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Rio de Janeiro
2017
FERNANDO DANTAS DE ARAUJO
Rio de Janeiro
2017
FERNANDO DANTAS DE ARAUJO
Aprovada em de de 2017.
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Msc Caio Vicentini
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho aos meus pais, Paulo e Magali, que me educaram da melhor
forma possível, me incentivaram e proporcionaram o melhor para o meu futuro.
Aos meus tios e tias, que sempre estiveram presentes em minha vida e contribuíram de
diversas formas para meu crescimento.
Aos meus primos e primas que sempre incentivaram e acompanharam de perto toda
minha trajetória.
AGRADECIMENTOS
Aos professores Bruno Ramalho, Carlos Eduardo Vicentini, Mauro Macedo e Sandro
Carpenter, que foram fundamentais nesse processo de formação, compartilhando suas
vivências e conhecimentos da melhor maneira possível.
Em especial, ao Professor e Orientador Roberto Poton, que foi essencial para
conclusão deste trabalho, além de contribuir positivamente para o modo de pensar e agir, não
só na profissão, mas na vida.
E aos meus amigos(as) e colegas de faculdade, que me deram forças e incentivo para
continuar essa caminhada na vida.
EPÍGRAFE
‘’A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por
isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que
a cortina se feche e a peça termine sem aplausos’’
Charles Chaplin
RESUMO
To reach a level considered advanced in Dance, a dancer needs to improve several physical
aspects, among them, flexibility and muscular strength, as well as specific fundamentals,
which are acquired over the years, through the number of repetitions and periodizations that
are proposed by the professional, from the moment the dancer begins his studies in dance. The
study aimed to identify possible effects of physical training on dancers through alternative
strategies that allow improvement of the physical abilities of the practicing individual. The
lack of studies related to physical preparation in Dance is a fact, however, the studies found
that periodized strategies generate additional effects on dancers, resulting in the improvement
of the skills required to perform the movements in a satisfactory way, allowing a gradual
evolution.
1. INTRODUÇÃO
A dança pode ser classificada como uma atividade física (qualquer movimento
corporal com gasto energético acima dos níveis de repouso) em propósito de apresentar
componentes como: capacidades de força, resistência muscular e flexibilidade (PRATI E
PRATI, 2006).
Além disso, encontram-se na dança diversos estilos (exemplo: o street dance, jazz,
ballet clássico, ballet contemporâneo, sapateado, dança contemporânea, entre outras)
(ENUMO E SILVA, 2016), os quais apresentam características específicas, e distintas nos
fatores históricos e técnicos exigindo do bailarino formação e conhecimentos específicos ao
estilo praticado.
Em geral, os bailarinos têm sua iniciação à dança entre os três e cinco anos de idade,
com caráter lúdico e descontraído (ENUMO E SILVA, 2016). Entretanto, antes de atingirem
a puberdade (7-14 anos) já é possível identificar aspectos associados ao alto rendimento,
tendo como exemplo: aumento no volume e intensidade de treinamento (ensaios; aulas), que
podem promover a melhora da técnica e de componentes fisiológicos (aumento da força,
melhora na flexibilidade, coordenação e agilidade, melhora na capacidade aeróbia).
Muitas vezes, quando o bailarino (a) não consegue executar de forma correta um dado
movimento, diz-se muitas vezes que está fraco ou com o corpo inadequado para o estilo de
dança, o que seria muito precipitado, podendo apenas necessitar de um ajuste na técnica,
melhorando sua postura, equilíbrio, flexibilidade e a iniciação correta no movimento,
específico. Buscando sempre o alinhamento corporal, favorecendo a execução de qualquer
movimento.
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2. JUSTIFICATIVA
O estudo pode contribuir ainda mais para a expansão de uma área que necessita ser
mais estudada, existem muitos praticantes da dança tanto profissionalmente quanto apenas
para o bem-estar físico, mental, ao redor do mundo, porém, encontramos muita incapacitação
e divergências na forma que se passa a informação, seja no ensino, história ou nas estratégias
de treinamento que visam a evolução e aperfeiçoamento do bailarino(a) que é de profunda
importância ter total entendimento, para evitar qualquer tipo situação que desfavoreça o
trabalho, como por exemplo, overtraining (treinamento excessivo), overreaching (acúmulo de
treino), burnout (respostas psicofísiológicas ao estresse ocupacional severo) e lesões físicas.
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3. OBJETIVOS
4. DESENVOLVIMENTO
4.1 A Dança
A Dança, de modo geral, independente dos diversos estilos existentes (Ballet, Street
Dance, Jazz, entre outros) são excelentes estratégias para quem busca exercícios alternativos
visando melhorar o desempenho e os elementos relacionados à saúde física e mental.
“De todas as artes, a dança á a única que dispensa materiais e ferramentas, dependendo só
do corpo.” (PORTINARI, 1989)
Segundo Leal (1998) a dança talvez seja umas das atividades físicas mais completas que
existem, por existir um trabalho incluindo toda a parte mecânica e fisiológica. A prática da
Dança requer o desenvolvimento complexo e harmonioso das diferentes capacidades motoras
(VENTURINI, et al., 2010).
Bem como valores físicos através dos movimentos corporais motores (saltos, corridas e
outros) e psicomotores, quando há movimentos de coordenação entre braços, pernas, cabeça e
tronco (VINASPRE & FAJARDO, 2002).
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Além de todo o trabalho coreográfico, tendo que ser entendido na sua melhor maneira, e
que também são ensinadas por motivos de melhorar a interação entre os bailarinos(as) ou até
o mais complexo, que seria a repetição da proposta coreográfica com a finalidade de
apresentar o trabalho criado, em festivais ou competições.
Ao longo dos anos, percebe-se que o nível das coreografias tem ficado ainda mais
complexo, o desgaste físico, pela repetição excessiva dos movimentos, aumentando ainda
mais o risco de lesão. Segundo Laws (2005) os dançarinos relataram que eles percebem isso
devido à fadiga ou excesso de trabalho, movimentos repetitivos, coreografia nova ou difícil e
cronogramas de ensaio exigentes.
O bailarino também necessita de algum tempo para se adequar aos tempos e variações da
música, onde, dependendo da proposta do coreógrafo, os movimentos podem ser mais lentos
ou mais rápidos, necessitando uma demanda mental alta, diante de todos esses aspectos. A
prática da dança desenvolve ainda a sensibilidade, musicalidade, percepção, noção espacial e
temporal, lateralidade, relaxamento e ritmo (PRATI & PRATI, 2006).
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4.2 Características
Chatfield, Byrnes, Lally, & Rowe (1990) acreditam que a dança requer suporte de
capacidades fisiológicas aprimoradas, incluindo flexibilidade, força muscular, potência e
resistência. (Brown, Wells, Schade, Smith, & Fehling, 2007; Koutedakis et al., 2007) sugerem
que a melhora na força em membros inferiores e potência tem efeitos positivos sobre o
desempenho da dança.
Contudo, por mais que a dança envolva várias horas de prática diária, para desenvolver
suas habilidades, alguns os dados publicados revelam que as bailarinas possuem menor nível
de aptidão aeróbia em comparação com atletas de outros esportes, como Ginastas (BALDARI
& GUIDETTI, 2001). Wyon & Redding (2005) conceituam a dança como tipo de exercício
intermitente, ou seja, períodos de esforço intercalados por períodos de recuperação, pode ser
uma excelente forma para intensificar os treinamentos e melhorar a potência aeróbia (DE
LUCAS, DENADAI e GRECO, 2009).
Cada estilo de dança tem sua fundamentação e particularidades, quanto à técnica, músicas,
movimentações, entre outros, porém, para melhor capacitação de um bailarino (a) por
completo, seria importante o aprendizado em diversas áreas da dança, buscando mais
conhecimento corporal e técnico.
4.2.1 Força
4.2.2 Potência
4.2.3 Equilíbrio
4.2.4 Agilidade
Por diversas situações o bailarino (a) se encontra em situações em que necessita executar
certo movimento em um curto período de tempo, necessitando realizar aquele dado estímulo
no tempo certo em que lhe é passado, seja musicalmente, ou, dependendo da proposta, sem
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4.2.5 Resistência
Muito visto em classes (aulas de dança regulares), workshops, onde lidam com
diversas horas de aula com professores diferentes em um curto espaço de intervalo, visando o
aprendizado de alguma proposta, podendo ser coreográfica ou apenas o trabalho dos
fundamentos que estão relacionados ao estilo praticado, visando melhorar aspectos
particulares de cada praticante, iniciante ou avançado, variando de acordo com o que cada
indivíduo tem de qualidade ou defeito. As coreografias no qual são aprendidas e executadas,
variam em torno e 4-10 minutos, podendo ter pequenos intervalos de descanso entre uma
coreografia e outra, ou até mesmo dentro da própria coreografia, onde o indivíduo sai de cena
e retorna segundos depois, dando continuidade à proposta do professor ou coreógrafo, nos
espetáculos, as coreografias podem ter duração aproximada de 60 minutos.
Capacidade dos seres humanos de resistir à fadiga que ocorre durante um stress físico
até o final de uma tarefa e, em alguns casos, até a exaustão (BARBANTI, 1994).
4.2.6 Flexibilidade
Ideal para atingir a amplitude suficiente nos movimentos propostos, o bailarino (a) que
tem sua musculatura encurtada, dificilmente realizará com perfeição alguns movimentos.
Execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma
articulação, ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de
provocar lesão (DANTAS, 1999).
Trabalhadas estas capacidades físicas de forma adequada e bem periodizada, os
movimentos de dança propostos conforme o estilo pertencente, podem ser realizados
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4.3 Treinamento
Além do pouco treinamento realizado, foi destacado que o período de férias, como
prejudicial ao desempenho ganho até aquele dado momento e tendo influência negativa em
algumas qualidades físicas. Weineck (2003), no momento em que o treinamento é
interrompido, acarreta em uma queda de desempenho. No caso da dança, muitas das vezes as
férias são estruturadas e organizadas juntamente ao calendário escolar ou de acordo com o
calendário anual de eventos, como, festivais, competições e apresentações.
Nas férias, as atividades poderiam ser intercaladas com movimentos ou exercícios não
planejados, demandando ao corpo um tempo maior para tentar alcançar o desempenho de
antes, que, talvez, nem chegue ao desempenho anterior, se mantendo inferior.
entretanto, períodos muito prolongados de duração entre os exercícios, talvez não sejam tão
benéficos quando de menor duração.
Talvez, seja o princípio mais antigo existente, sua origem está relacionada ao atleta Milo,
que na mitologia Grega, viveu na ilha de Creta por volta de 500 a.C.
Uma descrição tradicional desse princípio é que o incremento gradual de sobrecarga,
aumenta, progressivamente, a eficiência do organismo, aumentando, assim, sua capacidade de
trabalho (BOMPA, 2002).
proposto, onde se preza a evolução do atleta, nesse caso, o bailarino (a) Para Tubino (1984),
aplicando o princípio da sobrecarga, é importante observar com bases nas variáveis
relacionadas às cargas impostas, como, volume (quantidade) e intensidade.
A GAS (Teoria da Síndrome Geral da Adatação), desenvolvida pelo doutor Has Selye,
em 1936, desenvolveu 3 estágios, sendo eles:
que haja resultados positivos e respostas adequadas, além de promover o bem-estar do sujeito,
evitando o abandono a prática de exercícios ou estagnação dos resultados.
Cada ser humano possui uma estrutura e uma formação física e psíquica própria e, por
isso, individualizar os estímulos de treinamento apresentaria melhores resultados, uma vez
que seriam obedecidas as características e as necessidades individuais dos praticantes de
esporte.
Esse princípio preza a seguinte ideia: “o que não se usa, perde-se”. Segundo Barbanti
(2010), esse princípio assegura que as alterações corporais obtidas com o treinamento físico
sejam de natureza transitória.
Este princípio é uma forma de não permitir que o hábito e a acomodação nos tornem
escravos da mesmice (PEREIRA E SOUZA JUNIOR, 2002). Portanto, se a carga aplicada
e/ou método de treino não sofrerem variação, poderá ocorrer regressão nos níveis de aptidão
física.
Necessário adquirir amplo conhecimento nos variados tipos de exercícios para cada
grupamento muscular (BOMPA E CORNACCHIA, 2000). Tais autores acreditam que a
variabilidade aumenta o bem-estar psicológico e a resposta ao treinamento.
4.4 Periodização
O sucesso dos atletas da antiga União Soviética foi, por muitos anos, o cartão de visita da
teoria da periodização do treinamento esportivo (MATVEEV, 2001)
Garantindo uma dinamização das cargas, uma composição racional dos métodos de
preparação, a correspondência entre os fatores da ação pedagógica e das medidas de
recuperação, além de atingir a continuidade do desenvolvimento das diversas qualidades e
capacidades (PLATONOV, 2008).
Segundo Navarro (1996), o termo Macrociclo é utilizado para descrever um longo ciclo de
treinamento com duração em média de 3 a 12 meses. A formação, manutenção e perda
temporária da forma esportiva devem estar rigorosamente determinadas dentro de um
planejamento do treinamento (ZAKHAROV, 1992).
Matveev (1965) propõe que a periodização deve ter como objetivo principal, alcançar um
alto nível de desempenho e "forma atlética" em um determinado momento. Para atingir esse
objetivo, Matveev sugeriu que o programa de treinamento deve ser organizado para que o
desenvolvimento de habilidades e habilidades biomotoras, além dos traços psicológicos
progridam de forma lógica e sequencial e picos antes da concorrência.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
O principal descritor utilizado foi dança a partir dos Descritores em Ciências da Saúde –
DeCS ,Mesh database/PubMed. No entanto, outros descritores foram usados, como:
treinamento físico, dance therapy, dancesport, psychomotor performance, athletic
performance, physical conditioning, human e aerobic capacity
6. RESULTADOS
Foram encontrados 375 (total de artigos considerando todas as bases de dados) artigos
científicos, sendo 35 na Scielo e 342 na PUBMED.
Retirados os artigos que não foram aceitos para esta revisão, foram escolhidos 4 (Todd
Wattson et al, 2017, Ana Paula et al, 2016, Silva et al, 1999 e Angioi et al, 2012.) O processo
de seleção é representado na figura abaixo.
Fluxograma
identificação
Artigos mantidos após avaliação dos resumos Artigos excluídos após avaliação
avaliação
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Procedência Autores Título Periódico Descrição do estudo
(base de dados) Objetivos Métodos Resultados
Silva et al. (1999) Perfil de aptidão Rev Bras Med Analisar aspectos N = 16 bailarinos (8 mulheres e 8 A rotina de treino da dança não gera
cardiorrespiratória e metabólica Esporte vol.5 no.3 , 1999 cardiorrespiratórios e metabólicos e homens) 18,2 ± 3,8 anos e 26,2 ± 4,5 estímulo suficiente para aprimorar a
em bailarinos profissionais. as alterações provocadas pelo anos, respectivamente. aptidão cardiorrespiratória e
Scielo treinamento específico de dança metabólica dos bailarinos,
necessitando de treinos extras.
Grupo de balé vs. o grupo controle
masculino: VO2 máx. – 46 ± 4 vs.
43 ± 6mlO2.kg.-1min-1; FC máx. –
194 ± 12 vs. 202 ± 11bpm; VE máx.
– 112 ± 16 vs. 123 ± 18L.min-1;
VO2- LA – 35 ± 4 vs. 26 ± 4mlO2
.kg.-1min-1 (p < 0,01); FC-LA –
169 ± 18 vs. 163 ± 15 bpm.
Grupo de balé vs. grupo controle
feminino: VO2 máx. – 39 ± 6 vs. 35
± 6mlO2.kg.-1min-1; FC máx. –
197 ± 10 vs. 201 ± 6bpm; VE máx.
– 72 ± 9 vs. 81 ± 6L.min-1; VO2-
LA – 26 ± 4 vs. 27 ± 4mlO2.kg.-
1min-1; FC-LA – 164 ± 10 vs. 176
± 17bpm.
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7. DISCUSSÃO
O programa, que foi feito em 24 bailarinas, colegiais e que competem, teve duração de
9 semanas, analisando pirouettes, equilíbrio em uma única perna no passé e relevé e SEBT
(teste de equilíbrio de excursão estelar) e apresentando melhora significativa em aspectos
diversos, como: desempenho, equilíbrio e de membros inferiores. E impacto imediato no
aumento da ativação do músculo Transverso Abdominal após a primeira sessão de
treinamento, podendo considerar um método eficaz de rápido resultado na educação para
dançarinos, sobre utilizar o CORE no momento da execução de um dado movimento.
O único aspecto que não teve tanta mudança, porém, continuou sendo significativo, foi
em relação ao número de pirouttes (giro) onde os autores explicam que pode ser devido ao
gesto motor específico do movimento, onde a variação de musculaturas utilizadas pode ter
tido menor efeito quanto aos outros, apontando o TrA (Tranverso Abdominal) como músculo
mais complexo para ser utilizado na hora da execução do movimento e por não conseguirem
monitorar a ativação do TrA nesse dado movimento.
O pós treino dos dançarinos mostrou que não ativavam adequadamente ou por
completo o TrA. Talvez por não trabalharem ou enfatizar um treinamento dessa musculatura
no processo de aprendizagem ou gesto motor, do movimento proposto.
O estudo trás uma nova linhagem, que, possibilita ter melhor conhecimento sobre o
papel do CORE em praticantes, competidores e profissionais da dança.
Estudos feitos fora do ambiente da dança, nesse caso, a dança clássica apresentaram
resultados em que o treinamento com materiais elásticos podem ser eficientes para qualquer
tipo de população. Cronin et al. Em seu estudo obteve como resultado, aumentos
significativos nos valores para força máxima, potência média e pico de potência para ambos
os treinamentos. Collado JC et al (2008) mostrou efetividade no ganho de massa magra em
pessoas sedentárias de meia idade e Zion AS et al (2013), na implementação de força
dinâmica e na mobilidade em pessoas acima de 60 anos. Andersen LL (2010) e outros autores
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observaram aumentos dos níveis de ativação muscular parecidos entre o treinamento com
peso livre e treinamento com tubo elástico em mulheres de 26 a 55 anos.
Em outros estudos que obtiveram ganhos superiores na força, implantando algum tipo
de material elástico junto ao treinamento de força com pesos livres ou máquinas Melo MO et
al (2013) e Andersen CE et al (2008), obtendo como resultado, maior aumento da força
máxima isométrica dos extensores de joelho no grupo intervenção nos ângulos 10º e 30º da
flexão de joelho.
Wallace et al. (2006) também encontraram ganhos maiores de torque muscular devido
ao uso do elástico relacionado ao treinamento de pesos livres.
Concluíram que três sessões por semana de TF aeróbio, durante oito semanas a 95%
do LA, tiveram eficiência no aumento da transição metabólica das bailarinas. O aumento do
limiar aeróbico (LA) promoveu uma diminuição da sobrecarga cardíaca no momento em que
se tem a execução das coreografias, a melhora do LA promoveu a redução do ácido lático
sanguíneo na coreografia mais longa, onde teve duração de oito minutos. As diferentes
respostas cardiovasculares verificadas nas coreografias com duração quatro e oito minutos de
duração, pré e pós TF aeróbio, indicam que a sobrecarga cardíaca é dependente do tempo de
exercício.
Podendo concluir que apenas as aulas, não geram adaptações necessárias para a
melhora da capacidade cardiorrespiratória de um(a) bailarino(a), necessitando de um trabalho
complementar, por conta da demanda que é muito alta, convergindo com as ideias de outros
autores Silva et al. (1999) indicando que, por ser uma atividade intermitente, tais exercícios
não melhoram a função cardiorrespiratória.
8. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Blucher, 1997.
BOMPA TO. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4. Ed. São Paulo: Phorte;
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MATVEEV, Lev. El Processo del Entrenamiento Deportivo. Buenos Aires: Editora Stadium,
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PRATI SRA, PRATI ARC. Níveis de aptidão física e análise de tendências posturais em
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VINÂSPRE, L. P., & FAJARDO, T.J. (2002). Manual de educacion física y deportes.
Barcelona: Editorial Océano, 213-220.
WEINECK, Jürgen. Treinamento ideal. 9.ed. São Paulo: Editora Manole, 1999.
ZUCCOLOTTO, Ana Paula et al. Efeito do treinamento de força com resistência elástica
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