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MECÂNICA DOS SOLOS

APRESENTAÇÃO DE AULA
ESTADO DE TENSÕES DO SOLO

Prof. Rodrigo de Andrade Machado


CURSO UCL - 2020/2
AULA 13 - 30/11/2020

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura


1 - Aplicações dos Ensaios
2 - Trajetória de tensões
3 - Resistência ao cisalhamento de solos arenosos
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4 - Resistência ao cisalhamento de solos argilosos


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APLICAÇÕES DOS ENSAIOS

▪ O objetivo dos ensaios para a determinação da resistência dos solos é estudar


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o comportamento do solo em condições similares aquelas encontradas no


campo, sendo a escolha do tipo de solicitação, drenada ou não drenada,
função do tipo do solo, das condições de drenagem, da determinação da
condição crítica.

▪ A aplicação de solicitações não drenadas em solos pode ser exemplificada


para o caso de uma barragem de terra homogênea. Como a permeabilidade
do solo da barragem deve ser necessariamente muito baixa, para evitar a
percolação da água, ao final da construção não ocorreu quase nenhuma
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dissipação do excesso de poro-pressão gerado durante a obra, não havendo


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variações de volume devido à drenagem em nenhum ponto da massa de solo.


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APLICAÇÕES DOS ENSAIOS

▪ O cálculo da estabilidade dos taludes deve ser feito utilizando-se os


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parâmetros de resistência obtidos em ensaios UU.

▪ Com o funcionamento da barragem, o solo se encontra adensado sob a ação


das pressões atuantes no momento, havendo tempo para a dissipação do
excesso de poro-pressão gerado por este carregamento.

▪ No caso de um rebaixamento rápido do reservatório, a barragem é solicitada


por um novo conjunto de forças mas, em virtude da baixa permeabilidade do
solo e da rapidez de aplicação das novas forças, reage a elas sem possibilidade
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de drenagem. Os parâmetros para uma análise de estabilidade devem ser


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obtidos em ensaios CU.


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APLICAÇÕES DOS ENSAIOS

▪ Em obras de edifícios ou na a construção de aterros construído com


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velocidade lenta ou quando ocorrer lentes de areia a poro pressão estará


sendo dissipada conforme ocorrerem os carregamentos. Neste caso os
parâmetros de resistência deve ser obtidos através do ensaio CD.

▪ Em caso contrário, para este mesmo tipo de obra devemos obter os


parâmetros de resistência através do ensaio CU ou UU.
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Trajetória de Tensões:
▪ Quando precisamos apresentar o estado de tensões num solo em diversas fases
de carregamento a representação gráfica pode se tornar confusa.
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▪ Para facilitar esta representação foi criado uma sistemática para representar as
diversas fases de carregamento pela representação exclusiva dos pontos de
maior ordenada de cada circulo de Mohr.

SOUSA PINTO – ITEM 14.6


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Trajetória de Tensões:
▪ Como feito com o Circulo de Mohr podemos determinar a envoltória de
resistência das trajetórias de tensões para uma série de ensaios.
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SOUSA PINTO – ITEM 14.6


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Trajetória de Tensões:
▪ Podemos, por fim, relacionar a envoltória de resistência das trajetórias de
tensões com a envoltória de resistência obtida pelas tensões normais e
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cisalhantes no plano de ruptura.

SOUSA PINTO – ITEM 14.6


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RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO
TÓPICOS COMPLEMENTARES
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I. SOLOS ARENOSOS
II. SOLOS ARGILOSOS
III. RESISTÊNCIA NÃO DRENADA DAS ARGILAS
IV. COMPORTAMENTO DE ALGUNS SOLOS TÍPICOS
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RESISTÊNCIA DAS AREIAS INTRODUÇÃO

▪ Considera-se para estudo de resistência das areias, as areias puras com o teor
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de finos muito pequenos, com menos de 12%. Para este caso o comportamento
será determinado pelo grão de quartzo que é superior a 0,05mm.

▪ Pela característica desse solo de ter uma alta permeabilidade, nos casos de
acréscimos de tensões sobre este solo, as pressões neutras se dissipam
rapidamente fazendo com que a resistência do solo seja quase sempre regidas
pelos valores de tensões efetivas.

▪ Para o estudo da resistência podemos fazer os ensaios de Cisalhamento Direto


ou o Ensaio Triaxial CD. Fazendo uso do Ensaio Triaxial para o solo saturado é
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possível verificar também com precisão a variação volumétrica.


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RESISTÊNCIA DAS AREIAS AREIAS FOFAS

▪ Ao se fazer o Ensaio Triaxial CD em uma Areia Fofa podemos observar que a


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tensão desviadora que gera a ruptura será tanto maior quanto for a tensão de
confinamento, e não veremos a apresentação de um pico de tensão.

▪ Quanto a variação de volume no processo de ensaio vemos que ocorre uma


redução que depende muito pouco do valor da tensão de confinamento.

▪ O Envoltória de Resistência formada será uma reta que passa pela origem
mostrando que não temos ai um solo coesivo.
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RESISTÊNCIA DAS AREIAS AREIAS COMPACTAS

▪ Ao se fazer o Ensaio Triaxial CD em uma Areia Compacta podemos observar


que a tensão desviadora que gera a ruptura será tanto maior quanto for a
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tensão de confinamento, neste caso veremos a apresentação de um pico de


tensão e uma tensão residual que se aproximará do valor da tensão de ruptura
da areia fofa.

▪ Quanto a variação de volume no processo de ensaio vemos que ocorre uma


redução no início do ensaio e um posterior aumento até o fim do ensaio que
depende muito pouco do valor da tensão de confinamento.

▪ A Envoltória de Resistência formada será uma reta que passa pela origem
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mostrando que não temos ai um solo coesivo. Entretanto, devido ao valor da


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tensão de pico encontramos um ângulo de atrito maior que no caso das areias
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fofas.
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Ensaio Triaxial CD:


AREIA FOFA
RESISTÊNCIA DAS AREIAS

AREIA COMPACTA
AREIAS: FOFAS X COMPACTAS

SOUSA PINTO – Figura 13.1


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Material Versão 2018/1

Ensaio Triaxial CD:


AREIA FOFA
RESISTÊNCIA DAS AREIAS

AREIA COMPACTA
AREIAS: FOFAS X COMPACTAS

SOUSA PINTO – Figura 13.1


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Ensaio Triaxial CD:


AREIA FOFA
RESISTÊNCIA DAS AREIAS

AREIA COMPACTA
AREIAS: FOFAS X COMPACTAS

SOUSA PINTO – Figura 13.1


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RESISTÊNCIA DAS AREIAS ENTROSAMENTO DOS GRÃOS

▪ A resistência de pico das areias compactas se


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justifica pelo entrosamento entre as partículas.

▪ No caso das areias fofas, o processo de


cisalhamento provoca uma reacomodação que se
mostra com a redução do volume.

SOUSA PINTO – Figura 13.2


▪ No caso das areias compactas, o processo de
cisalhamento devem vencer o obstáculo gerado pelo
entrosamento, que exige um aumento de volume.
Após isso a resistência cai ao valor da areia no
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estado fofo.
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RESISTÊNCIA DAS AREIAS ÍNDICE DE VAZIOS CRÍTICO

▪ Índice de vazios alto – Areia Fofa;


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▪ Índice de Vazios baixo – Areia


Compacta.

▪ Índice de vazios crítico – entre as duas


compacidades

SOUSA PINTO – Figura 13.3


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RESISTÊNCIA DAS AREIAS ÍNDICE DE VAZIOS CRÍTICO

▪ A variação de diferentes valores de


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índices de vazios no ensaio de


compressão triaxial mostra que no final
dos ensaios todos se aproximaram do
índice de vazios crítico.

▪ Quando uma areia se encontra com

SOUSA PINTO – Figura 13.4


índice de vazios superior ao crítico, no
processo de cisalhamento temos uma
redução do volume provocando um
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aumento de pressão neutra reduzindo


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assim a tensão efetiva. Em tremores de


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terra a areia pode se liquefazer.


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RESISTÊNCIA DAS AREIAS ÍNDICE DE VAZIOS CRÍTICO

▪ Por fim o índice de vazios crítico está ligado ao valor da pressão confinante.
Quanto maior for o confinamento menor será o índice de vazios crítico.
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▪ Isto mostra o quanto um solo arenoso pode deformar em casos de


cisalhamento.

SOUSA PINTO – Figura 13.5


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RESISTÊNCIA DAS AREIAS ÂNGULO DE ATRITO E PRESSÃO CONFINANTE

▪ Observa-se uma redução do


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ângulo de atrito da areia


com o aumento da tensão
confinante.

▪ Nas obras de engenharia as

SOUSA PINTO – Figura 13.6


pressões ficam em geral
entre 100 e 400 kPa.
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RESISTÊNCIA DAS AREIAS ENVELHECIMENTO DAS AREIAS

▪ Os solos arenosos após algum tempo de confinamento é submetido


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a ações físico-químicas.

▪ Com isso, ocorre um aumento de rigidez, sem aumento de volume.


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RESISTÊNCIA DAS AREIAS ÂNGULOS DE ATRITO TÍPICOS

Valores típicos de ângulos de atrito interno das areias


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Compacidade
SOLO
Fofo Compacto
Areias bem graduadas
Grãos angulares 37 47

SOUSA PINTO – Tabela 13.1


Grãos arredondados 30 40
Areias mal graduadas
Grãos angulares 35 43
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Grãos arredondados 28 35
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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS INTRODUÇÃO

▪ Os solos argilosos se diferenciam dos arenosos pela sua baixa permeabilidade.


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Esta característica gera diferença de resistência entre carregamentos drenados


e não drenados.

▪ As argilas sedimentares tem um alto índice de vazios. Quando temos um índice


de vazios baixo temos um solo pré-adensado. Por isso, enquanto a tensão de
confinamento for menor do que a de pré-adensamento teremos diferentes
valores de resistência para diferentes valores de índice de vazios. Para as
tensões de confinamento maiores que a de pré-adensamento temos a
formação de uma reta virgem de resistência para diferentes valores de índice
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de vazios.
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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

▪ A resistência ao cisalhamento dos solos se dá pelo atrito entre as partículas. A


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ligação entre as partículas é gerada pela tensão efetiva.

▪ Para analisarmos a resistência do solo argiloso em termos de tensão efetiva


estudaremos primeiro o tipo de Ensaio Triaxial CD, onde todo o acréscimo de
tensão é diretamente transferido para tensão efetiva.
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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

Para realizarmos as análises vamos


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considerar um solo com uma tensão


efetiva de pré-adensamento igual a
3.

SOUSA PINTO – Figura 14.2(a)


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS

tensões de confinamento maior que 3:


Argila normalmente adensada para as
TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

SOUSA PINTO – Figura 14.2


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS

tensões de confinamento maior que 3:


Argila normalmente adensada para as
TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

SOUSA PINTO – Figura 14.2


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

Argila normalmente adensada para as


tensões de confinamento maior que 3:
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Tensão desviadora proporcional a


tensão de confinamento.

SOUSA PINTO – Figura 14.2


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS
Argila normalmente adensada
O prolongamento da reta de ruptura passa pela origem.
TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

SOUSA PINTO – Figura 14.2 (h)


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de confinamento menor que 3.


Argila pré-adensada para tensão
TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

SOUSA PINTO – Figura 14.2


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de confinamento menor que 3.


Argila pré-adensada para tensão
TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

SOUSA PINTO – Figura 14.2


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

Argila pré-adensada para tensão


de confinamento menor que 3.
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Tensão desviadora não é


proporcional a tensão de
confinamento.

SOUSA PINTO – Figura 14.2


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS
Argila pré-adensada
Não temos uma reta e a curva não passa na no eixo.
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Forma-se um intercepto de coesão.

SOUSA PINTO – Figura 14.2 (h)


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS

▪ O ângulo de atrito efetivo do solo argiloso será tanto menor, quanto mais
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argiloso for o solo.


▪ O Índice de Plasticidade do solo fino mostra o teor do solo argiloso.

Classificação geotécnica dos Solos: Valores típicos de


resistência de argilas:

SOUSA PINTO – Tabela 14.1


IP – Índice de Ângulo de atrito
Plasticidade interno efetivo
10 30 a 38
20 26 a 34
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40 20 a 29
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60 18 a 25
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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS
▪ Em solos com tensão de confinamento menor que a de pré-adensamento
observa-se uma redução no valor do ângulo de atrito e um aumento no valor do
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intercepto de coesão.
▪ Valores usuais de intercepto de coesão ficam em torno de 5 a 50 kPa.

SOUSA PINTO – Figura 14.3


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES EFETIVAS
▪ O intercepto de coesão não tem significado físico, é apenas o coeficiente
angular da reta gerada pelo gráfico.
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SOUSA PINTO – Figura 14.3


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ESTADO DE TENSÕES DO SOLO RESISTÊNCIA DAS ARGILAS AREIAS X ARGILAS

▪ Comportamento apresenta lento acréscimo de tensão axial com a


deformação e diminuição do volume durante o carregamento.

▪ Comportamento apresenta acréscimo mais rápido da tensão axial,


resistência de pico para pequenas deformações específicas, queda de
resistência após atingir o valor máximo e aumento do volume durante o
processo de cisalhamento.
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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS AREIAS X ARGILAS

▪ Da mesma forma que temos um índice de vazios crítico, podemos identificar


uma razão de sobre-adensamento crítica para as argilas.
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▪ Neste caso teríamos variação de volume nula no cisalhamento.


▪ O que diferencia o comportamento entre as areias e as argilas é a variação
volumétrica no processo de confinamento e o valor da coesão e as condições de
drenagem.
o Redução de volumes no processo de confinamento quando esta tensão é
maior que a de sobre-adensamento.
o Envoltória de resistência não passando pela origem para os solos
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sobre-adensados.
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o Solos argilosos tem baixa permeabilidade podendo não ter o aumento de


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tensão efetiva no processo de aumento das tensões aplicadas no ensaio.


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES TOTAIS

▪ No estudo do solo as tensões totais sempre são conhecidas e para calcular os


valores das tensões efetivas do solo é necessário a obtenção dos valores das
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pressões neutras.
▪ Como a estimativa de pressões neutras pode ser muito difícil, realizam-se com
frequência, análises de estabilidade em termos das tensões totais atuantes.
▪ Para isso é feito a realização dos ensaios não drenados.
▪ Admite-se neste caso que as pressões neutras que surgem no ensaio são
semelhantes as que surgiriam em um carregamento real de campo. E sendo
assim, a analise de tensões totais ficaria semelhante a de tensões efetivas.
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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS
TERMOS DE TENSÕES TOTAIS

SOUSA PINTO – Figura 14.5


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS
TERMOS DE TENSÕES TOTAIS

SOUSA PINTO – Figura 14.5


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES TOTAIS

▪ Com o ensaio CU sendo realizado com medidas de pressão neutra pode ser
feito as envoltórias de resistência em função de tensão total ou efetiva.
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▪ A envoltória em função de tensão efetiva se assemelhará a obtida no ensaio CD.

SOUSA PINTO – Figura 14.5


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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES TOTAIS

▪ Comparação dos ensaios CD e CU para


solos com a mesma tensão confinante para
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solo normalmente adensado.


o Maior resistência no CD
o Sem variação volumétrica no CU

SOUSA PINTO – Figura 14.6


o Aumento de pressão neutra no CU
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RESISTÊNCIA DAS ARGILAS TERMOS DE TENSÕES TOTAIS

▪ Comparação dos ensaios CD e CU para


solos com a mesma tensão confinante para
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solo com razão de sobre-adensamento alta.


o Resistências semelhantes
o Sem variação volumétrica no CU

SOUSA PINTO – Figura 14.6


o Variação de pressão neutra no CU
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RESISTÊNCIA NÃO DRENADA DAS ARGILAS

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COMPORTAMENTO DE ALGUNS SOLOS TÍPICOS

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Material Versão 2018/1 Letra b.3:
é igual no processo de cisalhamento.
Para solos normalmente adensados a variação volumétrica

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