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Calvino como pastor, evangelista e

missionário
Harry L. Reeder 30 de abril de 2009 32,166 Visualizações Artigo3 min de leitura
Sem categoria Pensamento Cristão

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Muitos conhecem a acusação de que os calvinistas se preocupam somente com


doutrina e são indiferentes à evangelização e missões. Além disso, o calvinismo é
acusado de ser contraproducente em relação ao empreendimento de evangelização
e missões. Isso é errado não somente no que diz respeito à história, conforme revela
um exame da lista de grandes pastores-evangelistas e missionários que eram
declaradamente calvinistas (ou seja, George Whitefield, Charles H. Spurgeon,
William Carey, David Brainerd, Jonathan Edwards, etc.), mas também no que diz
respeito ao próprio Calvino.
A paixão de Calvino como pastor-evangelista se revelou de várias maneiras. Calvino
evangelizava persistentemente as crianças de Genebra, por meio de aulas de
catecismo e da Academia de Genebra. Além disso, ele treinava pregadores a
rogarem aos homens e mulheres que seguissem a Cristo. A visitação na enfermidade
prescrevia uma conversa evangelística. Até uma análise superficial dos sermões de
Calvino mostra de imediato um zelo permanente para que homens e mulheres
fossem convertidos a Cristo.
E o que podemos dizer sobre missões? O Registro da Venerável Companhia de
Pastores relata que 88 missionários foram enviados de Genebra. De fato, houve mais
do que cem, e muitos deles foram treinados diretamente por Calvino.
Contudo, missões foram realizadas em um nível mais informal. Genebra se tornou o
imã de crentes perseguidos, e muitos desses imigrantes foram discipulados e
retornaram ao seu país como missionários e evangelistas eficazes.
Quando se acalmaram os tempos turbulentos no ministério pastoral de Calvino,
surgiu a oportunidade para expansão missionária intencional e implantação de
igrejas. A bênção de Deus sobre os esforços missionários de Calvino e das igrejas de
Genebra, de 1555 a 1562, foi extraordinária — mais de 200 igrejas secretas foram
implantadas na França por volta de 1560. Até 1562, o número crescera para 2.150,
produzindo mais de 3.000.000 de membros. Algumas dessas igrejas tinham
congregações que totalizavam milhares de membros. O pastor de Montpelier
informou a Calvino, numa carta, que “nossa igreja, graças a Deus, tem crescido, e
continua a crescer tanto a cada dia, que pregamos três sermões aos domingos para
mais de cinco ou seis mil pessoas”.
Outra carta, do pastor de Toulouse, declarava: “Nossa igreja continua crescendo até
ao admirável número de oito ou nove mil almas”. A amada França de João Calvino,
por meio de seu ministério, foi invadida por mais de 1.300 missionários treinados
em Genebra. Esse esforço, conjugado com o apoio de Calvino aos valdenses,
produziu a Igreja Huguenote Francesa que quase triunfou sobre a Contra-Reforma
católica na França.
Calvino não evangelizou e implantou igrejas somente na França.

Os missionários treinados por ele estabeleceram igrejas na Itália, Holanda, Hungria,


Polônia, Alemanha, Inglaterra, Escócia e nos estados independentes da Renânia.
Ainda mais admirável foi uma iniciativa que enviou missionários ao Brasil.

O compromisso de Calvino com a evangelização e missões não era teórico, mas,


como em todas as outras áreas de sua vida e ministério, era uma questão de atividade
zelosa e compromisso fervoroso.

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