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1. Kether - A Coroa, o poder equilibrante.

2. Hocmah – A Sabedoria, equilibrada na sua ordem imutável pela iniciativa da Inteligência.


3. Binah – A Inteligência ativa, equilibrada pela Sabedoria.
4. Chesed – A Misericórdia, segunda concepção da Sabedoria, sempre benévola, porque é forte.
5. Geburah – O Rigor necessitado pela própria Sabedoria e pela Bondade. Sofrer o mal e é impedir
o bem.
6. Tiphereth – A Beleza, concepção luminosa do equilíbrio nas formas, o intermediário entre a coroa
e o reino, o princípio mediador entre o criador e a criação. (Que sublime idéia não achamos aqui da
poesia e do seu soberano sacerdócio!)
7. Netsah – A Vitória, isto é, o triunfo eterno da inteligência e da justiça.
8. Hod - A Eternidade das vitórias do espírito sobre a matéria, do ativo sobre o passivo, da vida
sobre a morte.
9. Yesod - O Fundamento, isto é, a base de toda crença e de toda verdade, é o que chamamos em
filosofia o Absoluto.
10. Malkuth - O Reino, é o universo, é a criação inteira, a obra e o espelho de Deus, a prova da
razão suprema, a conseqüência formal que nos força a remontar às premissas virtuais, o enigma cuja
palavra é Deus, isto é: razão suprema e absoluta.

Temos de falar agora dos Taros, sob o ponto de vista cabalístico. Já indicamos a fonte oculta de seu
nome. Este livro hieroglífico se compõe de um alfabeto cabalístico e de uma roda ou círculo de
quatro décadas, especificadas por quatro figuras simbólicas e típicas, tendo cada uma, para raio,
uma escada de quatro figuras progressivas representando a Humanidade: homem, mulher, moço e
criança; senhor, senhora, combatente e criado. As vinte e duas figuras do alfabeto representam
primeiramente os treze dogmas, depois as nove crenças autorizadas pela religião hebraica, religião
forte e fundada sobre a mais alta razão. Eis a chave religiosa e cabalística dos Taros, expressa em
versos técnicos à maneira dos antigos legisladores:

"Eis aqui, agora, quais são os privilégios e poderes daquele que tem na sua mão direita as clavículas
de Salomão e na esquerda o ramo de amendoeira florida:”.
a Aleph - Vê Deus face a face, sem morrer, e conversa familiarmente com o sete gênios que
mandam em Toda a milícia celeste.
b Beth - Está acima de todas as aflições e de todos os temores.
g Ghimel - Reina com o céu inteiro e se faz servir por todo o inferno.
d Daleth - Dispõe da sua saúde e da sua vida e pode também dispor das dos outros.
h Hê - Não pode ser surpreendido pelo infortúnio, nem atormentado pelos desastres, nem vencido
pelos inimigos.
w Vav - Sabe a razão do passado, do presente e do futuro.
z Zain - Tem o segredo da ressurreição dos mortos e a chave da imortalidade.
São estes os sete grandes privilégios. Eis os que seguem depois:
j Cheth - Achar a pedra filosofal.
f Teth - Ter a medicina universal.
y Iod - Conhecer as leis do movimento perpétuo e poder demonstrar a quadratura do círculo.
k Caph - Mudar em ouro não só todos os metais, mas também a própria terra, e até as imundícies
terra.
l Lamed - Dominar os animais mais ferozes, e saber dizer palavras que adormecem e encantam
serpentes.
m Mem - Possuir a arte notória que dá a ciência universal.
n Nun - Falar sabiamente sobre todas as coisas, sem preparação e sem estudo.
Eis aqui, enfim, os sete menores poderes do mago:
s Samech - Conhecer à primeira vista e fundo da alma dos homens e os mistérios do coração das
mulheres.
u Hain - Forçar, quando lhe apraz, a natureza a manifestar-se.
p Phe - Prever todos os acontecimentos futuros que não dependam em um livre-arbítrio superior ou
de uma causa incompreensível.
x Tsade - Dar de momento a todos as consolações mais eficazes e os conselhos mais salutares.
q Coph - Triunfar das adversidades.
r Resch - Dominar o amor e o ódio.
c Schin - Ter o segredo das riquezas, serem sempre seu senhor e nunca o escravo. Saber gozar
mesmo da pobreza e jamais cair na abjeção nem na miséria.
t Thau - Acrescentaremos a estes setenários, que o sábio governa os elementos, faz cessar as
tempestades, cura os doentes, tocando-os, e ressuscita os mortos!

1 a Tudo mostra uma causa inteligente, ativa. 2 b O número dá prova da unidade viva. 3 g Nada
pode limitar aquele que tudo contém. 4 d Só, antes de qualquer princípio, está presente em toda
parte. 5 h Como é único senhor, é o único adorável. 6 w Revela aos corações puros seu dogma
verdadeiro. 7 z Mas é preciso um só chefe às obras da fé. 8 j É por isso que só temos um altar, uma
lei. 9 f E nunca o Eterno mudará a sua base. 57 10 y Dos céus e dos nossos dias regula cada fase. 11
k Rico em misericórdia e enérgico no punir. 12 l Promete a seu povo um rei no porvir. 13 m O
túmulo é a passagem para a terra nova. Só a morte acaba, a vida é eterna. Tais são os dogmas puros,
imutáveis, sagrados. Completemos, agora, os números reverenciados: 14 n O bom anjo é aquele que
acalma e tempera. 15 s O mau é o espírito de orgulho e cólera. 16 u Deus manda no raio e governa o
fogo. 17 p Vésper e o seu orvalho obedecem a Deus. 18 x Coloca sobre nossas torres a Lua como
sentinela. 19 q O seu sol é a fonte em que tudo se renova. 20 r O seu sopro faz germinar o pó dos
túmulos. 0 ou 21 c Onde os mortais sem freio descem em multidão. 21 ou 22 t Sua coroa cobriu o
propiciatório.

De septem secundeis, id est intelligentiis sive spiritibus orbes post Deum moventibus
Dos sete segundos, isto é, as inteligências ou espíritos que movem os mundos depois
de Deus

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