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D.A.

Carson – Não se
barganha com um Deus que
não precisa de você [O Deus
Presente 3/14]
D. A. Carson em 20 mar, 2013

Neste vídeo, D. A Carson reflete em Atos 17:25 sobre o


versículo “nem é servido por mãos humanas, como se de
alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos
dá vida, respiração e tudo mais”. Carson mostra que se
Deus não precisa de nada, não há como barganhar com
ele.

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D. A. Carson será um dos palestrantes na Conferência Fiel


de 2013: O Deus Presente.

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Transcrição
“Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma
coisa precisasse.” (Atos 17.24-25)

Isso não é extraordinário? Deus não precisa de você. Ele


certamente não precisa de mim. Ele não precisa de
nossos grupos de louvor! Não é como se Deus chegasse
à quinta-feira à tarde e comece a dizer: “Nossa, mal posso
esperar até o domingo para eles arrasarem com as
guitarras novamente! Estou me sentindo muito sozinho.
Preciso de uma agitação aqui em cima.” Ele não precisa
de nossa adoração. Ele não precisa de nosso dinheiro! Ele
não precisa de nós! Não precisa de nada!

Na eternidade passada, antes que houvesse qualquer


coisa, Deus era. E ele era inteiramente cheio de alegria e
contentamento. E mesmo lá, ele já era um Deus de amor,
pois, nas complexidades da unicidade de Deus, em
categorias que veremos nesta série, o Pai amava o Filho!
Chegarei a estas categorias. Havia uma alteridade dentro
do próprio Deus! Ele não nos criou porque estava solitário
e pensou: “Sabe, meu trabalho como Deus, seria um
pouco mais palatável se eu fizesse um ou dois pra
carregar minha imagem, que me bajulem de vez em
quando.” Ele não precisa de nós.

Mas não me entenda mal. Isso não significa que ele não
reage a nós. Que ele não se deleite em nós, que não se
desagrade de nós. Não significa nada disso. Ele reage sim
a nós. Mas ele reage não por causa de alguma
necessidade intrínseca em seu próprio ser ou caráter. Mas
ele responde a partir sua inteira volição de suas
perfeições e vontade Não porque ele não prevê o futuro.
Não porque ele deixou as coisas saírem do controle. Não
porque abandonou sua soberania. Não porque ele não é
soberano. Não porque ele tem um problema psicológico.
Não porque ele precisa de alguma coisa. Mas por causa
das perfeições de tudo o que ele é, características e
atributos; ele responde sempre de acordo com seus
atributos. O tempo todo. Ele nunca é menos que Deus.

Você consegue imaginar o quão difícil foi para Paulo


conseguir apontar a cruz para um punhado de
acadêmicos sofisticados cuja inteira noção de religião se
baseava em “uma mão lava a outra”? E então, para ficar
ainda mais complicado, Paulo adiciona outra linha: “O
Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele
Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos
por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas,
como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é
quem a todos dá vida, respiração e tudo mais.” Nós
precisamos dele.

Isso também vem de Gênesis 1, 2 e 3. Vida, fôlego e tudo


mais. Quando o Senhor Jesus estava vivo no início do
primeiro século, ele ensinou que nenhum pardal cai do
céu sem a autorização de Deus. Até mesmo os cabelos de
sua cabeça são contados. Isso significa, em meu caso,
que Deus está fazendo uma contagem muito rápida. E ele
conhece todos. Até os que desaparecem. E toda vez que
respiro, é com sua autorização. Paulo nos lembra.
Precisamos dele para a vida, a respiração e tudo mais.
Para comida. Para saúde. Eu sou uma criatura
completamente dependente. Não sou o Criador.
Agora, como você terá um relacionamento com um Deus
assim? Ele não é apenas um vovô molenga, e não é
distante. Ele é tão soberano quanto os deístas querem,
mas é muito mais pessoal. E ele não tem nenhuma
necessidade. Você não tem nada para barganhar. De fato,
a única razão pela qual você ainda está vivo é por causa
de sua permissão. Semana passada, um de meus amigos
que leciona em um seminário em Dallas, um bom homem,
professor de Novo Testamento. Já escreveu livros
importantes. Tem três filhos. Um é missionário na Sibéria,
um é missionário na Rússia, e o outro é missionário no
Afeganistão. Tinha saído para se exercitar. Chegou em
casa, deitou-se e morreu. Não havia nada que ele
pudesse fazer a respeito. Se seu coração continua
batendo, é porque Deus permite. Se ele alguma vez
disser: “Tolo, esta noite te pedirão sua alma,” você morre.
Ou se ele disser: “Venha para casa, meu filho. Agora é a
hora. Seu trabalho terminou,” você vai.

Como barganhar com um Deus assim? “Deus, eu… eu te


dou 10%!” Ele é seu dono! Ele é dono da sua vida! Ele é
dono do planeta inteiro! O que isso significa? “Senhor, vou
me tornar missionário. Isso fará de mim uma pessoa
melhor?” “Vou me tornar diácono na igreja.” Não, não. Há
apenas uma maneira de ter um relacionamento com esse
tipo de Deus. Se ele demonstrar graça soberana. Porque
ele não deve nada a você. Você e eu somos rebeldes. E
não temos nada para barganhar.

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