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São Paulo
2020
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING PROGRAMA DE
MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
SÃO PAULO
2020
Ribeiro, José Roberto
Nowadays, there is a great appreciation of health care, the body and the
physical form, subjects that are recurrent themes in the media. Professions that
deal with body changes, such as plastic surgeons, physical educators and
nutritionists, are highlighted. There is also a growing demand for gyms and
bodybuilding, leading to the expansion of this sector, which today has
expressive numbers in terms of revenue and in the number of students. This
dissertation investigates the relationship developed between the personal
trainer and the student (client), identifying which aspects are valued and
positively impact the student's loyalty to this service. This is an exploratory
research with a qualitative method and application of semi-structured individual
interviews with 13 male bodybuilders who have been users of personal trainers’
services for more than three years. It has been concluded that loyalty between
the interviewees and their current personal trainer established by a set of
aspects, but two of them are fundamental: the achievement, at least partially, of
the student's goals with the training program and the existence of some degree
of personal affinity between the student and the professional. Also, the
confidence in the technical and professional skills of the professional, the
motivation transmitted to the student and the flexibility in terms of replacing
classes on alternative days or times are very relevant.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 11
1.1. Contextualização ............................................................................................ 11
1.2. Problema de pesquisa .................................................................................... 14
1.3. Objetivo geral .................................................................................................. 14
1.4. Objetivos específicos ...................................................................................... 14
1.5. Justificativa do estudo..................................................................................... 15
1.6. Estrutura da dissertação ................................................................................. 17
2. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................. 18
2.1. Os cuidados dispensados ao corpo. ............................................................... 20
2.1.1. Da Grécia e Roma antigas ao século XIX. ............................................... 21
2.1.2. O corpo na contemporaneidade ............................................................... 26
2.1.3. A busca do corpo ideal ............................................................................. 28
2.1.4. O corpo na academia. .............................................................................. 31
2.2. O personal trainer ........................................................................................... 33
2.2.1. Competências e habilidades do personal trainer. .................................... 36
2.2.2. Públicos atendidos e locais de trabalho ................................................... 38
2.2.3. Objetivos ao contratar um personal trainer .............................................. 42
2.3. Definição de serviços e suas caraterísticas .................................................... 45
2.4. Relacionamento e fidelização. ........................................................................ 48
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................ 50
3.1. Natureza do trabalho e método de pesquisa .................................................. 50
3.2. Perfil da mostra ............................................................................................... 51
3.3. Instrumento de coleta de dados ...................................................................... 53
3.4. Tratamento dos dados .................................................................................... 54
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO ............... 56
4. 1. Categorias ..................................................................................................... 56
4.1.1. Categoria 1: objetivos com a contratação. ............................................... 57
4.1.2. Categoria 2: como escolhem o profissional .............................................. 61
4.1.3. Categoria 3: frequência e custo ............................................................... 66
4.1.4. Categoria 4: vantagens percebidas .......................................................... 70
4.1.5. Categoria 5: relacionamento .................................................................... 78
4.1.6. Categoria 6: motivos para a troca do profissional .................................... 85
4.1.7. Categoria 7: fidelização ............................................................................ 88
5. CONCLUSÕES ............................................................................... 95
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 103
7. ANEXOS. ........................................................................................ 107
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
1 Amplamente difundido, o blog é um site de conteúdo autoral, basicamente composto por fotos e
textos. Já os vlogs, tecnicamente, são uma variação dos blogs porque apresentam vídeos.
12
Em sua obra, Roberts (1996) destaca que em meados dos anos de 1970,
algumas celebridades norte-americanas têm influência na divulgação do fitness,
como por exemplo, Arnold Schwarzenegger, no filme O exterminador do futuro e
Christopher Reeve, em Super homem. Na década seguinte, celebridades, tais como,
Cher, Madonna e outras “estrelas” de Hollywood, tornam-se divulgadoras, cabendo
destaque para Jane Fonda, por sua dedicação à produção de vídeos direcionados a
pessoas que desejam exercitar-se em casa.
A cobertura dada pela mídia ao treinamento personalizado ganha impulso no
início da década de 1980, assim como ginásios, localizados nas cidades de Los
Angeles e de Nova York, são citados em diversos artigos, como os locais onde surge
essa modalidade (BROOKS, 2008).
Para Deliberador (1998), a divulgação dos bons resultados obtidos por atrizes,
tais como, Madonna, Demi Moore e outras, torna-se relevante para que o
treinamento personalizado passasse a ser conhecido mundialmente.
No Brasil, a chegada da modalidade ocorre em meados dos anos 1980, com
grande avanço na década seguinte, em razão dos progressos científicos
relacionados ao exercício físico sistematizado e a divulgação pela mídia sobre a
importância e as vantagens da atividade física sob a orientação de profissionais
(BARBOSA e SIMÃO, 2008).
Desde então, esse tipo de serviço que, inicialmente é dirigido a um público
altamente elitizado, tais como, artistas, empresários e pessoas com alto poder
aquisitivo, tem se difundido e, hoje, atinge pessoas de outros segmentos
socioeconômicos (GARAY et al., 2008).
Segundo Gomes e Caminha (2014), a atual conjuntura aponta para a direção
da personalização dos serviços, favorecendo o tipo de serviço prestado por personal
trainers, que tem como base a elaboração de programas de treinamento específicos
para cada indivíduo.
A profissão é procurada por profissionais de Educação Física como forma de
obter maior remuneração do que aqueles empregados exclusivamente nas
academias. Acrescente-se ainda a maior satisfação do profissional em trabalhar com
o atendimento individualizado (CHIU et. al., 2010).
Não existem dados recentes sobre o perfil profissional dos personal trainers
no Brasil. A única pesquisa, abrangendo todos os estados da federação, intitula-se
Pesquisa nacional do perfil do personal trainer no Brasil, realizada em 2012, pelo
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Portal de Educação Física e pela rede Test Trainer, com o apoio da Sociedade
Brasileira do Personal Trainer (SBPT).
O estudo objetiva traçar um cenário desse mercado, com informações
precisas sobre as formações acadêmicas, experiências profissionais, remunerações,
entre outros dados. Nessa pesquisa, os profissionais de Educação Física
preencheram um questionário quantitativo com perguntas objetivas sobre a
profissão. Foram enviados 2.307 questionários e 1.441 foram validados. Abaixo
seguem alguns dados sobre o perfil identificado:
• Gênero: 61% homens, 31% mulheres;
• Idade: a maioria dos profissionais (61%) situa-se na faixa dos 26 a 35
anos, apenas 6% tinham mais de 40 anos;
• Formação profissional: praticamente todos são formados em Educação
Física, o porcentual dos não formados em Educação Física é inferior a
0,5%. A maioria (76%) está entre 1 a 10 anos de formado, o que pode ser
explicado por se tratar de uma atividade que teve expansão recente na
área da Educação Física;
• Somente 13% atuam exclusivamente como personal trainer.
14
Atualmente, os cuidados com a saúde, com o corpo e com a forma física, são
valorizados, sendo temas constantemente abordados pela mídia. Há ainda um
incremento dos serviços direcionados às necessidades especificas de cada cliente,
caso do serviço prestado por personal trainers, cuja procura tem crescido desde os
anos 1990.
Este trabalho busca a compreender como numa relação de serviço pessoal e
personalizada, como é o caso do personal trainer, quais são os aspectos que são
valorizados e impactam positivamente na fidelização do aluno (cliente) a esse
serviço?
A partir do ponto de vista dos alunos, a presente pesquisa tem como objetivos
específicos:
• Analisar quais são os objetivos com contratação do personal trainer;
• Examinar os motivos que levam a troca por outro profissional;
• Identificar as vantagens percebidas com a contratação e,
• Distinguir quais são os elementos valorizados na relação e que
impactam positivamente na fidelização ao serviço.
15
2
International Health, Racquet & Sportsclub Association.
16
2. REFERENCIAL TEÓRICO
[...] a insistência sobre a atenção que convém ter para consigo mesmo; é a
modalidade, a amplitude, a permanência, a exatidão da vigilância que é
solicitada; é a com todos os distúrbios do corpo e da alma que é preciso
evitar por meio de um regime austero; é a importância de respeitar a si
mesmo.
Foucault (1984) diz que o regime leva em conta numerosos elementos da vida
de um homem, envolvendo medidas adequadas dos exercícios físicos, dos
alimentos, das bebidas, do sono e das relações sexuais. Em complemento, cita que
em relação aos exercícios se distinguem aqueles que são naturais, tais como, andar
e passear, e aqueles que são violentos, tais como, a corrida e a luta. Existem regras
sobre quais são adequados praticar e com que intensidade, em função da hora do
dia, do momento do ano, da idade do sujeito e da sua alimentação.
A partir desse ponto, discutem-se as atividades corporais propriamente ditas.
Para Siebert (1995), na Grécia antiga, o corpo é visto como elemento de glorificação
e de interesse do Estado. O corpo do atleta olímpico é valorizado ao ponto do
vencedor obter regalias do Estado.
Em Atenas há a preocupação com o modo de instrução corporal,
prevalecendo o ideal do homem belo e bom. Em Esparta, as atividades corporais
têm lugar de destaque na educação dos jovens, sendo-lhes exigido um corpo
saudável e fértil.
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Nas demais cidades gregas, a atividade corporal contribui para o sucesso dos
famosos jogos olímpicos que servem de coesão cultural. Com a dominação romana
sobre os gregos, os mesmos sofreram um processo de aculturação, passando o
corpo, nas camadas mais pobres a ser preparado para exercícios de aplicabilidade
bélica, ou seja, é preparado para ações com predominância de natureza técnica.
Nas camadas mais abastadas da população, existia o culto ao belo.
Os autores Braustein e Pépin (1999) argumentam que, na sociedade grega, a
prática de exercícios físicos e a educação corporal são valorizadas e consideradas
como uma forma de se chegar mais próximo dos deuses, integrando corpo e
espírito. O corpo é um caminho de aproximação e de veneração aos deuses. O culto
ao corpo é relacionado à atividade religiosa, uma vez que é pelo corpo que os
gregos acreditam se assemelhar aos deuses.
O ensino da ginástica é confiado aos pendotribos que exercem,
simultaneamente, as funções de mestre de ginástica, professor de higiene, de
medicina do desporto e divulgadores da ética do comportamento desportivo. Os
locais onde se ensina a ginástica são indicados, indiferentemente, pelo termo ginásio
ou palestra. Palestra é o terreno do exercício rodeado do estádio, formando o
conjunto o ginásio. Deve-se aos atletas gregos o hábito do exercício em locais
especializados, sob a autoridade de professores ou com a ajuda de especialistas.
Com o domínio político do império romano sobre a Grécia, o atletismo e a
ginástica não são mais vistos como artes praticadas visando os jogos olímpicos. Os
jovens romanos são treinados, quase unicamente, com finalidades militares; treinam
sem procurar outra finalidade, além da eficácia no combate. Preparam-se para as
situações de guerra: saltar, lançar o dardo, correr, nadar, montar a cavalo,
endurecer-se contra o frio e o contra o calor e praticar esgrima.
Segundo Foucault (2006), com o crescimento do cristianismo, a filosofia do
cuidado consigo acaba sendo substituída pelos ideais cristãos que têm como
objetivos afastar as tentações, ilusões e seduções da vida terrena e,
consequentemente, possibilitar a salvação da alma.
Já Neves (1978) argumenta que a ideologia cristã procura esconder o corpo,
resultando num contexto social de repúdio a ele. Porém, nos momentos de
penitência, o corpo pode ser usado como uma possibilidade de salvação da alma,
como por exemplo, nas autoflagelações. Nesse período histórico, existe uma
dualidade na visão do corpo: ele pode ser, tanto responsável pelo pecado como pela
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Para Braustein e Pépin (1999, p. 113), “o século XVIII tendo repelido o modelo
de compreensão do mundo dominado por um princípio de analogia, vai dar conta do
ser vivo, segundo uma explicação mecanicista”.
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3Foucault delimitou três grandes épocas da história da humanidade: o Renascimento (século XVI), a
Era Clássica (séculos XVII e XVIII) e a Era Moderna (séculos XIX e XX).
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Por meio dos avanços da ciência, tais como, cirurgias plásticas, intervenções
estéticas e cuidados personalizados (contratação de um personal trainer, por
exemplo), pela primeira vez na história, tem-se a possibilidade de moldar e modificar
o corpo. Sobre o valor atribuído ao corpo Baudrillard (2005, p. 136) diz que:
A relação do indivíduo com seu corpo ocorre sob a égide do domínio de si.
O homem contemporâneo é convidado a construir o corpo, conservar a
forma, modelar sua aparência, ocultar o envelhecimento ou a fragilidade,
manter sua “saúde potencial”. O corpo é hoje um motivo de apresentação
de si.
Melucci (2004, p. 105) defende que a vida cotidiana “(...) não é mais o campo
da experiência e das relações, mas um espaço de atenção e de intervenção para
uma quantidade de especialistas que identificam problemas e nos propõe soluções”.
Para se alcançar o corpo desejado, os exercícios físicos tornam-se o caminho
a ser seguido – fato que leva à busca por academias de ginástica e musculação.
Segundo Novaes (2001), diversas pesquisas demonstram que a adesão à prática do
exercício físico, em especial o realizado em academias de ginástica, tem
apresentado crescimento e se tornado um fenômeno sociocultural importante.
Para o universo dos frequentadores das academias, particularmente para
aqueles que desejam um atendimento personalizado e adequado às suas
necessidades, torna-se uma opção, caso disponham dos recursos financeiros, a
contratação de um especialista em cuidados corporais, o personal trainer.
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Quanto à faixa etária dos alunos, Bossle (2009 p. 39) comenta que:
De acordo com Chiu et. al. (2011), no tipo de serviço prestado, o personal
trainer interage a cada nova aula com o aluno, sendo por isso considerado um
prestador de serviços de alto contato. Uma vez que o contato com o aluno é muito
frequente, muitas vezes existem várias aulas na semana, para o personal trainer é
fundamental estabelecer e manter um bom relacionamento pessoal com seu aluno.
Assim sendo, para Brooks (2008), não são suficientes para ser um bom
profissional apenas certificados e estudos. É necessário saber se relacionar com
pessoas, sendo a melhor combinação o profissional que entende como os clientes
reagem a seu incentivo e tem os conhecimentos adequados para fundamentar seus
métodos.
Na visão de Palmatier et. al. (2006), para que os clientes percebam o valor
proporcionado num relacionamento, é necessário que recebam benefícios reais
desse convívio, como por exemplo, a economia de tempo, a conveniência e o
companheirismo. Isto aumenta a sua vontade para desenvolver vínculos relacionais.
Tem ocorrido, nos últimos anos, um aumento da procura pelos serviços de
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Academias:
Figura 2: Academia localizada na região central da cidade de São Paulo. Fonte: foto do autor.
funcional, step, body pump, bike, entre outras (Figura 3). Dentro da academia, o
profissional tem a opção de trabalhar o público-alvo de duas formas: individualmente
ou em grupos reduzidos.
Figura 3: Tabela de horário das diversas atividades disponíveis em uma academia da região central
da cidade de São Paulo. Fonte autor
Cabe observar que independente dessa taxa o aluno paga sua mensalidade para a
academia normalmente.
A taxa paga pelo personal trainer para a academia pode ser por aluno
atendido e por um valor mensal fixo, acertado entre ele e a academia – essa
segunda opção é mais comum, quando o profissional atende vários alunos na
mesma academia.
Abaixo segue folheto afixado numa academia da região central da cidade de
São Paulo (Figura 4), informando aos personal trainers disponíveis, o valor da taxa
mensal que deve ser pago para o atendimento de até cinco alunos, quantidade essa
informada pelo gerente da academia.
Figura 4: Folheto de academia da região central da cidade de São Paulo, informando a taxa cobrada
pela academia do personal trainer. Fonte: autor
Clubes.
A maioria dos clubes modernos possui uma estrutura parecida com a das
academias. Os associados podem optar por algumas das modalidades que
poderiam realizar em uma academia ou escolher atividades esportivas, como
futebol, voleibol, basquetebol etc.
Domicílio.
Para esses locais, o personal trainer deve levar parte de seus equipamentos e
utilizar o espaço físico e estrutural oferecido. Normalmente, o trabalho é realizado
para grupos reduzidos, principalmente em condomínios.
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torna-se mais fácil, uma vez que ao se aplicar corretamente os conceitos fisiológicos
do treinamento, certamente, os resultados surgem e trazem satisfação ao cliente.
Ainda, segundo os autores, qualidade de vida vem se tornando um dos
objetivos mais presentes nas pessoas que buscam a atividade física, isso se dá, em
grande parte, pela divulgação feita pela mídia dos estudos que comprovam ou
sugerem os diversos benefícios para a saúde alcançados por meio de atividades
corporais. Esses benefícios são físicos (corpo e funções) e psicológicos (tais como,
o aumento da autoestima e a redução da ansiedade).
Também, apontam que outro mercado em expansão é o da reabilitação, cujos
pacientes liberados pelos médicos podem e devem fazer exercícios físicos,
logicamente, dependendo de cada situação específica, tanto para acelerar o
processo de recuperação, quanto para a prevenção de novas doenças e lesões.
A motivação também é um fator importante, segundo Aragão, et. al. (2002),
para alguns indivíduos, praticar uma atividade física, contando com um atendimento
exclusivo, também representa uma oportunidade de inter-relacionamento social.
Para Chiu et. al. (2011), um personal trainer pode ajudar um cliente das
seguintes formas:
• Melhorar a sua aptidão física geral através de instrução em termos de
flexibilidade do corpo, postura, resistência muscular, cardiovascular e
pulmonar, além de aumento da força muscular;
• Alcançar um regime de exercícios adequado, destinado a reduzir a
gordura corporal, conseguindo esculpir o corpo e fortalecer os
músculos em busca de uma composição de peso e corpo ideal;
• Manter um alto nível de motivação e entusiasmo;
• Atender as suas necessidades especiais de saúde, desenvolvendo
projetos de treino individualizados e de forma a aumentar a eficácia do
exercício;
• Garantir o uso de técnicas adequadas e seguras, além de minimizar a
possibilidade de lesões esportivas;
• Atingir seus objetivos de uma maneira mais eficiente;
• Ensinar-lhes conhecimentos e técnicas de esportes, juntamente com os
conceitos e posturas apropriadas;
• Melhorar a sua saúde física e mental e,
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(...) perceber o outro tal qual ele se apresenta, estabelecendo uma atitude
de empatia, compreendendo-o e respeitando sua individualidade. As
pessoas diferem da sua maneira de pensar, agir e sentir, o que são
diferenças individuais inevitáveis com influência significante nas dinâmicas
intra e interpessoais.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
C.E.M. 38 20 04 16 01
B.A.R. 39 10 07 03 02
W.L.S. 40 14 11 03 11
C.A. 43 20 10 10 06
G.L.N. 44 13 12 01 01
B.V.C.M. 44 20 12 08 10
V.M. 45 15 07 08 04
R.N. 46 06 05 01 05
M.M.L. 46 15 06 09 06
R.M.M.A. 47 09 09 00 09
M.K.L. 49 15 11 04 01
E.L.M. 52 27 09 18 09
L.G. 54 11 10 10 10
Fonte: o autor.
Observação: no caso do entrevistado L.G. que possui dois personal trainers, é considerado o tempo
com primeiro contratado.
4. 1. Categorias
(...) eu tinha uma preocupação mais em ter um físico bonito, porque eu tinha
acabado de me separar, de um relacionamento de seis anos e meio, eu tava
com a minha autoestima muito abalada na época, precisando de
autoafirmação, precisando de autoestima e então eu passei na época pra
esse personal que eu queria dar um up no meu visual. (G.L.N.).
Os meus objetivos primeiro, sempre foi mudar a minha forma física que eu
era muito magro, não preciso mentir (...). (B.A.R.).
E quando eu resolvi treinar era pra mudar um pouco o físico, né? Era pra
mudar um pouco, tentar secar mais (...) na época eu tava um pouco gordo e
queria emagrecer e ficar mais definido (...). (B.V.C.M.).
(...) eu comecei com ele já tinha passado dos 35, então já tá, naturalmente o
corpo não estava respondendo com a mesma facilidade que respondia
quando eu era mais novo, então o objetivo seria esse, eu conseguir manter
a quantidade de massa magra, o perfil corporal (...). (C.E.M.).
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(...) eu percebia que por mais que eu fizesse; que eu fosse à academia, não,
não me desenvolvia, por isso que eu procurei ajuda de um profissional.
(C.A.).
(...) pra ter ajuda, para conseguir progredir naquele treino, porque chega
uma hora que você não vai conseguir mais botar peso e levantar sozinho,
vai ficar pesado demais, aí o personal vem me ajudar nisso aí. (R.M.M.A.).
(...) eu sempre ouvia falar que resultado com personal, o resultado do treino
seria melhor, mas efetivo. E (...) é isso então, eu comecei (...). (M.K.L.).
(...) os resultados são alcançados com mais facilidade, porque você não
perde tempo, não tem tempo ocioso no treino, porque às vezes você tá
ficando no celular, e com o personal você tem, segue um cronograma diário.
(G.L.N.).
(...) o resultado é diferente de você fazer sozinho, pelo que eu acho que
deva ser o desenvolvimento e tal, com o personal sempre tem um
desenvolvimento muito maior (...). (W.L.S.).
(...) mas eu decidi começar com personal pra tentar potencializar resultados
e pra tentar dar um estímulo extra, porque na verdade depois de tanto
tempo fazendo a mesma atividade, a vontade de fazer diminui, a frequência
diminui. (C.E.M.).
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(...) na maioria das vezes as pessoas procuram a academia por saúde, mas
eu acho que lá mesmo no fundo é mais estético que saúde, então todo
mundo quer estar bonito, quer estar bem, quer o padrão de beleza que hoje
impera, a pessoa quer estar bem, tanto mentalmente quanto fisicamente
né? Isso ajuda em tudo realmente, mas eu acho que o mais, é você estar
bem fisicamente, né? Com o tempo que vai passando, você manter o corpo,
então acho que isso é o maior motivo. (M.M.L.).
Com certeza a saúde, né? Porque (...) pensando um pouco lá na frente né?
Acho que tudo isso pra mim vai ser bom lá na frente, essa estruturação,
essa musculação, a própria dieta, então eu vejo mais esses dois motivos,
saúde e vaidade, não sei se é essa a palavra. (L.G.).
B.A.R. deixa claro que o principal objetivo era estético e em segundo lugar a
saúde.
Os meus objetivos, primeiro sempre foi mudar a minha forma física que eu
era muito magro, não preciso mentir e em segundo lugar, eu tava
preocupado com a saúde. Primeiro foi literalmente a aparência e depois foi
saúde. Saúde, saúde do corpo mesmo, a minha saúde, saúde no geral, boa
alimentação, atividade física que os médicos recomendam; esse tipo de
coisa. (B.A.R.).
(...) e ele era um cara muito criterioso, ele era um cara muito sério, eu sabia
que ele fazia mestrado em fisiologia, ou seja, ele já tinha um conhecimento
muito bom nessa área clínica e eu optei por ele porque eu me senti mais
seguro após o infarto em treinar com um personal que tivesse esse nível de
conhecimento sobre as funções cardíacas etc. e tal. (G.L.N.).
Olha, eu acho que qualidade de vida, acho que todo mundo hoje busca a
qualidade de vida, tirar um pouco do estresse do dia a dia (...). (V.M.).
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Nos dois casos, eu malhava na academia e os via dando aula e achava que
o método deles era bom, eu via que havia resultado nos alunos, então
geralmente, depois de uns dois meses de treinar sozinho, e vendo os
personal trainers que estavam lá, no meu horário, eu escolhia um deles, que
eu achava que tinha a ver e perguntava se tinha horário (...) (C.A.).
Eu cheguei a observar um pouco ele com os alunos dele, e eu vi (...) que ele
tinha todo um cuidado, e outra, a maioria dos alunos, eles são médicos,
então médico sabe avaliar bem melhor do que eu o personal que ele tem.
(W.L.S.).
(...) ele já era meu professor de spinning, e eu gostava dele, eu achava ele
pouco intimidador, foi uma questão de empatia mesmo. (M.K.L.).
(...) ele era um professor de sala e quando eu estava fazendo o treino, ele
acabava me ajudando. “faz o exercício dessa maneira”, “faz o exercício
daquela maneira”, “foca na sua postura”, então foi mais por afinidade
mesmo, por ele ter me ajudado no momento. (B.A.R.).
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Indicação.
E daí um aluno meu me recomendou, falou: “Ah, por que você não faz com
personal, e tal”, eu nunca tinha pensado nisso, (...) ele me recomendou o
próprio professor dele e a gente conversou e deu certo e desde então
continuo. (R.N.).
(...) quem me indicou um personal foi o Dario, que também é personal aqui,
na época ele fazia avaliação física da academia, e ele acabou me indicando
o primeiro personal. (B.V.C.M.).
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A aparência é importante.
O primeiro profissional ele não tinha esse cuidado com o corpo, foi inclusive
objeto de algumas conversas que nós tivemos, eu falava pra ele assim, “eu
acho que você precisa cuidar um pouco mais do corpo, eu acho que você, é
seu cartão de visita”, uma pessoa que vai procurar um personal,
indiretamente, ela procura alguém que tenha o corpo, não precisa ser um
atleta, não precisa ser um modelo, mas alguém que tenha um corpo
minimamente adequado pra profissão que exerce.
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(...) eu não queria ter aula com um personal que fosse magrinho, que fosse
fraquinho, que fosse fisicamente feio, né? .... Feio, dentro dos meus critérios
né? Então assim, eu queria inspiração naquele personal em todos os
sentidos, né? Se ele tivesse um corpo bonito, fosse uma pessoa simpática,
fosse uma pessoa agradável, que tivesse um ritmo de aulas que eu já
tivesse visto; que fosse dentro daquilo que eu esperava, tava escolhido, era
isso que eu queria, né? (G.L.N.).
Então o físico dele me chamou atenção, porque eu falei “esse cara deve
saber treinar”, deve saber se alimentar e eu via também que os alunos dele
tinha um desenvolvimento legal, eu acompanhava tipo, como eu te falei, eu
demorei uns dois, três meses pra começar usar, então nesse período eu via
que os alunos estavam se desenvolvendo, né? (C.A.).
Olha, físico, porque, né? Acho que um personal que não está com físico em
dia, não pratica o que ele vende (...) se o cara tá em dia, corpo em dia,
sabe, se ele treina (...). (R.M.M.A.).
(...) porque eu acho assim, as pessoas têm que viver o que elas (...). O que
elas dizem, né? Então, ele come, ele se alimenta muito bem, ele tem um
porte bom, tem um físico bom, então eu acho que eu tipo de coisa que você
acaba levando em conta, né? Se a pessoa fala: “não coma chocolate”, mas
ela come o dia inteiro significa que você não põe muita fé (...). Ele é mais
definido, na verdade. Ele é mais magro, mas ele é bem definido (R.N.).
(...) contratar um personal que é obeso, não faz sentido, alguma coisa tá
errada, né? Então certamente, a parte física dele faz diferença, quer dizer,
como é que você tá trabalhando com um cara que ele mesmo não acredita
no que ele faz, né? O aspecto dele já te passa uma mensagem (...). (L.G.).
Frequência.
Eu malho quatro vezes por semana e quando eu não trabalho com eles, eu
venho e faço aeróbica, então eu só não treino no domingo; faço seis dias na
semana. (L.G.).
L.G. tem uma situação única, entre todos os entrevistados, ele tem dois
personal trainer: treina três vezes na semana com um e no sábado com outro. Em
sua opinião, as diferentes visões sobre o treinamento se completam.
resultados, tonificar e manter o peso que, eu acho que eu tô ideal agora (...)
eu sinto resultados nas minhas roupas, no meu físico, no espelho etc.
(M.K.L.).
Bom, primeiro, que ele tá ali disponível para atender suas necessidades,
então assim, se ele for um bom personal, se ele for uma pessoa realmente
preocupada com os resultados de quem ele tá treinando, ai ele vai buscar
atingir isso, com o consentimento do aluno, como é o meu caso, então é
assim: “olha, precisava fazer um trabalho melhor de perna”, “então vamos
focar treino em perna”, “trabalho melhor de costas”, “vamos focar em treino
em costas”, “Trabalho melhor, de tríceps, de bíceps” e por ai vai (...), eu
tinha uma deficiência de costas e a gente fez um trabalho longo e extensivo,
mas com bons resultados, então o personal trainer, pra mim ele auxilia
nisso, ele trabalha bem direcionado. (B.A.R.).
(...) em primeiro lugar, ter um resultado, né? Sentir que realmente com o
passar do tempo eu tenho atingido o resultado, tenho me sentindo melhor,
mais forte, né? (...) tem todo um processo que, que quanto mais você faz,
mais você tem resultado, né? Então a questão da parte dele, eu sinto que
eu tô satisfeito, ele tá fazendo todo o possível (...). (R.N.).
Estou satisfeito, sim. Eu acho que eu tive uma evolução muito bacana (...),
eu acho que a gente sempre quer um pouco mais daquilo que tem, né? (...)
adquiri massa magra, adquiri peso, era tudo que eu queria; esteticamente
me sinto melhor e saudável também. Então eu estou satisfeito, sim.”
(E.L.M.).
(...) a meta vai subindo, o que é legal, você vê que você tá evoluindo, a
minha meta já não é mais a que eu tinha quando comecei a treinar com ele,
já passei por várias metas, consegui passar por várias metas. (C.A.).
(...) é sempre bom receber um feedback, não só dele, mas como das
pessoas, que veem que você tá executando um treino legal e tá obtendo
resultado (...) se não tivesse obtendo resultado, eu já teria trocado. (B.A.R.).
72
(...) mas, eu acho que o principal ponto é ter um resultado (...), combinamos
uma estratégia de trabalho e esse resultado tem que aparecer, esse é o
ponto principal pra eu manter. (B.V.C.M.).
(...) eu só não tô mais satisfeito por causa da minha própria indisciplina, né?
Se eu fosse uma pessoa mais disciplinada, eu teria um resultado muito mais
legal, muito mais expressivo, né? Mas isso é uma questão minha, uma
culpa minha, os personal trainers que me atenderam sempre foram
excelentes e eu sempre tive resultado muito bacanas com o trabalho deles,
sempre mesmo, sempre fiquei muito satisfeito. (G.L.N.).
(...) todo esse tempo que eu tô com ele, seis anos, eu nunca tive uma lesão
por conta de treino, e eu vivia, me machucando anteriormente, eram dores
por conta de fazer movimento errado, excesso de carga, então essa eu
acho que é a maior vantagem, cuidado em fazer o exercício da forma mais
adequada, mais correta, né? E que não vai te trazer lesões, só benefícios,
não vai trazer nada de ruim (...). (M.M.L.).
(...) ele ainda tem aquele cuidado de fazer exercícios que não me
machuque, né? Não levantar muito peso para ter um resultado bacana, ele
tem uma preocupação muito grande com isso (...). (W.L.S.).
O personal me motiva.
Foram dois profissionais, são duas pessoas que tendo um senso de humor
legal, que no dia que eu tô mais desanimado, consegue me incentivar, esse
de agora tá sempre apontando os resultados que renderam no meu corpo,
então isso é importante para mim. (M.K.L.).
(...) aí ele fala que quanto tá bom, quanto tá ruim, ele fala que a alimentação
tá ruim, até isso ele fala, “ó você tá com alimentação ruim, tá inchado, tem
que diminuir um pouco, se não tiver dieta” é tudo uma corrente né? Se
quebra um elo, você acaba tendo perda, então ele sempre tá puxando (...),
com o tempo também “ ó vamo, vamo, já é o próximo, já é o próximo” de um
exercício pra outro, coisa que se eu tivesse sozinho não faria. (M.M.L.).
(...) mesmo porque, se o personal deixa o treino cair na monotonia, não faz
sentido você continuar naquele local e sendo atendido por aquele personal,
então assim os personal trainers que me atenderam, sempre me motivaram
bastante (...) mas, o personal pra mim sempre foi fundamental nessa
questão da motivação. (G.L.N.).
(...) motivar, sem dúvida, quando você tá mais cansado, quando você tá
treinando sozinho no primeiro sinal de fadiga você para o exercício, quando
75
(...) “vamos lá, vinga, luta, vamos lá, vai mais um, faltam mais três só e tal”,
o cara vai te motivando também né? Então, é ele ao passo que te ajuda a
vamos assim dizer, assumir a sua régua de exigência, física, ele também vai
ao mesmo tempo te incentivando, te botando pra cima, pra atingir, aumentar
o nível de dificuldade que você, que você tá desenvolvendo ali no treino.
(L.G.).
Essa motivação que todo dia o exercício é diferente, por mais que, às
vezes, é o mesmo exercício (...) é a maneira de fazer é diferente. Algumas
vezes a gente faz com mais carga, então é menos repetição, às vezes com
mais repetição, então é mais aeróbico, muda muito (...). (C.A.).
Ele faz o papel dele, ele liga, ele cobra, sabe? Tipo, “viajou uma semana,
então no dia que você chegar, vem ao menos se alongar”. Ele fica meio que
em cima, lógico, que tem uma coisa, um ganho, né? Se eu não for, ele não
ganha. Ele me incentivando, tem um motivo a mais né? De você continuar
ali no treino de você não desistir, se você estiver cansado, enfim (...). Essa
semana eu trabalhei muito, eu tô com dor aqui, tô com dor ali, eu tô
cansado, eu tô meio sem energia, então ele consegue, fazer com que o
treino fique ao meu favor. (R.M.M.A.).
(...) é um treinador, é um colt, então ele tem que motivar, ele tem que
chamar a atenção pra pessoa fazer aquilo ali (...). (B.V.C.M.).
Ele mima, fala: “olha quanto você já evoluiu”, (...) muda os exercícios de vez
em quando, vai fazendo uma coisa pra realmente não ficar também meio
chato, né? (R.N.).
76
O compromisso
(...) ele, consegue manter em mim essa disciplina de treino diário ou quase
que diário, em alguns momentos é impossível, mas praticamente ele
consegue fazer com que eu tenha essa autodisciplina do treino, porque nem
sempre o treino é algo tão fácil, às vezes você tá cansado, você tá
assoberbado de trabalho, com muitas coisas, ou às vezes você não tá muito
disposto e, eu acho que pra mim sem o personal seria primeira coisa a, a
deixar de fazer seria o treino, entendeu?
(...) eu preciso ter uma pessoa, que foi paga e muito caro, me esperando na
academia pra eu me sentir obrigado a ir, porque senão eu não vou, pra
academia. Eu tenho muita preguiça de ir sozinho pra uma academia e
chegar lá e treinar sozinho (...). (G.L.N.).
Você tem aquele horário, é tipo uma consulta, é tipo um horário que você
tem obrigação, entendeu? (...) normalmente, como eu tenho muitos eventos,
quando eu não tenho esse tipo de compromisso, eu acabo que não
treinando todos os dias. (B.V.C.M.).
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(...) tem o fato que a gente é indisciplinado, se não tiver alguém aqui no
horário esperando você pra fazer o treino, é capaz da gente não vir né?
Todo dia você arruma uma desculpa e tal, gente é indisciplinado e nesse
sentido eu acho que o personal te ajuda um pouco né? ser mais regrado,
ser mais racional nos treinos, né?” (L.G.).
(...) ele me cria obrigação de vir, porque se eu venho eu pago, se não venho
eu pago, ele me cria uma rotina, ele me obriga a vir, então pra mim isso é
uma vantagem, porque poderia pagar e não vir, mas ele também perde o
tempo dele, é mais uma questão de respeito eu acho, respeito pelo tempo
dele, pra mim a vantagem é criar rotina. (B.A.R.).
Muitos alunos estão com o mesmo profissional há vários anos. Para alguns
entrevistados, a afinidade pessoal associada ao longo tempo de convivência parece
ser um fator que possibilita considerar seu personal trainer como um amigo com alto
grau de proximidade. É possível observar que, nesse caso, o aluno percebe que se
torna importante separar a amizade do lado profissional.
O que predomina nos depoimentos é a amizade mais superficial,
principalmente entre os alunos que têm a característica de ser mais calados durante
o treino – o que talvez seja o esperado, por praticamente não falarem de assuntos
extra treino, ficando mais difícil o desenvolvimento de maior proximidade. As
variações no grau de afinidade pessoal e no nível de amizade estabelecida podem
ser observadas nos depoimentos que se seguem:
Você tem que ter, eu acho que até certa admiração pelo trabalho daquela
pessoa né? Pelo jeito que ela se comporta, pelas ideias. Você não vai
treinar uma hora, uma hora e meia por dia mudo. Você vai conversar, então,
você tá ali, tipo conversando com uma pessoa “boçal” com um papo
horrível, que acredita em coisas que você não acredita; isso acaba
afetando, de certa forma, você está todos os dias com aquela pessoa, e não
é uma pessoa tipo, que você conviva e consiga ignorar, o que ela acha o
que ela pensa, porque ela vai ter uma contato direto contigo, é diferente de
alguém que trabalhe com você (...) uma pessoa que tem ideias esdruxulas,
que você não acredita, você consegue ignorar aquela pessoa ali, consegue
ter uma convivência profissional, “oi”,” bom dia”, “boa tarde”, “tudo bem”,
“tchau” e você só vai ver no outro dia. Personal além de tudo, você paga pra
ele, então, se você não tem afinidade, eu acho que não rola, pra mim não
rola. (R.M.M.A.).
(...) se tem um personal e você se encontra com ele várias vezes por
semana, tem um contato de no mínimo uma hora com essa pessoa, e tem
até contato físico, porque essa pessoa às vezes tem que manipular o seu
corpo pra determinada atividade ou fazer um alongamento pra te ajudar em
algum aparelho, alguma coisa, não tem como você não ter uma intimidade
com essa pessoa, uma intimidade que eu digo, respeitando isso lógico, o
aspecto profissional, mas uma intimidade no sentido de ser amigo mesmo,
de ter confiança plena nessa pessoa, confiança no sentido até de contar
intimidades da vida pessoal, da vida profissional, trocar ideias, pedir
conselhos, oferecer conselhos também porque é uma troca, né?
que, ainda mais com adultos, né? As pessoas têm que se dar bem e ter
uma afinidade, senão fica uma coisa meio escola, né? Meio forçado, que
não rola legal. (R.N.).
(...) a gente é confidente um do outro, né? Então é com ele que eu conto as
coisas que eu não quero contar pra todo mundo, e ele eu também, eu acho,
que acaba falando um pouco dele, né? É meio uma relação de confiança,
como eu já tô há mais de seis anos com ele, já dá pra confiar né? Que uma
coisa que eu contar pra ele não vá vazar, que ele não vai contar pra alguém,
que eu não queira que conte, então, né? (...) somos confidentes sim.
(M.M.L.).
(...) começou dar aula pra outro amigo e aí, vimos que tínhamos amigos em
comum enfim, aí aconteceu de já saímos juntos, eu já fui à casa dele ele já
veio na minha casa, ficou mais íntima a relação entendeu? A aproximação.
hoje eu conto com ele não só como personal, mas como um amigo mesmo
se eu precisar dele eu dou uma ligadinha pra ele, a gente conversa e tá tudo
resolvido, entendeu? Não é uma relação 100% profissional, hoje eu já tenho
uma amizade com ele, mas separamos muito bem o lado profissional da
amizade. Isso eu quero que fique muito claro, nós temos uma relação
profissional e ao mesmo tempo somos amigos. (E.L.M.).
(...) a gente conversa, assim, eu não sou muito de falar, então talvez esse
seja um terceiro fator que me leve a escolher um profissional, uma pessoa
que não fique o tempo inteiro do treino falando, que aquilo tira um pouco
minha concentração, me cansa um pouco. Então, afinidade pessoal que eu
vejo também é isso, quando o profissional entende que você é mais quieto,
ou você conversa mais, (...) com o primeiro personal tinha uma relação
maior de amizade, de frequentar casa, esse tipo de coisa, mas com o
segundo é uma relação muito boa, mas profissional. (C.E.M.).
(...) tem que ter uma afinidade, mas uma afinidade num plano, num plano
de, não tá nos gostos dele ou nos meus gostos, é mais uma coisa de
pessoa mesmo, de valores, eu acho (...) a construção da carreira dele, ou a
vida dele, os objetivos dele, essas coisas têm a ver comigo, a gente
consegue conversar sobre isso, sobre objetivos, sobre desafios da vida. Os
meus desafios são totalmente diferentes do dele, mas são desafios, então,
como superá-los? São da mesma forma, então nesse sentido a gente
consegue conversar.
Agora assim, sobre, sei lá, sobre lugar pra gente jantar ou filme pra assistir,
não, ou música, esse tipo de coisa, não tem nada a ver, e não precisa ter,
eu acho, eu não preciso, eu não tô esperando ter um amigo de balada, sei
lá, não é isso. Acho que ele também não, a gente se dá muito bem assim,
uma sintonia muito boa, mas uma questão de personalidade mesmo. (C.A.).
(...) objetivo de vida nem tanto, mas coisas assim, maneiras de pensar e tal,
(...) eu acho que eu sou mais próximo dele, a gente se tornou amigos
mesmo nesses (...) dez anos (B.V.C.M.).
81
(...) onze anos, tem gente que não tem uma, eu nunca tive um
relacionamento com alguém de onze anos, e a gente tem uma relação,
tanto com ele há onze anos, até o ano passado a gente fazia três vezes por
semana, então a pessoa que tá com você três vezes por semana, durante
dez anos, gera muita possibilidade (...) às vezes eu chego com algum
problema, comento com ele, ele é uma pessoa mais experiente, sempre me
dá opinião, mesmo que a opinião não seja o que eu quero ouvir, mas ele é
muito sincero, e eu tô, eu respeito sempre o que ele fala. (W.L.S.).
(...) todos eles, até o dia de hoje, eu sou amigo de todos eles, a gente
conversa sempre, a gente acaba se encontrando saindo, acho que cria um
vínculo, você está ali com a pessoa todos os dias, então é normal você ter
esse vínculo, eu tenho amizade com todos eles até hoje (...) converso,
treino, saio, somos amigos sim, com certeza. (B.A.R.).
(...) primeiro ele tem uma formação muito boa, ele não só estudou Educação
Física como também nutricionismo, então ele tem uma visão melhor das
coisas, né? Não é só aquele tipo de pessoa que fala: “malha aí, faz aí, se
arrebenta (...)”. Não, ele se preocupa bastante com a saúde, se preocupa
com fazer as coisas certas, então eu acho que isso, é muito importante para
mim. (R.N.).
(...) ele tem muito mais embasamento técnico de musculatura, até de dieta,
de nutrição, com tudo que ele aprendeu, do que o anterior que eu tinha.
Então, eu vejo que no período que eu treinei com o Cézar, eu evoluí muito
mais do que o período que eu evolui com o Vicente. (C.A.).
Sim, confio (...) essa confiança pra mim é elementar, né? Sem ela não se
estabelece uma relação, né? Por isso eu estou com ele a tanto tempo, né?
Acho que se não tivesse esse perfil, eu não, eu não estaria com ele há tanto
tempo. (E.L.M.).
(...) eu sou muito chato, né? Se eu não confiasse, não estaria com ele há
bastante tempo, né? De novo, não foi a aparência que me chamou atenção,
né? E hoje eu continuo com ele justamente pela pessoa que ele é,
justamente pelo profissional que ele é né? E pela capacidade que ele tem.
(V.M.).
(...) você desenvolve uma relação com eles né? Então, acaba certamente
tendo um aspecto de confiança e tudo mais, né? (L.G.).
Confio 100%, até porque ele, além de um professor de Educação Física, ele
é fisioterapeuta, tem uma preocupação muito grande de não cometer
excessos (...) eu vou te falar de mim, o que eu valorizo confiança no
profissional dele. (W.L.S.).
83
(...) eu acho que é importante, que o personal, seja uma pessoa flexível,
entender as necessidades, às vezes eu tenho um compromisso e eu não
posso comparecer nas aulas das 18h, e eu sempre converso com Diogo,
olha tem algum aluno seu, que pode adiantar ou atrasar, ou eu posso fazer
a aula de hoje outro horário? Então isso é importante pra mim, porque ele
sempre flexibiliza, eu já escutei casos de personal, que não flexibilizam,
então isso é ruim, na minha agenda não comporta, não existir flexibilidade,
eu preciso disso. (B.A.R.).
Olha, ele é muito parceiro, e ele tá muito envolvido em que eu evolua, então
ele me puxa muito mais do que eu, do tipo, se eu falto algumas vezes por
trabalho, eu falo pra ele “ah deixa, não vou treinar amanhã, porque tô
cansado” ele: “não, não, vamos repor, tem que repor, não pode ficar aí
parado” (...) ele se importa de repor em outro dia, na verdade assim,
geralmente, sou eu que não posso, não ele, quando ele não pode,
automaticamente, tem reposição, mas mesmo quando eu não posso, que eu
estaria pagando aula de qualquer maneira, ele repõe pra mim, então a
gente sempre repõe aula. (C.A.).
Nunca foi uma coisa muito combinada, assim em contrato, não; mas os dois
profissionais que eu já trabalhei, sempre foram muito flexíveis, se eu tinha
um imprevisto ou amanhecia adoentado, eles deram o ok com cancelar a
aula, sem me cobrar por ela. Muitas vezes eu que nem precisava insistir
assim, “não, mas eu cancelei encima da hora, então eu faço questão de
84
A troca foi porque, isso que eu te falei, eu fui morar fora. Não era nada com
o personal, né? A gente se dava super bem e eu tava evoluindo, embora ele
não tivesse a pegada de dieta. Era só exercício mesmo e eu tive que parar
porque fui morar fora. (C.A.).
(...) eu acabei trocando por uma questão que na realidade, essa professora
acabou saindo da academia, né? Ela foi pra outra academia porque ela
acabou se mudando de bairro, e aí, o bairro pra onde ela foi, era um bairro
longe da minha casa (...). (V.M.).
O primeiro foi, mais ou menos um ano, ele acabou tendo que ir pro Japão,
(...) e eu acabei, na sequência, (...) já comecei a treinar com o César, e de
2008 pra cá eu tô com ele direto. (B.V.C.M.).
(...) eu fiquei dez anos com um, e há um ano eu mudei de personal porque o
outro profissional precisou sair da academia, mas eu fiquei dez anos com
um. (M.K.L.).
O segundo profissional sim, teve um quesito que era mais técnico, tenho
alguns problemas ósseos, decorrente de alguns acidentes, e esse primeiro
personal que eu escolhi, ele tinha muito medo de fazer qualquer tipo de
exercício um pouco mais, (...) que exigisse um pouco mais de mim, então,
as aulas dele eu acabava achando muito fracas. O segundo profissional, eu
procurei um profissional que no caso ele trabalha, além de trabalhar aqui na
sala também, ele é atleta de fisiculturismo, tem um conhecimento diferente
do que o primeiro tinha. (C.E.M.).
têm maior número de alunos com bons resultados e, por isso efetua a troca – o
depoimento está reproduzido abaixo:
Estou satisfeito, sim. Eu acho que eu tive uma evolução muito bacana, (...),
eu acho que a gente sempre quer um pouco mais daquilo que tem, né? (...)
adquiri massa magra, adquiri peso, era tudo que eu queria, esteticamente
me sinto melhor e saudável também. Então eu estou satisfeito, sim”
(E.L.M.).
(...) eu só não tô mais satisfeito por causa da minha própria indisciplina, né?
Se eu fosse uma pessoa mais disciplinada, eu teria um, um resultado muito
mais legal, muito mais expressivo né, mas isso é uma questão minha, uma
culpa minha, os personal trainers que me atenderam sempre foram
excelentes e eu sempre tive resultado muito bacanas com o trabalho deles,
sempre mesmo, sempre fiquei muito satisfeito (...). (G.L.N.).
(...) e no trabalho que aluno quer fazer, né? No meu caso, eu tinha uma
deficiência de costas e a gente fez um trabalho longo e extensivo, mas com
bons resultados (...). (B.A.R.).
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(...) a meta vai subindo, o que é legal, você vê que você tá evoluindo, a
minha meta já não é mais a que eu tinha quando comecei a treinar com ele,
já passei por várias metas, consegui passar por várias metas. (C.A.).
(...) tem todo um processo que, que quanto mais você faz, mais você tem
resultado, né? Então a questão da parte dele, eu sinto que eu tô satisfeito,
ele tá fazendo todo o possível (...). (R.N.).
(...) eu acho que eu continuo com personal pra me manter disciplinado e pra
garantir melhores resultados (...) tonificar e manter o peso que, eu acho que
eu tô ideal agora (...) eu sinto resultados nas minhas roupas, no meu físico,
no espelho etc. (M.K.L.).
(...) se não tiver personal eu não faço mais academia, pra vir sozinho, se
não tiver companhia, sai fora totalmente da minha rotina, se eu não tivesse
obrigação, eu nem venho mais pra cá. (B.A.R.).
Eu tenho 49 anos, eu acho que eu vou malhar por muitos e muitos anos, e
se eu puder pagar por esse serviço, eu vou pagar pra sempre. (M.K.L.).
(...) eu não me vejo assim parando, né? (...) não é necessidade básica, mas
eu fiquei meio dependente mesmo, hoje eu não me vejo indo sozinho pra
academia é, eu treinava com amigos, mas aí um ia embora e depois
mudava de academia, e aí não queria mais treinar naquele horário, então
eu, eu não evoluía. (M.M.L.).
(...) eu consigo ter mais motivação pra ir pra academia, porque eu sei que
tem alguém lá me esperando, que eu paguei, né? Um valor alto, e que é
uma pessoa com quem eu tenho a empatia (...) eu nunca vou abrir mão de
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(...) eu não tenho nenhuma intenção de, de parar, né? Agora é claro, a
gente sabe que tem vários fatores, né? Mas de momento, enquanto eu
puder, eu quero manter. (R.N.).
(...) é claro que você precisa ter um, sei lá, ter uma grana pra ficar pagando
isso todos os meses, né? Em alguns momentos talvez não seja tão simples,
mas se eu puder, se daqui pra frente eu tiver condições de pagar um
personal, eu vou sempre ter um personal. (C.A.).
(...) num time que se tá ganhando não se mexe, fui me mantendo com ele e
acho que a relação é muito bacana (...) os ganhos são muito grandes, (...)
enquanto der pra fazer, eu gostaria de fazer.” (M.M.L.).
92
(...) não tenho intenção de mudar, mas se fosse uma situação de força
maior, eu gostaria de continuar fazendo nem que fosse com outra pessoa.
(...) eu já vi o benefício e realmente pra mim é muito melhor do que treinar
sozinho. (R.N.).
(...) essa confiança pra mim é elementar, né? Sem ela não se estabelece
uma relação aí, né? Eu, por isso eu estou tanto tempo com ele também, né?
(...) hoje eu conto com ele, não só como personal, mas como um amigo
mesmo, se eu precisar dele eu dou uma ligadinha pra ele, a gente conversa
e tá tudo resolvido, entendeu? Não é uma relação 100% profissional, hoje
eu já tenho uma amizade com ele, mas separamos muito bem o lado
profissional da amizade. Isso eu quero que fique muito claro, nós temos
uma relação profissional e ao mesmo tempo somos amigos. (E.L.M.).
(...) não pensaria em nada que eu gostaria de mudar, não tem nada que me
ocorre assim, porque é muito amplo o que a gente faz, né? Em todas as
partes, você é muito bem regrado nos treinamentos, segunda faz uma coisa,
na quarta eu faço outra, na sexta eu faço outra e no sábado outra e assim
por diante, então é um treino que diz respeito à proposta de um personal
que é trabalhar a parte física, eu não posso reclamar. (L.G.).
(...) pra mim foi muito importante, tá sendo muito importante o personal (...)
no caso do Cézar, se ele mudar de academia, eu mudo com ele, a
academia não é uma questão, a questão é continuar malhando com ele.
(C.A.).
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Eu questiono muito porque não é só o que você vai fazer, mas é como você
vai fazer o exercício né? É por que você vai fazer o exercício, e cada um
tem uma fisiologia, o meu corpo é diferente do seu, a minha necessidade
em determinado aparelho, determinada função é diferente da sua, a minha
capacidade também é diferente da sua.
(...) eu indico sempre pra pessoa fazer com o personal, um personal, né?
Mas, a maioria das pessoas não faz, por questão financeira mesmo (...).
(B.V.C.M.).
(...) eu indicaria justamente por essa questão, por exemplo, no meu caso eu
sou uma pessoa que eu não, não gosto de academia, não gosto de “puxar
ferro”, (...) e existe essas pessoas também que não gostam de malhar mas
precisam malhar, hoje eu entendo que todo mundo precisa malhar, haja
visto a questão que se tem do estresse, do trabalho e tudo mais, você
acaba conseguindo é, relaxar, ter uma noite de sono mais, mais tranquila e
tal, e considerando que você malha, que você tem um, uma atividade física,
entendeu? Então, toda essa atividade física tem que ser feita com
acompanhamento né? (V.M.).
(...) é importante assim você ter um, se todas as pessoas pudessem ter um
orientador físico individual, né? Como é o caso que eu tô fazendo agora
todos os dias, seria muito importante, porque você tem muito ganho (...).
(M.M.L.).
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5. CONCLUSÕES
incentivo para o aluno, seu corpo constitui uma espécie de “cartão de visitas” no
processo de contratação.
O principal motivo para a contratação de um profissional é a estética. Todos
os entrevistados desejam algum tipo de mudança em seu corpo. Percebe-se que o
desejo de ter um corpo com baixos índices de gordura, com os músculos definidos
ou mais volumosos (hipertrofiados) está presente em maior ou menor grau em todas
as entrevistas.
Alguns também relatam a necessidade de perder ou manter o peso, porém,
mesmo esses, não deixam de enfatizar a importância de ter os músculos tonificados.
Outros motivos para a contratação são a busca por melhores resultados com o
programa de exercícios, as preocupações relacionadas à saúde e à qualidade de
vida e a necessidade maior estímulo e motivação.
Os entrevistados afirmam a dificuldade em treinar somente sob a orientação
dos “professores de sala”, pois consideram essa orientação deficiente, porque o
professor precisa atender diversos alunos e não conseguem dar um atendimento
adequado. Ainda, nessa situação, os depoentes definem-se como treinando
“sozinhos”. Relatam também como os resultados alcançados ficam aquém de seus
objetivos, gerando muitas vezes desmotivação – o que os levam, com frequência, a
ter faltas constantes, prejudicando ainda mais os resultados que almejam; a
contratação do personal trainer é vista como uma forma de alcançar resultados
melhores e em menor tempo.
A preocupação com a saúde e a qualidade de vida também é citada, porém
em menor frequência, quando comparada à estética. São mencionados os
benefícios do exercício físico que podem proporcionar bem-estar físico e emocional,
além da redução do estresse. Contudo, constata-se que o discurso da saúde está
fortemente associado à busca de melhorias estéticas.
Muitos alunos relatam que que estavam desmotivados e sem estímulo para
realizar sua série de exercícios, sendo comum não cumprir a programação de aulas
semanais além de faltas constantes. Desse modo, o profissional é visto como capaz
de motivá-los para a frequência adequada e maior empenho.
Todos os entrevistados têm um longo período de convivência com personal
trainers. Assim sendo, são alunos experientes nesse tipo de relação e podem
apontar diversas vantagens que percebem nos serviços prestados por esse tipo de
profissional. A principal vantagem percebida é a obtenção de melhores resultados,
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. ANEXOS.
● Nome da pessoa
IDENTIFICAÇÃO ● Idade
● Profissão