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As juventudes no município do Rio Grande: possibilidades e impossibilidades

1. Introdução.

Há algumas décadas o debate acerca da concepção de juventude vem


se tornando tema de investigações acadêmico-científicas no Brasil. Nesse
sentido, movimentações políticas se estabeleceram colocando a juventude
como pauta de seus debates ao reconhecer que tal categoria e fase da vida,
possui relevância estratégica para o desenvolvimento social e econômico do
país. todavia, é importante destacar que é dever do Estado garantir segurança,
saúde e educação, para que estes jovens possam contribuir com suas
sociedades ao atingir a vida adulta.
Neste sentido, faz-se necessário compreender a amplitude da categoria
juventude, que passa por constantes transformações, estratificadas por faixa
de idade, mas só compreendida em sua pluralidade e complexidade em uma
análise que estude geração, contexto social e cultural. A partir destes
entendimentos, faz-se atinente à compressão dos sujeitos, com idade entre 14
a 24 anos, que compõem a referida categoria. Esses possuem uma variável
diversidade de características, ansiando por distintas atuações do Estado por
meio das políticas públicas em prol da preservação dos direitos sociais dos
sujeitos, previstas no Estatuto da Juventude, para a promoção da cidadania.
Este é um estudo que integra as abordagens quantitativas e qualitativas.
Para tal, utilizou-se do banco de dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, possibilitando a construção de uma
compreensão das características da população jovem do município do Rio
Grande – RS. Também foi realizada uma pesquisa de campo por meio de
Grupos Focais - GF com alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio de uma escola pública do mesmo município.
2. Metodologia

Esta pesquisa apresenta características de uma abordagem qualitativa


(Minayo, 2013), partindo de um estudo de caso, investigando fenômenos
contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real (Yin, 1984). Esta
Pesquisa, ainda, apresenta caráter quantitativo, visando quantificar os dados e
aplicar alguma forma da análise estatística (Malhotra, 2001), para essa análise
o ano de referência é 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico pelo
IBGE. Sendo nosso objetivo inicial identificar especificidades socioespaciais
nas vivências de juventudes em contexto de periferia do município do Rio
Grande – RS.

Assim sendo, num primeiro momento, levantamos os dados relativos ao


Censo do IBGE de 2010, a partir da consulta na íntegra destes foram extraídas
as informações referentes aos jovens entre 10 e 24 anos de idade: residentes e
alfabetizados do município de Rio Grande – RS por sexo e cor ou raça;
responsáveis pelo domicílio e que são Cônjuges ou companheiros(as) de sexo
diferente no município de Rio Grande – RS por sexo. Os dados foram
organizados e as estatísticas foram realizadas de forma a permitir a
compreensão dos sujeitos.

Nesta direção, em um segundo momento, buscou-se investigar, através


de quatro Grupos focais, as narrativas existentes permeadas pelas
experiências vividas das juventudes Rio-Grandinas. Morgan (1997) define
Grupo Focal como uma técnica de pesquisa para obtenção de dados por meio
da interação de participantes em um grupo, essa que pode ser benéfica para a
construção coletiva dos discursos, podendo ser utilizada independente ou
atrelada a outros métodos. Nestes, as discussões concentram-se em torno de
uma temática do interesse do pesquisador (objetivo de pesquisa) e dos
participantes, garantindo o princípio da homogeneidade do grupo (Morgan &
Spanish, 1998).

Destaca-se que participaram dos grupos em questão, 56 Jovens entre


14 e 19 anos de idade, moradores do município de Rio Grande – RS,
estudantes da Escola E.E.M. Brigadeiro José da Silva Paes, das turmas de
oitavo e nono ano do ensino fundamental e das turmas de primeiro e terceiro
ano do Ensino Médio. As discussões evidenciadas no grupo focal partiram do
geral ao específico (Minayo, 2013), por meio de oficinas pedagógicas, foram
construídos os Ciclos diários. Esta estratégia pedagógica permitiu compreender
como e quais são as atividades realizadas no decorrer das 24 horas do
cotidiano dos jovens, conforme a figura 1.

Figura 1: Ciclo diário.

Fonte: Os autores

Nessa direção, as oficinas foram realizadas em encontros de em média


2 horas, planejadas em 4 momentos, sendo eles: 1) apresentação do mediador
e da proposta da oficina; 2) apresentação dos participantes em uma atividade
de integração; 3) construção individual do seu Ciclo Diário, previamente
impresso, preenchendo segundo as categorias Descanso, Estudo, Trabalho,
Trabalho Doméstico, Lazer, Esporte e Relações Interpessoais, em
concordância com as atividades que realizam ao longo do seu dia. Foram
identificadas, também, informações como idade, gênero, cor e função caso
trabalhe; 4) e por fim realizou-se, o questionamento sobre as percepções da
juventude em que vivem, se acreditavam estar vivendo da melhor maneira
possível.
Os GF foram realizados na Escola E.E.M. Brigadeiro José da Silva Paes,
essa foi definida por uma escolha pessoal minha, uma vez que eu sou morador
de um bairro atendido pela instituição, bem como, por ter sido aluno durante 7
anos. Acabei cursando os anos finais do ensino fundamental e o Ensino Médio
na instituição, concluindo minha formação no ano de 2015.
Na realização do GF foram construídos individualmente os Ciclos
Diários, esses foram analisados individualmente dando origem a uma planilha
que calculou o tempo total de cada jovem empregado em cada uma das
categorias já mencionadas. Também foi organizado um gráfico de ciclo diário
coletivos com as informações de todos os participantes, elaborado a partir da
sobreposição dos ciclos diários individuais. Esses foram analisados, e junto das
transcrições dos áudios dos encontros, permitiram a construção das narrativas
que apresentam a possibilidade de juventude vivida por aqueles jovens.
3. As juventudes no município do Rio Grande.
3.a O que é ser jovem?

O conceito de juventude é amplo e está em constante construção.


Muitas são as investigações que se debruçam sobre o tema, através de
diversas perspectivas e intencionalidade. A mais relevante para o presente
estudo seria a de viés sociológico que amplia nossa compreensão da categoria
para sua pluralidade de possibilidades e impossibilidades. Nessa perspectiva,
compreende-se as juventudes como uma fase da vida a qual todos os seres
humanos tendem a vivenciar, alguns com maiores ou menores garantias de
direitos, implicando na necessidade de uma leitura coletiva e heterogênea dos
sujeitos que a compõem.
As juventudes ao longo da história, das civilizações e dos contextos
socioeconômicos aos quais os jovens estão inseridos tecem a categoria que
compreendemos hoje como juventude. Levi e Schmitt apontam-nos tais
diversidades de sentidos:
De um contexto a outro, de uma época a outra, os jovens
desenvolvem outras funções e logram seu estatuto definidor de
fontes diferentes: da cidade ou do campo, do castelo feudal ou
da fábrica do século XIX... Tampouco se pode imaginar que a
condição juvenil permaneça a mesma em sociedades
caracterizadas por modelos demográficos totalmente diferentes
(Levi e Schmitt, 1996, p. 17).
Sendo assim, no Brasil, em uma concepção etária o Estatuto da
Juventude define que os jovens são as pessoas na faixa etária entre 15 e 24
anos. Entretanto, a idade como critério para definição de tal categoria torna-se
insuficiente visto a desigualdade socioeconômica que permeia a sociedade
brasileira. Nesse sentido, cabe ressaltar que a idade deve nos servir como
base para identificarmos o contingente da população, no entanto, outras
características são necessárias para uma compreensão qualificada das
especificidades desses sujeitos.
Autores como Silva e Lopes (2009) indicam diferentes concepções,
amplamente estudadas, sobre esta categoria: a juventude como um período
preparatório, onde os jovens estão em transição entre a ingenuidade da
infância para as responsabilidades da vida adulta; a juventude como etapa
problemática, onde a ênfase está nos comportamentos de risco e
transgressões que “ameaçam” a ordem social; o jovem como ator estratégico
do desenvolvimento, onde o foco são os sujeitos como capital humano e social;
e por fim o jovem como sujeito de direitos, onde são compreendidos como
indivíduos integrais no exercício de sua cidadania.
Muitas são as variáveis que influenciam na concepção das juventudes e
das realidades vividas. Seja pelas perspectivas que entendem esta fase da
vida como um grupo de pessoas que comungam simultaneamente de padrões
culturais que derivam dos aspectos ligados as gerações e consequentemente
das identidades jovens, ou ainda sobre o ponto de vista de que esta fase da
vida é produto de outros aspectos da vida social, como as questões de ordem
financeira e familiar. Silva e Lopes (2009, p. 92) explicam-nos a necessidade
de analisar-se os contextos vividos, com a finalidade de compreender as
implicações que estas realidades podem exercer sobre o futuro dos sujeitos:
o entendimento no interior das tensões dos processos sociais,
nas classes sociais, condiciona a juventude a uma estratificação
social real, que definirá suas possibilidades de percursos e
experiências, dos quais resultarão suas formas de ser e estar no
mundo.
Portanto, nas cidades capitalista, como afirma Negri (2008) moradores
dos bairros periféricos estão predestinados a apenas reproduzir-se como
capital humano, força de trabalho, dessa forma, conserva-se a estrutura social,
pois esses sujeitos são submetidos a serviços de baixa qualidade e a precárias
infraestruturas urbanas. Tais condições limitam as possibilidades de acesso à
qualificação dos jovens, somando-as aos desafios próprios do mercado de
trabalho, tornam ainda mais árduo o alcance a melhores postos de trabalho
com maiores retornos financeiros, preservando assim as situações econômicas
dos sujeitos no quadro social.
Assim sendo, na seção seguinte, apresentaremos uma análise que
objetiva caracterizar as juventudes do município de Rio Grande – RS, através
de dados extraídos do último Censo do IBGE no ano de 2010, bem como por
meio de recortes discursivos extraídos do grupo focal.
3.b. Características dos jovens do município do Rio Grande e desigualdades
socioespaciais: cor/raça, gênero.

A população jovem rio-grandina, entre 10 e 24 anos de idade, apresenta


uma composição racial desigual, bem como um desequilíbrio na concentração
populacional nas faixas etárias de 10 a 14 e 20 a 24 anos, sendo estas
responsáveis por 67,35% do total desta população, como é possível observar
no quadro A:
Quadro A
Pessoas jovens residentes no município de Rio Grande – RS por sexo e cor ou raça
Sexo Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
Faixa etária Branca Preta Amarela Parda Indígena
em anos
10 a 14 6178 6012 700 705 24 23 1135 1103 10 8
15 a 17 3583 3487 450 455 15 19 609 637 17 18
18 a 19 2421 2427 268 287 13 14 379 372 6 7
20 a 24 6278 6411 760 729 31 31 942 840 17 12
Fonte: Censo 2010

Segundo o quadro A, a parcela jovem que compõem a população


residente de Rio Grande, apresenta um equilíbrio quanto ao gênero que a
constitui, pois 50,25% são homens e 49,75% mulheres. Da população
masculina 77,44% se autodeclaram brancos, 9,14% são pretos, 0,35% são
amarelos, 12,86% são pardos e 0,21% são indígenas. Quanto a população
feminina temos que 77,71% se autodeclaram brancas, 9,22% são pretas,
0,37% são amarelas, 12,51% são pardas e 0,19% indígenas.
Quadro B
Pessoas jovens residentes alfabetizadas no município de Rio Grande – RS por sexo e cor ou raça
Sexo Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
Faixa etária Branca Preta Amarela Parda Indígena
em anos
10 a 14 6066 5940 679 693 23 22 1096 1091 10 8
15 a 17 3535 3460 441 451 15 19 593 630 17 18
18 a 19 2389 2416 261 287 12 14 369 365 6 7
20 a 24 6192 6359 746 715 31 31 921 826 17 12
Fonte: Censo 2010
De acordo o quadro B, na faixa etária entre 10 e 24 anos, 1,75% dos
homens e 0,99% das mulheres são analfabetas. A população indígena
apresenta taxa de analfabetismo de 0%, em ambos os sexos, com nenhum
analfabeto para o recorte etário1. A população masculina jovem apresenta as
maiores taxas de analfabetismo, onde autodeclarados pardos possuem 2,8%,
amarelos 2,4%, brancos 1,5%, e pretos 1,42%. Quando se trata da população
jovem feminina temos as menores taxas de analfabetismo, onde
autodeclaradas brancas possuem 0,88%, pretas 1,38%, amarelas 1,15% e
pardas 1,35%.
Quadro C
Jovens responsáveis pelo domicílio no município de Rio
Grande – RS por sexo
Idade em anos 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Mulher 24 44 50 98 116 177 237 271 326 319 374
Homem 14 20 29 52 91 137 189 297 315 377 432
Fonte: Censo 2010

De acordo com o quadro C, um total de 3989 jovens de idade entre 14 e


24 anos eram responsáveis pelo domicílio ao qual residiam, destes 2036 eram
mulheres e 1953 eram homens. Isso corresponde a um contingente de 2,1%
maior de mulheres responsáveis pelos domicílios que os homens. Quando
analisamos dentre estes apenas os menores de idade, entre 14 e 17 anos, a

1
A baixa taxa de analfabetismo dentre a população indígena resulta-se da pouca presença destes no
município.
discrepância de homens em relação às mulheres se torna ainda maior, pois
331 jovens nesta faixa etária estão nessa situação. Destes, 216 são mulheres e
115 homens, resultando em uma taxa de 87,82% a mais de mulheres
responsáveis pelos seus domicílios.
Quadro D
Cônjuges ou companheiros(as) de sexo diferente
no município de Rio Grande – RS por sexo
Idade em anos 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Homem 5 1 0 14 29 49 75 91 121 162 190
Mulher 9 30 56 94 153 211 266 292 374 434 516
Fonte: Censo 2010

No município de Rio Grande – RS, conforme apresentado no quadro D,


3172 jovens entre 14 e 24 anos de idade estavam casados ou moravam junto
de seus companheiros. Destes, 2435 eram mulheres e 737 eram homens,
correspondendo a uma taxa de 330,39% maior de mulheres em união conjugal
que homens. Mas ao analisarmos nestes mesmos parâmetros apenas a
parcela correspondente aos menores de idade, de 14 a 17 anos de idade, a
taxa tornasse ainda mais destoante, pois dos 209 nesta situação, apenas 20
são homens e 189 mulheres. Dessa forma, resultando em uma taxa 945%
maior de mulheres vivendo em relação conjugal que homens, ou seja, estas
jovens mulheres estão em relação conjugal com homens mais velhos.
Quadro E
População Jovem
Economicamente Ativa (%)
Branca 10 a 14 anos 3,163331
15 a 19 anos 32,60563
20 a 24 anos 66,28225
Preta 10 a 14 anos 3,450564
15 a 19 anos 29,36824
20 a 24 anos 71,98748
Parda 10 a 14 anos 3,30941
15 a 19 anos 33,81853
20 a 24 anos 72,03765
Fonte: Censo 2010

Conforme apresentado no quadro E, o contingente populacional jovem


que trabalha na faixa etária de 10 a 14 anos, considerando a concentração por
grupo de cor, temos que os pretos possuem as maiores taxas, seguidos pelos
pardos e brancos. Enquanto nas faixas etárias entre 15 e 19 anos, a população
parda possui as maiores taxas, seguidos dos brancos e pretos. Já nos jovens
de 20 a 24 anos, temos as maiores taxas entre os pardos e pretos, sendo que
os brancos estão 5,72%, em média, a menos nessa situação.

Quadro F
População Jovem Economicamente Atividade, por cor, sexo e
situação do Domicílio2
Urbano Rural
Homens Mulheres Homens Mulheres
Branca 10 a 14 anos 2,537169 3,569581 11,11111 4,444444
15 a 19 anos 34,93495 29,62899 40,21739 39,4958
20 a 24 anos 75,87964 57,20126 64,61538 57,00935
Preta 10 a 14 anos 6,008011 0,923483 0 0
15 a 19 anos 30,85106 25,51724 70,37037 100
20 a 24 anos 83,71134 68,44208 0 0
Parda 10 a 14 anos 3,51803 2,766798 12,30769 0
15 a 19 anos 37,21163 30,78412 44,44444 0
20 a 24 anos 85,77362 56,27426 33,33333 100
Fonte: Censo 2010

Ao analisarmos o quadro F, considerando a situação dos domicílios e a


idade dos jovens que trabalham, os residentes do meio rural nas faixas etárias
entre 10 a 14 e 15 a 19 anos, quando alcançados pela amostra, possuem as
maiores taxas no exercício de atividades econômicas. Enquanto os jovens do
meio urbano apresentam as maiores taxas entre a população de 20 a 24 anos,
com exceção das jovens pardas em mesma faixa de idade. Ou seja, no
município de Rio Grande até os 19 anos os jovens do meio rural são os que
mais realizam atividades econômicas, essa situação se inverte a partir dos 20
anos, quando os jovens do meio urbano se tornam mais ativos.
Segundo o quadro F, temos que as atividades econômicas da população
branca concentram-se entre os jovens da faixa etária de 20 a 24 anos, tanto no
meio urbano quanto rural. Do contingente populacional preto as maiores taxas
se estabelecem dentre as faixas etárias de 15 a 19 anos no meio rural e 20 a
24 anos do meio urbano. A população parda detém as maiores taxas entre os
jovens da faixa etária de 20 a 24 anos, tanto no meio urbano quanto rural, com
exceção dos homens do meio rural que apresentam a maior taxa entre a faixa
etária de 15 a 19 anos.
3.c. As narrativas das juventudes do Rio Grande.

Nesta seção, serão apresentadas as informações coletadas por meio da


realização dos GF, nos quais os alunos construíram seus Ciclos Diários. A
realização dessa atividade tornou possível o levantamento das práticas diárias
dos jovens estudantes, permitindo que possamos compreender como estão
dispostas suas atividades durante o dia, apontando-nos indícios de como estão
sendo vividas suas juventudes. Nesse sentido, a disposição de tais
informações se dará em conformidade com a metodologia dos GF

2 Para essa tabela foram utilizados dados da amostra do Censo de 2010, logo os valores que
aparecem zero não querem dizer que não existem pessoas nessas condições, mas que não
foram alcançadas pela amostra.
desenvolvidos, caracterizando os participantes e, na sequência, analisando o
período dedicado para as categorias Descanso, Estudo, Trabalho, Trabalho
Doméstico, Lazer, Esporte e Relações Interpessoais. Por fim, serão
apresentadas as compreensões dos jovens sobre as suas próprias vivências
de juventude.

Características como idade, cor e gênero dos estudantes participantes


dos GF são apresentadas no quadro G, no qual, observamos que 53,6% são
homens e 46,4% são mulheres. Destes jovens, 55,35 são brancos, 23,1% são
pretos e 21,4% são pardos. Ainda é possível compreender que os jovens
possuem entre 14 e 19 anos de idade, dispostos da seguinte forma: 35,7% com
15 anos, 17,8% com 14 anos, 16,1% com 17 anos, 14,3% com 16 anos, 12,5%
com 18 anos e 3,5% com 19 anos.

Quadro G
Estudantes participantes dos Grupos Focais por idade, cor e gênero

Idade em anos 14 15 16 17 18 19
Homem 1 8 5 2 3 1
Branco
Mulher 5 4 0 2 0 0
Homem 0 0 1 3 0 1
Pardo
Mulher 2 2 1 0 2 0
Homem 1 1 0 2 1 0
Preto
Mulher 1 5 1 0 1 0
Fonte: Os autores
Na figura 2 temos o gráfico que representa o ciclo diário de todos os
participantes da pesquisa, este apresenta a concentração de tempo dedicado
as sete categorias. Assim, permite que desenvolvamos as analises a respeito
de como os jovens estão vivenciando essa fase de suas vidas.

Figura 2 - Ciclo Diário dos participantes do Grupo Focal por período dedicado às sete
categorias.
Fonte: Elaborado pelo autor.

Conforme apresentado na figura 2, as atividades de descanso


concentram-se no intervalo das 0:00 horas até as 9:00 da manhã, e
correspondem principalmente ao período no qual os jovens estão dormindo,
este sono não necessariamente ocorre no turno da noite, uma vez que 75,87%
dos alunos que estudam de tarde apontaram dormir a manhã toda. Dos alunos
que estudam de manhã, 50% indicaram que vão dormir antes da meia noite,
resultando em um período de sono irregular, sendo este, influenciado pelos
momentos em que eles vão à escola ou ao trabalho. Quando perguntados se
consideravam o período de descanso adequado para uma vida saudável, eles
responderam que não, apontando que gostariam de dormir por mais tempo e
mais cedo, mas que não conseguem ou não podem. Tal vontade compreende-
se por meio dos seguintes trechos: “eu durmo das cinco às onze por causa que
o horário do meu sono está todo desregulado”, “eu não consigo dormir por
causa dos meus pesadelos” e “eu não acho que meu sono seja o suficiente, se
deixar eu durmo mais que a cama, mas não posso porque tenho aula”.

O gráfico A apresenta a média de horas dedicadas ao descanso por


gênero e cor, através do qual, é possível observar que as maiores médias no
tempo de descanso encontram-se entre os jovens homens pretos, seguidos
pelas mulheres brancas e pardas. Enquanto as menores concentrações de
descanso estão entre as jovens pretas, seguidas pelos homens pardos e
brancos. Cabe ainda ressaltar, que os jovens brancos e pardos, independente
do gênero, descansam em média 8 horas e 42 minutos e os jovens pretos
descansam 42 minutos a menos, totalizando em 8 horas médias de sono.

Gráfico A: Média de horas dedicadas ao descanso por gênero e cor.

Fonte: Os autores
Quanto ao período que os jovens dedicam ao estudo, temos que se
concentram no intervalo das 9:00 as 16:00 horas, a maior parte deles
apontaram que a escola é a principal atividade que exercem, para 71,43% é a
única. Eles empenham em média 5 horas e 35 minutos, sendo 5 destas horas o
tempo em que estão na escola. Nesse sentido, a estes jovens foi perguntado
se gostariam ou teriam interesse de fazer algum curso, responderam que sim,
mas justificaram que a falta de dinheiro, tempo e informação resultam na falta
de oportunidades, impossibilitando-os dessa prática. Estas realidades são
possíveis de serem compreendidas nos seguintes trechos das respostas dos
estudantes: "sem dinheiro, sem tempo... um pouco de tudo”, “vou fazer, mas
não tenho tempo agora porque trabalho” e "falta de oportunidade, dinheiro
mesmo”.

Quando analisamos o gráfico B referente ao tempo médio de dedicação


ao estudo por gênero e cor, percebemos que a maior média de tempo se situa
entre os jovens homens pardos, com 6 horas e 9 minutos, esse são seguidos
das mulheres brancas e pardas com 5 horas e 45 minutos. Em contra partida,
as menores médias de dedicação ao estudo estão entre os homens pardos,
com 5 horas e 12 minutos, sucedidos dos homens brancos com 5 horas e 22
minutos. Sendo assim, os jovens pretos dedicam em média 6 horas de estudo
por dia, os pardos 5 horas e 50 minutos e os brancos com 5 horas e 27
minutos.

Gráfico B: Média de horas dedicadas ao estudo por gênero e cor.

Fonte: Os autores

As atividades remuneradas são exercidas por 14,28% dos jovens, e


concentram-se no período das 14:00 as 19:00 horas, não necessariamente em
um trabalho formal, destes apenas 3,6% possuíam mais de 18 anos. Os jovens
que trabalham, atuam em diversas áreas, como telefonista, comércio, cuidador
infantil, construção civil, designer gráfico, entre outras. Para estes alunos foi
perguntado se achavam que a escola é flexível para que consigam trabalhar e
qual era o uso que faziam de seus salários. Eles responderam que as
atividades que exercem se adaptam ao período de aula, respondendo ainda
que parte de seus ganhos são destinados aos gastos da família e a outra fica
para si. Não obstante, apontaram que essa dupla jornada é desgastante e se
torna cansativa. Essas informações são possíveis de serem compreendidas
nos seguintes trechos: “eu acho que meu serviço é flexível”, “eu acho meio
cansativo só”, “mas é meio cansativo porque pego as 7 horas na escola e ainda
trabalho a tarde e tem dia que ainda faço hora extra”, “Eu ajudo em casa e
gasto um pouco comigo” e “a metade eu dou pra minha mãe e a outra metade
fico pra mim”.

O gráfico C apresenta as médias de horas dedicadas ao exercício de


atividades remuneradas por gênero e cor, destes jovens, as mulheres brancas
apresentam a maior média, sendo 7 horas diárias, seguidas pelos homens que
trabalham, em média, 5 horas. Dentre as menores médias temos a jovem
mulher preta que não estava exercendo nenhuma atividade no momento,
seguida pelas mulheres pardas que indicam trabalhar 2 horas por dia. A jovem
preta que apontou que trabalhava como cuidadora infantil, relatou que
atualmente não estava exercendo essa atividade devido ao retorno presencial
das crianças às escolas, mas que estava procurando outro emprego, também
em condição informal devido sua idade. Sendo assim, cabe ressaltar que em
média esses jovens trabalham 4 horas por dia, sendo que os brancos possuem
6 horas, pardos 3 horas e 30 minutos e pretos com 2 horas e 30 minutos.

Gráfico C: Média de horas dedicada ao trabalho por gênero e cor.

Fonte: Os autores
Quanto à realização dos serviços domésticos, 73,2% dos jovens
realizam tais atividades, essas, centralizam-se em dois períodos, das 10:00 as
15:00 e as 20:00 horas. Assim, o trabalho doméstico é compreendido pelos
jovens como uma obrigação, visto que muitos deles são motivados a contribuir
com a realização de tais atividades como forma de ajudar os pais que
trabalham, ou ainda, fazem tal contribuição pois são exigidos. As principais
atividades apontadas pelos estudantes são: lavar louça, varrer a casa, fazer
comida e cuidar dos irmãos mais novos. Tais apontamentos podem ser
compreendidos nos seguintes trechos: “faço o almoço e estendo roupa, faço
porque minha mãe trabalha”, “lavo a louça e arrumo meu quarto, faço isso
porque não é mais que a minha obrigação”, “eu lavo a louça e varro a casa,
faço porque minha mãe manda, ela trabalha e eu tenho que ajudar” e “eu
arrumo o quarto e lavo a louça, fazia antes porque minha mãe mandava, agora
faço porque já é parte da minha rotina”.

Gráfico D: Média de horas dedicadas ao trabalho doméstico por gênero


e cor.

Fonte: Os autores
No que diz respeito à realização dos serviços domésticos, apenas 26,8%
dos jovens não realizam tais atividades, desses, apenas 1,5% é do gênero
feminino, os demais exercem em pelo menos uma hora. Dos jovens do gênero
masculino consultados, apenas 48,39% realizam os serviços domésticos,
enquanto 96,15% das jovens do gênero feminino realizam tais funções. Como
apresentado no gráfico D, percebemos que as jovens pretas são as que
possuem a maior média de dedicação ao serviço doméstico com 3 horas e 20
minutos, seguidas pelas jovens pardas com 2 horas e 51 minutos. Dentre os
jovens que menos contribuem com os referidos serviços, estão as jovens
brancas com 1 hora e 48 minutos, seguidas pelos jovens pretos e pardos,
ambos, com 2 horas de dedicação.
Quanto ao período que se dedicam às atividades de lazer, temos que
98,21% dos jovens destinam pelo menos 1 hora a essas atividades, sendo que
eles dedicam em média 6 horas e 8 minutos de seu dia a ações que lhes
promovam prazer. O exercício dessas atividades concentra-se entre as 18:00 e
24:00 horas. Quando perguntado quais são essas, eles apontam basicamente
o uso do celular para diversas funções associados a outras atividades como
assistir séries, ouvir música, sair com os amigos e passear pelas ruas do
bairro, ainda temos que alguns jovens consideram dormir uma atividade de
lazer. Essas práticas podem ser compreendidas através de alguns trechos
como: “jogando Free-fire, série”, “celular, WhatsApp, mas saio também”,
“assisto série e mexo no celular”, “meu maior lazer é dormir, se não tô
dormindo eu tô mexendo no celular”, “mexo no celular, vejo tv e saio pra rua” e
“toco violão, faço exercício e mexo no celular...”.

O uso expressivo do celular, além de uma tendência da atualidade, pode


ser entendido como a ausência de oportunidades de realizar outras práticas
que proporcionem felicidade. Isso ocorre, possivelmente, visto que nem todos
os responsáveis são permissivos quanto a permanência indiscriminada dos
filhos fora de casa, alicerçando essa compreensão temos o seguinte trecho de
um aluno: “é que a gente não tem muito o que fazer, só final de semana que a
gente sai”

Ao analisarmos o gráfico E, compreendemos que os jovens do gênero


masculino são os que menos dedicam tempo para atividades compreendidas
como lazer com uma média de 4 horas e 36 minutos, seguidos pelas jovens
pardas com 5 horas e 17 minutos. Nesse sentido, temos as maiores médias
atribuídas às mulheres pretas com 7 horas e os homens pardos com 6 horas e
36 minutos.

Gráfico E: Média de horas dedicadas ao lazer por gênero e cor.


Média de tempo dedicado ao lazer por gênero e
cor

Branco
Masculino

Preto

Pardo

Branco
Feminino

Preto

Pardo

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Fonte: Os autores
A respeito do tempo dedicado à prática esportiva, o período de
dedicação concentra-se entre as 17:00 e 20:00 horas, mas apenas 19,64% dos
jovens realizam. Dos praticantes masculinos, apenas os jovens brancos, sendo
45% do grupo e possuem como média 3 horas diárias. Das praticantes
femininas, 27,27% são pretas, 18,18% são brancas e 9,9% são pardas, elas
possuem respectivamente as seguintes médias, em horas, de tempo praticado:
3, 3 e 4. Aos jovens que não se exercitam foi perguntado se fariam alguma
prática de esporte, todos responderam que sim e apontaram a prática de
musculação como principal vontade, mas relatarem que não a fazem por não
terem condições financeiras.

No que se refere ao período em que os jovens dedicam as suas relações


interpessoais, essas práticas estão concentradas entre as 19:00 e 24:00 horas
pois segundo eles é o período em que a maior parte dos familiares voltam para
casa após a jornada de trabalho. Esses, que são privados de tal prática,
relataram muitas vezes que possuem dificuldades em se relacionar com outras
pessoas, por problemas de sociabilidade em geral, mas também por falta de
liberdade para sair e manter contato com os amigos, assim como atrito nas
relações com seus familiares. Dos jovens que estabelecem relações
interpessoais, 81,81% são mulheres e possuem como média de tempo de
dedicação 4 horas e 26 minutos, os outros 18,19% são de jovens do gênero
masculino, com média de 4 horas e 39 minutos.
3.d. Políticas públicas para a juventude: possibilidades e desafios no acesso.

As problemáticas identificadas nas seções anteriores, tanto pela


pesquisa de campo quanto pela pesquisa documental. Essas podem e devem
ser compreendidas como demandas que emergem dos jovens, apontando-nos
lacunas e necessidades existentes para o desenvolvimento social e econômico
desses indivíduos. Não obstante, uma vez constatadas tais carências, é de
competência do Estado mitigá-las por meio de ações concretas, através da
construção de políticas públicas efetivas.
Em linhas gerais, políticas públicas são o conjunto de estratégias que
ocorrem concomitantemente, articulando recursos públicos (financeiros e
humanos) onde a duração é predeterminada, possuindo previsão de impacto e
possibilitando a ampliação da cidadania, tendo como base a Constituição
Federal. Para Sposito e Carrano (2003, p.17) elas vão além da implementação
de serviços, uma vez que “englobam projetos de natureza ético-política e
compreende níveis diversos de relações entre o Estado e a sociedade civil na
sua constituição”. Ainda em conformidade com os autores, elas atuam em
locais de conflito onde os atores disputam as orientações na esfera pública,
bem como os recursos para sua implementação, podem ainda ser
desenvolvidas pelo Legislativo e Judiciário, sendo a principal característica
destas o aparelho público-estatal na elaboração, acompanhamento e avaliação
das políticas públicas (SPOSITO e CARRANO, 2003).
A algum tempo os jovens vêm ganhando espaço no planejamento e
desenvolvimento de políticas públicas pelos governantes, especialmente nos
governos Lula e Dilma Rousseff, nesse sentido Boghossian e Minayo apontam:
“Têm sido criados novos espaços de interlocução e de
representação, como é o caso dos conselhos de juventude,
redes e fóruns, que precisam ser ainda mais ocupados e
legitimados pelos gestores de políticas, educadores, movimentos
e organizações sociais e pelos próprios jovens.” (Boghossian e
Minayo; 2009, p. 421)
Porém, apenas a partir da mobilização dos sujeitos envolvidos, neste
caso os jovens, essas ações podem ser mais eficientes e efetivas, pois como
Vargas aponta:
“É preciso afirmar que qualquer política pública destinada à
juventude necessita da ampliação do entendimento dos modos
de ser jovem e uma escuta sensível para a construção da
participação juvenil, pois os impasses do presente não podem
transformar o futuro num tempo ausente. Se a previsão navega
nas águas da incerteza, o futuro precisa ser construído de forma
participativa, envolvendo os jovens.” (Vargas, 2004, P. 55)
Assim sendo, se faz necessário que os proponentes de ações
interventivas, o Estado, amplie suas compreensões sobre as juventudes,
promovendo oportunidades de escuta das demandas dos jovens, e não uma
simples imposição delineada pelo mercado. Esses sujeitos possuem projetos
para o futuro, narrativas, e anseios que possivelmente apontam
direcionamentos de problemáticas a serem enfrentadas.
4. Conclusões.

As juventudes como tema contemporâneo a pesquisas científicas, bem


como, em abordagens políticas, reconhecem essa fase da vida por sua
importância no desenvolvimento social e econômico de um país. Estudos que
permitam compreender a diversidade de juventudes vividas originadas, dentre
outros motivos, pela desigualdade social e de oportunidades que assola o
Brasil, pois os jovens têm diferentes realidades e necessidades, implicando em
distintas atuações do Governo para atender a todas demandas.

Este capítulo debruçou-se em apresentar, nas perspectivas de jovens


alunos de uma escola estadual, vestígios de como estes estão vivendo tal fase
de suas vidas. Partindo das informações coletadas nas oficinas pedagógicas e
na pesquisa de dados do Censo 2010, traçou-se os paralelos referente ao
tempo que estes jovens dedicam a cada uma das categorias elencadas pelo
estudo.

Sendo assim, foi possível traçar o perfil da população jovem do


município de Rio Grande – RS, estes, no ano de 2010, concentravam-se nas
faixas etárias de 10 a 14 e 20 a 24 anos, divididos de maneira bastante
equilibrada entre homens e mulheres, dos quais, aproximadamente, ¾ são
brancos. Dos jovens homens 2,2% e 1,2% das mulheres são analfabetos. De
todos os jovens, as mulheres são mais responsáveis pelos domicílios que os
homens, sendo intensificada entre os menores de idade. Dos jovens casados
ou que moravam junto de seus companheiros, as mulheres encontram-se
nessa situação 53,53% das vezes a mais que os homens. Dos jovens que
trabalham, os homens brancos e pardos do meio rural na faixa etária de 10 a
14 anos são os que mais se encontram exercendo atividades econômicas, já
no meio urbano, os homens destacam-se na faixa etária de 20 a 24 anos.

Os alunos da Escola E.E.M. Brigadeiro José da Silva Paes, apontaram


pistas de como esses jovens estão vivenciando essa fase de suas vidas. Os
jovens que apenas estudam são aqueles que possuem maior tempo dedicado
ao descanso e ao estudo, sendo os jovens do gênero masculino os que mais
empregam-se ao descanso, e os jovens brancos os que mais destinam tempo
de seus dias ao estudo. Quanto ao período atribuído ao trabalho, os jovens do
gênero masculino brancos e pardos apresentam maior concentração. Já a
dedicação média ao trabalho doméstico, as mulheres pretas e pardas são as
que mais exercem essas funções.

Referentes ao lazer, 98% jovens possuem essa prática, sendo as


mulheres pretas e os homens pardos os maiores detentores das médias de
tempo dedicado, mas fazem do celular sua principal atividade de lazer. Apenas
19,64% dos jovens praticam esportes, a baixa taxa é justificada pela falta de
condições financeiras e de oportunidades, uma vez que todos demonstraram
interesse. Os jovens citam que para a atual fase de suas vidas a construção de
laços afetivos, ou seja, o estabelecimento de vínculos de relações
interpessoais é importante, mas desses mesmos jovens apenas ¼ apontaram
que dedicam algum tempo de seus dias a essas atividades, citando que
enfrentam dificuldades em se sociabilizarem.

Sendo assim, é de extrema importância que o Estado brasileiro perceba


as lacunas deixadas pelas desigualdades sociais e raciais. Dessa forma,
poder-se-ia elaborar com a participação das juventudes, ações, programas e
projetos que possibilitem a garantia de direitos a todos, conforme estabelece a
Constituição Federal. Posto isso, uma vez que a jovem seja promovida, poder-
se-á construir um país referência em igualdade e direitos.

5. Referências.
Minayo, M. C. (2013). Trabalho de campo: contexto de observação, interação e
descoberta. In S. F. Deslandes & M. C. Minayo (Orgs.), Pesquisa social: teoria,
método e criatividade. Petrópolis, RJ. Vozes.
Morgan, D. L.; Spanish, M. T. (1984). Focus Groups: a new tool for Qualitative
Research. Qualitative Sociology, 7 (3L).
Morgan, D. L. (1997). Focus group as qualitative research. Qualitative
Research Methods Series. 16. London: Sage Publications.
LEVI, G.; JC SCHMITT (org.) (1996): História dos jovens. Vol. 1. Da
antigüidade à era moderna. São Paulo: Companhia das Letras.
SILVA, C. R.; LOPES, R. E. Adolescentes e juventude: Entre conceitos e
políticas públicas. Separata de: CADERNOS de Terapia Ocupacional da
UFSCar. 17. ed. São Carlos, SP: UFSCar, 2009. v. 2, cap. 2, p. 87 - 106.
FREZZA, M.; MARASCHIN, C.; SANTOS, N. S. Juventude como problema de
políticas públicas: Entre conceitos e políticas públicas. Psicologia & Sociedade,
UFRGS, Porto Alegre, RS, p. 313 - 323, 2009.
Sposito, M. P.; Carrano, P. C. R. Juventude e políticas públicas no Brasil.
Revista Brasileira de Educação, edição 24, 2003, P. 16-39.
VARGAS, C. Z. Juventude e contemporaneidade: Possibilidades e Limites.
Última década, CIDPA, VINA DEL MAR, p. 47-69, 2004.
MALHOTRA. N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto
Alegre: Bookman. 2001.

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