪ Certificação e validação: é crucial garantir que os chatbots


sejam submetidos a processos rigorosos de certificação e va-
lidação, a fim de garantir a segurança, a eficácia e a qualidade
das informações e recomendações fornecidas.

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7. Atualização constante de conhecimento:

▪ Manutenção e atualização: é fundamental garantir que os cha-


tbots sejam constantemente atualizados com as últimas des-
cobertas e avanços médicos, a fim de manter a precisão e a
relevância das informações e recomendações fornecidas.

▪ Capacidade de aprendizado contínuo: o desenvolvimento de


chatbots com capacidade de aprendizado contínuo é crucial
para garantir que se adaptem às mudanças na prática médica
e às necessidades dos pacientes.

8. Avaliação de eficácia e impacto:

▪ Monitoramento e avaliação: é importante monitorar e avaliar o


desempenho dos chatbots na prática médica, a fim de identi-
ficar áreas de melhoria e garantir que proporcionem benefícios
reais aos pacientes e profissionais de saúde.

▪ Estudos de validação clínica: é necessário realizar estudos de


validação clínica para avaliar a eficácia dos chatbots na me-
lhoria do atendimento médico e na promoção da saúde.

Ao abordar esses desafios, é possível aproveitar o potencial dos


chatbots na medicina, garantindo a sua implementação respon-
sável e eficaz. É importante reconhecer que a colaboração entre
desenvolvedores de tecnologia, profissionais de saúde, pesqui-
sadores e formuladores de políticas é fundamental para enfrentar
esses desafios e garantir que os chatbots sejam uma ferramenta
que contribua com a melhoria da qualidade e da eficiência do
atendimento médico.

11 Uso do ChatGPT na Medicina


4. Prompt Engineering
aplicado à área médica
O prompt engineering, ou engenharia de prompts, refere-se ao pro-
cesso de elaboração de perguntas ou instruções direcionadas aos
modelos de linguagem, como o ChatGPT, a fim de obter respostas
mais precisas, relevantes e úteis. Na área médica, o prompt engi-
neering pode ser aplicado para melhorar a eficácia e a utilidade dos
chatbots em diferentes cenários clínicos e de pesquisa. Elencamos
aqui algumas considerações e estratégias envolvidas na aplicação
do prompt engineering na medicina:

1. Foco na clareza e especificidade:

▪ Evitar ambiguidades: ao elaborar prompts médicos, é impor-


tante evitar termos e frases ambíguas, garantindo que as ques-
tões sejam claras e específicas para que o chatbot compreenda
a intenção do usuário e forneça respostas relevantes.

▪ Incluir detalhes relevantes: os prompts devem incluir informa-


ções contextuais e detalhes específicos do paciente, quando
aplicável, para ajudar o chatbot a fornecer recomendações e
informações mais precisas.

2. Estruturação dos prompts:

▪ Utilizar estruturas de perguntas: organizar os prompts em forma


de perguntas (como a estrutura PICO – pergunta, intervenção,
controle e outcome- para pesquisa clínica ou mnemônicos para
avaliação de dor) pode ajudar a guiar o chatbot na elaboração
de respostas mais relevantes e informativas.

▪ Uso de sequências de prompts: dividir perguntas complexas


em prompts sequenciais pode facilitar a compreensão do cha-
tbot e melhorar a qualidade das respostas.

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3. Adequação à área médica específica:

▪ Personalização para diferentes especialidades: os prompts


devem ser adaptados às necessidades específicas de dife-
rentes especialidades médicas, levando em consideração o
conhecimento e a terminologia relevantes para cada área.

▪ Considerar as diretrizes e práticas médicas: é fundamental que


os prompts sejam elaborados de acordo com as diretrizes e
práticas médicas atualizadas, garantindo que as respostas do
chatbot estejam alinhadas com o conhecimento médico atual.

4. Iteratividade e refinamento:

▪ Teste e ajuste dos prompts: é importante testar os prompts e


ajustá-los com base no feedback dos usuários e na análise das
respostas do chatbot para melhorar a precisão e a relevância
das informações fornecidas.

▪ Aprendizado contínuo: o desenvolvimento de chatbots com


capacidade de aprendizado contínuo pode ajudar a melhorar
o desempenho dos prompts ao longo do tempo, à medida que
o chatbot aprende com a interação com os usuários e o fee-
dback fornecido.

5. Abordagem colaborativa:

▪ Envolvimento de profissionais de saúde: a colaboração entre


desenvolvedores de chatbots e profissionais de saúde é es-
sencial para garantir que os prompts sejam clinicamente rele-
vantes e estejam alinhados com as necessidades e expecta-
tivas dos profissionais da área médica.

▪ Integração de feedback dos usuários: coletar e integrar


feedback dos usuários, incluindo pacientes e profissionais de
saúde, pode ajudar a refinar os prompts e garantir que sejam
eficazes e úteis na prática médica.

Ao aplicar essas considerações e estratégias na engenharia de


prompts na área médica, é possível melhorar a eficácia e a utili-
dade dos chatbots, como o ChatGPT, em diversos cenários clí-
nicos e de pesquisa. A aplicação bem-sucedida do prompt en-

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gineering na medicina pode resultar em melhores diagnósticos,
tratamentos mais eficientes e aprimoramento na qualidade geral
do atendimento médico.

6. Monitoramento e avaliação do desempenho:

▪ Estabelecer métricas de sucesso: é importante definir métricas


de sucesso claras para avaliar o desempenho dos prompts e
do chatbot, como a precisão das informações fornecidas, a re-
levância das respostas e o grau de satisfação do usuário.

▪ Análise e melhoria contínua: a avaliação do desempenho dos


prompts deve ser um processo contínuo, com análises e ajustes
regulares para garantir que os chatbots continuem a fornecer
informações e recomendações de alta qualidade na prática
médica.

7. Adaptação a diferentes contextos e públicos-alvo:

▪ Considerar as necessidades culturais e linguísticas: ao elaborar


prompts médicos, é essencial levar em consideração as dife-
renças culturais e linguísticas dos usuários, garantindo que os
chatbots sejam acessíveis e relevantes para diversos públicos.

▪ Adaptação às necessidades de diferentes níveis de experiência:


os prompts devem ser elaborados para atender às necessi-
dades de diferentes níveis de experiência, desde estudantes
de medicina e profissionais em início de carreira até médicos
experientes e especialistas.

Ao abordar essas estratégias e considerações na engenharia de


prompts aplicada à área médica, os desenvolvedores e profis-
sionais de saúde podem trabalhar juntos para criar chatbots efi-
cazes e úteis. Essas ferramentas têm o potencial de melhorar
a qualidade e a eficiência do atendimento médico, bem como
apoiar a pesquisa e a educação em saúde, desde que sejam cui-
dadosamente projetadas e implementadas com base nas neces-
sidades e expectativas dos usuários.

14 Uso do ChatGPT na Medicina


5. Exemplos de prompts
para discussão de casos
clínicos e pesquisa
aplicados à área médica
A seguir, apresentamos exemplos de prompts que foram demons-
trados durante o workshop e que podem auxiliar na discussão de
casos clínicos e na elaboração incial de pesquisas na área médica.
Esses exemplos demonstram como os prompts podem ser elabo-
rados para auxiliar na obtenção de informações relevantes e com-
plementares na tomada de decisões clínicas.

Prompts para Caso Clínico

Prompt 1: Chatgpt atue como um médico experiente, que tem co-


nhecimento amplo em clínica médica, raciocínio clínico e (INSERIR
ÁREA DA MEDICINA RELACIONADA AO CASO). Eu vou descrever
abaixo um caso clínico detalhado e quero que você me auxilie a
criar hipóteses diagnósticas e a encontrar a mais plausível.

ChatGPT, importante, não escreva nada ainda. Aguarde instruções.

Prompt 2: Crie 5 hipóteses diagnósticas para o caso e justifique


suas hipóteses. Lembre que há possibilidade de o paciente apre-
sentar de forma concomitante mais de uma condição. Então, após
citar as hipóteses, justifique qual o seu parecer em relação ao
diagnóstico ou diagnósticos mais prováveis que paciente possui.
(INSERIR CASO CLÍNICO)

Prompt 3: (aplicado se for um caso de dor) Considerando o mne-


monico abaixo para sistematização dos aspectos clínicos da dor,
organize as informações do caso clínico em cada item do mnemo-
nico (responda em língua portuguesa). O (onset) P (provokes and
paliates) Q (quality) R (radiation) S(severity) T(time)

15 Uso do ChatGPT na Medicina


Prompt 4: (aplicado se for um caso de dor) Descreva do ponto de
vista de fisiopatologia e neurobiologia da dor o que cada resposta
obtida do mnemonico pode significar e qual sua implicação clínica,
semiológica e em termos de conduta médica.

Prompt 5: Considerando as principais causas (NOME DA DOENÇA,


DISFUNÇÃO OU SÍNDROME), faça uma tabela que inclua as hipó-
teses diagnósticas citadas que incluam : 1-o nome da doença,
2-sinais e sintomas mais frequentes desta doença, 3- sinais e sin-
tomas que falam contra o diagnostico desta doença 4- os princi-
pais achados de exames complementares destas doenças.

Projeto de Pesquisa

Prompt 1: Atue como um engenheiro de prompts na área da saúde


e me auxilie a criar um prompt que vai auxiliar a realização de um
desenho de um estudo clínico. ChatGPT Importante, não escreva
nada ainda.

Aguarde instruções da próxima mensagem.

Prompt 2: Crie um prompt eficiente para elaboração de um projeto


de pesquisa que considere as informações abaixo: Com base no
seguinte tema: (INSERIR TEMA ESCOLHIDO) Vamos elaborar um
estudo clínico (INSERIR O TIPO DE ESTUDO) que siga a seguinte
estrutura: P- Pergunta I- Intervenção C- Controle O- Outcome/des-
fecho

Prompt 3: Abrir “new chat” no chatGPT. Copie e cole o resultado


do Prompt 2.

16 Uso do ChatGPT na Medicina


6. Considerações finais
Ao aplicar esses exemplos de prompts na discussão de casos clínicos
e na condução de pesquisas, os profissionais de saúde e pesqui-
sadores podem obter informações valiosas e tomar decisões infor-
madas com o auxílio de chatbots, como o ChatGPT. Esses prompts
podem ser adaptados e refinados de acordo com as necessidades
específicas de cada situação, garantindo que sejam eficazes e úteis
no contexto médico.

Além disso, é importante lembrar que o sucesso na utilização de


prompts na medicina depende da colaboração entre os desenvol-
vedores de chatbots e os profissionais de saúde, bem como do fe-
edback dos usuários. Ao trabalhar juntos e ajustar os prompts con-
forme necessário, é possível melhorar a qualidade e a relevância
das informações fornecidas pelos chatbots, facilitando a tomada
de decisões clínicas e impulsionando a pesquisa médica.

Os prompts apresentados neste capítulo servem como ponto de


partida para o uso de chatbots, como o ChatGPT, na medicina. No
entanto, é fundamental que os profissionais de saúde e desen-
volvedores trabalhem juntos na elaboração e refinamento desses
prompts, garantindo que sejam adaptados às necessidades espe-
cíficas de cada área médica e contexto clínico.

Além disso, é crucial monitorar e avaliar continuamente o desem-


penho dos chatbots na área médica, estabelecendo métricas de
sucesso e ajustando os prompts conforme necessário. Isso garan-
tirá que os chatbots continuem a fornecer informações precisas
e relevantes, melhorando a qualidade do atendimento médico e
apoiando a educação e a pesquisa em saúde.

Esperamos que o conteúdo deste Ebook tenha contribuído para


uma visão geral dos atuais desafios e oportunidades do uso de
chatbots na medicina. Adicionalmente, ao discutirmos o conceito
de prompt engineering e aplica-lo à área da saúde, esperamos
que o assunto gere mais interesse para que profissionais de saúde
e desenvolvedores ampliem colaborações que visem a melhora do
atendimento médico e das pesquisas no campo da saúde.

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Sugestão de Leitura
Complementar
Greene, A., Greene, C. C., & Greene, C. (2019). Artificial intelligence,
chatbots, and the future of medicine. The Lancet Oncology, 20(4),
481-482.

Jiang, E., Olson, K., Toh, E., Molina, A., Donsbach, A., Terry, M., &
Cai, C. J. (2022, April). PromptMaker: Prompt-based Prototyping
with Large Language Models. In CHI Conference on Human Factors
in Computing Systems Extended Abstracts (pp. 1-8).

Haupt, C. E., & Marks, M. AI-Generated Medical Advice—GPT and


Beyond. JAMA.

Lee, P., Bubeck, S., & Petro, J. (2023). Benefits, Limits, and Risks of
GPT-4 as an AI Chatbot for Medicine. New England Journal of Me-
dicine, 388(13), 1233-1239.

Ten Cate, O., Custers, E. J., & Durning, S. J. (2017). Principles and
practice of case-based clinical reasoning education: a method for
preclinical students.

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Participantes
Eric Aislan Antonelo
Professor do Departamento de Automação e Sistemas
– UFSC
Ministrante da Disciplina de Inteligência Artificial Apli-
cada a Controle e Automação

Fábio Luis Baldissera


Estudante de Graduação em Medicina - UFSC
Ex-professor do Curso de Engenharia de Controle e
Automação da UFSC

Ari Ojeda Ocampo Moré


Professor do Departamento de Clínica Médica – UFSC
Ministrante da Disciplina de Raciocínio Clínico
Coordenador do Projeto Inovação Generativa e Em-
preendedorismo Social

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Equipe Executiva MEDHub
UFSC
Ari Ojeda Ocampo Moré
Coordenador do MEDHub UFSC

Rosangela da Silva Moura


CFO - Chief Financial Officer (Diretora Financeira)

Pedro Lopes Gebrim


CCO - Chief Compliance Officer (Diretor de
Conformidade)

Felipe Ziulkoski Aprato


CIO - Chief Innovation Officer (Diretor de Inovação)

Rúbia Carolina Nobre Morais


CMO - Chief Marketing Officer (Diretora de
Marketing)

Diego César Dias de Sousa


COO - Chief Operating Officer (Diretor de Operações)

Patrick Froelich Meldola


CHRO - Chief Human Resources Officer (Diretor de
Recursos Humanos)

Felipe Trupel
CTO - Chief Technology Officer (Diretor de
Tecnologia)

João Vitor Mezomo


CPO - Chief Partnership Officer (Diretor de Parcerias)

Fábio Luis Baldissera


CQO - Chief Quality Officer (Diretor de Qualidade)

Marina Assunção
Embaixadora

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Equipe de Produção do
Ebook - Secretaria de
Educação a Distância
(SEAD/UFSC)
Rafael Pereira Ocampo Moré
Técnico Administrativo

Sonia Trois
Programadora visual

21 Uso do ChatGPT na Medicina


22 Uso do ChatGPT na Medicina
Realização:

Produção do Ebook:

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