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DEUS REVELADO
Então, embora seres finitos não possam assimilar o
conhecimento de Deus em sua totalidade. Podemos,
contudo, aprender algo sobre Ele e ter um conhecimento
importante e significativo a respeito de quem ele é.
Isso porque, como disse João Calvino, Deus se dirige a nós
em nossos termos e em nossa linguagem, como um pai
falaria ao filhinho.
De fato, é uma espécie de conversa infantil, mas ainda
assim, algo significativo e inteligível é comunicado.
Exemplos:
“Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os
bons” Provérbios 15:3
Linguagem Antropomórfica
Isso significa que ele conhece plenamente tudo que existe
e tudo que está ocorrendo a todas as pessoas do mundo.
Não só isso, mas também demonstra o fato da onisciência
de Deus interferir na vida das pessoas.
A ideia é fazer com que os maus temam e que os bons
confiem no Senhor e esperem dele a proteção dos males e
dos ataques inimigos. É o efeito parecido com aquele em
que a professora vê um aluno batendo em outro e,
chamando-os, lhes diz: “Estou de olho em vocês”. A
intenção é conter o ímpeto do brigão e dar segurança e
tranquilidade ao fraco.
Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus
pés. Que espécie de casa vocês me edificarão? É este o meu lugar de
descanso?” Isaías 66:1
Linguagem Antropomórfica
Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta:
Provérbios 6:16
Linguagem Antropopática
Claramente, o texto aponta para atitudes humanas que são
abomináveis para Deus. Que contrariam totalmente seus
atributos de bondade, justiça, verdade, pureza e amor.
Por isso, assim diz o Soberano Senhor: “Na minha ira, permitirei o
estouro de um vento violento, e, na minha indignação, chuva de pedra e
um aguaceiro torrencial cairão com ímpeto destruidor”.
Ezequiel 13.13
Linguagem Antropopática
DEUS DESCRITO
Por fim, há algumas maneiras pelas quais nós podemos
descrever Deus. Existem pelo menos 3. A primeira delas é
a:
Via negationis – a palavra via significa estrada ou
caminho. E negationis significa apenas negação. Caminho
da negação. Ou seja, descrevemos a Deus dizendo o que
ele NÃO É.
Por exemplo: Falamos que Deus é infinito, que significa
“não finito”.
Os homens mudam constantemente, e por sofrerem
mudança, são chamados: mutáveis. Deus, porém, não
muda. De modo que ele é descrito como imutável, que
significa “não mutável”. Nesses dois exemplos, infinito e
imutável, Deus é descrito pelo que ele não é.
A segunda maneira pela qual descrevemos a Deus é
chamada de:
Via eminentiae – Ou o “caminho da eminência”.
Aqui elevamos conceitos ou referências humanas ao grau
supremo, como os termos onipotência e onisciência.
Ou seja, pega-se a palavra poder, potentia e a palavra
conhecimento, scientia, e eleva ao grau supremo
acrescentando a palavra omni, que significa tudo ou todo.
Onipotente – Ele é todo-poderoso; Onisciente – Ele sabe
de todas as coisas.
A terceira maneira é a via affirmationis – O “caminho de
afirmação”.
É quando fazemos afirmações específicas sobre o caráter
de Deus, como Deus é um, Deus é santo, Deus é
soberano, Deus é justo, etc. Atribuímos positivamente
certas características a Deus e afirmamos que elas são
verdadeiras a respeito dele.