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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA

IBMR - LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES


CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FERNANDO DANTAS DE ARAUJO

IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA


DANÇA

Rio de Janeiro
2017
FERNANDO DANTAS DE ARAUJO

IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA


DANÇA

Monografia apresentada ao IBMR - Laureate International Universities


como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em 2017

ORIENTADOR: Prof. MSc. Roberto Poton

Rio de Janeiro
2017
FERNANDO DANTAS DE ARAUJO

A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA DANÇA

Monografia apresentada ao IBMR - Laureate


International Universities como requisito parcial
para a obtenção do grau de Bacharel em
Educação Física

ORIENTADOR: Prof. Msc Roberto Poton

Aprovada em de de 2017.

Grau obtido ____

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ddo Bruno Ramalho

____________________________
Prof. Msc Caio Vicentini
DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais, Paulo e Magali, que me educaram da melhor
forma possível, me incentivaram e proporcionaram o melhor para o meu futuro.

Ao meu irmão, Diogo, que sempre me incentivou a buscar meus objetivos.

Aos meus tios e tias, que sempre estiveram presentes em minha vida e contribuíram de
diversas formas para meu crescimento.

Aos meus primos e primas que sempre incentivaram e acompanharam de perto toda
minha trajetória.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus, que independente da situação, está me dando forças


e iluminando meus caminhos.

Ao universo, que me rodeia de energias positivas, possibilitando a melhor condição


possível para realização do trabalho e outros objetivos de vida.

Aos professores Bruno Ramalho, Carlos Eduardo Vicentini, Mauro Macedo e Sandro
Carpenter, que foram fundamentais nesse processo de formação, compartilhando suas
vivências e conhecimentos da melhor maneira possível.
Em especial, ao Professor e Orientador Roberto Poton, que foi essencial para
conclusão deste trabalho, além de contribuir positivamente para o modo de pensar e agir, não
só na profissão, mas na vida.
E aos meus amigos(as) e colegas de faculdade, que me deram forças e incentivo para
continuar essa caminhada na vida.
EPÍGRAFE

‘’A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por
isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que
a cortina se feche e a peça termine sem aplausos’’

Charles Chaplin
RESUMO

ARAUJO, F - A importância da preparação física no contexto da Dança. 2017. 40 folhas.


Monografia – IBMR – Laureate International Universities. Rio de Janeiro, 2017.

Para se atingir um nível considerado avançado na Dança, um bailarino necessita aprimorar


diversos aspectos físicos, entre eles, flexibilidade e força muscular, além de fundamentos
específicos, que são adquiridos ao longo dos anos, mediante ao número de repetições e
periodizações que são propostos pelo profissional, desde o momento em que o bailarino inicia
seus estudos na dança. O estudo teve como objetivo identificar possíveis efeitos do
treinamento físico em Dançarinos mediante à estratégias alternativas que possibilitem
melhora das capacidades físicas do indivíduo praticante. A carência de estudos relacionados á
preparação física na Dança é um fato, porém, os trabalhos encontrados apontam que
estratégias periodizadas geram efeitos adicionais nos bailarinos, ocasionando na melhora das
habilidades necessárias para execução dos movimentos de forma satisfatória, possibilitando
uma evolução gradativa.

Palavras-chave: Preparação Física, Dança, Treinamento.


ABSTRACT

ARAUJO, F - The importance of physical preparation in the context of Dance. 2017. 40


sheets. Monograph - IBMR - Laureate International Universities. Rio de Janeiro, 2017.

To reach a level considered advanced in Dance, a dancer needs to improve several physical
aspects, among them, flexibility and muscular strength, as well as specific fundamentals,
which are acquired over the years, through the number of repetitions and periodizations that
are proposed by the professional, from the moment the dancer begins his studies in dance. The
study aimed to identify possible effects of physical training on dancers through alternative
strategies that allow improvement of the physical abilities of the practicing individual. The
lack of studies related to physical preparation in Dance is a fact, however, the studies found
that periodized strategies generate additional effects on dancers, resulting in the improvement
of the skills required to perform the movements in a satisfactory way, allowing a gradual
evolution.

Keywords: Physical Preparation, Dance, Training.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 12
3. OBJETIVOS .................................................................................................................... 13
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 13
3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................... 13
4. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 14
4.1 A Dança .............................................................................................................................. 14
4.2 Características ................................................................................................................... 16
4.2.1 Força ................................................................................................................................ 16
4.2.2 Potência ........................................................................................................................... 17
4.2.3 Equilíbrio ......................................................................................................................... 17
4.2.4 Agilidade ......................................................................................................................... 17
4.2.6 Flexibilidade .................................................................................................................... 18
4.3 Treinamento ...................................................................................................................... 19
4.3.1 Princípios Básicos ........................................................................................................... 20
4.3.2.1 Princípio da Sobrecarga ................................................................................................ 20
4.3.3.2 Princípio da Adaptação................................................................................................. 21
4.3.3.3 Princípio da Especificidade .......................................................................................... 22
4.3.3.4 Princípio da Individualidade Biológica ........................................................................ 22
4.3.3.5 Princípio da Reversibilidade......................................................................................... 23
4.3.3.6 Princípio da Variabilidade ............................................................................................ 23
4.4 Periodização ...................................................................................................................... 24
5. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................... 26
6. RESULTADOS................................................................................................................ 28
7. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37
10

1. INTRODUÇÃO

A dança pode ser classificada como uma atividade física (qualquer movimento
corporal com gasto energético acima dos níveis de repouso) em propósito de apresentar
componentes como: capacidades de força, resistência muscular e flexibilidade (PRATI E
PRATI, 2006).

Além disso, encontram-se na dança diversos estilos (exemplo: o street dance, jazz,
ballet clássico, ballet contemporâneo, sapateado, dança contemporânea, entre outras)
(ENUMO E SILVA, 2016), os quais apresentam características específicas, e distintas nos
fatores históricos e técnicos exigindo do bailarino formação e conhecimentos específicos ao
estilo praticado.

Em geral, os bailarinos têm sua iniciação à dança entre os três e cinco anos de idade,
com caráter lúdico e descontraído (ENUMO E SILVA, 2016). Entretanto, antes de atingirem
a puberdade (7-14 anos) já é possível identificar aspectos associados ao alto rendimento,
tendo como exemplo: aumento no volume e intensidade de treinamento (ensaios; aulas), que
podem promover a melhora da técnica e de componentes fisiológicos (aumento da força,
melhora na flexibilidade, coordenação e agilidade, melhora na capacidade aeróbia).

Os melhores estilos de dança à serem praticados com finalidade de incentivar as


pessoas, são aqueles que desenvolvem cooperação, seja com um parceiro (a) ou dentro de um
conjunto. Embora cada tipo tenha suas próprias qualidades e faça suas próprias demandas,
deve haver algo adequado para quase todos, independentemente da localização (BREMER,
2007).

Independentemente da idade ou do objetivo, a dança permite experiências e


conhecimentos únicos, como, limitações do corpo, interação com o meio externo, incluindo
outras pessoas que dividem o mesmo local naquele momento, autoconhecimento, de forma
corporal e mental, e a infinidade de movimentações que o corpo pode exercer diante uma
música, de forma coreografada ou improvisada, que acontece sem limitações ao tipo de
movimento apresentado.
11

Sugere-se que em pessoas idosas a dança tenha benefícios físicos, psicológicos e


sociais, e deve ser promovida como uma forma de atividade de lazer. (HUI, TSAKEUNG e
WOO, 2009). Por quantificar e marcar aspectos qualitativos específicos do desempenho da
dança, como proficiência geral, envolvimento do corpo inteiro, articulação e habilidades
(KRASNOW, CHATFIELD, BARR, JENSEN e DUFEK, 1997).

O treinamento de força de certa forma era considerado impopular na dança clássica,


devido á hipertrofia ser um objeto de preocupação para os bailarinos, que necessitam mantes
uma imagem sílfide, argumenta Robertson (1988). O treino físico começou apenas
recentemente a ser considerado uma atividade complementar dentro do cenário da dança
tradicional, principalmente por causa do estereótipo de que os dançarinos, como artistas, não
seguem os passos dos atletas em termos de preparação física (KRASNOW & KABBANI,
1999).
Assim como no âmbito esportivo, a dança tem característica forte quanto aos níveis de
exigência, aspectos coreográficos que envolvem diversos valores físicos e psicomotores. No
entanto, cabe ressaltar, que as melhoras das capacidades ligadas à dança estão condicionadas à
uma prescrição e estruturação que sejam coerentes com a proposta a serem desenvolvidas no
bailarino, distribuindo os estímulos com volumes e intensidades adequados.

Muitas vezes, quando o bailarino (a) não consegue executar de forma correta um dado
movimento, diz-se muitas vezes que está fraco ou com o corpo inadequado para o estilo de
dança, o que seria muito precipitado, podendo apenas necessitar de um ajuste na técnica,
melhorando sua postura, equilíbrio, flexibilidade e a iniciação correta no movimento,
específico. Buscando sempre o alinhamento corporal, favorecendo a execução de qualquer
movimento.
12

2. JUSTIFICATIVA

Partindo do princípio de que ocorreu um grande crescimento no meio da dança como


Arte ao longo dos anos, podemos ressaltar que o âmbito acadêmico obteve aumento crescente
no número de escolas de dança surgindo e por outro lado ‘’esportivo’’ competitivo, onde
marcas de grande escalão, desenvolvem, incentivam e patrocinam diversos eventos nacionais
e internacionais, com finalidade de expandir ainda mais o meio da Dança.

O tema proposto se dispõe a discutir e revisar sobre a importância dos treinamentos e


os efeitos do treinamento físico dentro de uma área artística, nesse caso, a Dança. Onde
podemos perceber que ao longo das épocas, ganharam cada vez mais espaço na sociedade não
só como uma forma de expressão corporal, mas também como carreira profissional.

Crianças e adolescentes já participam de festivais nacionais e internacionais, onde


enfrentam cargas horárias extensas de ensaios e aulas, assim como as companhias de dança
profissionais, com adultos. É de profunda importância entender os aspectos fisiológicos e
como cada indivíduo se manifesta de acordo com um dado estímulo, seja na aula ou em algum
treinamento proposto pelo (a) professor (a).

O estudo pode contribuir ainda mais para a expansão de uma área que necessita ser
mais estudada, existem muitos praticantes da dança tanto profissionalmente quanto apenas
para o bem-estar físico, mental, ao redor do mundo, porém, encontramos muita incapacitação
e divergências na forma que se passa a informação, seja no ensino, história ou nas estratégias
de treinamento que visam a evolução e aperfeiçoamento do bailarino(a) que é de profunda
importância ter total entendimento, para evitar qualquer tipo situação que desfavoreça o
trabalho, como por exemplo, overtraining (treinamento excessivo), overreaching (acúmulo de
treino), burnout (respostas psicofísiológicas ao estresse ocupacional severo) e lesões físicas.
13

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Buscar e verificar estratégias e resultados possíveis mediantes ao treinamento físico no


contexto da dança.

3.2 Objetivos Específicos

 Verificar o contexto do treinamento físico em bailarinos


 Analisar as principais qualidades físicas da dança, em geral
 Identificar a importância dos princípios básicos e periodização do treinamento
 Identificar resultados mediantes o treinamento físico em bailarinos
14

4. DESENVOLVIMENTO

4.1 A Dança

A Dança, de modo geral, independente dos diversos estilos existentes (Ballet, Street
Dance, Jazz, entre outros) são excelentes estratégias para quem busca exercícios alternativos
visando melhorar o desempenho e os elementos relacionados à saúde física e mental.

Para Portinari (1989), independentemente do tipo de arte ou manifestação artística, a


dança é a única que dispensa qualquer tipo de material ou ferramenta, dependendo única e
exclusivamente do próprio corpo.

“De todas as artes, a dança á a única que dispensa materiais e ferramentas, dependendo só
do corpo.” (PORTINARI, 1989)

Segundo Leal (1998) a dança talvez seja umas das atividades físicas mais completas que
existem, por existir um trabalho incluindo toda a parte mecânica e fisiológica. A prática da
Dança requer o desenvolvimento complexo e harmonioso das diferentes capacidades motoras
(VENTURINI, et al., 2010).

A prática da dança requer atenção e desenvolvimento dos diversos aspectos fisiológicos


existentes, que necessitam ser aprimorados, sendo fundamentais para os bailarinos (as)
profissionais/elite.

A partir do momento em que o sujeito não está fisicamente adaptado ao movimento ou


estímulo proposto pelo coreógrafo ou professor, devido à pequena amplitude articular ou por
sua musculatura não acompanhar a demanda necessária, pode acarretar no aumento do risco
de desenvolver alguns tipos lesões, como, estiramentos musculares, muito comuns, devido à
existência de movimentações, por diversos momentos, originários da ginástica, onde a
amplitude é de profunda importância, e a partir disso, bailarinos(as) que não estão diante de
um trabalho específico e periodizado, terão chance de desenvolver outras lesões e não
atingindo seus objetivos planejados.

Bem como valores físicos através dos movimentos corporais motores (saltos, corridas e
outros) e psicomotores, quando há movimentos de coordenação entre braços, pernas, cabeça e
tronco (VINASPRE & FAJARDO, 2002).
15

Além de todo o trabalho coreográfico, tendo que ser entendido na sua melhor maneira, e
que também são ensinadas por motivos de melhorar a interação entre os bailarinos(as) ou até
o mais complexo, que seria a repetição da proposta coreográfica com a finalidade de
apresentar o trabalho criado, em festivais ou competições.

Ao longo dos anos, percebe-se que o nível das coreografias tem ficado ainda mais
complexo, o desgaste físico, pela repetição excessiva dos movimentos, aumentando ainda
mais o risco de lesão. Segundo Laws (2005) os dançarinos relataram que eles percebem isso
devido à fadiga ou excesso de trabalho, movimentos repetitivos, coreografia nova ou difícil e
cronogramas de ensaio exigentes.

O bailarino também necessita de algum tempo para se adequar aos tempos e variações da
música, onde, dependendo da proposta do coreógrafo, os movimentos podem ser mais lentos
ou mais rápidos, necessitando uma demanda mental alta, diante de todos esses aspectos. A
prática da dança desenvolve ainda a sensibilidade, musicalidade, percepção, noção espacial e
temporal, lateralidade, relaxamento e ritmo (PRATI & PRATI, 2006).
16

4.2 Características

Para Nanni (1998) a formação corporal do bailarino, se fundamenta e integra, em relação


à técnica existente na dança, pela: força, potência, flexibilidade, coordenação, equilíbrio,
agilidade, resistência muscular e cardiovascular, entre outros.

Chatfield, Byrnes, Lally, & Rowe (1990) acreditam que a dança requer suporte de
capacidades fisiológicas aprimoradas, incluindo flexibilidade, força muscular, potência e
resistência. (Brown, Wells, Schade, Smith, & Fehling, 2007; Koutedakis et al., 2007) sugerem
que a melhora na força em membros inferiores e potência tem efeitos positivos sobre o
desempenho da dança.

Contudo, por mais que a dança envolva várias horas de prática diária, para desenvolver
suas habilidades, alguns os dados publicados revelam que as bailarinas possuem menor nível
de aptidão aeróbia em comparação com atletas de outros esportes, como Ginastas (BALDARI
& GUIDETTI, 2001). Wyon & Redding (2005) conceituam a dança como tipo de exercício
intermitente, ou seja, períodos de esforço intercalados por períodos de recuperação, pode ser
uma excelente forma para intensificar os treinamentos e melhorar a potência aeróbia (DE
LUCAS, DENADAI e GRECO, 2009).

Cada estilo de dança tem sua fundamentação e particularidades, quanto à técnica, músicas,
movimentações, entre outros, porém, para melhor capacitação de um bailarino (a) por
completo, seria importante o aprendizado em diversas áreas da dança, buscando mais
conhecimento corporal e técnico.

4.2.1 Força

Fundamental para execução de diversos movimentos e interações em duplas, muitas


vezes utiliza-se o recurso de segurar o parceiro(a) em dada situação coreográfica, consiste na
ação que causa uma mudança no estado de movimento de um objeto. Produto da massa de um
objeto pela sua aceleração linear. A força é medida em newtons (N). Do ponto de vista
fisiológico, a força é a capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por
meio de diferentes ações musculares. (BARBANTI, 1994).
17

4.2.2 Potência

Segundo Fleck & Kraemer (1999) potência se dá em torno da velocidade em que é


realizado o trabalho. Diversas situações, o bailarino (a) necessita executar o movimento em
um curto período de tempo, visando atingir um espaço seja no palco ou em qualquer outro
local determinado na sequência coreográfica ou até mesmo para realização do movimento
com excelência. Além de existirem movimentos de alta rigorosidade na hora da execução,
exigindo ainda mais dessa capacidade, tanto de membros superiores quando de membros
inferiores.

4.2.3 Equilíbrio

Combinação de ações musculares com o propósito de assumir e de sustentar o corpo


sobre uma base, contra a lei da gravidade. (TUBINO, 1984).
Independentemente da movimentação, o equilíbrio é fundamental na execução do
movimento, pois, todo movimento parte de uma base corporal, e em dados momentos, esse
equilíbrio não necessariamente está ligado aos dois pés no chão, podendo ser apenas um pé
como base, ou nos membros superiores .
No Street Dance, onde existe a dança denominada ‘’Bboying’’ ou ‘’Break Dance’’
cujo, os dançarinos à todo instante desafiam seus limites corporais e gravitacionais, utilizando
movimentos da ginástica e da capoeira.
Integração do sistema nervoso central e da musculatura esquelética num movimento
ou numa sequência de movimentos. (BARBANTI, 1992). Permite que o indivíduo assuma a
consciência e a execução, levando-o a uma ação ótima dos diversos grupos musculares na
realização de uma sequência de movimentos, com o máximo de eficiência e economia.
(BARBANTI, 1992)

4.2.4 Agilidade

Por diversas situações o bailarino (a) se encontra em situações em que necessita executar
certo movimento em um curto período de tempo, necessitando realizar aquele dado estímulo
no tempo certo em que lhe é passado, seja musicalmente, ou, dependendo da proposta, sem
18

música, sem perder a qualidade da execução. Qualidade de executar movimentos rápidos,


ligeiros com mudanças de direção (BARBANTI, 1994).
Robertson (1988) propõe que uma bailarina ágil, ou seja, com uma agilidade bem treinada
e desenvolvida, pode realizar movimentos com mais eficiência dentro de uma coreografia,
além de prevenir lesões nas mudanças de posição mais rápidas.

4.2.5 Resistência

Muito visto em classes (aulas de dança regulares), workshops, onde lidam com
diversas horas de aula com professores diferentes em um curto espaço de intervalo, visando o
aprendizado de alguma proposta, podendo ser coreográfica ou apenas o trabalho dos
fundamentos que estão relacionados ao estilo praticado, visando melhorar aspectos
particulares de cada praticante, iniciante ou avançado, variando de acordo com o que cada
indivíduo tem de qualidade ou defeito. As coreografias no qual são aprendidas e executadas,
variam em torno e 4-10 minutos, podendo ter pequenos intervalos de descanso entre uma
coreografia e outra, ou até mesmo dentro da própria coreografia, onde o indivíduo sai de cena
e retorna segundos depois, dando continuidade à proposta do professor ou coreógrafo, nos
espetáculos, as coreografias podem ter duração aproximada de 60 minutos.
Capacidade dos seres humanos de resistir à fadiga que ocorre durante um stress físico
até o final de uma tarefa e, em alguns casos, até a exaustão (BARBANTI, 1994).

4.2.6 Flexibilidade

Ideal para atingir a amplitude suficiente nos movimentos propostos, o bailarino (a) que
tem sua musculatura encurtada, dificilmente realizará com perfeição alguns movimentos.
Execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma
articulação, ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de
provocar lesão (DANTAS, 1999).
Trabalhadas estas capacidades físicas de forma adequada e bem periodizada, os
movimentos de dança propostos conforme o estilo pertencente, podem ser realizados
19

repetidamente com eficiência e sem fadiga excessiva, mantendo a integridade do bailarino e


garantido a melhor performance no momento necessário.

4.3 Treinamento

O processo de treinamento se dá pelo planejamento e programação com embasamento em


alguns princípios, que, devem ser respeitados e utilizados de forma coerente com as
particularidades encontradas tanto no indivíduo que está sendo treinado, quanto na
modalidade praticada.

Quando o treinamento é realizado de forma desorganizada, não há ganho na técnica de


execução acarretando o desânimo do bailarino (ROBERTSON, 1988). Sob os pontos de vista
biológico, esportivo, fisiológico e do desempenho, o treinamento nada mais é do que uma
adaptação a estímulos crescentes. Esses estímulos consistem em perturbações da homeostase
(JAKOWLEW, 1972 apud WEINECK, 1999).

Tendo conhecimento das variáveis de um treinamento e princípios, para desenvolver um


trabalho adequado, é necessário para a divisão racional da carga de trabalho e para a sua
dinâmica dentro dos ciclos de treinamento (WEINECK, 1999; VERDUGO; LEIBAR; 1997;
GAMBLE, 2006; FINDLEY, 2005; ROLIM et al., 2003; BALYI, 1990).

Além do pouco treinamento realizado, foi destacado que o período de férias, como
prejudicial ao desempenho ganho até aquele dado momento e tendo influência negativa em
algumas qualidades físicas. Weineck (2003), no momento em que o treinamento é
interrompido, acarreta em uma queda de desempenho. No caso da dança, muitas das vezes as
férias são estruturadas e organizadas juntamente ao calendário escolar ou de acordo com o
calendário anual de eventos, como, festivais, competições e apresentações.

Nas férias, as atividades poderiam ser intercaladas com movimentos ou exercícios não
planejados, demandando ao corpo um tempo maior para tentar alcançar o desempenho de
antes, que, talvez, nem chegue ao desempenho anterior, se mantendo inferior.

O intervalo é de grande importância e necessário para repor as demandas energéticas,


evitando diversos fatores que implicariam em perda de desempenho, como: o overtraining,
muito comum pela falta de estruturação adequada nos treinamentos, exigindo um desempenho
além do que o sujeito pode atingir naquele dado momento, explica Kellmann (2002),
20

entretanto, períodos muito prolongados de duração entre os exercícios, talvez não sejam tão
benéficos quando de menor duração.

Algumas das modificações que ocorrem estão relacionadas ao consumo e utilização do


substrato energético, conforme o tipo de atividade física realizada, pois tais adaptações
possibilitam aos organismos dos atletas melhores captação, transporte e utilização do oxigênio
e dos substratos energéticos durante os treinamentos (BILLAT, 2002; EVANGELISTA;
BRUM, 1999).

Isso promove nos atletas o aumento da capacidade de resistir a esforços de intensidade,


de duração e de volumes maiores (MAUGHAN; GLEESON; GREENHAFF, 2000).

4.3.1 Princípios Básicos

Ao longo dos anos, diversas metodologias de treinamento foram criadas com


finalidade de melhorar o desempenho de um indivíduo praticante e/ou atleta da modalidade
específica. Sendo de profunda importância respeitar e levar em consideração os princípios que
acercam tanto o treinamento, quanto o indivíduo, sendo assim, imprescindível no sucesso de
qualquer programa estruturado.

O treinamento físico pode ser compreendido como um processo organizado e


sistemático de aperfeiçoamento físico, nos seus aspectos morfológicos e funcionais,
impactando diretamente sobre a capacidade de execução de tarefas que envolvam demandas
motoras, sejam elas esportivas ou não (BARBANTI, TRICOLI & UGRINOWITSCH, 2004).

4.3.2.1 Princípio da Sobrecarga

Talvez, seja o princípio mais antigo existente, sua origem está relacionada ao atleta Milo,
que na mitologia Grega, viveu na ilha de Creta por volta de 500 a.C.
Uma descrição tradicional desse princípio é que o incremento gradual de sobrecarga,
aumenta, progressivamente, a eficiência do organismo, aumentando, assim, sua capacidade de
trabalho (BOMPA, 2002).

De acordo com a ACSM (American College of Sports Medicine), a intensidade


recomendada visando o aumento da mesma, é de 2% a 5% para grupos musculares menores e
5% e 10% para grupos musculares maiores. Necessário para elevar o patamar do treinamento
21

proposto, onde se preza a evolução do atleta, nesse caso, o bailarino (a) Para Tubino (1984),
aplicando o princípio da sobrecarga, é importante observar com bases nas variáveis
relacionadas às cargas impostas, como, volume (quantidade) e intensidade.

Consiste em gerar um estímulo maior, ou seja, sobrecarregar organismo do indivíduo, de


maneira adequada e planejada, variando a frequência, intensidade, o volume e a duração do
treinamento.

4.3.3.2 Princípio da Adaptação

No contexto do treinamento esportivo, o princípio da adaptação pode se considerar de


alta importância, sendo caracterizada pela necessidade de evitar a estabilização dos resultados
dos atletas e a estabilização de trocas energéticas. O termo adaptação está ligado ao ato de
reorganizar-se, reestruturar-se ou adaptar-se à uma dada situação nova ou fora de sua rotina.

Por existir diversos estilos de dança, se um dançarino de Hip-Hop (Street Dancer),


inicia seus estudos no ballet ou até mesmo o contrário, leva-se um tempo até obterem um
resultado satisfatório na forma em que entendem o movimento e executam em um segundo
momento.

A GAS (Teoria da Síndrome Geral da Adatação), desenvolvida pelo doutor Has Selye,
em 1936, desenvolveu 3 estágios, sendo eles:

Fase de alarme, onde é caracterizado pela excitação, o corpo é submetido a um grau


maior de exigência).

Fase de resistência: onde ocorre as alterações fisiológicas necessárias para o


organismo se manter, em uma situação de estresse e pós estresse, duração, intensidade
adequados podem levar à adaptação positiva.

Fase de exaustão: Se baseia na incapacidade do organismo se manter em alterações


fisiológicas obtidas anteriormente, consequentemente, pode levar ao quadro de lesões ou
estagnação.
22

Diante dessas fases, o organismo promove em suas características biológicas para


viver melhor sob uma nova situação ambiental, que não era de seu conhecimento antes dos
estímulos dados.

Assim, variar ou alternar as cargas de treinamento, poderá corresponder a uma


sucessão progressiva e constante de curtos períodos e também longos, causando alternâncias
em reduções e elevações cíclicas nas transformações energéticas e nos componentes da carga,
ou seja, a perda do equilíbrio das diferentes funções biológicas, com o objetivo de se obter
melhores níveis de rendimento (GRANELL; CERVERA, 2003).

4.3.3.3 Princípio da Especificidade

Para Sharkey (1998), a melhora ou aumento da velocidade, depende do princípio da


especificidade; onde o movimento deve ser treinado de acordo com as características do
esporte. Diante disso, a bailarina terá benefícios que a tornem mais veloz, no momento em
que estiver treinando repetidamente os movimentos propostos na coreografia.

O princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, que o


treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance desportiva, em
termos de qualidade física interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal
e coordenações psicomotoras utilizados (DANTAS, 1995).

4.3.3.4 Princípio da Individualidade Biológica

Define-se individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre


elementos da mesma espécie, o que faz com que não existam pessoas iguais (TUBINO, 1984).

Destacam-se características como: aspetos biológicos, psicológicos, socioculturais,


referências particularidades, rotina diária, hábitos de vida, aptidão física atual, entre outros.
Esse princípio preza a individualidade dos treinamentos, onde é de suma importância a
manutenção adequada do volume, intensidade e movimentos que incorporam o mesmo
sistema de treinamento do mesmo, tendo em vista que um indivíduo não é igual ao outro, para
23

que haja resultados positivos e respostas adequadas, além de promover o bem-estar do sujeito,
evitando o abandono a prática de exercícios ou estagnação dos resultados.

Cada ser humano possui uma estrutura e uma formação física e psíquica própria e, por
isso, individualizar os estímulos de treinamento apresentaria melhores resultados, uma vez
que seriam obedecidas as características e as necessidades individuais dos praticantes de
esporte.

4.3.3.5 Princípio da Reversibilidade

Esse princípio preza a seguinte ideia: “o que não se usa, perde-se”. Segundo Barbanti
(2010), esse princípio assegura que as alterações corporais obtidas com o treinamento físico
sejam de natureza transitória.

Assim, as mudanças funcionais, morfológicas e de desempenho das capacidades


físicas adquiridas com o treinamento retornam aos níveis iniciais após a sua interrupção.
Portanto, deve-se manter uma rotina semanal ao praticar qualquer tipo de treinamento, se
atentando para que os estímulos gerados e sofridos no corpo do sujeito até aquele dado
momento, não fiquem com intervalos diários distantes demais, podendo levar ao quadro de
destreino ou até mesmo chegar ao ponto de não sofrer estímulos adicionais na mesma
proposta de treinamento, sendo necessária a criação de um novo programa de treinamento,
visando promover novas adaptações ao corpo do indivíduo.

4.3.3.6 Princípio da Variabilidade

Este princípio é uma forma de não permitir que o hábito e a acomodação nos tornem
escravos da mesmice (PEREIRA E SOUZA JUNIOR, 2002). Portanto, se a carga aplicada
e/ou método de treino não sofrerem variação, poderá ocorrer regressão nos níveis de aptidão
física.

A variação de estímulo é eficiente para evitar o aparecimento de platôs (estagnação do


rendimento), que tende a ocorrer em indivíduos treinados (GUEDES JR, 2003). A
24

variabilidade dos exercícios, métodos ou de qualquer outra variável do treinamento exige o


conhecimento da metodologia e periodização do treinamento.

Logo, se as cargas de treinamento não forem modificadas, o organismo tende a


assimilá-la, impondo regressão na capacidade física. Sendo ineficaz para o indivíduo praticar
atividade física com as mesmas intensidades (KAUFFMAN, 1991; DANTAS, 1994;
ZATSIORSKY, 1995).

Necessário adquirir amplo conhecimento nos variados tipos de exercícios para cada
grupamento muscular (BOMPA E CORNACCHIA, 2000). Tais autores acreditam que a
variabilidade aumenta o bem-estar psicológico e a resposta ao treinamento.

4.4 Periodização

No Egito e na Grécia, é possível constatar, que há milhares de anos, já eram utilizados


alguns princípios do treinamento, afim de preparar os atletas para os jogos olímpicos e para a
guerra. Somente no final do século XIX, quando se deu início aos Jogos Olímpicos da era
moderna, o treinamento passou a ser uma estrutura sistematizada, visando à elevação do
rendimento esportivo (BARBANTI, 1997).

O sucesso dos atletas da antiga União Soviética foi, por muitos anos, o cartão de visita da
teoria da periodização do treinamento esportivo (MATVEEV, 2001)

O planejamento do treinamento, segundo Gomes (2009), foi sofrendo algumas mudanças


gradativamente, e ao longo do tempo, sendo desenvolvido por diversos estudiosos: Kotov
(1916), Gorinevski (1922), Pihkala (1930), Grantyn (1939), Ozolin (1949), Letonov (1950).

Platonov (2004) acredita que, o aperfeiçoamento da preparação desportiva, mediante às


novas estratégias que surgiram ao longo das épocas, conduziram à ampliação da vida
desportiva dos atletas.

Segundo Matveev (1977), inventor desse modelo, a periodização é a forma de se planejar


e estruturar o treinamento ao longo de uma temporada, promovendo ao atleta, um estado de
ótima performance, ou seja, estimular a melhor performance possível para as competições
e/ou competições mais importantes, o estado de ótima performance, deve-se lembrar que
envolve não só aspectos físicos, mas também psíquicos, técnicos e táticos.
25

Para (FLECK, 1999; FLECK E KRAEMER, 2006) a periodização se baseia na


manipulação entre os componentes da carga, intensidade e volume presentes no treinamento.

Destacando-se a importância dos seguintes elementos estruturais: preparação plurianual,


preparação anual (temporada), macrociclo, mesociclo e microciclo de treinamento, além da
própria sessão de treinamento (PLATONOV, 2008; NAVARRO, 1996).

Zakharov (1992) separou e conceituou os microciclos de acordo com o calendário


(período da temporada) do atleta.

Os Microciclos de treinamento sugerem a etapa de preparação física do atleta visando


gerar adaptações à longo prazo em seu organismo, tendo variações de intensidade e volume
nos treinamentos.

O Mesociclo é unidade estrutural da preparação desportiva e constitui-se de vários


microciclos (NAVARRO, 1996). Apresentando uma etapa relativamente completa do
processo de treinamento, com duração em média de três a seis semanas.

Garantindo uma dinamização das cargas, uma composição racional dos métodos de
preparação, a correspondência entre os fatores da ação pedagógica e das medidas de
recuperação, além de atingir a continuidade do desenvolvimento das diversas qualidades e
capacidades (PLATONOV, 2008).

Segundo Navarro (1996), o termo Macrociclo é utilizado para descrever um longo ciclo de
treinamento com duração em média de 3 a 12 meses. A formação, manutenção e perda
temporária da forma esportiva devem estar rigorosamente determinadas dentro de um
planejamento do treinamento (ZAKHAROV, 1992).

Matveev (1965) propõe que a periodização deve ter como objetivo principal, alcançar um
alto nível de desempenho e "forma atlética" em um determinado momento. Para atingir esse
objetivo, Matveev sugeriu que o programa de treinamento deve ser organizado para que o
desenvolvimento de habilidades e habilidades biomotoras, além dos traços psicológicos
progridam de forma lógica e sequencial e picos antes da concorrência.

Nos dias de hoje, a periodização é imprescindível no processo de treinamento dos atletas,


sendo indispensável e fundamental, para alcançar os objetivos traçados, em qualquer
modalidade esportiva.
26

5. MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura, realizado nas bases de dados


multidisciplinares e nas bases específicas da área de saúde no período de março de 2017 a
agosto de 2017.

5.1 Bases de Dados consultadas:

As bases de dados usadas foram:


- Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/ PubMed);
- Scientific Electronic Library Online (SciELO);

5.2 Critérios de inclusão

- Artigos científicos de revistas indexadas em inglês, e português que abrangem o


período de 1999 a 2017;
- Artigos que descrevam ou mencionem o tema abordado; preparação física e dança.

5.3 Critérios de exclusão

- Artigos científicos que não sejam em português ou inglês


- Estudos realizados com animais
27

5.4 Estratégia de busca

O principal descritor utilizado foi dança a partir dos Descritores em Ciências da Saúde –
DeCS ,Mesh database/PubMed. No entanto, outros descritores foram usados, como:
treinamento físico, dance therapy, dancesport, psychomotor performance, athletic
performance, physical conditioning, human e aerobic capacity

Estes termos foram associados com o seguinte descritor: ‘treinamento’’

Na estratégia de busca utilizada na base de dados PubMed, os descritores utilizados foram


‘’Dance therapy" OR "Dancesport’’ AND "Psychomotor Performance" OR "Athletic
Performance" OR "Physical Conditioning, Human" OR “aerobic capacity”
28

6. RESULTADOS

Foram encontrados 375 (total de artigos considerando todas as bases de dados) artigos
científicos, sendo 35 na Scielo e 342 na PUBMED.
Retirados os artigos que não foram aceitos para esta revisão, foram escolhidos 4 (Todd
Wattson et al, 2017, Ana Paula et al, 2016, Silva et al, 1999 e Angioi et al, 2012.) O processo
de seleção é representado na figura abaixo.

Fluxograma
identificação

Estudos identificados através das


buscas nas bases de dados: PubMed
e Scielo (n= 375)

Artigos mantidos após avaliação dos resumos Artigos excluídos após avaliação
avaliação

e títulos (n=237) dos resumos e títulos (n=138)


Elegibilidade

Artigos restantes após avaliação dos objetivos


relacionado à Dança (n= 40)

Artigos mantidos por conter os


critérios da elegibilidade
relacionados preparação física na
Dança (n=4)
Incluídos

Artigos Incluídos na revisão sistemática (n=1)


Procedência Autores Título Periódico Descrição do estudo
(base de dados) Objetivos Métodos Resultados
Dance, Balance and CORE The International Journal Este estudo examinou o impacto 24 membros da equipe de Melhorias estatisticamente
Todd Watson, Jessica Muscle Performance of Sports Physical de um programa de estabilização dança feminina (idade = 19,7 significativas no equilíbrio de uma
Graning, Sue McPherso, Measures are improved Therapy, Volume 12, do CORE de nove semanas sobre + 1,1 anos, altura = 164,3 + única perna no alcance anterior e no
Elizabeth Carter, Joshuah following a 9-week CORE Number 1 February 2017 índices de desempenho da dança, 5,3 cm, peso 60,3 + 6,2 kg, alcance anterior bilateral para o
Edwards, Isaac Melcher, stabilization Training medidas de equilíbrio e IMC = 22,5 + 3,0) SEBT (p ≤ 0.01), número de piruetas
Taylor Burgess, et al. Program among competitive desempenho muscular do CORE participaram. (p = 0,011) e todas as medidas de força
2017. collegiate dancers. em dançarinos colegiais
(p ≤0,05), exceto o aumento do salto de
PubMed competitivos.
uma única perna

Procedência Autores Título Periódico Descrição do estudo


(base de dados) Objetivos Métodos Resultados
Efeito do treinamento de Rev. bras. educ. fís. Esporte. Avaliar os efeitos de seis Aulas de “ballet” clássico Os achados mostram que o treinamento de
ZUCCOLOTTO, força com resistência 2016, vol.30, n.4, pp.893-901. semanas de treinamento de força por pelo menos cinco anos, força com resistência elástica gera aumentos
Ana Paula et al. elástica sobre o com resistência elástica sobre contemplar um volume de no torque (bem como no tempo de sustentação
(2016) desempenho da flexão de variáveis cinéticas e cinemáticas treinamento entre 6 e 15 de flexão de quadril em bailarinas clássicas.
quadril em bailarinas em bailarinas clássicas. horas semanais nos últimos O grupo intervenção aumentou de torque três
clássicas. seis meses, ter idade entre vezes mais ao grupo controle (grupo
15 a 22 anos e ser do sexo intervenção = 38,47% e grupo controle =
feminino. 13,13%). Incrementos de 125,25% para o
Scielo tempo de sustentação foram observadas
somente para o grupo intervenção.

29
Procedência Autores Título Periódico Descrição do estudo
(base de dados) Objetivos Métodos Resultados
Silva et al. (1999) Perfil de aptidão Rev Bras Med Analisar aspectos N = 16 bailarinos (8 mulheres e 8 A rotina de treino da dança não gera
cardiorrespiratória e metabólica Esporte vol.5 no.3 , 1999 cardiorrespiratórios e metabólicos e homens) 18,2 ± 3,8 anos e 26,2 ± 4,5 estímulo suficiente para aprimorar a
em bailarinos profissionais. as alterações provocadas pelo anos, respectivamente. aptidão cardiorrespiratória e
Scielo treinamento específico de dança metabólica dos bailarinos,
necessitando de treinos extras.
Grupo de balé vs. o grupo controle
masculino: VO2 máx. – 46 ± 4 vs.
43 ± 6mlO2.kg.-1min-1; FC máx. –
194 ± 12 vs. 202 ± 11bpm; VE máx.
– 112 ± 16 vs. 123 ± 18L.min-1;
VO2- LA – 35 ± 4 vs. 26 ± 4mlO2
.kg.-1min-1 (p < 0,01); FC-LA –
169 ± 18 vs. 163 ± 15 bpm.
Grupo de balé vs. grupo controle
feminino: VO2 máx. – 39 ± 6 vs. 35
± 6mlO2.kg.-1min-1; FC máx. –
197 ± 10 vs. 201 ± 6bpm; VE máx.
– 72 ± 9 vs. 81 ± 6L.min-1; VO2-
LA – 26 ± 4 vs. 27 ± 4mlO2.kg.-
1min-1; FC-LA – 164 ± 10 vs. 176
± 17bpm.

Procedência Autores Título Periódico Descrição do estudo


(base de dados) Objetivos Métodos Resultados
Angioi M, Metsios Efeitos do treinamento Med Probl Perform Analisar os efeitos de um treinamento 24 mulheres envolvidas em Aumentos significativos para o grupo
G, Twitchett suplementar em Art. 2012 Mar;27(1):3- circuitado em bailarinas envolvidas com dança contemporânea (idade 27 de condicionamento no poder muscular
EA, Koutedakis parâmetros de aptidão e 8. dança contemporânea ± 5,9 anos, altura 165,3 ± 4,8 cm, do corpo inferior (11%), endurance
Pubmed Y, Wyon M. (2012) competência estética na peso 59,2 ± 7,6 kg) foram muscular do corpo superior (22%),
dança contemporânea: um recrutadas e aleatoriamente aptidão aeróbica (11%) e competência
ensaio controlado atribuídas a um exercício (n = estética (12%) (p <0,05)
randomizado. 12) ou a um grupo controle (n =
12).

30
31

7. DISCUSSÃO

No presente estudo, o foco está nas estratégias de treinamento que desenvolvam e


melhores as qualidades físicas de um(a) bailarino(a), através dos estudos encontrados,
podemos ter um embasamento e parâmetros à serem seguidos e comparados, estipulando uma
melhor prescrição de acordo com as necessidades do indivíduo. No primeiro artigo
pesquisado, de caráter longitudinal, onde, o clínico por meio de videoconferência, dirigiu e
monitorou o programa de treinamento, visando o desempenho muscular do CORE dentro da
dança. Antecedendo a execução do programa e pós-teste, o TrA foi complementado com a
manobra de aderência abdominal (ADIM), juntamente à imagens de Ultra-Som (USI) (TrA)
foi completado usando a manobra de aderência abdominal (ADIM), incluindo imagens de
ultra-som (USI), verificação e comentários do instrutor.

O programa, que foi feito em 24 bailarinas, colegiais e que competem, teve duração de
9 semanas, analisando pirouettes, equilíbrio em uma única perna no passé e relevé e SEBT
(teste de equilíbrio de excursão estelar) e apresentando melhora significativa em aspectos
diversos, como: desempenho, equilíbrio e de membros inferiores. E impacto imediato no
aumento da ativação do músculo Transverso Abdominal após a primeira sessão de
treinamento, podendo considerar um método eficaz de rápido resultado na educação para
dançarinos, sobre utilizar o CORE no momento da execução de um dado movimento.

Além de melhorar resistência muscular do tronco (extensora e flexora) do abdômen e


ponte lateral, força abdutora de quadril e saltos simples, utilizando apenas uma perna como
base. Tendo concordância com o estudo de Hoppes et al (2016) além de preverem que o
CORE aumentaria o desempenho em equilíbrio dinâmico.

O único aspecto que não teve tanta mudança, porém, continuou sendo significativo, foi
em relação ao número de pirouttes (giro) onde os autores explicam que pode ser devido ao
gesto motor específico do movimento, onde a variação de musculaturas utilizadas pode ter
tido menor efeito quanto aos outros, apontando o TrA (Tranverso Abdominal) como músculo
mais complexo para ser utilizado na hora da execução do movimento e por não conseguirem
monitorar a ativação do TrA nesse dado movimento.

Os resultados seguem a mesma linha de outros estudos apontados no artigo, como o de


McPherson S L, Watson T (2014) onde mostrou efeitos imediatos na ativação do TrA em
32

adultos saudáveis, treinamento de duração de 5 meses onde o indivíduo, ficava na posição


supina.

O pós treino dos dançarinos mostrou que não ativavam adequadamente ou por
completo o TrA. Talvez por não trabalharem ou enfatizar um treinamento dessa musculatura
no processo de aprendizagem ou gesto motor, do movimento proposto.

Alguns estudos utilizaram formas diferentes de treinamento, Sandrey e Mitzel, em seu


estudo chegaram a conclusão de que 30 minutos por treinamento durante 6 semanas, teve
melhora significativa em todas as direções do SEBT. Angioi et al ultilizaram exercícios
específicos e sem ativação do TrA em bailarinas contemporâneas.

Ainda é necessário mais aprofundamento sobre o assunto, o número pequenos de


artigos, diferentes estratégias de planejamento (tempo de treinamento) e por limitar à
bailarinas colegiais, praticantes de Jazz e Ballet, onde os resultados só podem ser relevantes
pra esses dados estilos. Impossibilitando uma conclusão final sobre a ativação do CORE na
dança, pois, não se sabe ao certo se o grau de ativação significativo pode ser alcançado apenas
pelos movimentos existentes e repetitivos contidos na dança, ou, pela conscientização no
momento em que é feito um treinamento focado no TrA através do ADIM.

O estudo trás uma nova linhagem, que, possibilita ter melhor conhecimento sobre o
papel do CORE em praticantes, competidores e profissionais da dança.

No segundo artigo estudado, os pontos principais encontrados foram que o


treinamento de força com resistência elástica aumentou o torque isométrico avaliado na flexão
de quadril comparado ao método usando no Ballet, também foi capaz de incrementar e
promover maior tempo de sustentação da máxima amplitude de flexão de quadril, quando
comparado ao treino convencional do Ballet e não promoveu mudanças nas amplitudes
avaliadas.

Estudos feitos fora do ambiente da dança, nesse caso, a dança clássica apresentaram
resultados em que o treinamento com materiais elásticos podem ser eficientes para qualquer
tipo de população. Cronin et al. Em seu estudo obteve como resultado, aumentos
significativos nos valores para força máxima, potência média e pico de potência para ambos
os treinamentos. Collado JC et al (2008) mostrou efetividade no ganho de massa magra em
pessoas sedentárias de meia idade e Zion AS et al (2013), na implementação de força
dinâmica e na mobilidade em pessoas acima de 60 anos. Andersen LL (2010) e outros autores
33

observaram aumentos dos níveis de ativação muscular parecidos entre o treinamento com
peso livre e treinamento com tubo elástico em mulheres de 26 a 55 anos.

Em outros estudos que obtiveram ganhos superiores na força, implantando algum tipo
de material elástico junto ao treinamento de força com pesos livres ou máquinas Melo MO et
al (2013) e Andersen CE et al (2008), obtendo como resultado, maior aumento da força
máxima isométrica dos extensores de joelho no grupo intervenção nos ângulos 10º e 30º da
flexão de joelho.

Wallace et al. (2006) também encontraram ganhos maiores de torque muscular devido
ao uso do elástico relacionado ao treinamento de pesos livres.

Agrupando todos os resultados, incluindo os deste estudo, que chegaram ao aumento


significativo de 125,25% levando em conta os 12 e 15 segundos de sustentação da amplitude
da flexão de quadril, contribuindo para as performances e apresentações, parece que os
autores se mostram convergentes na opinião sobre o uso de elástico como possível estratégia
de treinamento, atingindo às expectativas quanto ao treinamento complementar às aulas de
dança e partindo do ponto de vista que os bailarinos e bailarinas necessitam da força muscular
para garantirem a perfeição na execução do movimento e na manutenção postural, são
estratégias que podem facilitar e ajudar de maneira satisfatória os resultados futuros, podendo
incrementar o uso de materiais elásticos nos treinamentos ligados à dança.

No terceiro artigo estudado, o objetivo principal era verificar alterações


cardiorrespiratórias e metabólicas a partir das rotinas de treinamentos específicos da dança,
em bailarinos profissionais. Onde a bradicardia de repouso no homem não foi verificada. O
treinamento específico da dança pode ser caracterizado por exercícios intermitentes, e não
gerou estímulos satisfatórios para desenvolvimento do aumento da capacidade aeróbia.

Ramos et al. (1995) estudaram os efeitos do treinamento aeróbio junto da realização de


sequências coreografias de quatro e oito minutos de duração em bailarinas. Momento em que
os autores se convergem e confirmam os resultados achados de Schantz & Astrand (1984)
sobre a tamanha importância do treinamento aeróbio para a melhoria do desempenho físico
das bailarinas.

No estudo de Ramos et al (1995) foram feitas medições das concentrações de ácido


lático sanguíneo e demonstraram valores significativamente diminuídos no pré e pós
34

treinamento aeróbio de coreografias que tinham duração de quatro e oito minutos,


respectivamente.

Concluíram que três sessões por semana de TF aeróbio, durante oito semanas a 95%
do LA, tiveram eficiência no aumento da transição metabólica das bailarinas. O aumento do
limiar aeróbico (LA) promoveu uma diminuição da sobrecarga cardíaca no momento em que
se tem a execução das coreografias, a melhora do LA promoveu a redução do ácido lático
sanguíneo na coreografia mais longa, onde teve duração de oito minutos. As diferentes
respostas cardiovasculares verificadas nas coreografias com duração quatro e oito minutos de
duração, pré e pós TF aeróbio, indicam que a sobrecarga cardíaca é dependente do tempo de
exercício.

O aprimoramento do metabolismo aeróbio em bailarinas é essencial, pois está


relacionado ao melhor desempenho físico necessário para suportar treinamentos e
coreografias mais longas e complexas.

Podendo concluir que apenas as aulas, não geram adaptações necessárias para a
melhora da capacidade cardiorrespiratória de um(a) bailarino(a), necessitando de um trabalho
complementar, por conta da demanda que é muito alta, convergindo com as ideias de outros
autores Silva et al. (1999) indicando que, por ser uma atividade intermitente, tais exercícios
não melhoram a função cardiorrespiratória.

Manuela Angioi et al (2012) tiveram como objetivo foi examinar os efeitos de


treinamento circuitado de 6 semanas (TC) e vibração (WBV) em parâmetros de fitness e
competência estética (CA) em dançarinos contemporâneos. Tendo como principal resultado o
condicionamento, de modo complementar. O treinamento aumentou significativamente a
força muscular dos membros inferiores, membros superiores, resistência muscular e aptidão
aeróbica, consequentemente aumento na competência estética dos dançarinos. Autores se
convergem no tipo de exercício que a dança é considerada, nesse caso, intermitente, citando
Wyon (2005) onde a aptidão aerobica também é de profunda importância, além dos outros
tipos de treinamento. Luo J et al (2005) revelou-se que o treinamento circuitado tem papel
mais eficiente no aprimoramento da aptidão cardiorrespiratória.

Cardinale M et al (2003) ressalta que o treinamento (WBV) aumenta a força e as


capacidades de energia e desempenho de membros inferiores no ballet e na dança
contemporanea, Ramaiguere P et al (1993) explica que o estímulo provoca contrações
35

concêntricas e excêntricas, potencializando o estímulo dos neurônios motores na ativações


reflexas, juntamente com o recrutamento aumentado.

Os artigos apresentaram dados importantes, convergindo em diversos aspectos,


tendo como ideia principal a melhora das capacidades físicas do bailarino, diante de
estratégias que possibilitem tais adaptações e aprimoramentos.
36

8. CONCLUSÃO

Acredita-se na relevância e importância de elevar o campo da dança na área científica,


tendo como propósito investigar se a preparação física está diretamente ligada à melhora das
capacidades de um(a) bailarino(a) possibilitando novos caminhos de atuação e periodizações,
visando treinamento especializado, não esquecendo de levar em conta toda a individualidade e
especificidade que demanda os estilos propostos, um dos grandes problemas é a escassez de
embasamento científico e da falta de iniciação na criação de novos estudos que analisem tal
proposta.
Nesse sentido, observa-se na literatura vigente uma carência de estudos que se
propuseram a identificar quais seriam as melhores estratégias de treinamento, visando a
melhor proporção entre volume/intensidade nos diversos estilos da dança e estratégias que
podem ser adotadas em aulas, sobretudo street dance, jazz e ballet clássico, os quais são
estilos bastante conhecidos e praticados mundialmente.
37

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