Unidade 1 Protecao

Universidade Federal de Mato Grosso
Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica
Prof. Rogério Lima
Aula 01: Elementos do Sistema de Proteção
30 de junho de 2023
Lima, R. L. (FAET) Proteção de Sistemas Elétricos 30 de junho de 2023 1 / 34

Apresentação I
1 Plano de Ensino
Ementa
Objetivo Geral
Objetivos específicos
Conteúdo Programático
Referências Bibliográficas
Cronograma da Disciplina
Sistema de Avaliação e Contatos
2 Elementos do Sistema de Proteção

Estrutura básica de um sistema de proteção
Falhas de um sistema de potência
Requisitos básicos de um sistema de proteção
Aspectos considerados na proteção
Dispositivos de proteção
3 Referências Bibliográficas

Ementa
1 Fundamentos da proteção de sistemas de potência e tecnologias de

relés;
2 Transformadores de tensão e corrente;
3 Proteção de sobrecorrente e sobrecorrente direcional;
4 Proteção de distância;
5 Proteção diferencial;
6 Proteção de barras, alimentadores, transformadores, geradores e
motores;
7 Proteção de circuitos de transmissão complexos;
8 Fundamentos dos relés numéricos.

Objetivo Geral
A proteção de um sistema elétrico é projetada baseando-se nas funções

de proteção e o disjuntor responsável pela desconexão do circuito afetado
em relação à fonte supridora. Dessa forma, esta componente curricular
apresentará os conceitos que envolvem a proteção dos principais
elementos que compõe os sistemas elétricos, tais como máquinas
elétricas (geradores e motores), transformadores, barramentos e linhas de
transmissão.

Objetivos específicos
Os objetivos específicos:
Investigar os elementos da proteção de sistemas elétricos;
Descrever as metodologias de proteção dos principais elementos de
sistemas elétricos:
Proteção de geradores;
Linhas de Transmissão;
Transformadores;
Proteção de Barramentos;
Proteção de Sistemas de Distribuição;
Proteção de capacitores;
Proteção anti-ilhamento.

Conteúdo Programático
01: Elementos do sistema de proteção

02: Transformadores de medidas
03: Tipos de relés de proteção - Funções de proteção
04: Proteção de geradores;
05: Proteção de transformadores;
06: Proteção de linhas de transmissão;
07: Proteção de barramentos;
08: Proteção de sistemas de distribuição;
09: Proteção de capacitores.

Bibliografia Básica
RUSH, P. Proteção e Automação de Redes - Conceito e Aplicação.
Editora Blücher, 2011.
CAMINHA, A. C. Introdução à proteção dos sistemas elétricos.
Editora Edgard Blücher, São Paulo, 1977.
ANDERSON, P. M. Power System Protection. IEEE Press, New
York 1998.
Bibliografia complementar
MELLO, F. P. Proteção de sistemas elétricos de potência.
Universidade de Santa Maria, Editora Santa Maria, Volume 7, 1983.
WARRINGTON, A.R.; Van C. Protective relays: their theory and
practice. London: Chapman & Hall, 1968.
ARAUJO, C.A.S. e outros. Proteção de sistemas elétricos.
Interciência, 2005.
ANDERSON, P.M. Analysis of faulted power systems. New York:
IEEE, 1995.

BEEMAN, D. INDUSTRIAL power systems handbook. San Diego:
McGraw-Hill, 1955.
MAMEDE FILHO, J.; MAMEDE, D. R. Proteção de sistemas
elétricos de potência. LTC, Rio de Janeiro, 2013.
KINDERMANN, G. Proteção de sistemas elétricos de potência.
Vol. 1, Edição do autor, Florianópolis, 2005.
Vol. 2, UFSC, Florianópolis, 2005.
COURY, D. V.; OLESKOVICZ, M.; GIOVANINI, R. Proteção digital
de sistemas elétricos de potência. Edusp, São Paulo, 2007.
PHADKE, A. G.; THORP, J. S.; Computer relaying for power
systems. John Wiley & Sons Inc, West Sussex, 2009.
REIMERT, D. Protective relaying for power generation systems.
CRC Press, Boca Raton 2006.
KEZUNOVIC, M.; REN, J.; LOTFIFARD, S. Design, modeling, and
evaluation of protective relays for power systems. Springer, New York,
2017.

Período Letivo: 2023.1
Disciplina: Proteção de Sistemas Elétricos
Horário: Terça Feira: 7h30 - 9h30 e Sexta Feira: 9h30 - 11h30.
Sala: ENE112.
Aula 01: Elementos do sistema de proteção;
Aula 02: Elementos do sistema de proteção;
Aula 03: Transformadores de medidas;
Aula 04: Relés de sobrecorrente (Funções 50/51);
Aula 05: Relés de sobrecorrente (Funções 50/51);
Aula 06: Relé diferencial de corrente (Função 87);
Aula 07: Relé direcional (Função 67);
Aula 08: Relé direcional (Função 67);
Aula 09: Relé de tensão (Funções 27/59);
Aula 10: Prova 01.

Aula 11: Relé de distância (Função 21);
Aula 12: Relé de distância (Função 21);
Aula 13: Relé de frequência (81U/81O), Relé de sincronismo (25),
Relé auxiliar de bloqueio (86), Relé anunciador (30), Relé de
religamento (79);
Aula 14: Proteção de geradores;
Aula 15: Proteção de geradores;
Aula 16: Proteção de transformadores;
Aula 17: Proteção de transformadores;
Aula 18: Proteção de linhas de transmissão;
Aula 20: Prova 02.

Aula 22: Proteção de barramentos;
Aula 25: Proteção de sistemas de distribuição;
Aula 29: Proteção de Capacitores;
Aula 30: Prova 03;
Aula 31: Proteção anti-ilhamento.
Aula 32: Proteção adaptativa em redes de distribuição;

Sistema de Avaliação e Contatos
Aprovação por média:
MF = (P1 × 0, 2) + (P2 × 0, 3) + (P3 × 0, 4) + (MEPC × 0, 1)
P1 – Será aplicada na 10ª Aula (todo conteúdo até a referida aula).

P2 – Será aplicada na 20ª Aula (todo o conteúdo até a referida aula).
P3 – Será aplicada na 30ª Aula (todo o conteúdo até a referida aula).
EPC1 – Lista de exercícios 01 – Entrega na 10ª aula.
MEPC - Média Aritmética dos EPCs.
Se MF ≥ 5, 00 - Aprovado e frequência mínima de 75% nas aulas;
Se MS < 5, 00 - Reprovado.
Observações:
Condições para aprovação: frequência mínima de 75% nas aulas.
Contatos
Material Didático:
Portal acadêmico (PA/UFMT), comunicação oficial.
Atendimento:
Sala 28, Departamento de Engenharia Elétrica.
Segunda Feira: 13h30 - 17h30.
Quinta Feira: 13h30 - 17h30.
Email
rogerio.lima@ufmt.br

Elementos do Sistema de Proteção
Anormalidades nos sistemas elétricos:
Curto-circuito;
Sobrecarga;
Sub/sobretensões:
Descargas atmosféricas;
Manobras e outras.
Função do sistema de proteção:
Desconexão do sistema elétrico sob falta;
Fornecer informações (Defeitos e recuperação).
Elementos de proteção:
Relés e fusíveis.

Critérios aplicados à detecção de defeitos:
Elevação da corrente;
Elevação e redução da tensão;
Inversão do sentido da corrente;
Alteração da impedância do sistema;
Comparação de módulo e ângulo de fase (saída e entrada do
sistema).

Critérios aplicados à detecção de defeitos:
Elevação da corrente;
Elevação e redução da tensão;
Inversão do sentido da corrente;
Alteração da impedância do sistema;
Comparação de módulo e ângulo de fase (saída e entrada do
sistema).
Compreensão do funcionamento depende da definição dos termos:
Corrente nominal: corrente secundária que circula no relé;
Corrente de ajuste: corrente ajustada do relé;
Corrente de acionamento: provoca atuação do relé;
Corrente máxima admissível: valor máximo que o relé suporta;
Consumo: energia solicitada pelo relé;
Potência nominal: potência requerida pelo relé, TC e TP.
Compreensão do funcionamento depende da definição dos termos:

Tensão nominal: tensão para o qual o dispositivo é isolado;
Tensão de serviço: tensão do sistema em que o relé está conectado;
Tensão máxima admissível: tensão máxima que o relé pode ficar
submetido em operação;
Temporização: tempo (segundos) ajustado para a atuação.

Fonte de
Tensão
Sistema
auxiliar
Relé
Unidade de
Unidade de Sinal Unidade de Unidade de Unidade de
Acionamento
entrada conversão medida saída
do circuito
a) Unidade de Entrada - instrumentos recebem as informações do

sistema (TCs, TPs), isolação elétrica entre sistema e os dispositivos
de proteção;
b) Unidade de conversão do sinal - elemento interno ao relé que
transforma em sinais com modulação adequada ao funcionamento
do relé.
Fonte de
Tensão
Sistema
auxiliar
Relé
Unidade de
Acionamento
do circuito
c) Unidade de medida: compara as características do sinais recebidos

com a referência de operação;
d) Fonte de tensão auxiliar: fornece energia às unidades de medida,
saída e acionamento.
Fonte de
Tensão
Sistema
auxiliar
Relé
Unidade de
Acionamento
do circuito
e) Unidade de saída: constituída por uma bobina acionando um

contato auxiliar ou chave semicondutora;
f) Unidade de acionamento: constituída por uma bobina de grossas
espiras montada no corpo do elemento de desconexão do sistema
(disjuntor ou interruptor).
TC e TP - envio de corrente e tensão ao elementos de avaliação (A);

D - interruptor ou disjuntor;
A - elemento de avaliação:
Gerenciar condições de operação do elemento protegido;
Decidir a partir dos valores recebidos as condições que se dará a
operação de desconexão.
B - elemento lógico, compara os valores ajustados, envia o sinal para
o disjuntor.
C - modula o sinal de disparo do disjuntor;
F - fonte auxiliar, geralmente fonte de corrente contínua;
S - elemento de sinalização visual ou ótica de todas operações;
K - recepção de sinais de comando oriundos ou não de outros pontos
do sistema sob proteção.

Dados médios das interrupções dos sistemas de geração e transmissão:
a) Causas das interrupções
Fenômenos naturais: 48%;
Falhas em materiais e equipamentos: 12%;
Falhas humanas: 9%;
Falhas diversas: 9%;
Falhas operacionais: 8%;
Falhas na proteção e medição: 4%;
Objetos estranhos sobre a rede: 4%;
Condições ambientais: 6%.
b) Origem das interrupções
Linha de transmissão: 68%;
Rede de distribuição: 10%;
Barramento de subestação: 7%;
Transformador de potência: 6%;
Gerador: 1%;
Próprio sistema: 4%;
Consumidor: 4%.
c) Duração das interrupções (T em min):
1 < T ≤ 3 : 57%;
3 < T ≤ 15 : 21%;
15 < T ≤ 30 : 6%;
30 < T ≤ 60 : 4%;
60 < T ≤ 120 : 3%;
T > 120 : 9%.
Interrupções quanto ao tipo de CC:
Curto-circuito trifásico: 8%;
Curto-circuito bifásico: 14%;
Curto-circuito fase e terra: 78%.
Obs.: Defeito fugitivo (rede de distribuição): 80%

Custos das interrupções
a) Custos financeiros - perda de faturamento da concessionária.
b) Custos sociais - duas maneiras para avaliar:
Custos financeiros do cliente - perda de faturamento.
Custos à imagem da concessionária - investimento em marketing.
Custos médios das interrupções das UCs industriais (US$/MWh)
Custos médios das interrupções das UCs comerciais (US$/MWh)

Custos médios das interrupções das UCs residenciais (US$/MWh)
Considerações importantes:
Interrupções de maior custo no setor industrial:
Entre 12h00 a 16h00;
Por volta da 0h00 o custo cai 40%;
Ao longo da semana os custos são constantes;
Nos finais de semana os custo caem 35%.

Considerações fundamentais para um bom desempenho:
a) Seletividade - técnica por meio da qual somente o elemento de
proteção mais próximo do defeito desconecta a parte defeituosa.
b) Zonas de atuação - durante defeito, o elemento de proteção deve ser
capaz de definir se aquela ocorrência é interna ou externa à zona
protegida.
c) Velocidade - definido um tempo mínimo de operação, a velocidade de
atuação deve ser a menor:
Reduzir ou eliminar avarias no sistema;
Reduzir o afundamento da tensão;
Permitir a ressincronização dos motores.
d) Sensibilidade - capacidade em reconhecer com precisão a faixa e os
valores indicados para a sua operação e não operação.
Iccmi
Avaliação numérica - NS = , 1, 5 ≤ NS < 2
Iac
Iccmi - CC máxima no ponto mais extremo da zona de proteção;
Iac - corrente de acionamento do elemento de proteção.

e) Confiabilidade - capacidade da proteção cumprir com segurança e
exatidão as funções que lhe foram confiadas;
f) Automação - capacidade da proteção operar automaticamente
quando solicitado e retornar sem auxílio;
Outras propriedades:
A proteção não devem ser sensibilizada por sobrecarga e sobretensão
momentânea;
A proteção não devem ser sensibilizada pelas oscilações de corrente,
tensão e frequência consideradas normais pelo projeto;
Os relés devem consumir pouca energia;
Os relés devem ter suas características inalteradas para diferentes
configurações do sistema.

Aspectos considerados na proteção
3 aspectos devem ser examinados:
1) Operação Normal
Inexistência de falhas do equipamento;
Inexistência de erros de pessoal de operação;
Inexistência de eventos "Segundo a vontade de Deus".
2) Prevenção contra falhas elétricas
Previsão de isolamento adequado;
Coordenação do isolamento;
Uso de cabos pára-raios e baixa resistência de pé de torre;
Apropriadas instruções de operação e manutenção.
3) Limitação dos defeitos devido as falhas
Limitar a CC (reatores);
Projeto que suporte efeito mecânicos e térmicos.

Relés Eletromecânicos de indução
Estrutura: bobinas, disco de indução, molas, contatos fixos e móveis;
Fácil manutenção e ajustes dos parâmetros;
Funções padronizadas entre os fabricantes;
Ajustes são feitos por meio de diais sob tampa de vidro;
Sinalização mecânica: bandeirola vermelha;
Atualmente não são fabricados, mas existem milhares ainda
instalados.

Relés Eletromecânicos de indução
Estrutura: bobinas, disco de indução, molas, contatos fixos e móveis;
Fácil manutenção e ajustes dos parâmetros;
Funções padronizadas entre os fabricantes;
Ajustes são feitos por meio de diais sob tampa de vidro;
Sinalização mecânica: bandeirola vermelha;
Atualmente não são fabricados, mas existem milhares ainda
instalados.

Relés Eletrônicos
Dimensões reduzidas e não padronizadas, leves;
Circuitos dedicados à cada função proteção;
Sinalização operacional do tipo LED;
Consomem pouca energia;
Ajustes simples, elevada velocidade de operação, pouca
manutenção;
Pouca inovação: relés eletromecânicos =⇒ relés eletrônicos;
Sensíveis à fenômenos transitórios de baixa magnitude;
Aplicações: LTs, Geradores (diferencial), unidades temporizadas,
distância, fasorial, distância, direcional e sobrecorrente.

Relés Eletrônicos
Dimensões reduzidas e não padronizadas, leves;
Circuitos dedicados à cada função proteção;
Sinalização operacional do tipo LED;
Consomem pouca energia;
Ajustes simples, elevada velocidade de operação, pouca
manutenção;
Pouca inovação: relés eletromecânicos =⇒ relés eletrônicos;
Sensíveis à fenômenos transitórios de baixa magnitude;
Aplicações: LTs, Geradores (diferencial), unidades temporizadas,
distância, fasorial, distância, direcional e sobrecorrente.

Relés Digitais
Rockefeller’s (1969), primeiro conceito da função de proteção digital;
Atualmente dominam totalmente o mercado;
A automação o tornou elementos obrigatórios na proteção de
sistemas elétricos;
Constituídos de circuitos eletrônicos providos de chips;
Ajustes feitos por tecla membrana ou microcomputador (RS232);
Sem padronização nas dimensões, impraticável opera com
fabricantes diferentes ou defasagem tecnológica;
revolucionaram os esquemas de proteção: funções de comunicação,
medidas elétricas, controle, sinalização remota, acesso remoto.

Relés Digitais
Rockefeller’s (1969), primeiro conceito da função de proteção digital;
Atualmente dominam totalmente o mercado;
A automação o tornou elementos obrigatórios na proteção de
sistemas elétricos;
Constituídos de circuitos eletrônicos providos de chips;
Ajustes feitos por tecla membrana ou microcomputador (RS232);
Sem padronização nas dimensões, impraticável opera com
fabricantes diferentes ou defasagem tecnológica;
revolucionaram os esquemas de proteção: funções de comunicação,
medidas elétricas, controle, sinalização remota, acesso remoto.

CAMINHA, A.C. Introdução à proteção dos Sistemas Elétricos.
Edgard Blücher, São Paulo, 1977.
ANDERSON, P. M. Power system protection. Wiley-Interscience,
Nova York 1998.

Próxima Aula (02):
Elementos do Sistema de Proteção.
Obrigado!!!
Bons estudos!!!

Prof. Rogério Lima
Aula 02: Elementos do Sistema de Proteção
4 de julho de 2023
Lima, R. L. (FAET) Proteção de Sistemas Elétricos 4 de julho de 2023 1 / 46

Apresentação I
1 Características dos Relés de Proteção
Funções de Proteção
Características construtivas e operacionais
Desempenho
Grandezas elétricas
Temporização
Forma de acionamento
2 Seletividade
Amperimétrica
Cronométrica
Lógica
3 Sistemas de comunicação
Linhas Físicas
Onda portadora
Rádio
4 Serviços auxiliares
Apresentação II
Fonte auxiliar em corrente alternada
Fonte auxiliar em corrente contínua
Dispositivo de disparo capacitivo

Código numérico que indica o tipo de proteção do relé (função):

Monofunção - fabricado para atuar somente num tipo de evento;
sobrecorrente instantâneo do tipo indução - 50.
Multifunção - fabricado para atuar diante de vários tipos de eventos;
relé de sobrecorrente com unidade instantânea (função 50) e
temporizada (função 51).
Tabela ANSI - American National Standards Institute, universalizar e
padronizar os vários tipos de funções.
American Standard C37.2-1991.






Nomenclatura complementar das funções de proteção e manobra (ANSI)

Nomenclatura complementar das funções de proteção e manobra (ANSI)

Quanto à forma construtiva:

Relés fluidodinâmicos;
Relés eletromagnéticos;
Relés eletrodinâmicos;
Relés de indução;
Relés térmicos;
Relés eletrônicos;
Relés digitais.
Quanto à forma operacional:
Relés de corrente;
Relés direcionais;
Relés diferenciais;
Relé de distância;
Relés de tensão;
Relé de Religamento;
Relé de frequência.


Relés térmicos;
Relés digitais.
Relés de corrente;
Relés direcionais;
Relés de tensão;


Relés térmicos;
Relés digitais.
Relés de corrente;
Relés direcionais;
Relés de tensão;

Relés Fluidodinâmicos
Elemento temporizador: líquidos em geral (óleo de vaselina);
Construídos para ligação direta com a rede;
Possui êmbolo que se desloca no interior de um recipiente;
Não é fabricado desde a 14039, deixou de ser proteção principal da
subestação;
Muito utilizado em pequenas e médias instalações industriais:
Aplicados em subestações de 1000 kVA;
Não foram utilizados em subestação de potência:
Estreita possibilidade de coordenação com elos fusíveis.
Inaplicabilidade de instalação ao tempo.

Relés Eletromagnéticos

Relés Eletromagnéticos
Êmbolo móvel

Relés Eletrodinâmicos
Princípio da atuação entre as duas bobinas

Mais caros que os anteriores;
Não aplicação notável na proteção de circuitos primários;
Bobina móvel (CC) dentro de um campo magnético;
O movimento é obtido pela interação entre as duas bobinas.

Relés de Indução
Relés secundários: subestações industriais e concessionárias,
proteção de equipamentos de grande valor;
Baseados na construção de 2 magnetos: superior e inferior.

Relés de Indução
Relé tipo disco de indução

Relés de Indução
Relé tipo disco de indução
Relé tipo copo de indução

Relés Térmicos
Efeitos do aumento da temperatura:
transformadores, motores, geradores etc...
Sondas térmicas nos enrolamentos - situações indesejáveis de
manutenção;
Relés - elementos térmicos ajustáveis:
submetidos à corrente do sistema;
características térmicas semelhantes ao equipamento que protegem;
atuam sobre o circuito de alimentação da bobina do disjuntor;
"Imagem térmica",simulam a curva de aquecimento do equipamento.

Relés Térmicos
Efeitos do aumento da temperatura:
transformadores, motores, geradores etc...
Sondas térmicas nos enrolamentos - situações indesejáveis de
manutenção;
Relés - elementos térmicos ajustáveis:
submetidos à corrente do sistema;
características térmicas semelhantes ao equipamento que protegem;
atuam sobre o circuito de alimentação da bobina do disjuntor;
"Imagem térmica",simulam a curva de aquecimento do equipamento.

Relés Eletrônicos
Resultado da evolução da eletrônica e sistema de potência;

Competiam em desempenho e preço com os eletromecânicos;
Inviáveis em sistemas de pequeno porte, nestas instalações usa-se:
relés convencionais de ação direta;
dispensa-se transformadores de medidas;
dispensa-se fontes auxiliares de alimentação.
Vantagens aos relés convencionais:
compacidade;
precisão nos valores ajustados;
facilidade de modificação das curvas de operação.

Relés Digitais
Proteção baseada em técnicas de microprocessadores.
Além das funções de seus antecessores, oferecem:
Maior velocidade, sensibilidade e confiabilidade (auto-supervisão);
Interfaceamento amigável, baixo consumo;
Acesso remoto, comunicação com supervisório (interface serial);
Armazenamento de dados de falha, diagnóstico;
Senha para o operador.
Conversores A/D;
1980-90: digitalização universalizada do sistema elétrico;
Dotados dos seguintes elementos de proteção e operação:
a) Display (mostrador) alfanumérico;
b) Teclas.
Tipos de funções:
a) Funções de proteção;
b) Funções de medição;
c) Funções Preditivas.

Relés Digitais
Etapas de processamento das informações:
a) Interface com o processo:
Condicionamento dos sinais;
Conversão dos sinais analógicos para digitais.
b) Microprocessadores;
c) Memórias:
RAM (Random Access Memory);
ROM (Read Only Memory);
PROM;
EPROM
EEPROM;
FLASH.
Entradas e saídas seriais: RS232, RS485;
Fonte de alimentação: 24-48-125-220 Vcc;
Auto-supervisão;
Interface homem-máquina;
Relatório de falhas.
Desempenho
Devem apresentar os seguintes requisitos básicos de desempenho:

Sensibilidade
Sensíveis dentro da faixa de ajuste para a operação.
Rapidez
Rapidez às grandezas elétricas aos quais foram ajustadas.
Confiabilidade
Confiáveis para todas condições de perturbações que foram ajustados.

Grandezas elétricas
Sensibilizado pela frequência, tensão e corrente elétrica.

Relés de tensão: sub/sobretensão;
Relés de corrente: mais empregado no sistema elétrico;
Relés de frequência: grandeza é comparada com valor ajustado;
Relés direcionais: acionados pelo fluxo de potência ou corrente;
Reles de impedância: sinal de tensão e corrente no ponto instalação.

Temporização
Devido à seletividade permite-se ao relé a temporização.
Instantâneos:
Sem retardo intencional no tempo de atuação.
Temporizados com retardo dependente:
Mais utilizados no sistema elétrico;
Curva de temporização normalmente inversa;
Família de curvas com diversas declividades;
Ajuste de tempo e Corrente.
Temporizados com retardo independente:
Caracterizado por tempo de atuação constante;
Ajustados para vários tempos de atuação;

Podem acionar equipamentos de interrupção sob dois modos:

Relés Primários:
Relé de ação direta: pequenas e médias instalações industriais;
Dispensam transformadores e fonte auxiliar para disparo do disjuntor;
Fácil instalação, porém exigem manutenção preventiva:
Relés Fluidodinâmicos.
Alimentados por transformadores redutores:
Acionamento particular para cada tipo ou fabricante.
14039 eliminou o uso em subestações de média tensão.
Relés Secundários:
Relé de ação indireta: instalações de médio e grande portes;
Mais caros e exigem transformadores redutores com fonte auxiliar;
Aplicados na proteção de motores acima de 200 cv;
Não atua diretamente no mecanismo de acionamento do disjuntor;
Atualmente usa capacitor para alimentar a bobina do disjuntor.


Relés Primários:


Relés Primários:

Relé de ação direta

Relé de ação indireta

Seletividade
Capacidade do sistema de proteção em desenergizar somente a parte do
circuito afetado.
a Proteção de primeira linha: elemento que tem zona de
responsabilidade dentro dos limites definidos;
b Proteção de segunda linhas, retaguarda ou socorro: atua diante da
falha da proteção de primeira linha.

Seletividade
Capacidade do sistema de proteção em desenergizar somente a parte do
circuito afetado.
a Proteção de primeira linha: elemento que tem zona de
responsabilidade dentro dos limites definidos;
b Proteção de segunda linhas, retaguarda ou socorro: atua diante da
falha da proteção de primeira linha.

Seletividade
3 diferentes formas:
Amperimétrica;
Cronométrica; e
Lógica.
Seletividade amperimétrica (por corrente)
"C.C. aumenta com a proximidade da fonte de suprimento."
G1
ICS P2
ICS P1

Seletividade
Seletividade Amperimétrica
G1
ICS P2
ICS P1
Seletividade amperimétrica: Ip2 > ICS > Ip1

Primeira proteção: Ip1 ≤ 0, 8 × ICS
Proteção fora da zona protegida: Ip2 > ICS

Seletividade
Seletividade cronométrica
"Tempo da proteção próximo ao defeito é inferior da proteção a montante."
Intervalo de coordenação (200-400 ms): abertura do dj + incertezas.

Seletividade
Algumas desvantagens:
Subestações seccionadoras em série - limites térmicos/dinâmicos;
Superdimensionar dispositivos de seccionamento;
Tempo excessivo - quedas de tensão prejudiciais.

Seletividade
Algumas desvantagens:
C.C. elevada + tempo excessivo = danos a instalação (duração do
arco elétrico);
Seletividade impraticável - limite de tempo imposto pela
concessionária.
Combinações de proteção possíveis:
Fusível em série com fusível;
Fusível em série com relés temporizados;
Relés temporizados em série entre si;
Relés temporizados e relés instantâneos.
Seletividade
Seletividade lógica
"Mais moderna, surgiu com os relés digitais."
Proteção de sobrecorrente + esquema de comunicação (fio piloto);
Eficiência com relé digital, instalação de BT é impraticável.

Seletividade
Princípios básicos de funcionamento:
1 proteção é única responsável pela abertura do circuito;
Proteção a jusante: não recebe sinal de mudança de estado;
Proteção a montante: recebe sinal (bloqueio ou atuação);
Habilidade: Recebe/envia sinal e abre circuito;
Ajustadas com tempo de 50 a 100 ms;
Garantir ordem de bloqueio entre 150 a 200 ms.

Seletividade
Princípios básicos de funcionamento:
1 proteção é única responsável pela abertura do circuito;
Proteção a jusante: não recebe sinal de mudança de estado;
Proteção a montante: recebe sinal (bloqueio ou atuação);
Habilidade: Recebe/envia sinal e abre circuito;
Ajustadas com tempo de 50 a 100 ms;
Garantir ordem de bloqueio entre 150 a 200 ms.
1ª Proteção 2ª Proteção 3ª Proteção

1-Bloqueio a montante 1-Recebe/Sinal/bloqueio 1-Recebe/Sinal/bloqueio
2-Comanda DJ (100 ms) 2-Bloqueio a montante 2-Bloqueio a montante

Seletividade
Há dois tipos de ajustes de tempo:
a Ajuste de tempo da proteção
Tempo de ajuste deve eliminar a atuação da proteção em partida de
motores e energização de transformadores;
Proteção a jusante (próxima da carga): 50 ms;
Proteção a montante: 100 ms;
Tempos para correntes superiores à partida de motores e energização
de transformadores.
b Ajuste de tempo da seletividade lógica
Ajustado na proteção emite a ordem de bloqueio: 200 ms.

Seletividade
de transformadores.

Seletividade
de transformadores.

Sistemas de Comunicação
Elementos de um sistema de comunicação:
1 - Linhas Físicas:
a) Fio Piloto;
b) Fibra Ótica.
Fio Piloto
Sinais de C.A. - 50/60Hz (1-3kHz);
Distâncias < 25 km;
Suscetíveis a sobretensões:
Interferência eletromagnética;
Potencial da malha de terra - defeitos fase e terra.
Filtro de sequência: conectados a um transformador saturado;
Transformador saturado: limitar tensão dentro de uma estreita
variação;
Retificador: CA-CC;
Transformador de isolamento: evitar transitórios das malhas de terra.
a) Fio Piloto;
b) Fibra Ótica.
Fio Piloto
variação;
Retificador: CA-CC;
a) Fio Piloto;
b) Fibra Ótica.
Fio Piloto
variação;
Retificador: CA-CC;
Sistemas de comunicação
Fibra ótica
Cabo de seção 100µm;
Modulação de luz, imune a transitórios;
Elevada atenuação do sinal:
LTs de pequeno e médio comprimento.
Para-raio, Cabo guarda, OPGW(Optical Ground Wire);
Elimina filtros, transformadores saturados, indutores e etc.


2 - Onda portadora (carrier) - 30 a 300 KHz

3 - Rádio
Alta frequência (HF)
Comunicação de voz;
Opera de 3 a 30 MHz;
Forma precária: radiações solares, dependência de hora, estações,
atividade solar etc.
Muito alta frequência (VHF)
Exclusivamente para comunicação de voz;
Opera de 30 a 300 MHz;
Usada em teleproteção;
Atua de modo precário.
Micro-onda
Opera entre 2 e 12 GHz;
Distância máxima entre antenas: 60 Km (sem repetidora);
Têm-se perdido mercado.

Serviços auxiliares
Subestações são dotadas de 2 fontes de alimentação: CC e CA.
Baterias utilizadas em bancos:
Abertura/fechamento disjuntores e religadores;
Sistema de sinalização;
Acionamento dos motores dos disjuntores;
Chaves seccionadoras motorizadas;
Iluminação de emergência;
Sistema de Medição;
Sistema de comunicação;
Alimentação dos relés de proteção.
Capacitor:
Energizar a bobina de abertura dos disjuntores e religadores.

Fonte auxiliar CA
Pequenas subestações: 45 kVA/13,8 kV-380/220 V;
Grandes subestações: 300 kVA/13,8 kV-380/220 V.
Cargas alimentadas, valores médios:
Aquecimento de Quadro Elétrico: 300 W/220V/cubículo;
Iluminação Quadro: 60 W/220 V/cubículo;
Aquecimento e iluminação transformador: 1.500 W/220V;
Alimentação do comutador em carga: 1.000 W/220V;
Aquecimento e Alimentação disjuntor: 500 W/220V;
Ventilação forçada transformador: 3.000 W/380 V/ventilador;
Alimentação retificador-carregador: 8kW/380 V (para retificador de
50A/CC).

Fonte auxiliar CC
Bateria - associação/série de pilhas eletroquímicas (células);
Banco - baterias conectadas em série (48-250 V).
a) Baterias Alcalinas
Alta confiabilidade;
Alto Custo comparado a chumbo-ácida;
Serviços auxiliares e nobreak.
b) Baterias ácidas
Chumbo-ácidas;
Chumbo-cálcio;
Aspectos construtivo: seladas ou ventiladas.

Dispositivo de disparo capacitivo
Conjunto de capacitores, resistores e varistores.
C1 e C2 - 470µF × 250V ;
R1 - 150Ω × 5, 5W ;
Alimentação: 110 a 127 V ou 140 a 240 V.

PHADKE, A. G.; THORP, J. S. Computer relaying for power
Nova York 1998.
RASHID, M. H. Eletrônica de potência: circuitos, dispositivos e
aplicações. Tradução Carlos Alberto Favato; revisão técnica Antônio
Pertence Júnior, São Paulo: Makron Books, 1999.

Próxima Aula (03):
Transformadores de medidas.
Obrigado!!!
Bons estudos!!!

Prof. Rogério Lima
Aula 03: Transformadores de corrente - TCs
07 de julho de 2023
Lima, R. L. (DENE) Proteção de Sistemas Elétricos 07 de julho de 2023 1 / 41

Apresentação I
1 Introdução
2 Transformador de corrente
Características construtivas
Características elétricas
3 Exercícios

Introdução
Permitem os instrumentos operarem com gradezas elétricas

diferentes da carga e circuito principal;
Transformadores de Corrente (TCs) e de Potencial (TPs) ⇒ PSE;
TCs - Suprir aparelhos de baixa resistência: amperímetros, relés,
medidores de energia, de potência etc:
Operam em tensão variável, dependente da corrente primária e de
carga;
RTC inversamente proporcional à relação entre o nºs de espiras dos
enrolamentos primários e secundários;
Isolar equipamentos de medição, controle e relés.
TPs - Suprir aparelhos de elevada impedância: voltímetros, relés,
medidores de energia:
Os instrumentos operarem sem possuir isolação conforme√ rede;
Primário de muitas espiras - secundário: 115 V ou 115/ 3.

Introdução
Figura: Fabricante: Arteche.

Introdução
Figura: Fabricante: Balteau - Grupo WEG.

Introdução

Introdução
Figura: Fabricante: Balteau.

Transformador de corrente
a) TC tipo barra
Figura: TC tipo barra a seco.

a) TC tipo barra
Figura: TC tipo barra a óleo mineral.

a) TC tipo barra
Em BT são utilizados em painéis de comando de corrente elevada;
Mais utilizado em subestações de MT e AT;
Acomodam até 4 núcleos - forma toroidal, enrolado com tira de
aço-silício;
Reatância secundária em quaisquer ponto de derivação é pequena.
b) TC tipo enrolado
É aquele cujo enrolamento primário é constituído de uma ou mais
espiras envolvendo o núcleo do transformador.
c) TC tipo janela
Não possui primário fixo no transformador;
Muito usado em painéis de comando de BT.
d) TC tipo bucha
É aquele cujas características são semelhantes ao TC tipo barra,
porém sua instalação é feita na bucha dos equipamentos
(transformadores, disjuntores etc.).
Transformadores de corrente
e) TC tipo núcleo dividido
Semelhantes às características dos TCs tipo janela, em que o núcleo
pode ser separado para permitir envolver o condutor que funciona
como enrolamento primário. Ex.: Alicate amperímetro, medidor de
potência ativa e/ou reativa.
f) TC com vários enrolamentos primários
Constituído de vários enrolamentos primários montados
isoladamente e apenas um enrolamento secundário.
g) TC com vários núcleos secundários
Constituído de dois ou mais enrolamentos secundários, e cada um
possui individualmente o seu núcleo.
h) TC com vários enrolamentos secundários
constituído de um único núcleo envolvido pelo enrolamento primário
e vários enrolamentos secundários.

Figura: TC associado ao disjuntor de potência.

Figura: TC tipo barra 230 kV e 69 kV (vista interna).

Figura: TC tipo enrolado e TC tipo janela.

Figura: Transformador de potência com TC tipo bucha.

Figura: Transformador de corrente com dois enrolamentos primários.

Figura: Transformador de corrente com três núcleos secundários.
Figura: Transformador de corrente com dois enrolamentos secundários.

i) TC tipo derivação no secundário
Constituído de um único núcleo envolvido pelos enrolamentos
primário e secundário, sendo o núcleo provido de uma ou mais
derivações.
Figura: Transformador de corrente com derivação no secundário.

Figura: Diagrama representativo de um transformador de corrente.
R1 e X1 - resistência e reatâncias primárias;

R2 e X2 - resistência e reatâncias secundárias;
Rµ e Xµ - ramo magnetizante - perdas ôhmicas - Correntes de
histerese e de Foucault.
Ip ⇒ Z1 = R1 + jX1 ;
Is ⇒ (Z2 = R2 + jX2 ) + (Zc = Rc + jXc );
Fluxo principal, Ie proporcional;
→
− →− →
−
I p = I e + I s.
Impedância do 1º não afeta a exatidão do TC;
Erro do TC ⇒ Ie ;
RTC ⇒ 1:1 ⇒ Ip = Is , mas Icarga , Ip - erro TC.

Correntes nominais
Correntes primárias e relações nominais

Correntes nominais
Correntes primárias e relações nominais duplas para ligação
série/paralela

A NBR 6856 adota as seguintes simbologias para definir as relações de
corrente:
O sinal de dois pontos (:) deve ser usado para exprimir relações de
enrolamentos diferentes, por exemplo, 300:1.
O hífen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de
enrolamentos diferentes, por exemplo, 300-5 A, 300-300-5 A (dois
enrolamentos primários), 300-5-5 (dois enrolamentos secundários).
O sinal de multiplicação (×) deve ser usado para separar correntes
primárias nominais, ou ainda relações nominais duplas, como
300×600-5 A (correntes primárias nominais) cujos enrolamentos
podem ser ligados em série ou em paralelo.
A barra (/) deve ser usada para separar correntes primárias nominais
ou relações nominais obtidas por meio de derivações, efetuadas
tanto nos enrolamentos primários como nos secundários, como
300/400-5 A ou 300-5/5 A.

Figura: Diagrama de ligação do TC 400/600/8003800/1200/1600-5/5/5 A.

Cargas nominais
Os TCs são especificados de acordo com a carga ligada no secundário.
Impedância de carga nominal para TC de 200 VA:
Ptc 200
Zs = = = 8Ω
Is2 52

Cargas nominais
Carga de um transformador de corrente para proteção ou medição:
X
Ctc = Cap + Lc × Zc × Is2 (VA )
P
Cap - soma das cargas correspondentes às bobinas de corrente dos
aparelhos considerados, em VA;
Is - corrente nominal secundária, normalmente igual 1 ou 5 A;
Zc - impedância do condutor, em Ω/m;
Lc - comprimento do fio condutor, em m.

Fator de sobrecorrente
Denominado fator de segurança (FS), fator que multiplica a corrente
nominal primária do TC para se obter a máxima corrente no circuito
primário até o limite de sua classe de exatidão. A NBR 6856 especifica FS
igual a 20X a corrente nominal.
Cn
F1 = × Fs
Cs
Cs - carga ligada ao secundário, em VA;
Fs - fator de sobrecorrente nominal ou de segurança;
Cn - carga nominal, em VA.
A saturação apenas ocorre quando F1 > Fs submetendo o aparelho a

grande intensidade de corrente.

Figura: Gráfico de saturação dos transformadores.
Erro de relação percentual - NBR 6856: 5% ou 10%.

Esse erro de relação percentual pode ser obtido como:
Ie
εp = × 100
Is
Is - corrente secundária em seu valor eficaz;
Ie - corrente de excitação correspondente, em seu valor eficaz.
Alerta: Religamento de um sistema (religadores e DJ com relé de

religamento) após curta interrupção.

Corrente de magnetização
Figura: Curva de magnetização de um transformador de corrente.

Tensão secundária
Vs = Fs × Zc × Is
Fs - fator de sobrecorrente, padronizado em 20;
Zc - carga conectada ao secundário do TC, em Ω;
Is - corrente que circula no secundário do TC e flui pela carga secundária.

Tensão secundária
Em circuitos com capacitores, sobressolicitação:
0, 00628 × Ipi × Fi × Lc
Vis = (V )
RTC
Vis - tensão impulsiva, em seu valor de crista, em V;
Ipi - corrente primária impulsiva do TC, em seu valor de crista, em A;
Fi - frequência correspondente do transitório, em Hz;
Lc - indutância da carga secundária do TC, em mH;
RTC - relação de transformação de corrente.

Os transformadores de corrente são classificados pela reatância dos seus

enrolamentos primários em TCs de baixa impedância e TCs de alta
impedância.
TCs de baixa impedância
Primário com única espira;
Tipos barra, janela e bucha;
Construídos com correntes muito elevadas;
NBR 6856 - B e ANSI - L.
TCS de alta impedância
Primário de várias espiras em torno do núcleo magnético;
NBR 6856 - A e ANSI - H;
NBR 6856: classe de exatidão, classe da reatância, tensão
secundária p/ 20X a corrente nominal - 10A800, A10F15C800.

Características elétrica
Fator térmico
NBR 6856: 1,0 - 1,2 - 1,3 - 1,5 - 2,0.
Corrente térmica nominal
É o valor eficaz da corrente primária de curto-circuito simétrico que o TC
pode suportar por um tempo definido, em geral igual a 1 s, estando com o
enrolamento secundário em curto-circuito, sem que sejam excedidos os
limites de elevação de temperatura especificados por norma.
Fator térmico de curto-circuito
Iter
Ftcc =
Inp
Iter - corrente térmica do TC, em A;

Inp - corrente nominal primária, em A.

Polaridade

Erros dos transformadores de corrente
Erro de relação de transformação
Is + Ie
FCRr =
Is
RTC × Is − Ip
εp = × 100
Ip
Erro de ângulo de fase
β = 26 × (FCRp − FCTp )(′ )

Classe de exatidão
Figura: Gráficos de exatidão dos transformadores de corrente classe 0,3.

Classe de exatidão
Dependente dos instrumentos a conectar no secundário, as classes de
exatidão são:
Para aferição e calibração dos instrumentos de medidas de
laboratório: 0,1;
Alimentação de consumidores para fins de faturamento: 0,3;
Alimentação de cargas para fins de acompanhamento de custos
industriais: 0,6;
Alimentação de amperímetros indicadores e registradores: 1,2;
Alimentação de instrumentos de medida de ponteiro: 3.

Exercícios
Ex1) Calcule a carga do transformador de corrente destinado à proteção
de sobrecorrente principal de uma subestação de 230 kV. O cabo de
interligação entre os TCs e os relés digitais é de 6mm2 de seção
transversal e tem um comprimento de 120 m, ou seja: 2 × 60m. A carga
do relé digital é de 2,8 VA. Resposta: Ctc = 13, 9VA .
Ex2) Calcule o fator de sobrecorrente de um transformador de corrente
destinado ao serviço de proteção quando no seu secundário há uma
carga ligada (2,5 + j1,8)Ω através de um fio de cobre de 10 mm2 e 35m de
comprimento. Resposta: F1 = 24, 9.
Ex3) Na energização de um banco de capacitores de 13,8 kV, ligado em
Y, próximo ao qual estava instalado um conjunto de TCs de proteção de
800-5 A, 10B400, impedância do circuito secundário (1,2 + j3,468) Ω,
Classe A, foram registrados os seguintes dados:
Corrente impulsiva: 22.400 A;
Frequência do transitório: 2900 Hz.
Calcule a tensão impulsiva secundária. Resposta: Vis = 23, 457kV
Nova York 1998.

Próxima Aula (04):
Transformadores de potencial.
Obrigado!!!
Bons estudos!!!

Prof. Rogério Lima
Aula 04: Transformadores de potencial - TPs
11 de julho de 2023

Apresentação I
1 Introdução
2 Transformador de potencial
3 Exercícios

Introdução
Permitem os instrumentos operarem com gradezas elétricas

diferentes da carga e circuito principal;
Transformadores de Corrente (TCs) e de Potencial (TPs) ⇒ PSE;
TPs - Suprir aparelhos de elevada impedância:
Voltímetros, relés, bobinas de tensão de medidores de energia;
Os instrumentos operarem sem possuir isolação conforme √ rede;
Primário de muitas espiras - secundário: 115 V ou 115/ 3.
Prescrições a serem atendidas:
Galvanicamente separado e isolado;
Grandeza elétrica adequada aos instrumentos conectados.

Introdução

Introdução
Figura: Fabricante: Balteau.

Transformador de potencial
Fabricados em conformidade com:
Grupo de ligação requerido; tensões primárias/secundárias e tipo de
instalação.
Aspectos construtivos:
Enrolamento primário:
Bobinas de várias camadas de fio, esmaltação dupla;
Enroladas em núcleo magnético.
Enrolamento secundário/terciário:
Fios duplamente esmaltado isolado do núcleo; e
Isolado do primário por fitas de papel especial.
Qdo de epóxi, núcleo encapsulado a evitar bolhas;
Qdo em óleo, bobinas a seco sob vácuo e calor:
Montado ⇒ tratado à vácuo ⇒ preenchido em óleo.
Tanque de chapa de ferro, pintada ou galvanizada a fogo

Isoladores de porcelana vitrificada na parte superior:
Grupo 01: 2 isoladores;
Grupo 02 e 03: 1 isolador;
Tanque de expansão de óleo.
Parte inferior ⇒ tanque c/ elementos ativos ( caixa de ligação dos
terminais secundários);
Tanque dispõe terminal de aterramento do tipo parafuso de aperto;

Figura: Instalação de um TP, classe 230 kV.

Construídos sob dois tipos: indutivos e capacitivos.
Transformadores de potencial do tipo indutivo
Vnominal ≤ 138 kV;
Custo inferior ao tipo capacitivo;
1º/2º compartilham núcleo (ferro-silício);
NBR 6855 prevê 3 grupos de ligações:
Grupo 1: Entre fases, até 34,5 kV, 10% sobrecarga;
Grupo 2: Entre fase e neutro (diretamente aterrados);
Grupo 3: Entre fase e neutro (sem garantia da eficacia do aterramento).

Transformadores de potencial
Figura: TP do grupo 1, classe 15 kV.

Figura: TP dos grupos 2 ou 3, classe 230 kV.

Figura: Esquema de TP do grupo 1.
Figura: Esquema de TP dos grupos 2 e 3.

Figura: Esquema de TP com derivação.

Transformador de potencial do
tipo capacitivo
2 conjuntos de capacitores -
divisor de tensão;
Comunicação de dados e de
voz pelo sistema carrier;
Vnominal > 69 kV - devido valor
elevado do tipo indutivo;
Divisor capacitivo entre fase e
terra;
TPs de medição e proteção
são idênticos;
Classe de exatidão os
diferencia.
Figura: TP de potencial capacitivo.

Definidos pelos erros de relação de transformação e de ângulo de fase.
RTPr
FCRr =
RTP
O erro de relação é dado por:
RTP × Vs − Vp
εp = × 100(%)
Vp
O erro percentual é dado por:
εp = (100 − FCRp )(%)
Fator de correção de relação percentual:
RTPr
FCRp = × 100(%)
RTP

Figura: Gráficos de classe de exatidão dos TPs.


Observações envolvendo as relações de transformação nominal e real:
Se RTP > RTPr e FCRp < 100%: o valor real da tensão primária é
menor que o produto RTP × Vs ;
Se RTP < RTPr e FCRp > 100%: o valor real da tensão primária é
maior que o produto RTP × Vs .

Erro de ângulo de fase
Mede a defasagem entre tensão vetorial primária e secundária:
γ = 26 × (FCTp − FCRp )(′ )

Classe de exatidão
Exprime o erro esperado do TP, considerando o erro de relação de
transformação e o erro de defasamento angular. Medido pelo fator de
correção de transformação.
O erro está relacionado à carga no secundário e fator de potência;
Exatidão determinada por:
Ensaios a vazio; e
Ensaios em carga com valores padrões.
Condições de ensaios:
Ensaio sob tensão nominal;
Ensaio a 90% da tensão nominal;
Ensaio a 110% da tensão nominal.

Classe de exatidão
0,1% - medições em laboratórios;
0,3% - medição de energia elétrica e faturmento;
0,6% - proteção e medição energia elétrica sem fins de faturamento;
1,2% - medição indicativa de tensão.

Tensões nominais
Devem suportar tensões de serviço 10% acima de seu valor nominal.
TPs do grupo 01: 115 V; √
TPs do grupo 02 e 03: 115 V e 115/ 3.
Notação adotada pela NBR 6855:
O sinal de dois pontos (:) é usado para representar relações
nominais, por exemplo, 120 : 1;
O hífen (-) é usado para separar relações nominais e tensões
primárias de enrolamentos diferentes, por exemplo, 13.800-115 V e
69.000/ – 115 V;
O sinal de multiplicação (×) é usado para separar tensões primárias
nominais e relações nominais de enrolamentos destinados a serem
ligados em série ou paralelo, por exemplo, 6900 × 13.800 – 115 V;
A barra (/) é usado para separar tensões primárias e relações
nominais obtidas por meio de derivações, seja no enrolamento p
p no enrolamento secundário, por exemplo, 69.000/ (3)
primário, seja
– 115/115/ (3).
Tensões nominais
Figura: Tensões primárias nominais e relações nominais.

Cargas nominais
Cargas nominais normalizadas (NBR 6855/2009)

Cargas nominais
Cargas nominais normalizadas (NBR 6855/2009)

Cargas nominais
Cargas das bobinas de aparelhos de medição e proteção

Cargas nominais
Cargas consumidas pelas bobinas dos contatores

Cargas nominais
Cargas admissíveis no secundário dos TPs em regime de curta duração.

Analogia entre TCs e TPs:
Corrente:
Ligação dos aparelhos no
TC: valor constante.
secundário:
TP: valor variável.
TC: em série.
Tensão:
TP: em paralelo.
TC: valor variável.
Causa do erro de medida:
TP: valor constante
TC: corrente derivada em
A grandeza da carga
paralelo no circuito
estabelece:
magnetizante.
TC: a tensão. TP: queda de tensão em
TP: a corrente. série.
Ligação do equipamento à rede: Aumento da carga secundária:
TC: para aumento de Zs .
TC: série. TP: para redução de Zs .
TP: em paralelo.

Polaridade
Primário: H1 e H2 ;
Secundário: X1 e X2 ;
Figura: Representação de polaridade de um transformador de potencial.

Potência térmica nominal
Vs2
Pth = 1, 21 × K × (VA )
Zcn
Vs - tensão secundária nominal;

Zcn - impedância correspondente à carga nominal, em Ω;
K = 1,33 – para TPs dos grupos 1 e 2;
K = 3,6 – para TPs do grupo 3.

Tensões suportáveis

Tensões suportáveis

Exercícios
Ex1) Uma medição efetuada por um voltímetro de precisão indicou que a
tensão no secundário do transformador de potencial é de 112,9 V. Calcule
o valor real da tensão primária, sabendo que o TP é de 13.800 V e
apresenta um fator de correção de relação igual a 100,5%. Resposta:
Vr = 13.615V p
Ex2) No ensaio
p de um transformador de potencial de 69.000/ (3p) -
115/115/ (3), grupo de ligação 2, conectado na derivação 115/ (3)V,
foram anotados os seguintes resultados:
p
Tensão primária aplicada: 69.000/ (3)V.
p
Tensão secundária medida: 113,60/ (3)V.
Erro de ângulo de fase: -24’.
Com base nos resultados, determine a classe de exatidão do
transformador de ensaio. Resposta: está fora da classe de exatidão 1,2%.

Nova York 1998.

Próxima Aula (05):
Relés de sobrecorrente (50/51).
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Prof. Rogério Lima
Aula 05: Relés de sobrecorrente (50/51)
14 de Julho de 2023
Lima, R. L. (DENE) Proteção de Sistemas Elétricos 14 de Julho de 2023 1 / 36

Apresentação
1 Tipos de Relés de Proteção

Relés de Sobrecorrente(50/51)
Relés de sobrecorrente não direcionais
Relés de sobrecorrente secundários estáticos

Responde à corrente no elemento quando esta supera o valor ajustado.

Proteção mínima de segmentos do sistema elétrico;
Função desempenhada por diversos relés;
+ econômica, + reajustada quando da alteração do sistema;
Aplicações: Esquemas com necessidade de tempo de operação
inversa à corrente do sistema.
Ex.: Alimentadores de MT, LTs, Geradores, motores, reatores ...

Principais relés:
Relés de sobrecorrente não direcionais;
Relés de sobrecorrente diferenciais;
Relés de sobrecorrente direcionais; e
Relés de sobrecorrente de distância.
3 tecnologias construtivas:
Relés de Sobrecorrente de Indução;
Obsoletos, não são mais fabricados.
Relés de Sobrecorrente Estáticos;
Obsoletos, não mais fabricados.
Relés Digitais Microprocessados;
Utilizados em todos esquemas de proteção.
Forma de acionamento do disjuntor:
Relés primários; e
Relés secundários.
Relés de Sobrecorrente Primários
Relé de ação direta, vetado como proteção geral (NBR-14039);
Preço acessível, operação sem fonte externa;
Impossível usá-lo como proteção do neutro (falta fase-terra);
Sucedido por digitais acionados por dispositivo capacitivo;
(trip capacitivo);
Mecanismos próprios de articulação - varetas isolantes;
Aplicações: fluidodinâmicos, eletromagnéticos, estáticos e
eletrônicos.

Relés de Sobrecorrente Primários
Relé de ação direta, vetado como proteção geral (NBR-14039);
Preço acessível, operação sem fonte externa;
Impossível usá-lo como proteção do neutro (falta fase-terra);
Sucedido por digitais acionados por dispositivo capacitivo;
(trip capacitivo);
Mecanismos próprios de articulação - varetas isolantes;
Aplicações: fluidodinâmicos, eletromagnéticos, estáticos e
eletrônicos.

Relés de Sobrecorrente não direcionais - Primários
Fluidodinâmicos
Correntes de ajuste (A) dos relés RM2F

Fluidodinâmicos

Fluidodinâmicos
Vantagens:
Facilidade de instalação;
Custo reduzido;
Facilidade de regulação
Desvantagens:
Inadequados para sistemas seletivos;
Manutenção periódica do óleo de vaselina;
Desenergização do sistema sob manutenção;
Inadequado em instalações com presença de máquinas de solda;

Eletromagnéticos
Alguns modelos são usados em instalações elétricas industriais;

Uso em subestações é nulo: má coordenação com os fusíveis;
Diferem dos fluidodinâmicos quanto ao retardo e temporização.
Estáticos
a) Características construtivas
Constituídos por três módulos:
Transformadores de corrente;
Circuitos eletrônicos;
Dispositivos de saída
b) Características elétricas
Unidades de atuação instantânea (50) e temporizada (51);
Dispensam fonte de alimentação auxiliar;
Bom grau de precisão.
Características dos relés RP-1:
Proteção CC de tempo definido ou de tempo independente da
corrente;
Proteção CC de tempo dependente da corrente.

Estáticos
Relés estáticos do tipo RPC-1: tempo definido.
Relés estáticos do tipo RPN-1: tempo dependente da corrente.

Estáticos
Característica da corrente dependente do tempo e normal inversa.

Figura: Relés primários tipo estático.

Figura: Relés primários tipo estático.

Ajuste do relé RPC-1 segue os seguintes passos:
Corrente nominal do relé.
Ajuste da unidade temporizada (tempo definido):

Ia
Kr =
Inr × K
Kr - constante de multiplicação no potenciômetro (1-2; 0,2);
Ia - corrente de acionamento;
K - fator de sobrecarga (1 - 1,2);
Inr - corrente nominal do relé.
Ajuste do relé RPC-1 segue os seguintes passos:
Ajuste da unidade instantânea:
Ics
Ki =
Kr × Inr × K
Valores limites de ajuste da corrente instantânea:
Iima < ICS (valor maximo )
Iimi = 4 × Ia (valor minimo )
Iimi - ajuste mínimo da corrente da unidade instantânea;

Iima - ajuste máximo da corrente da unidade instantânea;
ICS - corrente de curto circuito.
Ajuste de temporização.

Relés de Sobrecorrente não direcionais
Relés de Sobrecorrente Secundários de Indução
Relé de ação indireta, alimentados por TC.
Conexão residual e conexão com TC tipo janela.
Características construtivas:
Unidade de sobrecorrente temporizada;
Unidade de sobrecorrente instantânea;
Unidade de Bandeirola e selagem.

Relés de Sobrecorrente não direcionais - Secundários
Figura: GE, modelo IAC e modelo CO.

Unidade de sobrecorrente temporizada

Os fluxos induzidos: ψ1 = φ1 × sen ωt e ψ2 = φ2 × sen (ωt + ϕ).
dϕ
Tensão induzida no disco: E = −K1 × .
dt
E K1 d φ
Corrente resultante: I = =− × .
R Rd dt
d φ1 d φ2
A força resultante: F = F1 − F2 = φ2 × I1 − φ1 × I2 = φ2 × − φ1 × .
dt dt
T = K1 × I1 × I2 × sen f .

Unidade de bandeirola e selagem

Unidade instantânea
Alimentada em CA, sensível ao componente contínuo da Corrente de CC
assimétrico.

Curvas de operação
Selecionados em função das características operacionais da carga:
Relés de tempo curto, operam rapidamente;
Relés de tempo longo, não operam no início de intensa sobrecarga;
Relés de tempo moderadamente inverso, atua num tempo constante;
Relés de tempo inverso e muito inverso, atua com rapidez para
valores maiores de defeito.
a) Relés de temporização muito inversa;
b) Relés de temporização inversa;
c) Relés de temporização extremamente inversa;
d) Relés de temporização inversa longa.

Curvas de operação
Relé de temporização muito

inversa;
Relé de temporização inversa;
Relé de temporização
extremamente inversa.

Relés de temporização inversa
Aplicação:
Sistema com corrente CC
dependente da capacidade do
sistema de geração.
Exemplos:
Relés IAC53 e IAC54, GE
(General Electric);
Curvas de temporização
inversa.

Relés de temporização muito inversa
Aplicação:
Sistema com corrente CC
dependente da localização da
falta;
Corrente CC varia muito pouco
em relação à capacidade de
geração.
Exemplos:
(General Electric);
Curvas de temporização muito
inversa.

Relés de temporização extremamente inversa

Aplicação:
Alimentadores na presença de
elos fusíveis e religadores;
Adequados a cargas indutivas
de pequeno porte:
refrigeradores, bombas,
condicionadores de ar e etc.
Exemplos:
(General Electric);
Curvas de temporização

Relés de temporização inversa longa

Aplicação:
Curvas de longa temporização,
não atuando em sobrecargas
elevadas;
Não atuam em partidas de
motores ou sobrecarga
moderada.
Exemplos:
Relés IAC66, GE (General
Electric);
Curvas de temporização inversa
longa.

Ajustes dos relés de indução
Unidade temporizada de fase
Os ajustes devem satisfazer as seguintes condições:
Não opera para a condição de carga máxima, corrente de tape:
Kf × Ic
Iutf =
RTC
Iutf - corrente de tape, em A;
Kf - valor de sobrecarga admissível, 1,2 a 1,5;
Ic - corrente nominal do equipamento ou circuito protegido, em A;
RTC - relação de transformação do TC.
Opera conforme curva de temporização, 0,4 seg. entre 2 relés:
Tempo de operação do disjuntor: 0, 13s;
Tolerância do fabricante do disjuntor: 0, 10s;
Tempo de segurança do projeto: 0, 17s.
A curva de atuação é baseada no múltiplo da corrente de
acionamento:
Im
M=
RTC × Itf
Unidade instantânea de fase
Corrente de acionamento ≤ corrente térmica do transformador;

Operar para menor corrente CC do trecho protegido.
satisfazer as seguintes condições:
Corrente de acionamento > corrente de magnetização do
transformador;
Unidade temporizada de neutro
O valor de tape é dado:
Kn × Ic
Itn =
RTC
Ith - tape da unidade temporizada, em A.
Kn - corrente de desequilíbrio do sistema (0,1 a 0,3).
Prática: admite-se 10 e 30% da corrente nominal.

Unidade instantânea de neutro
corrente de acionamento < menor corrente CC monopolar

assimétrica.
Obs.: Dispensada qdo não houver coordenação com os disjuntores a
montante e a jusante.

Vantagens sobre os relés de indução:

Baixo consumo;
Faixas de ajustes contínuos;
Compacticidade;
Circuito de alimentação auxiliar não polarizado;
Precisão nas grandezas aferidas.
As funções 50/51 e 50/51N em única unidade:
Circuito 1: Ajuste da corrente temporizada, sinalização e rearme;
Circuito 2: Ajuste da corrente instantânea, comparadores de tensão e
sinalização;
Circuito 3: possui os geradores de função independentes:
Permite definir as curvas VxI: temporização inversa, muito inversa e

Vantagens sobre os relés de indução:

Baixo consumo;
Faixas de ajustes contínuos;
Compacticidade;
Circuito de alimentação auxiliar não polarizado;
Precisão nas grandezas aferidas.
As funções 50/51 e 50/51N em única unidade:
Circuito 1: Ajuste da corrente temporizada, sinalização e rearme;
Circuito 2: Ajuste da corrente instantânea, comparadores de tensão e
sinalização;
Circuito 3: possui os geradores de função independentes:
Permite definir as curvas VxI: temporização inversa, muito inversa e

Características do relé RSAS de Fabricação Schumberger.

Diagrama de bloco de um relé estático.


Nova York 1998.

Próxima Aula (06):
Relés de sobrecorrente(50/51).
Obrigado!!!
Bons estudos!!!

Prof. Rogério Lima
Aula 06: Relés de sobrecorrente (50/51)
18 de julho de 2023

Apresentação I
1 Tipos de Relés de Proteção
Relés de Sobrecorrente Secundários Digitais
Relé de sobrecorrente digital com restrição de tensão (50/51 V)
Classificação dos relés de sobrecorrente
2 Exercícios

Comercializados em unidades trifásicas;
Funções de sobrecorrente 50/50N e 51/51N;
Atua quando uma das fases atinge valor ajustado;
TC + FA, mais caros que aqueles de ação direta;
Proteção transformador:
Falhas externas: solução econômica, simples e confiável.
Falhas internas: desempenho insuficiente, dificuldade em ajustar.
Para a função temporizada, usam-se as seguintes famílias de curvas:
Curva de tempo definido.
Curva de tempo inverso.
Curva de tempo normalmente inverso.
Curva de tempo muito inverso.
Curva de tempo extremamente inverso.
Curva de tempo inverso longo.
Curva de tempo ultrainverso.
Curva I × T .
Curva I 2 × T .
Termos utilizados no estudo dos relés digitais:

Partir: deixar o estado de repouso para assumir ou não outro;
Rearmar: retornar ao estado inicial ou de repouso pós partida;
Valor de partida: valor que se inicia a partida do relé.

Fabricados com os seguintes componentes:
Sistema de aquisição e avaliação;
Painel frontal para operações de ajustes;
Saídas de eventos, alarmes e comando;
Interface seriais;
Conversor de alimentação.



Características funcionais:
Proteção a tempo definido e/ou tempo inverso;
Intertravamento reverso - proteção de barramento;
Proteção de falha do disjuntor;
Indicação dos valores de corrente de carga;
Oscilografia de falhas;
Disparo com rearme elétrico;
Sinalização por fase e neutro;
Entradas e saídas programáveis;
Funções programáveis;
Indicação de corrente;
Registro de eventos e diagnóstico;
Autossupervisão;
Comunicação serial.
Características funcionais:
Duas unidades formam o relé:
Sobrecorrente de tempo; e
Instantânea com temporização ajustável:
Ajustes das unidades:
Ajuste da unidade temporizada de fase;
Ajuste da unidade temporizada de neutro;
Ajuste da unidade instantânea fase;
Ajuste da unidade instantânea de neutro.

Unidades de sobrecorrente de fase:
a) Unidade temporizada de fase:

Característica de tempo
normalmente inversa:
0, 14
T= !0,02 × Tms
Ima
−1
Iac
Ima - sobrecorrente máxima

admitida;
Iac - corrente de acionamento;
Tms - multiplicador de tempo.


Característica de tempo muito
inversa:
13, 5
T= ! × Tms
Ima
−1
Iac


Característica de tempo
extremamente inversa:
80
T= !2 × Tms
Ima
−1
Iac


Característica de tempo inversa
longa:
120
T= ! × Tms
Ima
−1
Iac


Característica de tempo inversa
curta:
0, 05
T= !0,04 × Tms
Ima
−1
Iac


Característica de tempo I × T :
60
T= ! × Tms
Ima
−1
Iac


Característica de tempo I 2 × T :
540
T= !2 × Tms
Ima
−1
Iac

Unidade de sobrecorrente de fase:
b) Unidade de tempo definido de fase
Figura: Curva de operação geral de relé digital.

Unidade de sobrecorrente de fase:
c) Unidade instantânea de fase
Opera a partir de dois critérios:
Corrente eficaz - atual qdo a corrente é superior a 5% do valor
ajustado.
Corrente de pico - atua qdo a diferença entre valores medidos é
superior a 2,1 vezes o valor de pico correspondente ao valor eficaz
ajustado.
Obs.: As faixas de ajustes dos relés digitais são características de cada
modelo e fabricante.

Unidades de sobrecorrente de neutro:
a) Unidade temporizada de neutro
Opera de acordo com o valor eficaz da corrente em seus terminais de
entrada;
Partida quando a corrente supera 1,05 vezes o ajuste;
Ativada a partida, habilita-se a temporização, reduzindo a corrente na
temporização, retorna-se a posição inicial.
b) Unidade de tempo definido de neutro
Possui um temporizador ajustável;
Atingindo a corrente ajustada, conta-se o tempo programado, gera-se
pulso de disparo.
c) Unidade instantânea de neutro, dois critérios:
Corrente eficaz - Atua com a corrente superior a 5% da corrente
ajustável;
Corrente de pico - Atua qdo a diferença do valores medidos é superior
2,1 vezes ao valor de pico da corrente ajustada.
d) Un. Inst/Temporizada de neutro sensível(50/51NS)
Empregados para detectar defeitos à terra de alta impedância.
Relés de sobrecorrente com função contra falha do disjuntor

Proteção primária e apoio a falha de atuação do disjuntor;
Detectam existência de arco interno;
rele de sobrecorrente instantânea (50) + temporizador (62BF);
São indicados nos diagramas com função 50/62BF.

Faixas de ajuste dos relés de sobrecorrente (URPE 7105 - Pextron)
Unidade temporizada de fase:
Ipartida : (0,25-16,0)A × RTC, em passos de 0,01;
Curvas: tempo fixo, inversa, muito inversa, extremamente inversa,
inversa longa, I × T e I2 × T ;
Ajuste do dial de tempo: 0,10-2,00 s, em passos de 0,01;
Ipartida un. de tempo definido: (0,25-100)A × RTC, em passos de 0,01;
Tempo da un. definida de tempo:0,10-240 s.
Unidade temporizada de neutro:
Ipartida : (0,15-6,5)A × RTC, em passos de 0,01;
Curvas: tempo fixo, inversa, muito inversa, extremamente inversa,
inversa longa, I × T e I2 × T ;
Ajuste do dial de tempo: 0,10-2,00 s, em passos de 0,01;
Ipartida un. de tempo definido: (0,25-100)A × RTC, em passos de 0,01;
Tempo da un. definida de tempo:0,10-240 s.

Unidade instantânea de fase:
Ipartida : (0,25-100)A × RTC, em passos de 0,01;
Temporização: inferior a 40 ms.
Unidade instantânea de neutro:
Ipartida : (0,15-50)A × RTC, em passos de 0,01;
Temporização: inferior a 40 ms.
Dados para dimensionamento dos TCs (proteção e medição):
Entradas de medição;
Impedância de entrada de fase: 8 mW;
Impedância de entrada de neutro: 16 mW;
Cons. de entrada da medição de corrente p/ fase com 5 A: 0,2 VA;
Cons. de entrada da medição de corrente p/ neutro com 5 A: 0,4 VA;
Capacidade térmica de fase e de neutro permanente: 15 A;
Capacidade térmica de fase e de neutro de tempo curto: 300 A;
Capacidade térmica de fase e de neutro dinâmica: 1000 A.
Alimentação auxiliar:
Frequência: 48 a 62 Hz;
Consumo: 6 VA;
Alimentação auxiliar na faixa 1: 70 a 250 Vca/Vcc;
Alimentação auxiliar na faixa 2: 20 a 80 Vca/Vcc.
Entradas lógicas:
Bloqueio do relé de neutro;
Bloqueio da unidade instantânea;
Bloqueio da unidade temporizada;
Acesso ao registro de corrente.
Informações em tempo real:
Corrente em cada uma das fases, mais a corrente de neutro;
Corrente de acionamento da unidade instantânea de fase;
Corrente de acionamento da unidade temporizada de fase;
Estado de operação dos relés;
Programação do relé à distância.


Análise do sistema de supervisão:
Sequência de execução do software;
Ausência de tensão auxiliar;
Variação da tensão de alimentação auxiliar do relé fora dos limites
permitidos;
Funcionamento irregular dos circuitos eletrônicos principais do relé:
processador, relés de saída e fonte de alimentação.

Relé de sobrecorrente digital com restrição de tensão
(50/51 V)
Aplicação:
Curtos-circuitos; e
Sobrecargas;
Entrada de UCs com gerado em paralelo à rede.
Aplicação: sistemas cuja C.C. é menor que a corrente de carga pós falta.

De modo geral, a classificação dos relés é feita como:
Aspectos construtivos:
relés eletromecânicos;
relés eletrônicos ou estáticos;
relés digitais.
Atuação na abertura do disjuntor do circuito a proteger:
atuação direta;
atuação indireta.
Instalação:
relé primário;
relé secundário.
Corrente de ajuste:
tracionamento na mola;
variação do entreferro;
mudança de taps na bobina magnetizante;
variação de elementos no circuito;
controle por software.

De modo geral, a classificação dos relés é feita como:
Tempo de atuação:
relés instantâneo;
relé temporizado:
tempo definido;
tempo inverso:
• inverso;
• moderamente inverso;
• muito inverso;
• extremamente inverso.

Exercícios
Sistema 69 kV
Exemplo 1) Determinar os ajustes do relé CS
de sobrecorrente atuando no disjuntor 52.1 52.1
e instalado em conformidade com o CS
diagrama elétrico da figura abaixo. O TCs 50/51 50

51 N
transformador não dispõe de ventilação 10 MVA

69/13,8 kV
Δ
Z = 7,5% Y
forçada. Será utilizado um relé de indução
50
TCs 50/51 N
de sobrecorrente cuja corrente nominal é
51
de 5 A. A corrente de curto-circuito CS
trifásica no lado de 69 kV vale 7.500 A, e a 52.2
de fase e terra tem o valor mínimo, 400 A. CS
Neste exemplo, serão ajustados somente

os relés de sobrecorrente do disjuntor CS CS CS
52.1, instalado do lado de 69 kV. 52.3 52.4 52.5
CS CS CS
Cargas

Exercícios
Figura: Curvas de temporização inversa.

Exercícios
Figura: Características da unidade de fase.
Figura: Características da unidade instantânea.

COURY, D. V.; OLESKOVICZ, M.; GIOVANINI, R. Proteção de
sistemas elétricos de potência. LTC, Rio de Janeiro, 2013.
Nova York 1998.

Próxima Aula (07):
Relé diferencial de corrente (87).
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Prof. Rogério Lima
Aula 07: Relé diferencial de corrente (87)
25 de julho de 2023

Apresentação
1 Relé diferencial de corrente

Relés Diferenciais de Indução (87)
Relés diferenciais de sobrecorrente
Relés diferenciais com restrição percentual
Diferenciais com restrição percentual e por harmônica
Relés Diferenciais Digitais
Funções operacionais
Curvas operacionais
Ajustes das funções de um relé diferencial de corrente
2 Exercícios

Relé Diferencial de Corrente (87)
Fundamentada na comparação entre as correntes elétricas que circulam

entre dois terminais de um equipamento ou sistema.
Classificações da proteção diferencial:
a) Longitudinal - comparação direta das correntes entre os dois pontos.
Ex.: Transformador, gerador, motor, etc.


b) Transversal - comparam os módulos das correntes que entram num
ponto e circulam em dois ou mais circuitos.
Ex.: Barramentos.


b) Transversal - comparam os módulos das correntes que entram num
ponto e circulam em dois ou mais circuitos.
Ex.: Barramentos.
c) Direcional - compara-se os módulos das correntes e a direção.
Ex.: 2 ou + LT em paralelo com relés conectados por fibra ótica.

Proteção mais importante de transformadores de potência, barramento,
geradores, motores e linhas de transmissão.
Figura: Relé diferencial na condição de não operação.
Encontrados nas versões eletromecânicas, estáticas ou digitais.

Constituídos de duas bobinas:
Operação - responsável pela atuação do relé;
Restrição - inibir a atuação do relé qdo correntes do mesmo sentido.
Figura: Relé diferencial na condição de operação.
Justificativa econômica: transformador superior a 5 MVA, ≥ 69 kV.

Condições que levam desligamentos indesejados:

Correntes de magnetização transitória do transformador;
Defasamentos angulares;
Saturação dos transformadores de correntes;
Diferenças de correntes por erros dos TCs;
Diferenças de correntes em função dos tapes dos transformadores
de potência.

Condições que levam desligamentos indesejados:

Correntes de magnetização transitória do transformador;
Defasamentos angulares;
Saturação dos transformadores de correntes;
Diferenças de correntes por erros dos TCs;
Diferenças de correntes em função dos tapes dos transformadores
de potência.
Fatores que atenuam a magnitude da corrente de magnetização:
Impedância equivalente do sistema de alimentação do transformador;
Impedância do transformador;
Fluxo residual;
Maneira pela qual é energizado o transformador.

Podem ser encontrados nas seguintes versões:
Relés diferenciais de sobrecorrente;
Relés diferenciais com restrição percentual;
Relés diferenciais com restrição percentual e por harmônica.

Podem ser encontrados nas seguintes versões:
Relés diferenciais de sobrecorrente;
Relés diferenciais com restrição percentual;
Relés diferenciais com restrição percentual e por harmônica.
a) Diferenciais de sobrecorrente
Aplicação limitada por:
Corrente de magnetização na energização;
Saturação dos TCs em diferentes níveis.
Corrente diferencial para transformadores de 2 enrolamentos:
!
I1a I2a
Idfa = + × Itref
It1 It2
Idfa - corrente diferencial da fase A.

I1a , I2a - corrente da fase A dos enrolamentos 1 e 2.
It1 , It2 - corrente de tape dos enrolamentos 1 e 2 do transf.
Itref - tape de referência.

!
I1a I2a I3a
Idfa = + + × Itref
It1 It2 It3
I1a , I2a , I3a - corrente da fase A dos enrolamentos 1,2 e 3.

It1 , It2 , It3 - corrente de tape dos enrolamentos 1,2 e 3 do trafo.

!
I1a I2a I3a
Idfa = + + × Itref
It1 It2 It3
I1a , I2a , I3a - corrente da fase A dos enrolamentos 1,2 e 3.

It1 , It2 , It3 - corrente de tape dos enrolamentos 1,2 e 3 do trafo.
b) Diferenciais com restrição percentual
Corrente de restrição é dada:
!
P3 Ina
n=1 × Itref − Idfa
Itn
Ira =
2
Ira - corrente de restrição da fase A.

Ina - corrente na fase A dos enrolamentos do transformador-n = 1, 2, 3.
Itref - corrente dos enrolamentos secundários dados como referência.
c) Diferenciais com restrição percentual e por harmônica
São os mais empregados nos esquemas de proteção diferencial.
O emprego é justificado pelas seguintes razões:
Elimina a operação do disjuntor durante a energização do
transformador;
Tempo de operação 5 vezes maior que os relés sem restrição;
Corrente de operação inferior a 2,5 vezes menor em relação aos relés
sem restrição.

c) Diferenciais com restrição percentual e por harmônica
São os mais empregados nos esquemas de proteção diferencial.
O emprego é justificado pelas seguintes razões:
Elimina a operação do disjuntor durante a energização do
transformador;
Tempo de operação 5 vezes maior que os relés sem restrição;
Corrente de operação inferior a 2,5 vezes menor em relação aos relés
sem restrição.
A bobina restrição, BR, apresenta os seguintes valores de restrição:
2ª harmônica: 24% - energização;
3ª harmônica: 23% - sobre-excitação;
5ª harmônica: 22% - sobre-excitação;
7ª harmônica: 21%.

Regra básica para ligação dos TCs: Y(TC)-∆(TF)/∆(TC)-Y(TF)
Figura: Esquema trifilar de conexão de uma proteção diferencial.

, de 10% a 15% entre correntes dos secundários dos TCs.
Figura: Esquema trifilar de uma ligação diferencial com TC auxiliar.

Esquema de comando da proteção diferencial
Figura: Diagrama de ligação de um relé diferencial.

Inclinação característica ou ajuste da declividade percentual
Figura: Curva de operação de um relé diferencial.
Proteção de transformadores: 15% a 50%.

Determinar a porcentagem da correntes de restrição:
Valor médio da corrente que circula na bobina de restrição:
Is + Ip
Im =
2
Ip - corrente no relé no terminal ligado ao TC na tensão superior.

Is - corrente no relé no terminal ligado ao TC na tensão inferior.
Corrente que circula na bobina de operação do relé:
∆Id = Is − Ip
Determinar o ajuste da declividade percentual do relé:
∆Id
Ad = × 100
Im
Ajuste da unidade instantânea.

Características operacionais do relé 12BDD15B/15D, GE.

Introdução
"Mesmo princípio dos relés eletromecânicos e dos relés estáticos."
Principais funções de proteção:
Proteção C.C. para trafo de 2 e 3 enrolamentos;
Proteção C.C. para geradores e motores;
Proteção de sobrecarga com características térmica;
Entradas binárias parametrizáveis, relés de alarme e disparo,
sinalização com LEDs;
Proteção de sobrecorrente de retaguarda de tempo definido e/ou
tempo inverso;
Medição de corrente operacional;
Relógio de tempo real e indicadores de falha e de operação;
Registro de falhas.
Ajustes podem ser introduzidos pelo painel frontal e/ou PC.

Introdução
Automonitoramento de falhas: hardware e software;
As técnicas digitais de medição e avaliação eliminam:
Influência dos transitórios de alta frequência;
Componentes C.C.;
Saturação dos TCs e correntes de comutação.
São comercializados em unidades monofásicas ou trifásicas.

Introdução
Automonitoramento de falhas: hardware e software;
As técnicas digitais de medição e avaliação eliminam:
Influência dos transitórios de alta frequência;
Componentes C.C.;
Saturação dos TCs e correntes de comutação.
São comercializados em unidades monofásicas ou trifásicas.
Figura: SPAD 346C - ABB/IEC61850 ZIV.

Apresentam as seguintes funções operacionais:
a) Proteção diferencial trifásica
b) Proteção de sobrecorrente de neutro sensível
c) Proteção de tempo definido
d) Proteção de sobrecarga térmica

Unidade destinada à proteção de transformadores, motores e
geradores trifásicos. Dentro da zona definida pelos TCs.

Unidade destinada à proteção de defeitos monopolares para faltas de
alta impedância

alta impedância
Unidade destinada à proteção de defeitos francos, baixa impedância.

alta impedância
Unidade destinada à proteção de defeitos francos, baixa impedância.
Unidade destinada à proteção de máquinas térmicas que podem
atuar em determinados períodos em sobrecarga.

Tempo de atuação do relé (corrente no início do intervalo nula):
I2
!
T = τ × Ln
I − Imad
• T - tempo de atuação do relé após a circulação de uma corrente I a

partir de um valor nulo de corrente.
• Ln - logaritmo neperiano.
• τ - constante de tempo de valor ajustável.
• Imad - Corrente máxima admissível do transformador em regime
permanente de valor ajustável.
• I - valor eficaz da corrente medida.
Se no intervalo de medida a corrente iniciar num valor Ip :
 2 2 
 I − Ip 
T = τ × Ln  
I − Imad 

e) Compensação de tapes
A circulação de corrente na bobina de operação é eliminada através
de um ajuste por enrolamento.

f) Restrição por harmônicas
A inclinação da 2a e 5a harmônicas é ajustável no valor necessário
para inibir a operação do relé e a abertura do disjuntor de proteção.

g) Compensação do grupo de conexão do transformador
Ajusta a corrente resultante do grupo de conexão, não utilizando
transformadores auxiliares.

h) Restrição com saturação dos transformadores de corrente
Possui restrição contra a saturação ou detector de saturação.

i) Restrição de corrente de magnetização
Evitar que a corrente de magnetização possa percorrer a unidade
operacional do relé, sem restrição, fazendo atuar o disjuntor.

i) Restrição de corrente de magnetização
Evitar que a corrente de magnetização possa percorrer a unidade
operacional do relé, sem restrição, fazendo atuar o disjuntor.
j) Filtro de sequência zero
Para que uma falta monopolar fora da zona de proteção não faça o
disjuntor operar.
Unidade de operação com 2 saídas:
a) Saída diferencial com restrição por circulação da corrente diferencial
com características de restrição;
b) Saída da unidade de tempo definida que compara a corrente
diferencial com o valor ajustado sem nenhuma restrição.
Curva Operacional
Figura: Curva de características diferenciais.

Ajustes das funções de um relé diferencial de corrente
Apresenta faixas de ajustes de acordo com o modelo e o fabricante.

a) Entrada de corrente:
Valor nominal;
Capacidade térmica.
b) Ajuste da proteção:
Unidade diferencial;
Unidade térmica;
Unidade tempo definido;
Unidade tempo de neutro sensível;
Unidade de tempo definido de neutro sensível.
c) Grupo de conexão:
Enrolamento 1: Delta, Estrela e zigue-zague;
Enrolamento 2: Delta, Estrela e zigue-zague.
Para obter outros dados, deve-se consultar o catálogo do fabricante.

Exercícios
Exercício 1)
Determinar os parâmetros principais dos transformadores de corrente e
os ajustes necessários do relé de sobrecorrente diferencial para a
proteção de um transformador de potência de 56 MVA, na tensão de
138/13,8 kV, ligado em triângulo no primário e estrela no secundário. As
figuras 1 e 2 ilustram o digrama de ligação e as condições em que
ocorrem os defeitos. A corrente de curto-circuito monopolar próxima às
buchas secundárias do transformador é de 3.700 A. A corrente de
curto-circuito trifásica no mesmo ponto vale 17.000 A. A corrente de
curto-circuito do lado primário do transformador vale 2.800 A.

Exercícios
Exemplo 2) Determinar os ajustes de um
Sistema de Alta Tensão
relé de proteção diferencial digital
instalado no transformador de 30 MVA, CS
tensões nominais de 88/13,2 kV, de acordo 52.1
com a figura 24. O transformador não tem CS

sistema de ventilação forçada. O lado de TCp
Y
alta tensão (88 kV) está ligado em estrela 30 MVA
88/13,2 kV
87 86
Y
e o lado de média tensão (13,20 kV) está TCs
ligado também em estrela, ou seja, ligação CS
Y-Y0. O transformador de potência é 52.2
dotado de um comutador de tape manual CS
com três posições, instalado no lado de 88

kV, com as seguintes derivações: 92,4 –
CS CS CS
88,0 – 83,6 kV. Utilizar um relé digital de
52.3 52.4 52.5
fabricação Ziv de 5 A de corrente nominal.
Serão utilizados transformadores de CS CS CS
corrente 10B200. Cargas

Nova York 1998.

Próxima Aula (08):
Relé direcional (67).
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Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia

Prof. Rogério Lima

Aula 01: Elementos do Sistema de Proteção

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2 Elementos do Sistema de Proteção

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1 Fundamentos da proteção de sistemas de potência e tecnologias de

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A proteção de um sistema elétrico é projetada baseando-se nas funções

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01: Elementos do sistema de proteção

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MF = (P1 × 0, 2) + (P2 × 0, 3) + (P3 × 0, 4) + (MEPC × 0, 1)

P1 – Será aplicada na 10ª Aula (todo conteúdo até a referida aula).

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Compreensão do funcionamento depende da definição dos termos:

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a) Unidade de Entrada - instrumentos recebem as informações do

c) Unidade de medida: compara as características do sinais recebidos

e) Unidade de saída: constituída por uma bobina acionando um

TC e TP - envio de corrente e tensão ao elementos de avaliação (A);

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Custos médios das interrupções das UCs comerciais (US$/MWh)

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Custos médios das interrupções das UCs residenciais (US$/MWh)

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Aula 02: Elementos do Sistema de Proteção

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Código numérico que indica o tipo de proteção do relé (função):

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Quanto à forma construtiva:

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