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29/05/2021

FUNDAÇÕES RASAS –
RECALQUES
LEONARDO CALHEIROS RODRIGUES

1. INTRODUÇÃO

“Denomina-se recalque a
deformação que ocorre no solo
quando submetido a cargas.
Essa deformação provoca
movimentação na fundação que,
dependendo da intensidade,
pode resultar em sérios danos a
super estrutura.”

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1. INTRODUÇÃO

“Se o maciço de solo fosse homogêneo e todas as


sapatas de mesmas dimensões e submetidas as mesmas
cargas, os recalques seriam praticamente uniformes,
mas a variabilidade do solo gera recalques desiguais.
Além disso, o tamanho das bases das sapatas em um
edifício pode variar, uma vez que as cargas são
diferentes.”

1. INTRODUÇÃO

SOLO + CARREGAMENTO → RECALQUE

A. Variações volumétricas – variação do volume de


vazios (compressão do ar ou expulsão da água);
B. Volume dos sólidos constante

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1. INTRODUÇÃO

SOLO + CARREGAMENTO → RECALQUE

A. Solos granulares → altamente permeáveis →


variação rápida.
B. Solos saturados/argilosos → baixa permeabilidade
→ variação lenta dos volumes

2. CONSIDERAÇÕES

MÓDULO DE DEFORMABILIDADE

Teixeira e Godoy (1996)

𝐸 = α𝑘𝑁

A presença do lençol freático pode ser ignorada porque


seu efeito no módulo de deformabilidade é refletido na
obtenção do Nspt.

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2. CONSIDERAÇÕES

MÓDULO DE DEFORMABILIDADE
𝐸 =α𝑘𝑁

𝐴𝑅𝐺𝐼𝐿𝐴
7
0,15

2. CONSIDERAÇÕES
𝐸 =α𝑘𝑁
MÓDULO DE DEFORMABILIDADE
As argilas ( k↓ ) quando submetidas a um carregamento sua
compressão é controlada
pela velocidade com que a água é expulsa dos poros do solo →
processo este chamado: CONSOLIDAÇÃO → sendo portanto um
fenômeno dependente da σ x ε x t . As deformações podem
ocorrer por meses, anos e décadas.
Nas areias ( k↑ ) todo o processo de consolidação se dá muito
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rapidamente.
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2. CONSIDERAÇÕES
𝐸 =α𝑘𝑁
MÓDULO DE DEFORMABILIDADE
• Fases ar/água são expulsos dos vazios do solo
• Na prática → A compressibilidade das areias ocorrerá no
período de construção onde todo o recalque se completará

2. CONSIDERAÇÕES

MÓDULO DE DEFORMABILIDADE

 ENSAIO DE COMPRESSÃO AXIAL

 ENSAIO DE COMPRESSÃO TRI-AXIAL

 ENSAIO DE COMPRESSÃO EDOMÉTRICA

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2. CONSIDERAÇÕES

COEFICIENTE DE POISSON: Teixeira e Godoy

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2. CONSIDERAÇÕES

ELASTICIDADE

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3. RECALQUES

Existem três parcelas de recalques a serem


consideradas:

A. Recalque imediato (Si)

B. Recalque por adensamento primário (Sc)

C. Recalque por compressão secundária (Ss)

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3.1 RECALQUE IMEDIATO

A. O recalque imediato ocorre principalmente devido à


compressão dos gases (em solos não saturados).
B. Como estes recalques ocorrem concomitante com o
carregamento, não costumam criar problemas para as
obras em fundações rasas (sapatas, blocos e radier)
C. É a parcela predominante nas areias (solos de elevada
permeabilidade)
D. Nos solos finos saturados pode ocorrer por deformação a
volume constante (ν = 0,5)  Ocorre em poucos segundos
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3.2 RECALQUE POR ADENSAMENTO


PRIMÁRIO
A. Requer atenção especial em casos de solos argilosos
devido a ocorrerem ao longo de um tempo que pode ser
bastante grande, podendo provocar o aparecimento de
solicitações estruturais que não tinham sido previstas.

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3.2 RECALQUE POR ADENSAMENTO PRIMÁRIO:


TENSÕES DE PRÉ-ADENSAMENTO

 Memória de Carga
 Máxima Tensão efetiva de
carregamento durante a
formação geológica

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3.2 RECALQUE POR ADENSAMENTO PRIMÁRIO:


TENSÕES DE PRÉ-ADENSAMENTO

A. Pré adensado (PA) ou


Sobreadensado – Tensão de Pré
Adensamento > Tensão efetiva
de Campo
B. Em adensamento – Tensão de
Pré Adensamento < Tensão
efetiva de Campo

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3.3 RECALQUE POR COMPRESSÃO


SECUNDÁRIA:

 Quase sempre é desconsiderado


 Costumam ocorrer em períodos muito longos de
tempo de forma que a estrutura na maioria das
vezes consegue se adaptar às novas solicitações
que porventura surjam
 Principal causa deslizamento dos contatos entre
partículas de argila.
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3.3 RECALQUES
Recalque por Adensamento
 Característico de solos finos saturados
 Resulta da dissipação do excesso de poro-pressão inicial, com a
transferência de carga ao esqueleto sólido
 Pode levar de meses a anos
Recalques Secundários
 Recalque que ocorre sob tensão constante
 Areias: quebra de grãos
 Preponderantes em argilas moles ou marinhas (adensamento)
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3.3 RECALQUES

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3.1 RECALQUE POR ADENSAMENTO PRIMÁRIO:


TENSÕES DE PRÉ-ADENSAMENTO
 Memória de Carga
 Máxima Tensão efetiva de carregamento durante a
formação geológica

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4. 4. RECALQUES IMEDIATOS EM MEIO ELÁSTICO


HOMOGÊNEO
a)Camada semi infinita de argila sobre adensada
Placa circular rígida:

 Modulo de deformabilidade do solo;


 Coeficiente de Poisson;
 Tensão média na superfície de contato entre a placa e o maciço de
argila.
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4. 4. RECALQUES IMEDIATOS EM MEIO ELÁSTICO


HOMOGÊNEO
a)Camada semi infinita de argila sobre adensada
Placa retangular flexível

 Fator de influência que depende da forma e da rigidez da sapata..

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4. 4. RECALQUES IMEDIATOS EM MEIO ELÁSTICO


HOMOGÊNEO

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4. 4. RECALQUES IMEDIATOS EM MEIO ELÁSTICO


HOMOGÊNEO
b) Camada finita
 Camada de solo de espessura finita sobrejacente a um
material muito rígido ou praticamente indeformável.
Recalque médio de sapatas flexíveis:

 Fator de embutimento da sapata e da espessura da camada


 de solo.
 ● O aumento do embutimento reduz o recalque
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4. 4. RECALQUES IMEDIATOS EM MEIO ELÁSTICO


HOMOGÊNEO

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4. 4. RECALQUES IMEDIATOS EM MEIO ELÁSTICO


HOMOGÊNEO

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4. 4. RECALQUES IMEDIATOS EM MEIO ELÁSTICO


HOMOGÊNEO

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29/03/2021

FUNDAÇÕES RASAS –
DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE
CARGA
LEONARDO CALHEIROS RODRIGUES

1. INTRODUÇÃO

“Capacidade de carga é a tensão que


provoca a ruptura do maciço de solo
em que a fundação está embutida.”

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1. INTRODUÇÃO
Com o acréscimo da carga, há o
surgimento de uma superfície
potencial de ruptura no interior
do maciço de solo, mobilizando
sua resistência máxima até
atingir a tensão de ruptura (σr),
ou seja, a capacidade de carga do
sistema sapata-solo

𝐹
𝜎=
𝐵𝐿 3

1. INTRODUÇÃO

 Capacidade de carga da sapata → depende do solo, Sapatas idênticas em solos


diferentes, a capacidade de carga não será a mesma!

 Capacidade de carga do solo → depende de características da sapata (geometria,


profundidade de embutimento, da cota de apoio etc.)

 Solos idênticos com sapatas diferentes → a capacidade de carga não será a


mesma!

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1. INTRODUÇÃO
Solos não saturados
 Solos acima do N.A. podem ser colapsíveis e se inundados por chuvas intensas,
vazamento de tubulações, etc. Podem exibir um recalque abrupto e significativo
→ solos colapsíveis.

 Quanto mais seco → maior a capacidade de carga;

 Quanto mais úmido → menor a capacidade de carga;

 Solo saturado → capacidade de carga mínima.

1. INTRODUÇÃO
Solos saturados
 Em solos saturados, principalmente em argilas moles, os parâmetros de resistência
(coesão e ângulo de atrito) são dependentes das condições de drenagem, variando
do não drenado ou drenado.

 Em termos de capacidade de carga, geralmente predomina como crítica a


condição não drenada, pois a capacidade de carga tem a tendência de aumentar
com a dissipação das poro-pressões.

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1. INTRODUÇÃO

a. Métodos teóricos
b. Métodos semi-empíricos
c. Prova de carga sobre placa

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2. MÉTODOS TEÓRICOS

“Podem ser empregados, métodos analíticos (teoria de capacidade


de carga) nos domínios de validade de sua aplicação, que
contemplem todas as particularidades do projeto, inclusive a
natureza do carregamento (drenado ou não drenado).” NBR
6122:2010

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2. MÉTODOS TEÓRICOS

Previsão da tensão admissível:


 Terzaghi
 Meyerhof
 Skempton
 Brinch Hansen(com colaborações de Vesic)

As fórmulas de capacidade de carga são determinadas a partir


do conhecimento do tipo de ruptura que o solo pode sofrer,
dependendo das condições de carregamento.
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2. MÉTODOS TEÓRICOS
 Para o caso de areia, Vesic (1975) considera o
embutimento relativo da sapata h/B* e estabelece:

𝑒 −𝑒
𝐶 =
𝑒 −𝑒

∗ 𝐵𝐿
𝐵 =
𝐵+𝐿
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2. MÉTODOS TEÓRICOS
 Modo de ruptura em solo 𝑐 − Ф

Diagrama em função dos parâmetros do solo 11

2.1 TEORIA DE TERZAGHI

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2.1 TEORIA DE TERZAGHI

Assume-se:
 Sapata corrida: comprimento (L) bem maior que largura (B) → L > 5B
 Profundidade de assentamento inferior à largura da sapata (D ≤ B) →
desprezar a resistência ao cisalhamento da camada de solo situada
acima da cota de apoio da sapata → substituir a camada de solo de
espessura h e peso específico 𝛾 por uma sobrecarga 𝑞 = 𝛾ℎ
 Solo sob a base da sapata é compacto/rijo → Ruptura geral.

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2.1 TEORIA DE TERZAGHI

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2.1 TEORIA DE TERZAGHI

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2.1 TEORIA DE TERZAGHI


Fatores de correção: 2)Fatores de forma
 Formulação → sapatas corridas em solos possíveis de ruptura geral;

 Objetivo: Adaptar o trabalho original a realidade → sapatas circulares,


retangulares e quadradas.

1
𝒒 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞𝑁 𝑺 + 𝛾𝐵𝑁 𝑺
2

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2.1 TEORIA DE TERZAGHI


Fatores de correção: 2)Fatores de forma
 Solos puramente coesivos (∅ = 0) → capacidade de carga independe da dimensão
da sapata;

 Solos não coesivos (𝑐 = 0) → capacidade de carga depende diretamente das


dimensões da fundação, mas a profundidade é mais importante que o tamanho da
fundação.
1
𝒒 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞𝑁 𝑺 + 𝛾𝐵𝑁 𝑺
2
17

2.1 TEORIA DE TERZAGHI


Fatores de correção: 1)Tipo de ruptura
 Para os solos com ruptura por puncionamento, adequar a mesma equação com
redução empírica nos parâmetros do solo:

2 2
𝑐 = 𝑐 tan ∅ = tan ∅
3 3

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2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Contribuições de Vesic:
 Novos fatores de capacidade de carga
 Novos fatores de forma
 Nova proposição para a ruptura local.

1
𝒒 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞𝑁 𝑺 + 𝛾𝐵𝑁 𝑺
2
19

2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Fatores de capacidade de carga

1
𝒒 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞𝑁 𝑺 + 𝛾𝐵𝑁 𝑺 20

2
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2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Fatores de capacidade de carga

1
𝒒 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞𝑁 𝑺 + 𝛾𝐵𝑁 𝑺 21

2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Fatores de capacidade de carga

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2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Fatores de capacidade de carga

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2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Fatores de capacidade de carga

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2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Fatores de correção: Fatores de forma
 Os fatores de forma também dependem do ângulo de atrito do solo,
não apenas da geometria da sapata.

Sapata 𝑺 𝑺𝒒 𝑺
Corrida 1,00 1,00 1,00
Retangular 𝑁 1+ 𝐵 1 − 0,4 𝐵
1+ 𝐵 𝐿 𝑁 𝐿 tan ∅ 𝐿

Circular ou Quadrada 𝑁 1 + tan ∅ 0,60


1+ 𝑁
De Beer, 1967 apud Vesic, 1975
1
𝒒 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞𝑁 𝑺 + 𝛾𝐵𝑁 𝑺
2 25

2.2 TEORIA DE TERZAGHI + VESIC


Fatores de correção: Fatores de forma
 Formulação → sapatas corridas em solos possíveis de ruptura geral;
 Para os solos com ruptura por puncionamento, solução analítica através do
índice de rigidez do solo;
 Para efeitos práticos não há necessidade de cálculos aprimorados de
capacidade de carga pois prevalecerá o critério de recalque;
 É comum adotar a mesma redução proposta por Terzaghi.

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2.3 TEORIA DE TERZAGHI + SKEMPTON

Para Argilas saturadas na condição não drenada ∅ = 0

1
𝒒 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞𝑁 𝑺 + 𝛾𝐵𝑁 𝑺 = 𝑐𝑁 𝑺 + 𝑞
2

𝑺 = 1 + 0,2 𝐵 𝐿
𝑁 → Depende do fator de embutimento ⁄

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2.4 MÉTODO DE MEYERHOF


Fatores de correção: Fatores de forma
 Teoria de Terzaghi → desprezar a resistência ao cisalhamento da camada de
solo situada acima da cota de apoio da sapata
 Meyerhof → há contribuição da sobrecarga e da resistência do solo na camada
de solo situada acima da cota de apoio da sapata..

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2.4 MÉTODO DE MEYERHOF


Carga vertical excêntrica

Área efetiva de apoio com centro de


gravidade coincidente com o ponto de
aplicação da carga
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2.4 MÉTODO DE MEYERHOF


Carga vertical excêntrica

Área efetiva de apoio com centro de


gravidade coincidente com o ponto de
aplicação da carga
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2.5 TENSÃO EM DUAS CAMADAS

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2.5 TENSÃO EM DUAS CAMADAS

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3 CAP. DE CARGA EM SOLO ESTRATIFICADO


Solos arenosos:
 Peso especifico diminui quando se satura uma areia seca;
 Capacidade carga aumenta diretamente com o peso específico;
 N.A. entre o limite inferior do bulbo e a base da sapata → peso específico
reduzido e ângulo de atrito quase não se altera.
 Sapata apoiada em areia saturada a capacidade é reduzida quando comparada
com uma areia em condição não saturada.

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2.5 TENSÃO EM DUAS CAMADAS

Dados:
B = L = 3,00 m
h = 2,00 m

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Gráficos

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Gráficos

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Gráficos

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FUNDAÇÕES
INTRODUÇÃO AO PROJETO DE FUNDAÇÕES RASAS
LEONARDO CALHEIROS RODRIGUES

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 1


1.Parâmetros do solo

 Coesão: Principal parcela da resistência dos solos finos: argilas


 Ângulo de atrito: Principal parcela da resistência dos solos granulares: areias
 Peso específico

Os solos são compostos por vários tipos de grãos, logo


vão apresentar tanto coesão como ângulo de atrito →
Ensaios de cisalhamento direto ou de compressão triaxial

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1.Parâmetros do solo

“A resistência ao cisalhamento desenvolvida no interior das massas de


solos é a responsável pela capacidade que os solos tem de suportar as
tensões desenvolvidas pelas solicitações conservando sua estabilidade.
Caso contrário, as tensões desenvolvidas nas massas de solo podem levar a
uma condição de desequilíbrio e consequentemente a sua ruptura.
Conhecendo-se a resistência interna ao cisalhamento estaremos aptos a
realizar dimensionamento de estruturas de terra e fazer verificações das
condições de estabilidade dessas massas de solo.”

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1.Parâmetros do solo
A) COESÃO

a. Ensaios de laboratório
b. Teixeira e Godoy (1996) - correlação com Nspt :

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1.Parâmetros do solo
B) ÂNGULO DE ATRITO

a. Ensaios de laboratório
b. Godoy (1983) – condição não drenada

c. Teixeira (1996) – condição não drenada

d. Mello (1971): Areias - Gráfico

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1.Parâmetros do solo
B) ÂNGULO DE ATRITO
d. Mello (1971): Areias - Gráfico

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1.Parâmetros do solo
C) PESO ESPECÍFICO

a. Ensaios de laboratório
b. Godoy (1972) – TABELAS - ARGILAS

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1.Parâmetros do solo
C) PESO ESPECÍFICO

a. Ensaios de laboratório
b. Godoy (1972) – TABELAS - AREIAS

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1.Parâmetros do solo
C) PESO ESPECÍFICO

***Areia saturada – peso específico submerso – para


cálculo de capacidade de carga usar peso específico
efetivo, ou seja, desconta o peso específico da
água.

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO
Forças externas:
 Ações permanentes
 Ações variáveis
 Ações excepcionais

Forças reativas internas: Esforços Solicitantes


 Normal
 Cortante
 Momento fletor e torçor

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA ADMISSÍVEL:

“Tensão adotada em projeto que, aplicada pela fundação,


atende, com fatores de segurança pré-determinados, aos
estados limites último (ruptura) e de serviço (deformações).”

 Em outras palavras: “É a carga que, aplicada à sapata, que provoca


recalques que não produzem inconvenientes à estrutura e,
simultaneamente, oferece segurança satisfatória à ruptura ou escoamento
da fundação.”

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO
A) FILOSOFIA DA SOLICITAÇÃO ADMISSÍVEL
é

 Tensão admissível → Fundações diretas


 Carga admissível → Estacas
 Fator de segurança global → 3 para fundação direta e 2 para indireta

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO
A) FILOSOFIA DA SOLICITAÇÃO ADMISSÍVEL

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO
A) FILOSOFIA DA SOLICITAÇÃO ADMISSÍVEL

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO

a. Métodos teóricos
b. Métodos semi-empíricos
c. Prova de carga sobre placa

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO

a. Métodos teóricos: aplicação das fórmulas de capacidade de carga para


estimativa da tensão – estudos teóricos;

b. Métodos semi empíricos: correlações propostas a partir de resultados


“in situ”, como o SPT;

c. Prova de carga sobre placa: ensaio – método prático.

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO
 FS de acordo com a NBR6122:2010 – Projeto e execução de fundações

17
2.FILOSOFIAS DE PROJETO
 Pressões adm de acordo com a NBR6122:1996 – Projeto e execução de
fundações

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO
 Pressões adm de acordo com a NBR6122:1996 – Projeto e execução de
fundações

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2.FILOSOFIAS DE PROJETO

 Tensão admissível → capacidade de carga dividida por um fator de segurança


global
 Verificar recalques!

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3. MODOS DE RUPTURA
Capacidade de suporte do solo provém dos modelos:
 Ruptura Geral
 Ruptura localizada
 Ruptura por puncionamento

O tipo de ruptura ocorrerá em função da


compressibilidade do solo, geometria da
fundação, carregamento e embutimento.

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3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura Geral

 Formação de uma cunha que tem movimento vertical pra


baixo e que empurra lentamente duas outras cunhas, que
tendem a levantar o solo adjacente à fundação.
 Superfície de ruptura bem definida

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3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura Geral

 Nota-se um ponto de carga máximo;


 A formação da protuberância na superfície é acompanhada
pelo tombamento da fundação – a sapata pode girar;
 Frágil – Súbita – Catastrófica
 Baixos valores de recalque;

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3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura Geral

 Solos mais resistentes (menos deformáveis) com sapatas


suficientemente rasas;
 Areia compactada e muito compactas e argilas rijas e
duras.

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3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura Geral

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3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura Geral

Ruptura geral nas fundações de silos de concreto armado


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(TSCHEBOTTARIOFF, 1978)
3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura por Puncionamento

 Movimento vertical da fundação e a ruptura é verificada


pelos recalques → Deslocamento da sapata para baixo,
sem desaprumar;
 O solo fora da área carregada praticamente não participa
e não há movimentação do solo na superfície;

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3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura por Puncionamento

 O padrão de ruptura não é facilmente observado;


 Para a carga de ruptura os recalques passam a ser
incessantes com ou sem acréscimo de carga.
 Solos mais deformáveis (menos resistentes);

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3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura Localizada

 Caso intermediário;
 Solos de média resistência;
 O padrão só é bem definido logo abaixo da fundação;
 Não gira;

29
3. MODOS DE RUPTURA
A) Ruptura Localizada

 Poucos incrementos de carga causa recalques acentuados;


 Não há colapso catastrófico;
 Ocorre com frequência em sapatas mais profundas e
tubulões;
 Transição.

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3. MODOS DE RUPTURA

A. Ruptura geral → Areia compacta a muito compacta e


argila rija a dura;
B. Ruptura por puncionamento → Areia pouco compacta a
fofa e argila mole a muito mole;
C. Ruptura local → Areia medianamente compacta e argilas
médias

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3. MODOS DE RUPTURA
 Para o caso de areia, Vesic (1975) considera o
embutimento relativo da sapata h/B* e estabelece:

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3. MODOS DE RUPTURA
 Modo de ruptura em solo

Diagrama em função dos parâmetros do solo 33


3. MODOS DE RUPTURA
FATORES QUE INFLUENCIAM NO MODO DE RUPTURA:

1. Rigidez: quanto mais rígido → ruptura geral;


2. Geometria do carregamento - profundidade relativa
(h/B): quanto maior a profundidade → ruptura por
puncionamento;
3. Geometria do carregamento – geometria em planta (L/B):
não apresenta clareza;

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TENSÃO NO SOLO

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4. BULBO DE TENSÕES
TENSÃO SOB A SAPATA VARIA COM A PROFUNDIDADE

 Isóbara: Lugar geométrico dos


pontos que sofrem o mesmo
acréscimo de tensão.
 Curvas isobáricas

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4. BULBO DE TENSÕES
TENSÃO SOB A SAPATA VARIA COM A PROFUNDIDADE

Propagação de tensões Segundo uma inclinação


Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 1:2 (Perloff-Baron 1976 apud Cintra)37
4. BULBO DE TENSÕES
PROFUNDIDADE DO BULBO DE TENSÕES:

 Sapata circular ou quadrada ( L = B )


→ z = 2B
 Sapata retangular ( L = 2 a 4 B)
→ z = 3B
 Sapata corrida ( L ≥ 5B )
→ z = 4B

* B = menor lado
Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 38
4. BULBO DE TENSÕES
PROFUNDIDADE DO BULBO DE TENSÕES:

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FUNDAÇÕES
Introdução e Sondagens do Solo
LEONARDO CALHEIROS RODRIGUES
Introdução: Origem das Fundações

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 2


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 3


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 4


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 5


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 6


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 7


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 8


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 9


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 10


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 11


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 12


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 13


Introdução: Alguns insucessos Geotécnicos

Fundações - Prof. Leonardo Calheiros 14


INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA DO SUBSOLO!!

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OBJETIVOS – Investigação Geotécnica

 Apresentar informações do ponto de vista geotécnico para


o projeto de fundações superficiais e profundas

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Investigação do Subsolo

 Importância
 Informações obtidas
 Fases
 Tipos de investigação

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O Problema geotécnico
“ A informação solicitada nem sempre é a informação
necessária
A informação necessária nem sempre pode ser obtida.
A informação obtida nem sempre é suficiente
A informação suficiente nem sempre viável
economicamente “

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Objetivos da Investigação geotécnica

a. Determinação da extensão, profundidade e espessura das camadas do subsolo


até uma determinada profundidade. Descrição do solo de cada camada,
compacidade ou consistência, cor e outras características perceptíveis;
b. Determinação da profundidade do nível do lençol freático, lençóis artesianos
ou suspensos;
c. Informações sobre a profundidade da superfície rochosa e sua classificação,
estado de alteração e variações;
d. Dados sobre propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos ou rochas:
compressibilidade, resistência ao cisalhamento e permeabilidade.

Na maioria dos casos os problemas de engenharia são


resolvidos com base nas informações a) e b), obtidas em
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SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO (nbr 6484/80)


Escolha do Método e Amplitude de
Prospecção
 Finalidade e proporções da obra
 Características do Terreno
 Experiências e práticas locais
 Custo compatível com o valor da informação obtida.

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Falta de investigação: Informações
Inadequadas ou insuficientes

 Projeto Superdimensionado!!
 Projeto SUBdimensionado!!

 Orçamentos ERRADOS!!

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Sondagens a trado

 Trado: concha metálica dupla ou espiral que ao perfurar o solo guarda em seu
interior o material escavado.
 Processo simples rápido e econômico para investigações preliminares das
camadas mais superficiais dos solos. Permite a obtenção de amostras
deformadas ao longo da profundidade (de metro em metro). Muito empregado
na determinação do nível dágua e na perfuração inicial de sondagens
mecânicas.

 Ver NBR 9603/88 - Sondagem a Trado

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Sondagens a trado

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Sondagens a trado

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Ensaios in situ

 sondagem a percussão com SPT


 sondagens rotativas
 sondagens mistas
 ensaio de cone CPT
 ensaio pressiométrico PMT

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Sondagem de Simples Reconhecimento

 É o método de investigação do subsolo mais utilizado


 Possibilita determinar na maiorias das vezes as informações necessárias para
escolha e o projeto de fundações
 É de fácil execução
 Permite descrever o solo em profundidade e a obtenção de amostas

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Sondagem à percussão

 Identificações dos tipos de solo encontrados na perfuração;


 Coletar amostras das camadas tipicamente iguais até as profundidades
desejadas;
 Determinação da compacidade e/ou consistência dos solos;
 Verificação das espessuras das camadas tipicamente iguais;
 Verificação do nível do lençol freático;
 Verificação da existência de rochas ou matacões;
 Determinação da resistência mecânica dos solos através do Torque e utilizar
correlações existentes.
 Elaboração do perfil geológico - geotécnico;

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Sondagem à percussão - SPT
A sondagem é constituída das seguintes etapas :

 Abertura do furo
 Ensaio
 Amostragem
 Determinação do NA
 Desenho do perfil de sondagem
 Elaboração do relatório de sondagem

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SPT - Abertura
 Acima do NA utiliza-se primeiro o trado cavadeira e em seguida o trado
espiral ou o helicoidal
 Abaixo do NA utiliza-se o processo de recirculação d’água.

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Sondagem à percussão - SPT
Em campo ocorre a repetição metro a metro das 3 atividades:

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SPT – Sequência abaixo do nível d’água

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SPT – ENSAIO

 É realizado nos 45cm finais de cada metro.


 Determina-se o No de golpes necessários para cravação de um amostrador de
45cm através de um peso de 65kg caindo em queda livre a uma altura de
75cm
 O índice SPT é a soma dos números de golpes necessários para cravação dos
30cm finais do amostrador

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SPT – ENSAIO

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SPT – ENSAIO

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SPT – Paralisação do ensaio

 Se em 3 m sucessivos for necessários 30 golpes para penetração dos 15 cm


iniciais do amostrador;
 Se em 4 m sucessivos for necessários 50 golpes para penetração dos 30 cm
iniciais do amostrador;
 Se em 5 m sucessivos for necessários 50 golpes para penetração dos 45 cm
iniciais do amostrador. Justificativa geotécnica ou solicitação do cliente.
 Quando os avanços da perfuração, por circulação de água forem inferiores a
50mm após 10 minutos

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SPT – Amostrador

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SPT – Amostrador

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SPT – Número de furos

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SPT – Informação das camadas

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SPT – Relatório de Sondagem

a. É constituído de dados gerais sobre a obra


b. Planta com localização dos furos (croqui)
c. Perfil de sondagem de cada furo
d. Perfis longitudinais ao longo do alinhamento dos furos

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SPT – Perfis de Sondagem

a. Posições de amostragem
b. Indicação do nível d'água (durante a sondagem e após 24h)
c. Indicação do Nspt ao longo da profundidade
d. Descrição das camadas: tipo de solo, consistência ou compacidade, cor e
demais características perceptíveis (NBR 7250/82 - Identificação e descrição
de amostras de solos obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos
solos
e. Motivo da paralisação do ensaio

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SPT – Perfis de Sondagem

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SPT – Fatores que influenciam nos result.
Fatores ligados ao equipamento
a. Forma, dimensões e estado de conservação do amostrador
b. Peso e estado de conservação das hastes
c. Martelo de bater e superfície de impacto for a de especificação
d. Diâmetro do tubo de revestimento

Fatores ligados à execução da sondagem


a. Variação na energia de cravação (altura do martelo, atrito)
b. Procedimento de avanço da sondagem
c. Má limpeza do furo
d. Furo de diâmetro inadequado
e. Lavagem excessiva
43
f. Contagem errada
Cálculo da profundidade de sondagem:

Até a profundidade onde o acréscimo de tensão no solo, fruto das cargas


estruturais, for menor do que 10% da tensão geostática efetiva (usar ábaco da
NBR 8036/83);

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Sondagem Rotativa

a. Empregadas quando a sondagem de simples reconhecimento atinge estrato


rochoso, matacões ou solos impenetráveis à percussão.
b. Consiste no uso de um conjunto motomecanizado com ação perfurante e
rotativa sobre rochas.
c. Obtenção de testemunhos de sondagem: amostras de materiais rochosos

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Sondagem Rotativa

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Sondagem Rotativa

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Sondagem Rotativa – Qualidade da Rocha

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Sondagem Rotativa – Qualidade da Rocha
Classificação da qualidade da rocha com base na PR

∑ 𝐶𝑂𝑀𝑃𝑅𝐼𝑀𝐸𝑁𝑇𝑂 𝐷𝑂𝑆 𝑇𝐸𝑆𝑇𝐸𝑀𝑈𝑁𝐻𝑂𝑆


𝑃𝑅 =
𝐶𝑂𝑀𝑃𝑅𝐼𝑀𝐸𝑁𝑇𝑂 𝐷𝐴 𝑇𝐸𝑆𝑇𝐸𝑀𝑈𝑁𝐻𝐴𝐺𝐸𝑀

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Sondagem Rotativa – Qualidade da Rocha
Classificação da qualidade da rocha com base no RQD

∑ 𝐶𝑂𝑀𝑃𝑅𝐼𝑀𝐸𝑁𝑇𝑂 𝐷𝑂𝑆 𝑃𝐸𝐷𝐴Ç𝑂𝑆 𝑀𝐴𝐼𝑂𝑅𝐸𝑆 𝑄𝑈𝐸 10 𝑐𝑚


𝑅𝑄𝐷 =
𝐶𝑂𝑀𝑃𝑅𝐼𝑀𝐸𝑁𝑇𝑂 𝐷𝐴 𝑇𝐸𝑆𝑇𝐸𝑀𝑈𝑁𝐻𝐴𝐺𝐸𝑀

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Sondagem Rotativa – Qualidade da Rocha
Exemplo: Em manobra de 1m foi recuperado o seguinte material:

50
𝑃𝑅 = = 50% Muito alterada a Medianamente alterada
100

13
𝑅𝑄𝐷 = = 13% Qualidade muito ruim 51
100
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SONDAGENS MISTAS

 Sondagem a percussão para o trecho em solo


 Sondagem rotativa para o trecho em rocha

Sondagem mista: percussão + rotativa

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ENSAIO DE CONE – CPT
 “O ensaio consiste basicamente na cravação a velocidade lenta e constante
de uma haste com ponta cônica, medindo-se a resistência encontrada na
ponta e a resistência por atrito lateral.”
 Mede-se o esforço necessário para cravação no solo (resistência à penetração)
de uma ponteira cônica solidária a um conjunto de hastes

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ENSAIO DE CONE – CPT
 Consiste na cravação estática lenta de um cone mecânico ou elétrico que
armazena em um computador os dados a cada 2 cm
 O cone alocado nesta bomba hidráulica é penetrado no terreno a uma
velocidade de 2 cm por segundo
 O próprio equipamento, por ser hidráulico, crava o cone no terreno e
funciona como uma prensa
 Após cravado ele adquire os dados de forma automática e o próprio sistema
captura os índices e faz o registro contínuo dos mesmos ao longo da
profundidade.

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ENSAIO DE CONE – CPT
 O equipamento do cone apresenta um
conjunto de células de carga junto à
ponta cônica, que permite a medida
da resistência de ponta (qc),
 Uma luva de atrito para determinação
do atrito lateral do solo e transdutores
de pressão capazes de medir a poro
pressão do solo.

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ENSAIO DE CONE – CPT

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ENSAIO DE CONE – CPT
MÉTODO DE EXECUÇÃO:

 Preparação do cone
 Cravação com sistema hidráulico
 Penetração a 2,0 cm/s
 Registros contínuos (a cada 2cm)
 Aquisição automática dos dados.

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ENSAIO DE CONE – CPT
VANTAGENS:

 Cravação quase estática;


 Precisão – Confiabilidade do resultado;
 Medição da poro pressão;
 Rapidez de execução e agilidade dos resultados.

DESVANTAGENS:

 Requer profissional de maior experiência e qualificação;


 Acesso limitado do equipamento;

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ENSAIO DE CONE – CPT

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ENSAIO DE CONE – CPT

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ENSAIO DE CONE – CPT

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