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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CAMPUS ALEGRETE
CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA

Mecânica dos solos


Unidade 1
SOLOS NA ENGENHARIA

Aula 01

Prof. Wilber Feliciano Chambi Tapahuasco, DSc


1.1. GENERALIDADES
 Todas as obras de Construções rurais se assentam sobre o terreno e inevitavelmente
requerem que o comportamento do solo seja devidamente considerado.

Figura 02 - Barraginhas: pequenas barragens que


alimentam o lençol freático e aquíferos

Figura 01- Instalações agrícolas assentes sobre


uma fundação de solo
1.1. GENERALIDADES
A construção de uma obra rural pode ser relativamente cara, os proprietários de
terras agrícolas procuram torná-la menos onerosa, sacrificando, geralmente, a
sua segurança.

rompimento da barragem de Algodões em Piauí,


ocorrido em 27/05/2009
Trincas longitudinais no maciço da Barragem de
terra (uso para irrigação e piscicultura)/MG
1.1. GENERALIDADES
 A Mecânica dos Solos, que estuda o comportamento dos solos quando tensões são
aplicadas, como nas fundações, ou aliviadas, no caso de escavações, ou perante o
escoamento de água nos vazios, constitui-se numa Ciência de Engenharia, na qual o
engenheiro se baseia para desenvolver seus projetos.

Figura 5. Ruptura de talude numa via


pavimentada. Figura 6. Problema na fundação devido aos
recalques do solo (Torre Pissa, Itália).
1.1. GENERALIDADES
 Dentre os problemas comuns que necessitam o conhecimento da mecânica dos solos
podem ser mencionados os recalques em fundações, ruptura de taludes, escolha de
material para aterro ou barragem de terra, percolação da água e rebaixamento do nível
freático.

Figura 9 – Barragem a UHE Porto Primavera – SP


(Barragem de terra)

Figura 8. Obras de pavimentação.


1.1. GENERALIDADES

 Para a engenharia geotécnica, os solos são um aglomerado de partículas provenientes


de decomposição da rocha, que podem ser escavados com facilidade, sem o emprego de
explosivos, e que são utilizados como material de construção ou de suporte para
estruturas.

Figura 10. facilidade de escavação Figura 11. solo natural servindo como suporte de uma fundação
manual. de Zapata.
1.2. IDENTIFICAÇÃO DE AMOSTRAS
 As amostras devem ser coletadas em quantidade
variável em função da necessidade e acondicionadas
em sacos de lona ou plástico resistente(NBR 9829;
NBR 7250; DNER-PRO 003/94).

 A identificação de amostras deve ser feita em


etiquetas de papel cartão, onde devem constar:
a) Nome da obra;
b) Nome do local; Figura 12. Coleta de amostra numa
sondagem de poço.
c) Número de sondagem;
d) Intervalo de profundidade
e) Número da amostra
f) Data da coleta;
g) Nome do responsável pela coleta
 As amostras que devem ser mantidas em sua
umidade natural, o acondicionamento deve ser
feito em recipientes herméticos de plástico,
vidro ou alumínio com tampa hermética,
Figura 13. Coleta de amostra de solo
parafinada ou selada com fita colante para conservação da umidade.
1.2. IDENTIFICAÇÃO DE AMOSTRAS

Figura 14. Coleta de amostra indeformada de solo


para ensaios especiais.

Figura 15. Coleta de solo (amostra deformada) para


ensaios de caracterização
1.3. DESCRIÇÃO DE AMOSTRAS DE SOLO OBTIDOS EM SONDAGEM SIMPLES (NBR
7250)

No campo, as amostras podem ser examinadas, procurando-se identificá-las no mínimo,


através das seguintes características:
a) granulometria; Plasticidade: propriedade a sofrer
b) Plasticidade; grandes deformações
c) Compacidade no caso de solos grossos; permanentes, sem sofrer
d) Consistência no caso dos solos finos; ruptura, fissuramento ou
e) Cor; variação de volume apreciável
f) Origem, no caso de solos residuais, orgânicos
e marinhos ou aterros

Granulometria: Distribuição de
tamanho das partículas do solo, Compacidade: estado de
expressa em porcentagem de compactação dos depósitos de
peso seco. solos grossos (fofo, puco
compacto, medianamente
Consistência: facilidade de se compacto, compacto e muito
deformar (muito mole, mole, compacto)
médio, rijo e duro)
1.4. RELATÓRIO DE CAMPO

 Os dados obtidos nas sondagens devem ser anotados em boletins de


campo, incluindo os seguintes itens:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS ALEGRETE
CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA

Mecânica dos solos I


Unidade 1

Índices Físicos

Prof. Wilber Feliciano Chambi Tapahuasco, DSc


2. ÍNDICES FÍSICOS W  M g

g  9,81 m / s 2
Vt = volume total da amostra;
Vs = volume da fase sólida da amostra;
Vw = volume da fase líquida; Mw
Va = volume da fase gasosa;
Vv = volume de vazios da amostra;
Wt = peso total da amostra; Mt
Wa = peso da fase gasosa da amostra;
Ws = peso da fase sólida da amostra; Ms
Ww = peso da fase líquida da amostra

Wt  Ws  Ww

Vt  Vs  Vw  Va Vv  Vw  Va Vt  Vv  Vs
Vt = volume total da amostra;
Vs = volume da fase sólida da amostra;
Vw = volume da fase líquida;
Va = volume da fase gasosa;
Vv = volume de vazios da amostra;
Wt = peso total da amostra;
Wa = peso da fase gasosa da amostra;
Ws = peso da fase sólida da amostra;
Ww = peso da fase líquida da amostra
2. ÍNDICES FÍSICOS

2.1.1 - Peso específico dos sólidos (ou  g  ( M s  g ) / Vs


grãos)

2.1.2 - Massa específica dos sólidos (ou grãos)

2.1.3 - densidade relativa dos grãos - Gs  g g  g


Gs  
 w w  g
2.1.4 - Teor de umidade - w

( Mc  M )  ( Mc  Ms ) M  Ms Mw
w   x100.(%)
( Mc  Ms )  Mc Ms Ms

M = massa total da amostra (solo natural in-situ)


Ms = massa seca (solo 24 hrs. após a secagem em estufa )
Mw = massa da água (M-Ms) Ww
wúm  *100
Mc = massa da cápsula W t
2. ÍNDICES FÍSICOS

2.1.5 - Grau de saturação

2.1.6 - Peso específico aparente (ou natural)

2.1.7 - Peso específico seco

em Mecânica dos Solos o solo seco é aquele que apresenta constância de peso em duas
pesagens consecutivas após secagem em uma estufa de 105º a 110 °C.
2. ÍNDICES FÍSICOS

2.1.8 - Peso específico saturado

2.1.9 - Peso específico submerso

2.1.10 – Formulações em termos de massas específicas (aparente, seca,


saturada e submersa).
2. ÍNDICES FÍSICOS

2.1.12 - Índice de vazios - e 2.1.13 - Porosidade – n

A partir das definições básicas dos índices físicos, chegue às seguintes relações
importantes:

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