Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução.
Fonte: Os autores
1
A baixa taxa de analfabetismo dentre a população indígena resulta-se da pouca presença destes no
município.
discrepância de homens em relação às mulheres se torna ainda maior, pois
331 jovens nesta faixa etária estão nessa situação. Destes, 216 são mulheres e
115 homens, resultando em uma taxa de 87,82% a mais de mulheres
responsáveis pelos seus domicílios.
Quadro D
Cônjuges ou companheiros(as) de sexo diferente
no município de Rio Grande – RS por sexo
Idade em anos 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Homem 5 1 0 14 29 49 75 91 121 162 190
Mulher 9 30 56 94 153 211 266 292 374 434 516
Fonte: Censo 2010
Quadro F
População Jovem Economicamente Atividade, por cor, sexo e
situação do Domicílio2
Urbano Rural
Homens Mulheres Homens Mulheres
Branca 10 a 14 anos 2,537169 3,569581 11,11111 4,444444
15 a 19 anos 34,93495 29,62899 40,21739 39,4958
20 a 24 anos 75,87964 57,20126 64,61538 57,00935
Preta 10 a 14 anos 6,008011 0,923483 0 0
15 a 19 anos 30,85106 25,51724 70,37037 100
20 a 24 anos 83,71134 68,44208 0 0
Parda 10 a 14 anos 3,51803 2,766798 12,30769 0
15 a 19 anos 37,21163 30,78412 44,44444 0
20 a 24 anos 85,77362 56,27426 33,33333 100
Fonte: Censo 2010
2 Para essa tabela foram utilizados dados da amostra do Censo de 2010, logo os valores que
aparecem zero não querem dizer que não existem pessoas nessas condições, mas que não
foram alcançadas pela amostra.
desenvolvidos, caracterizando os participantes e, na sequência, analisando o
período dedicado para as categorias Descanso, Estudo, Trabalho, Trabalho
Doméstico, Lazer, Esporte e Relações Interpessoais. Por fim, serão
apresentadas as compreensões dos jovens sobre as suas próprias vivências
de juventude.
Quadro G
Estudantes participantes dos Grupos Focais por idade, cor e gênero
Idade em anos 14 15 16 17 18 19
Homem 1 8 5 2 3 1
Branco
Mulher 5 4 0 2 0 0
Homem 0 0 1 3 0 1
Pardo
Mulher 2 2 1 0 2 0
Homem 1 1 0 2 1 0
Preto
Mulher 1 5 1 0 1 0
Fonte: Os autores
Na figura 2 temos o gráfico que representa o ciclo diário de todos os
participantes da pesquisa, este apresenta a concentração de tempo dedicado
as sete categorias. Assim, permite que desenvolvamos as analises a respeito
de como os jovens estão vivenciando essa fase de suas vidas.
Figura 2 - Ciclo Diário dos participantes do Grupo Focal por período dedicado às sete
categorias.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Fonte: Os autores
Quanto ao período que os jovens dedicam ao estudo, temos que se
concentram no intervalo das 9:00 as 16:00 horas, a maior parte deles
apontaram que a escola é a principal atividade que exercem, para 71,43% é a
única. Eles empenham em média 5 horas e 35 minutos, sendo 5 destas horas o
tempo em que estão na escola. Nesse sentido, a estes jovens foi perguntado
se gostariam ou teriam interesse de fazer algum curso, responderam que sim,
mas justificaram que a falta de dinheiro, tempo e informação resultam na falta
de oportunidades, impossibilitando-os dessa prática. Estas realidades são
possíveis de serem compreendidas nos seguintes trechos das respostas dos
estudantes: "sem dinheiro, sem tempo... um pouco de tudo”, “vou fazer, mas
não tenho tempo agora porque trabalho” e "falta de oportunidade, dinheiro
mesmo”.
Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
Quanto à realização dos serviços domésticos, 73,2% dos jovens
realizam tais atividades, essas, centralizam-se em dois períodos, das 10:00 as
15:00 e as 20:00 horas. Assim, o trabalho doméstico é compreendido pelos
jovens como uma obrigação, visto que muitos deles são motivados a contribuir
com a realização de tais atividades como forma de ajudar os pais que
trabalham, ou ainda, fazem tal contribuição pois são exigidos. As principais
atividades apontadas pelos estudantes são: lavar louça, varrer a casa, fazer
comida e cuidar dos irmãos mais novos. Tais apontamentos podem ser
compreendidos nos seguintes trechos: “faço o almoço e estendo roupa, faço
porque minha mãe trabalha”, “lavo a louça e arrumo meu quarto, faço isso
porque não é mais que a minha obrigação”, “eu lavo a louça e varro a casa,
faço porque minha mãe manda, ela trabalha e eu tenho que ajudar” e “eu
arrumo o quarto e lavo a louça, fazia antes porque minha mãe mandava, agora
faço porque já é parte da minha rotina”.
Fonte: Os autores
No que diz respeito à realização dos serviços domésticos, apenas 26,8%
dos jovens não realizam tais atividades, desses, apenas 1,5% é do gênero
feminino, os demais exercem em pelo menos uma hora. Dos jovens do gênero
masculino consultados, apenas 48,39% realizam os serviços domésticos,
enquanto 96,15% das jovens do gênero feminino realizam tais funções. Como
apresentado no gráfico D, percebemos que as jovens pretas são as que
possuem a maior média de dedicação ao serviço doméstico com 3 horas e 20
minutos, seguidas pelas jovens pardas com 2 horas e 51 minutos. Dentre os
jovens que menos contribuem com os referidos serviços, estão as jovens
brancas com 1 hora e 48 minutos, seguidas pelos jovens pretos e pardos,
ambos, com 2 horas de dedicação.
Quanto ao período que se dedicam às atividades de lazer, temos que
98,21% dos jovens destinam pelo menos 1 hora a essas atividades, sendo que
eles dedicam em média 6 horas e 8 minutos de seu dia a ações que lhes
promovam prazer. O exercício dessas atividades concentra-se entre as 18:00 e
24:00 horas. Quando perguntado quais são essas, eles apontam basicamente
o uso do celular para diversas funções associados a outras atividades como
assistir séries, ouvir música, sair com os amigos e passear pelas ruas do
bairro, ainda temos que alguns jovens consideram dormir uma atividade de
lazer. Essas práticas podem ser compreendidas através de alguns trechos
como: “jogando Free-fire, série”, “celular, WhatsApp, mas saio também”,
“assisto série e mexo no celular”, “meu maior lazer é dormir, se não tô
dormindo eu tô mexendo no celular”, “mexo no celular, vejo tv e saio pra rua” e
“toco violão, faço exercício e mexo no celular...”.
Branco
Masculino
Preto
Pardo
Branco
Feminino
Preto
Pardo
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Fonte: Os autores
A respeito do tempo dedicado à prática esportiva, o período de
dedicação concentra-se entre as 17:00 e 20:00 horas, mas apenas 19,64% dos
jovens realizam. Dos praticantes masculinos, apenas os jovens brancos, sendo
45% do grupo e possuem como média 3 horas diárias. Das praticantes
femininas, 27,27% são pretas, 18,18% são brancas e 9,9% são pardas, elas
possuem respectivamente as seguintes médias, em horas, de tempo praticado:
3, 3 e 4. Aos jovens que não se exercitam foi perguntado se fariam alguma
prática de esporte, todos responderam que sim e apontaram a prática de
musculação como principal vontade, mas relatarem que não a fazem por não
terem condições financeiras.
5. Referências.
Minayo, M. C. (2013). Trabalho de campo: contexto de observação, interação e
descoberta. In S. F. Deslandes & M. C. Minayo (Orgs.), Pesquisa social: teoria,
método e criatividade. Petrópolis, RJ. Vozes.
Morgan, D. L.; Spanish, M. T. (1984). Focus Groups: a new tool for Qualitative
Research. Qualitative Sociology, 7 (3L).
Morgan, D. L. (1997). Focus group as qualitative research. Qualitative
Research Methods Series. 16. London: Sage Publications.
LEVI, G.; JC SCHMITT (org.) (1996): História dos jovens. Vol. 1. Da
antigüidade à era moderna. São Paulo: Companhia das Letras.
SILVA, C. R.; LOPES, R. E. Adolescentes e juventude: Entre conceitos e
políticas públicas. Separata de: CADERNOS de Terapia Ocupacional da
UFSCar. 17. ed. São Carlos, SP: UFSCar, 2009. v. 2, cap. 2, p. 87 - 106.
FREZZA, M.; MARASCHIN, C.; SANTOS, N. S. Juventude como problema de
políticas públicas: Entre conceitos e políticas públicas. Psicologia & Sociedade,
UFRGS, Porto Alegre, RS, p. 313 - 323, 2009.
Sposito, M. P.; Carrano, P. C. R. Juventude e políticas públicas no Brasil.
Revista Brasileira de Educação, edição 24, 2003, P. 16-39.
VARGAS, C. Z. Juventude e contemporaneidade: Possibilidades e Limites.
Última década, CIDPA, VINA DEL MAR, p. 47-69, 2004.
MALHOTRA. N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto
Alegre: Bookman. 2001.