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“NEFILINS” NA WIKIPEDIA

Nefilim, do hebraico ‫ ְנִפ לנְ ִפ יל‬nefilím, que significa desertores, caídos, derrubados, mas
tal termo é uma variação do termo ‫ָנַפ ל‬. Deriva da forma causativa do verbo nafál ou
nefal (cair, queda, derrubar, cortar). Traz uma ideia de dividido, falho, queda, perdido,
mentiroso, desertor.

Literalmente os que fazem os outros cair ou mentir. (( não necessariamente aqueles que
derrubam, mas aqueles que caíram, ou anjos caídos, como visto mais a frente. ))

No Dicionário de Strong , são chamados de tiranos. Em aramaico Nephila designa a


constelação de Orion, que entre os hebreus era o anjo Shemhazai (Semyaza, Samyaza,
Semyaze), conforme relatado no Livro de Enoque.
Citações bíblicas
A Bíblia faz menção aos Nefilins como “anjos caídos”, “espíritos impuros” ou
“demônios”, e no tal apócrifo Livro de Enoque como “vigilantes”, sendo em ambos os
tais anjos que copularam com as filhas dos homens e engendraram esta raça híbrida dos
gigantes.

Na Bíblia esta palavra refere-se aos filhos de [Elohim] ‫אלהים‬, os valentes e heróis da
antigüidade como relata o Livro do Gênesis 6:4.

“Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de [Elohim]
‫ אלהים‬adentraram às filhas dos homens e delas geraram filhos;estes eram os valentes
que houve na antiguidade, os homens de fama.”

Lembrando que a palavra Elohim em hebraico está no plural e significa Deuses e


Deusas trazendo a referência lógica e clara de onde surgiram os Nefilins. Nefilim
portanto é o grupo de Elohim que se rebelaram adquirindo o epíteto que corretamente
significa: Os Deuses desertores.

Os gigantes são o resultado de uma união entre duas espécies, seres que foram alterados
geneticamente devido a compatibilidade entre as mulheres humanas e os Nefelins. Na
Bíblia, podemos identificar alguns dos descendentes dos Nefelins na terra por serem
antigos governantes, como aponta o livro de Números 13:33: “Também vimos ali os
Nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos
nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos.”
No livro de Números temos uma referência da genealogia dos Nefelins entre os homens
e também o local onde habitavam. Números 13:22: “E subindo para o Negebe, vieram
até Hebrom, onde estavam Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque.(Ora, Hebrom foi
edificada sete anos antes de Zoã no Egito.)”

Já no livro de Deuteronômio podemos conhecer um pouco das características físicas dos


Nefelins. Deuteronômio 9:2: “Um povo grande e alto, filhos dos anaquins, que tu
conhecestes, e dos quais tens ouvido dizer: Quem poderá resistir aos filhos de Anaque?”

Neste versículo há uma segunda referência aos filhos de Deus, onde são chamados de
Anaquins. A palavra anaquin tem origem na palavra anunnaki do idioma sumério, que
significa aqueles que do céu desceram à Terra, o que corrobora o versículo bíblico com
narrativas Sumérias e Mesopotâmica como a Epopeia de Atra Hasis.

Ainda no livro de Deuteronômio podemos identificar outras referências aos Nefelins


como apresenta o capítulo 2 versículos 10 e 11. Deuteronômio 2:10,11: “Antes haviam
habitado nela os Emins, povo grande e numeroso, e alto como os Anaquins;Eles
também são considerados Refains como os anaquins; mas os moabitas lhes chamam
Emins. ”

Depois de compreendermos estes versículos fica mais esclarecedor a batalha citada no


livro do Gênesis, no capitúlo 14:5: “Por isso, ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer,
e os reis que estavam com ele,e feriram aos Refains em Asterote-Carnaim, aos Zuzins
em Hão, aos Emins em Savé-Quiriataim.”

Mesmo não tendo nenhuma outra referência na Bíblia sobre os Zuzins podemos
logicamente concluir que os Zuzins também eram descendentes dos Nefelins na Terra.
No livro de Deuteronômio podemos compreender que alguns povos apenas davam
outros nomes aos filhos de Deus ou Nefelins e seus descendentes.

Deuteronômio 2:20: “Também essa é considerada terra de Refains; Outrora habitavam


nela Refains, mas os Amonitas lhes chamam Zanzumins.”

Deuteronômio 3:13: “e dei à meia tribo de Manassés o resto de Gileade, como também
todo o Basã, o reino de Ogue, isto é, toda a região de Argobe com todo o Basã. O
mesmo se chamava a terra dos Refains”
Flávio Josefo faz uma distinção entre os gigantes e o fruto das relações entre os “Filhos
de Deus” e as “filhas dos homens”, quando afirma em sua obra: “… e os grandes da
terra, que se haviam casado com as filhas dos descendentes de Caim, produziram uma
raça indolente que, pela confiança que depositavam na própria força, se vangloriava de
calcar aos pés a justica e imitava os gigantes de que falam os gregos.” (Antiguidades
Judaicas). Aparece pela primeira vez em Génesis 6 traduzido como Gigantes, na maioria
das versões bíblicas.

Foi traduzido para o grego como grigori e para o latim como Gigantes como se pode
verificar na Vulgata.

Na tradução Almeida (ALA),”filhos de Deus” se refere aos descendentes de Sete, nessa


mesma tradução o hebraico nefilím é vertido por “gigantes”. Os Nefilins são descritos
como “os poderosos [em hebr. hag gibborím] da Antiguidade” e os “homens de fama
[ou “heróis”, MC]”.

Diz a narrativa na bíblia que Deus teria decretado um dilúvio, atualmente é conhecido
pela ciência moderna que o nosso planeta passa por um processo cataclísmico e cíclico e
após a ocorrência do mesmo toda a sociedade humana foi destruída. O relato termina
com dilúvio bíblico eliminando a raça humana juntamente com os Nefilins, os filhos
dos filhos de Deus. Por fim, recomeça uma nova humanidade e os genitores dos
Nefilins são eliminados como afirma o livro de Josué.

Josué 15:14: “E Calebe expulsou dali os três filhos de Anaque: Sesai, Aimã e Talmai,
filhos de Anaque.”

Origens do conceito
Similaridades com os sumérios
Muitos estudiosos afirmam que os Anunnaki são a própria espécie dos Nephilins
como o escritor Zecharia Sitchin. De acordo com Sitchin, os Nefilim são os
habitantes de Nibiru/Marduque o desconhecido 9º planeta do nosso sistema solar.
Os sumérios tinham grandes conhecimentos de astronomia para sua época e
retrataram a passagem deste corpo celeste como mostra o cilíndro VA-243.

Conceito cristão
Os teológos e estudiosos da Bíblia até hoje divergem sobre a natureza dos Nephilim
e dos “Filhos de Deus”, mencionados em Gn 6. Há duas possíveis interpretações:
algumas interpretações com bases Biblicas dizem que não existem, pelo fato serem
seres assexuados, são frutos de mentes ferteis .

G. H. Pember argumenta em favor da teoria que diz que os “Filhos de Deus” de


Gn 6 são na verdade anjos que vieram a Terra para terem intercurso com
mulheres, tiveram filhos, sendo por isso punidos e lançados no inferno, segundo a
Segunda Epístola de Pedro 2:4 (é interessante notar que no original a palavra não
é “inferno”, e sim “tártaro” :na mitologia grega,tártaro,era o sub-nivel do Hades
para os amaldiçoados.), e seus filhos se tornaram pessoas híbridas, metade
humano, metade angélico (ver As Eras Mais Primitivas da Terra). Essa teoria é
defendida por teólogos como John Fleming (1), S. R. Maitland (2), Caio Fábio
(ideia advogada no seu livro de ficção Nephilim), Charles Ryrie, em sua Bíblia de
estudo e pela maioria dos primeiros cristãos. Esteve em voga na Idade Média É
também o ponto de vista de Fílon de Alexandria e dos apócrifos de Enoque e do
Testamento dos Doze Patriarcas.

Teoria de que não eram anjos, mas sim descendentes de Sete, que ainda seguiam a
Deus. As “filhas dos homens” eram filhas de Caim, afastadas de Deus, e seus filhos
foram heróis posteriormente, mas a Bíblia considera-os caídos, porque se
afastaram de Deus. Argumenta-se que os anjos não podem procriar e que “filhos
de Deus” referia-se aos seguidores de Deus. Essa teoria foi propagada por
Agostinho, C. I. Scofield, Gordon Lindsay, entre outros, sendo a mais aceita. (ver
uma defesa desta teoria [1]).

Há outras teorias como a de pano de fundo evolucionista que diz que os “filhos de
Deus” eram descendentes de Adão e as “filhas dos homens” de uma raça inferior,
como, por exemplo, a Neandertal. Atualmente pesquisas científicas comprovaram
que aproximadamente 4% de nosso DNA é de origem Neandertal. Alguns veem ai
a comprovaçao desta linha teórica.

Ainda outras teorias apresentam essa Mistura de [Filhos de Deus] com os [Filhos
dos Homens] como uma hipotética experiência genética que os [Anjos] teriam feito
nos seres humanos da época, na tentativa de evoluí-los…. No início da criação não
haveria de ter os filhos dos caídos antes da geração noé pelo simples fato de que o
dilúvio dizimou a terra, não sobrando sobre ela qualquer vida. Mais ainda há uma
outra teoria de que o dilúvio não foi total, afinal não se tem provas geológicas de
que aconteceu em todo o planeta, até porque naquela época se usava o termo
“terra” para uma região, como por exemplo “Jó um homem da terra de Uz”, ou
outro termo bíblico “as terras indonitas”, então por citar dilúvio em toda a terra
não quer dizer que alagou totalmente o planeta, e sendo assim, os filhos dos anjos
caídos poderiam ter perpetuado na face da terra.

Os Nephilim na ficção[editar | editar código-fonte]


No RPG brasileiro Rebelião: Ascensão e Queda (Editora Daemon, 2007), os
Nefilim são seres híbridos nascidos da união de humanos e anjos caídos, que se
libertaram do Inferno após 1908. As nove hierarquias de anjos são identificadas
pelo tipo de asa que ostentam. O RPG foi criado pelo Universo Germinante,
www.universogerminante.net

No RPG Diablo II, desenvolvido pela bem conhecida empresa Blizzard North (que
eventualmente se dissolveu), os Nefilim (Nephalem) seriam os primeiros Híbridos
no Santuário (Sanctuary), resultado das relações proibidas entre anjos e demônios,
com potencial para serem maiores que os seus criadores. Para evitar que os
Nephilim ganhassem cada vez mais poder e se revoltassem, foi implementada a
Worldstone (Pedra do mundo), com o objectivo de enfraquecer os Nefilim a cada
nova geração. Porém Baal, O Senhor da Destruição e irmão dos males Supremos
Mephisto, O Senhor do Ódio e Diablo, O senhor do Terror (O mais forte dentre
todos os demônois do inferno) tenta corromper a preda do mundo para aumentar
o poder dos demônios e de seus filhos híbridos, os Nephalems

No RPG Diablo III, desenvolvido pela bem sucedida empresa Blizzard


Entertainment (antiga Blizzard North), seu personagem é um Nefilim (Nephalem)
e seu objetivo é achar o que é a estrela cadente que caiu na catedral de Tristram
(Onde Diablo começou a se manifestar das profundezas do inferno no 1º game da
série) e ao acha-la você descobre que a estrela é Tyrael, o Arcanjo da Justiça que
veio dar a noticia que os 2 Senhores do Inferno sobreviventes ( Belial, O Senhor da
Mentira e Azmodan, O senhor do Pecado) estão atrás da Pedra Negra das Almas
(um artefato poderoso com o objetivo de aprisionar a alma vários demônio, criado
pelo traidor dos Horadrim, Zoltun Kell,) , porém algo mais diabólico está por traz
de tudo isso.

No RPG/Hack N’ Slash Darksiders 2, desenvolvido pela americana Vigil Games,


define os Nephilim como uma união amaldiçoada entre anjos e demônios. Quando
os mesmos tentaram dominar o Jardim do Éden líderados pelo primeiro Nephilim,
Absalom, quatro Nephilims em particular se rebelaram com seu povo e os
mataram para que a balança entre os mundos fosse mantida, eram estes Guerra,
Morte, Fome (Fúria no jogo) e Peste (Disputa no jogo), que fizeram um pacto com
os juízes do purgatório para se tornarem os Cavaleiros do Apocalipse que
serviriam como mediadores para as disputas entre anjos e demônios.

No jogo DmC:Devil May Cry, os irmãos Dante e Vergil, no decorrer da historia


são classificados como Nephilim, hibridos da união de um anjo(Eva)com um
demônio(Sparda). Caçados e Temidos pelos seres do sub-mundo, são os unicos
seres capazes de derrotar o Rei Demônio (Mundus). Pois possuem habilidades e
inteligência que nem os demônios e nem os anjos puros poderiam ter.

No jogo Tomb Raider – The Angel of Darkness (2003), os Nefilins são apresentados
como seres híbridos originados da relação entre anjos e humanos. Há 600 anos
formaram uma aliança com o alquimista Pieter Van Eckhardt, a partir da qual o
mesmo ganharia a imortalidade ao trazer a raça de volta à existência no século
XXI.

Caio Fábio, aborda o assunto em seu romance Nephilim.

Os nefilins também aparecem na trama da série “Os Instrumentos Mortais”, onde


são chamados os Caçadores de Sombras (Shadowhunters), que caçam e matam
demônios e Downwolders (vampiros, lobisomens, feiticeiros etc.) que “saem da
linha”. Na série, os Caçadores de Sombras surgiram quando o Anjo Raziel
misturou seu sangue com o de humanos no Cálice Mortal, que pode transformar
crianças mundanas em Caçadores de Sombras, aliás.

Em um dos livros de Tess Gerritsen, “O Clube Mefisto”, a patologista Maura Isle


encontra em sua porta o símbolo dos nefilins. No livro, existem varias citações
referentes ao Livro de Enoque e liga os “Vigilantes” à maldade dos dias atuais.

Na série de livros Hush, Hush da autora Becca Fitzpatrick ,os nefins são descritos
como imortais filhos de anjos com humanos .

Na série “Supernatural”, no penúltimo capítulo da oitava temporada, há


referência a um Nefilim.

Na série de livros Fallen, Nefilins são filhos de anjos caídos com humanos, e que
herdaram algum tipo de poder angelical.
Também no romance fantástico da escritora Luíza Salazar, Os Sete Selos. Aborda
novamente a questão dos anjos caídos como demônios porém apenas lúcifer possui
asas e ainda toda a questão batalha entre céu e inferno, nesse meio os nephilim que
são descritos no livro são duas filhas do Anjo Gabriel e estas não são imortais suas
asas aparecem apenas em caso de perigo extremo.

No filme Noé de 2014, são seis anjos caídos exilados para a Terra por sua lealdade
à humanidade, transformados em raça de criaturas gigantes de pedra que Deus
deixou em nosso planeta, conhecidos como “Guardiões” ou “Vigilantes”, dos quais
Noé se aproxima para atraí-los para a sua causa.

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