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MECÂNICA DOS SOLOS

Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

APRESENTAÇÃO DE AULA
Prof. Rodrigo de Andrade Machado
Fev. 2018

III – COMPRESSIBILIDADE DO SOLO


III.1 – Introdução
III.2 – Deformabilidade dos solos
III.3 – Recalques no solo
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Solos II
Pof. Rodrigo Machado
Rodagem

III.4 – Adensamento das argilas saturadas


Mecânicade
Estradas dos

1
1 - Introdução

▪ Acréscimos de tensão no solo vão gerar deformações que devem ser


Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

determinadas para que se possa fazer o dimensionamento das estruturas de


fundações de uma edificação ou o método construtivo de um aterro.

▪ As deformações ocorrem de forma imediata como em elemento elástico ou


de forma lenta nos casos de solos argilosos saturados.

▪ É necessário a obtenção dos parâmetros relacionados a compressibilidade do


solo para a determinação dos recalques que vão depender da sua
constituição e do estado que se encontra.
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2 – Deformabilidade dos solos

▪ Dois tipos de ensaios são empregados para obtenção de parâmetros do solo


Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

utilizados para calcular deformações.

i. Ensaios de compressão axial

ii. Ensaio de compressão edométrica


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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

▪ Forma de análise: Cálculo de recalque pela teoria da elasticidade.

▪ Aplicação de uma carga vertical sobre um corpo de prova cilíndrico.

o Com confinamento – ensaio de compressão triaxial

o Sem confinamento – ensaio de compressão triaxial ou compressão simples


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Estradas Rodagem
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Forma de análise: Cálculo de recalque pela


teoria da elasticidade

▪ Corpo de Prova (CP) cilíndrico

▪ Ação de uma carga axial

▪ Medições:

o Variação da carga axial


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o Variação da altura e raio da amostra


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Pof. Rodrigo Machado Capítulo 3 – Compressibilidade do solo
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Ensaios de compressão axial


2 – Deformabilidade dos solos

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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

▪ Talhador de amostras;
▪ Paquímetro;
▪ Cronômetro;
▪ Balança;
▪ Extensômetro;
▪ Anel dinamométrico;
▪ Prensa;
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▪ Cápsula para Corpo de Prova.


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DEFORMAÇÃO:
MEDIDORES DE
Ensaios de compressão axial
2 – Deformabilidade dos solos

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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Preparação da amostra:
▪ O corpo de prova para o ensaio de compressão simples pode ser obtido de uma amostra
indeformada de solo contida no tubo Shelby ou bloco de amostra, ou pode-se ainda obtê-lo
por compactação.

▪ Retira-se uma porção da amostra em questão com dimensões maiores que as requeridas
para o corpo de prova. Leva-se a amostra para o talhador, onde reduz-se para o diâmetro
desejado com auxílio da serra de arrame fino ou faca. Em seguida coloca-se no berço de
amostras que tenha a altura e o diâmetro requeridos para o ensaio, cortando-se
paralelamente as suas extremidades.

▪ Deve-se tomar as medidas da altura e diâmetro finais do corpo de prova, sendo que o
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diâmetro deve ser a média entre as medidas das extremidades e do centro e a altura a média
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de pelo menos duas medidas. A relação entre altura e diâmetro deve estar entre 2 e 3.
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Execução do ensaio:
▪ Coloca-se o corpo de prova na máquina de compressão coincidindo o seu eixo com o centro da
placa de carregamento.
▪ Zera-se os extensômetros do anel dinamométrico e das deformações.
▪ Aplica-se a velocidade de cisalhamento (velocidade do ensaio). Geralmente a velocidade é 1%
altura da amostra por minuto.
▪ Anotar os valores acusados nos dois extensômetros (de carga e de deformação) até que se
verifique a ruptura do corpo de prova, caracterizada pela queda no valor lido no extensômetro
do anel dinamométrico. Para o caso de não haver queda no valor do anel dinamométrico, a
ruptura deverá ser considerada como sendo correspondente a uma deformação específica de
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20.
dos

▪ No final do ensaio faz-se o ensaio de umidade com o material do CP.


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Estradas

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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Cálculos:

▪ Deformação axial específica

▪ Deformação radial específica

▪ Tensão axial

▪ Módulo de elasticidade
∆ℎ ∆𝑟
𝜀𝑎 = 𝜀𝑟 =
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▪ Coeficiente de Poisson
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𝑟
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Cálculos:

▪ Deformações axiais

▪ Deformações radiais

▪ Tensão axial

▪ Módulo de elasticidade
Carga Axial
𝜎𝐴𝑥𝑖𝑎𝑙 =
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Área Transversal do CP
Solos II

▪ Coeficiente de Poisson
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Cálculos:

▪ Deformações axiais

▪ Deformações radiais

▪ Tensão axial

▪ Módulo de elasticidade
𝜎𝑎 𝜀𝑟
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𝐸= 𝜈=−
Solos II

▪ Coeficiente de Poisson
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𝜀𝑎 𝜀𝑎
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

𝐴0 = 𝜋 ∙ 𝑅 2 𝐴0 P
𝐴= 𝜎𝐴𝑥𝑖𝑎𝑙 =
1−𝜀 A
∆ℎ ℎ𝑓 − ℎ
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𝜀𝑎 = =
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𝜀𝑟
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ℎ ℎ 𝜎𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙
𝐸= 𝜈=−
dos

∆𝑅 𝑅𝑓 − 𝑅 𝜀𝑎 𝜀𝑎
Mecânicade

𝜀𝑟 = =
Estradas

𝑅 𝑅 14
2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

O SOLO NÃO É UM MATERIAL ELÁSTICO


▪ Como o solo não é um material elástico suas deformações não são recuperáveis
e a relação tensão-deformação não é constante.

▪ Porém por falta de outra alternativa, costuma-se admitir um comportamento


elástico-linear para o solo.
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Areia fofa
Argila mole
Argila rígida
Tipo de solo

Areia compacta
Ensaios de compressão axial
2 – Deformabilidade dos solos

MÓDULO DE ELASTICIDADE DO SOLO

𝐸 [𝑘𝑃𝑎]
ORDEM DE GRANDEZA DE VALORES PARA O

1.800 a 3.500
6.000 a 14.000

35.000 a 70.000
10.000 a 28.000
Módulo de Elasticidade

DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica – tradução da 8ª edição norte-


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americana. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2014. Tabelas 11.4 e 11.5.
2 – Deformabilidade dos solos
Ensaios de compressão axial
ORDEM DE GRANDEZA DE VALORES PARA O
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica – tradução da 8ª edição norte-


COEFICIENTE DE POISSON DO SOLO

americana. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2014. Tabelas 11.4 e 11.5.
Tipo de solo Coeficiente de Poisson
𝜈
Argila mole 0,15 a 0,25
Argila média 0,20 a 0,50
Areia fofa 0,20 a 0,40
Areia média 0,25 a 0,40
Areia compacta 0,30 a 0,45
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Areia com silte 0,20 a 0,40


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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

CARACTERÍSTICAS DO ENSAIO:

▪ Não permite deformação lateral do solo. Poderia ser chamado de


compressão confinada.

▪ Considera-se este ensaio para o caso em que temos um terreno com


espessura bem maior que a largura da camada para não se ter deformação
lateral.

▪ O ensaio é considerado representativo para situações em que se pode


admitir que um carregamento feito na superfície, com área restrita ou não,
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provoquem no solo uma deformação só de compressão, sem haver


dos

deformações laterais
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Estradas

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Pof. Rodrigo Machado Capítulo 3 – Compressibilidade do solo
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica

Figura 9.2 do Livro Curso Básico de Mecânica dos Solos do autor Sousa Pinto.
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Foto do acervo do autor Rodrigo Machado.


2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
▪ Extensômetro;

▪ Prensa;

▪ Cronômetro;

▪ Pedra porosa;

▪ Célula de adensamento.
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Preparação da amostra:
▪ O corpo de prova para o ensaio de compressão simples pode ser obtido de uma amostra
indeformada de solo contida no tubo Shelby ou bloco de amostra, ou pode-se ainda obtê-lo por
compactação.

▪ Retira-se uma porção da amostra em questão com dimensões maiores que as requeridas para o
corpo de prova. Leva-se a amostra para o talhador, onde reduz-se para o diâmetro desejado
com auxílio da serra de arrame fino ou faca. Junto com esse procedimento coloca-se a amostra
no anel que se encaixará na célula de adensamento.

▪ Os anéis que recebem o CP têm o diâmetro cerca de 3 vezes a altura, que costumam variar de 5
a 12 cm.
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Execução do ensaio:
▪ São realizados na prensa carregamentos por etapas.

▪ Em cada etapa de carregamento registra-se a deformação nos intervalos de tempo até que as
deformações tenham praticamente cessado.

▪ Esses intervalos de tempo para que as deformações se cessem podem ser de minutos para
solos arenosos ou de dezenas de horas para solos argilosos.

▪ Para cada etapa são anotados os valores da carga aplicada e da nova altura do corpo de prova.

▪ Os carregamentos são feitos geralmente para solos argilosos com valores variando entre 0,1
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kPa e 1.600 kPa.


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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica
Cálculos:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

𝑉𝑣 𝑉𝑡 − 𝑉𝑠 𝑉𝑡
𝑒= = = −1
▪ Índices de vazios: 𝑉𝑠 𝑉𝑠 𝑉𝑠
𝑊𝑠 ∙ 𝑉𝑡 𝛾𝑠 𝛾𝑠
𝑒= −1= −1= 𝛾𝑛 − 1
▪ Tensão de compressão: 𝑊𝑠 ∙ 𝑉𝑠 𝛾𝑑
1+𝑤

▪ Coeficiente de compressibilidade: 𝛾𝑠 ∙ 1 + 𝑤 ∙ 𝑉𝐶𝑃


𝑒0 = −1
𝑊𝐶𝑃
▪ Coeficiente de variação volumétrica:
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dos

▪ Módulo de compressão edométrica:


Estradas

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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica
Cálculos:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

𝛾𝑠 ∙ 1 + 𝑤 ∙ 𝑉𝐶𝑃
▪ Índices de vazios: 𝑒0 = −1
𝑊𝐶𝑃
Peso Aplicado
▪ Tensão de compressão: 𝜎𝑖 =
Área do CP
∆𝑒
▪ Coeficiente de compressibilidade: 𝑎𝑣 = −
∆𝜎
∆𝜀𝑉
▪ Coeficiente de variação volumétrica: 𝑚𝑣 = ∆𝜎
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∆𝜎
Mecânicadedos

▪ Módulo de compressão edométrica: 𝐷=


Estradas

∆𝜀𝑉
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2 – Deformabilidade dos solos
Ensaio de compressão edométrica
Gráfico:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

▪ Com a realização do ensaio e o


desenvolvimento dos cálculos

SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos – 3ª edição.


obtém-se o gráfico de Índice de

São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2006. Figura 9.9


Vazios versus Tensão Vertical.

▪ No próximo capítulo, veremos


também o gráfico de Altura do
CP versus Tempo usado para
estimar o tempo do recalque.
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dos

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3 – Recalques no solo
▪ Os carregamentos aplicados na superfície de um terreno geram recalques que
podem ser estimados pela teoria da elasticidade ou pela analogia edométrica.
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

i. Recalques → Teoria da elasticidade

ii. Recalques → Analogia edométrica


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3 – Recalques no solo
Teoria da elasticidade
▪ Recalques na superfície de uma área carregada:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

𝜎0 ∙ 𝐵
𝜌=𝐼∙ ∙ 1 − 𝜈2
𝐸
Onde:
▪ 𝜎0 – Tensão uniforme distribuída na superfície.
▪ 𝐸 – Módulo de elasticidade
▪ 𝑣 – Coeficiente de Poisson
▪ 𝐼 – Coeficiente de forma da superfície carregada e
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rigidez do elemento.
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3 – Recalques no solo
Teoria da elasticidade
▪ Recalques na superfície de uma área carregada:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

𝜎0 ∙ 𝐵
𝜌=𝐼∙ ∙ 1 − 𝜈2
𝐸

SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos – 3ª edição.


São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2006. Tabela 9.3.
𝐼 – Coeficiente de forma
Tipo de Placa Rígida Flexível
da superfície carregada e
rigidez do elemento. Centro Borda
Circular 0,79 1,00 0,64
Quadrada 0,86 1,11 0,56
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Retangular L/B = 2 1,17 1,52 0,75


L/B = 5 1,66 2,10 1,05
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L/B = 10 2,00 2,54 1,27 28


3 – Recalques no solo
Teoria da elasticidade
𝜎0 ∙ 𝐵
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

𝜌=𝐼∙ ∙ 1 − 𝜈2
𝐸
▪ Deve-se observar que esta equação, apresentada no livro do Sousa Pinto, não
considera a variação do Módulo de Elasticidade com o confinamento e a
distribuição do solo em camadas.

▪ Outros autores apresentam equações e métodos que permitem fazer essa


consideração.
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3 – Recalques no solo
Compressibilidade edométrica
▪ Na camada de solo compressível o recalque se dá pela saída de água dos vazios.
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

▪ A carga aplicada na superfície provoca um acréscimo de tensão na camada de


argila mole. Esta pressão é transmitida para o solo conforme a água for saído dos
vazios e com isso ocorre a redução volumétrica do solo.
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3 – Recalques no solo
Compressibilidade edométrica
Índices Físicos conhecidos:
Corpo de prova
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

▪ 𝛾𝑛 – Peso específico natural


▪ 𝛾𝑠 – Peso específico dos sólidos
Água ▪ 𝑤 – Teor de Umidade
ℎ𝑡
Dimensões no CP:
ℎ𝑠 Sólidos ▪ 𝐴 – Área
▪ ℎ𝑡 – Altura

𝑉𝑣 𝑉𝑡 − 𝑉𝑠 𝑉𝑡 𝑊𝑠 ∙ 𝑉𝑡 𝛾𝑠 𝛾𝑠 𝛾𝑠 ∙ 1 + 𝑤 ∙ 𝑉𝐶𝑃
𝑒= =
𝑉𝑠 𝑉𝑠
= −1=
𝑉𝑠 𝑊𝑠 ∙ 𝑉𝑠
−1=
𝛾𝑑
−1= 𝛾𝑛 − 1 𝑒= −1
1+𝑤
𝑊𝐶𝑃
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ℎ𝑡 − ℎ𝑠 ℎ𝑡
Solos II
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𝑉𝑣 ℎ𝑡 − ℎ𝑠 ∙ 𝐴
Rodagem

𝑒= = 𝑒= ℎ𝑠 =
𝑉𝑠 ℎ𝑠 ∙ 𝐴 ℎ𝑠 𝑒+1
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Estradas dos

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3 – Recalques no solo
Compressibilidade edométrica
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

AMOSTRA – SITUAÇÃO 1 AMOSTRA – SITUAÇÃO 2


ℎ𝑡
ℎ𝑠 =
𝜌 𝑒+1

ℎ𝑠 ℎ𝑡1 ℎ𝑠 ℎ𝑡2

𝜌 = ℎ𝑡1 − ℎ𝑡2 = ℎ𝑠 ∙ 𝑒1 + 1 − ℎ𝑠 ∙ 𝑒2 + 1 = ℎ𝑠 ∙ 𝑒1 − 𝑒2
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ℎ𝑡 ℎ𝑡
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Rodagem

∆𝑉𝑣 ℎ𝑡1 − ℎ𝑡2


𝜌= ∙ 𝑒1 − 𝑒2 = ∙ ∆𝑒 ∆𝑒 = =
dos

𝑒+1 𝑒+1 𝑉𝑠 ℎ𝑠
Mecânicade
Estradas

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4 – Adensamento das Argilas Saturadas
Tensão de pré-adensamento
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

SOLO NORMALMENTE ADENSADO


▪ A tensão de pré-adensamento corresponde a tensão efetiva do solo no campo

SOLO PRÉ-ADENSADO (OU SOBRE-ADENSADO)


▪ A tensão de pré-adensamento é maior que a tensão efetiva do solo no campo

SOLO SUB-ADENSADO (OU EM PROCESSO DE ADENSAMENTO)


▪ A tensão de pré-adensamento é inferior que a tensão efetiva do solo no campo

RAZÃO DE PRÉ-ADENSAMENTO (OU DE SOBRE-ADENSAMENTO)


▪ Razão entre a tensão de pré-adensamento e a tensão efetiva de campo
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Solos II
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Rodagem

𝜎′𝑃𝐴
𝑅𝑆𝐴 =
Mecânicadedos

𝜎′
Estradas

33
4 – Adensamento das Argilas Saturadas
Tensão de pré-adensamento
Método do professor Casa Grande:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

i. Pegar o ponto de maior curvatura;

SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos – 3ª edição.


ii. Traçar uma reta horizontal;

São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2006. Figura 9.11.


iii. Traçar uma reta tangente;
iv. Traçar uma reta bissetriz do ângulo
formado entre as retas horizontal e
tangente;
v. Pegar a intersecção da bissetriz e da
projeção da reta virgem e obter a
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Rodagem

tensão de pré-adensamento e o
índice de vazios correspondente.
Mecânicade
Estradas dos

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4 – Adensamento das Argilas Saturadas
Tensão de pré-adensamento
Método de Pacheco Silva:
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

i. Traçar uma reta horizontal no ponto


do índice de vazios inicial até o

SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos – 3ª edição.


encontro com o prolongamento da

São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2006. Figura 9.12.


reta virgem;
ii. Traçar vertical no ponto de encontro
até encostar na curva;
iii. Traçar um horizontal até o
prolongamento da reta virgem;
Apostila – Versão 2018/1

iv. Deste ponto obtemos a tensão de


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pré-adensamento e o índice de
dos

vazios correspondente.
Mecânicade
Estradas

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Estradas dos Solos II
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Pof. Rodrigo Machado Capítulo 3 – Compressibilidade do solo
Apostila – Versão 2018/1

𝜌=
𝐶=−

𝐻
1+𝑒
4 – Adensamento das Argilas Saturadas

∆𝑒 = 𝐶𝑟 ∙ log
𝜎′
𝜎𝑝𝑎
Cálculo dos Recalques em solos sobre-adensados

𝑒2 − 𝑒1

∙ 𝐶𝑟 ∙ log
𝜌 = ℎ𝑠 ∙ 𝑒1 − 𝑒2 =
log 𝜎2 − log 𝜎1

𝜎′
𝜎𝑝𝑎
ℎ𝑡
𝑒+1

+ 𝐶𝑐 ∙ log
∙ ∆𝑒

𝜎𝑝𝑎

+ 𝐶𝑐 ∙ log
𝜎 ′ + ∆𝜎

𝜎𝑝𝑎
𝜎 ′ + ∆𝜎

SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos – 3ª edição.


36

São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2006. Figura 9.13


BIBLIOGRAFIA:
SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos – 3ª edição. São Paulo: Editora
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

Oficina de Textos, 2006.

DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica – tradução da 7ª edição norte-


americana. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2011.

CAPUTO H.P. Mecânica dos Solos e suas aplicações – Fundamentos – Volume 1 – 6ª edição.
Rio de Janeiro: editora LTC, 1988.
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Solos II
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dos

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EXEMPLO 01:
A figura apresenta um terreno, onde será construído sobre ele um aterro de grandes proporções (que transmitirá um
acréscimo de tensões uniforme) com 2 metros de altura e peso específico de 20 kN/m3.
Uma amostra foi retirada da manada de argila e o ensaio de compressão edométrica encontrou para este solo uma tensão de
pré-adensamento de 18 kPa, um índice de compressão de 1,8 e de recompressão de 0,3, índice de vazios inicial igual a 2,4 e
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

peso específico de 15 kN/m3. Além disso sabe-se que a camada de areia tem um peso específico natural de 18 kN/m3.

a) Calcule o recalque por adensamento da argila saturada.

b) Calcule o recalque por adensamento da argila saturada dividindo a


camada de 9 metros em 3 camadas de 3 metros.

Camada Tensão Tensão de pré- Tensão Recalque


efetiva inicial adensamento efetiva final
A

B
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Solos II

C
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EXEMPLO 01:
A figura apresenta um terreno, onde será construído sobre ele um aterro de grandes proporções (que transmitirá um
acréscimo de tensões uniforme) com 2 metros de altura e peso específico de 20 kN/m3.
Uma amostra foi retirada da manada de argila e o ensaio de compressão edométrica encontrou para este solo uma tensão de
pré-adensamento de 18 kPa, um índice de compressão de 1,8 e de recompressão de 0,3, índice de vazios inicial igual a 2,4 e
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

peso específico de 15 kN/m3. Além disso sabe-se que a camada de areia tem um peso específico natural de 18 kN/m3.

a) Calcule o recalque por adensamento da argila saturada.


9 87,5 109,5
𝜌= ∙ 0,3 ∙ log + 1,8 ∙ log = 0,54 𝑚
1 + 2,4 69,5 87,5

b) Calcule o recalque por adensamento da argila saturada dividindo a


camada de 9 metros em 3 camadas de 3 metros.

Camada Tensão Tensão de pré- Tensão Recalque


efetiva inicial adensamento efetiva final
A 54,5 72,5 94,5 0,256

B 69,5 87,5 109,5 0,180


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C 84,5 102,5 120,5 0,135


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EXEMPLO 02:
Após a construção do aterro mostrado na figura abaixo tivemos um recalque na camada de argila de 30 cm.
Calcule a tensão de pré-adensamento após a retirada do aterro.
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo
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EXEMPLO 01:

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Um terreno nas várzeas de um rio apresenta uma camada superficial de 4 m de espessura constituída de argila
orgânica mole, com as seguintes características: peso específico natural = 14 kN/m3; umidade = 115%; índice
de vazios = 3; índice de recompressão = 0,15; índice de compressão = 1,4. Assumiu-se, por comparação com
dados da região, por exemplo, as várzeas dos córregos e rios da cidade de São Paulo, que a razão de sobre-
Capítulo 3 – Compressibilidade do solo

adensamento é da ordem de 3. O nível d’água apresenta-se praticamente na superfície, conforme a figura


abaixo.

Deseja-se construir um
aterro que deixe o terreno
com uma cota dois metros
acima da cota atual. O
terreno será arenoso, com
um peso específico natural
de 18,0 kN/m3.
Que espessura de aterro
deve ser colocada?
Apostila – Versão 2018/1
Solos II
Pof. Rodrigo Machado
Mecânicade
Estradas Rodagem
dos

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