Você está na página 1de 12

NOSSA

SENHORA
DE
PELLEVOISIN
MULHER
PREDESTINA
A FAMÍLIA
Estelle Faguette nasceu no dia 12 de setembro de 1843 em Saint-Memmie perto de
Châlons-sur-Marne, na França, de pais muito pobres. Sempre foi uma moça bastante
religiosa e se tornou Filha de Maria com a idade de 14 anos (1857). Seus pais sem
trabalho fixo dependiam de auxílio financeiro, pois se encontravam em serias
dificuldades para manutenção do lar. Ela, Estelle, era quem providenciava com seu
trabalho o abastecimento, colocando todo o necessário em casa. Mas a jovem Estelle
também estava sempre doente, revelando que o seu organismo necessitava de
maiores cuidados. Tendo que trabalhar, passou a levar uma vida simples de
empregada doméstica. Aconselhada por seu confessor, que era o Pároco da Igreja de
Santa Madeleine, em Paris, entrou na Ordem Religiosa das Freiras Agostinianas,
servindo como Enfermeira no Hôtel-Dieu, grande hospital da capital francesa. Desse
modo, podia assim simultaneamente cuidar dos doentes e também, ser tratada dos
seus muitos problemas de saúde. Entretanto a sua constituição física não ajudava, na
continuidade do trabalho passou a sentir uma fraqueza no corpo cada vez maior e
mais intensa, o que a levou interromper o Noviciado com as Irmãs Agostinianas em
1863.

BABÁ E DOMÉSTICA

Ela morava com seus pais na pequena cidade de Pellevoisin, pertencente à Diocese de
Bourges, no Berry, centro da França, que era o local de preferência comercial de toda
aquela região agrícola, que englobava um movimento com aproximadamente um
milhão de pessoas. Por outro lado, Estelle sempre muito piedosa participava das
cerimônias na Igreja com frequência, cativando a simpatia e amizade dos
frequentadores habituais. Certo dia uma religiosa apresentou-a a família do senhor
Conde de La Rochefoucauld que necessitavam de uma auxiliar no lar. Sua esposa
contratou Estelle como empregada doméstica e babá das crianças em sua residência
no Castelo de Poiriers-Montbel, a três quilômetros de Pellevoisin. Este fato representou
um grande alívio financeiro a seus pais, considerando que ela passou a receber um
bom salário, que era de vital importância para o sustento da família.
A convivência diária e a fina educação dos seus patrões logo despertaram em Estelle
uma grande admiração por eles. Assim, ela procurava retribuir aquela amizade e
admiração com um trabalho competente e atencioso. Por isso mesmo, na continuidade
dos anos, nas sérias manifestações da sua doença, eles também não faltaram,
cuidaram de Estelle “com grande dedicação”, segundo as palavras dela mesma. A
bondade e atenção da Condessa de La Rochefoucauld sempre a consolaram, em todas
as oportunidades.

UMA MULHER DOENTE


E assim, Estelle permaneceu com sua doença em tratamento por cerca de 10 a 12 anos,
trabalhando com competência no Castelo e com os filhos da Condessa. Mas, em junho
de 1875 o seu quadro clínico se agravou. As opiniões dos especialistas eram
totalmente desanimadoras. Os diagnósticos apresentados pelos médicos Dr. Benard e
Dr. Hubert, com clínica em Buzançais, cidade próxima, atestavam que Estelle Faguette
sofria de Tuberculose, também Peritonite aguda, sendo ainda portadora de um tumor
abdominal (provavelmente um abscesso). Com este quadro infeccioso em 10 de
Fevereiro de 1876, indicava uma morte bem próxima. Inclusive os dois médicos
chegaram a estimar que ela tivesse apenas poucos dias de vida.
Evidentemente era uma situação crítica, porque Estelle estava com apenas 33 anos de
idade, e aquela notícia além de ser terrível para a vida dela, também deixou
traumatizada a sua família que dependia daquele precioso salário que ela recebia.

SUPLICANDO A AJUDA DIVINA


Com imensa fé na misericórdia Divina, Estelle escreveu uma carta a SANTÍSSIMA
VIRGEM MARIA suplicando que ELA, a MÃE DE DEUS por SUA bondade e carinho
maternal, intercedesse junto a JESUS, Seu Querido e Amado FILHO, pedindo a sua
cura. Com habilidade conseguiu uma oportunidade de se deslocar até o Castelo de
verão da Família Rochefoucauld, em Montbel, que também estava a três quilômetros
de Pellevoisin, e num pequeno Oratório que existia na entrada da propriedade, havia
uma bela imagem da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA. Ela colocou uma carta aos pés da
imagem da VIRGEM, ajoelhou, rezou muito e chorou junto a imagem de NOSSA
SENHORA. Depois, voltou para o Castelo Poiriers-Montbel.

RECEBEU A UNÇÃO DOS ENFERMOS


Nesse mesmo mês de fevereiro de 1876, a Condessa teve que viajar a Paris, e em
virtude da situação da doméstica não ser boa, para não deixar Estelle sozinha no
Castelo, providenciou um alojamento a ser disponibilizado para ela numa casa perto
da Igreja Paroquial em Pellevoisin e também, um lugar no Cemitério de Pellevoisin ao
lado da Igreja, para sepultura da sua criada tão apreciada e amiga, se ela morresse.
Nesta oportunidade a família dos pais de Estelle tendo sido avisados, mudaram
imediatamente para esta casa, a fim de dar total assistência à filha. O caso dela era
verdadeiramente tão grave, que Estelle estava incapaz de comer qualquer coisa, exceto
líquidos.
No dia 14 de Fevereiro, o seu médico, Dr. Hubert foi chamado às pressas, e
examinando-a novamente, constatou que ela provavelmente tivesse apenas algumas
horas de vida. Assim, considerando o aviso médico, seus pais chamaram o sacerdote
e Estelle recebeu o Sacramento da Unção dos Enfermos. Foi muito bom, porque ela
ficou mais calma, e apesar de desenganada pelo médico, passou a esperar
resignadamente a morte.

ENTREGA TOTAL
Entre orações e lembranças do passado, renovava a cada instante o seu oferecimento
a DEUS: “Meu DEUS, seja feita a VOSSA Vontade”. . E logo fazia outra invocação:
“Senhor, sabes melhor do que eu o que necessito: faça o que quiser, mas ajude-me a
oferecer o meu sacrifício com a maior generosidade!”
Dias após estes acontecimentos, sentindo-se bem melhor ela disse: “Verdadeiramente,
aquelas palavras vieram das profundezas do meu coração. E DEUS NOSSO SENHOR
aceitou a minha oração”.
Desde o dia em que recebeu a Unção dos Enfermos, ela permaneceu deitada, com o
espírito em grande tranquilidade. Aconteceu, todavia, que no entardecer daquele dia,
do lado direito da cama, ela viu uma figura com forma humana horrível, ameaçadora,
que agarrou o leito e sacudiu violentamente. Não era “Quem” ela esperava, mas Estelle
não duvidou, era o bicho horroroso, o demônio. Mas o que essa "coisa" queria? O
demônio presente na hora da minha morte? Ela ficou tomada de pânico, porque aquela
presença maligna significava o "inferno". Entretanto, NOSSA SENHORA também
apareceu imediatamente e logo perguntou a satanás: “O que você está fazendo aqui?
Você não enxerga quem veste o MEU uniforme e do MEU FILHO?” O demônio rosnou
qualquer coisa inaudível. Então a VIRGEM MARIA falou para tranquiliza-la: “Não tenha
medo, você sabe muito bem que é MINHA FILHA”. De fato, Estelle havia ingressado na
Congregação das Filhas de Maria em 1857. Em seguida, NOSSA SENHORA
desapareceu.
Pouco depois, nessa mesma noite do dia 14 para 15 de Fevereiro de 1876, uma
segunda-feira, a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA voltou, acontecendo verdadeiramente
uma Primeira Visita da VIRGEM MÃE a Estelle.

PRIMEIRA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


A VIRGEM MARIA lhe disse: “Você deverá sofrer por mais cinco dias em honra das
cinco chagas de CRISTO. No fim dos cinco dias, deverá morrer ou será curada. Se MEU
FILHO lhe conceder a vida, depois você deverá divulgar a MINHA glória”.
Estelle ficou pensando como poderia anunciar a Glória de MARIA... E então, viu junto
de NOSSA SENHORA uma placa de mármore branco como exemplo, fornecido pela
SANTA MÃE. Então ela compreendeu o que devia fazer e ficou pensando, onde colocar
aquela placa? Na Eglise de Notre Dame des Victoires em Paris ou em Pellevoisin?
NOSSA SENHORA disse: “Em Notre Dame des Victoires em Paris já existem muitos
testemunhos de Meu Poder. Em Pellevoisin, não existe nenhum. Os fiéis daqui têm
necessidade de um estimulo.” Estelle então prometeu fazer um esforço maior pela
glória da MÃE SANTÍSSIMA. Nesse momento NOSSA SENHORA desapareceu.

SEGUNDA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


Na noite seguinte a SANTÍSSIMA VIRGEM apareceu novamente. Era terça-feira, e o
demônio também voltou a aparecer. Mas desta vez ele guardou certa distância da cama,
ficou só olhando de longe. NOSSA SENHORA aproximou-se e disse a Estelle: “Não
temas, estou aqui. Se MEU FILHO lhe concede a vida, será uma bênção para você.
Serás curada no sábado e anunciarás a Minha Glória”.
- “Mas minha bondosa MÃE, já que estou bem preparada, não é melhor que eu morra?”
- “Ingrata, se Meu FILHO lhe salva, é porque tens necessidade da vida. Como ficarão
seus parentes? Por isso ELE conservará a sua vida, mas não creio que lhe poupará os
sofrimentos. Porque o sofrimento dá méritos à vida. Foi a sua resignação e paciência
que sensibilizaram o CORAÇÃO do MEU FILHO. Não percas o benefício que você
escolheu”.
Neste mesmo momento, Estelle viu numa tela, as suas faltas passadas. Faltas que ela
considerava sem importância. NOSSA SENHORA desapareceu deixando-a em grande
contrição, pois ela compreendeu que mesmo os pecados veniais ofendem e são
detestados por NOSSA SENHORA.

TERCEIRA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA.


Aconteceu na quarta-feira. O demônio ainda apareceu; continuou rondando Estelle,
todavia estava mais longe. Contudo ela observou os seus gestos de ódio. Na verdade,
Estelle estava também com certo temor, em face dos seus próprios pecados vistos na
noite anterior. Entretanto a VIRGEM MARIA disse: “Ânimo, minha filha, aquilo já
passou, a sua conversão resgatou as faltas passadas.”
Num gesto misericordioso a VIRGEM apresentou numa tela os atos de virtudes dela,
realçando o lado bom do coração de Estelle; também os grandes desejos que estavam
no seu coração de jovem: a santificação dos bons; a conversão dos pecadores; o
cultivo da bondade e da fraternidade de uns com os outros. Depois NOSSA SENHORA
disse: "EU sou Misericordiosa e obtenho tudo do MEU FILHO. Sua boa ação, suas
orações fervorosas e sua cartinha tocaram o Meu Coração Materno. Na pequena carta
que você me escreveu em Setembro, sobretudo esta frase me tocou particularmente:
“Vede a situação de meus pais, caso eu venha a morrer. Eles teriam que pedir esmolas.
Lembrai-VOS dos VOSSOS sofrimentos quando vistes JESUS, VOSSO FILHO, cravado
na Cruz”. “Mostrei essa carta ao MEU FILHO. Teus pais necessitam de ti. De agora em
diante, trata de ser fiel. Não percas as graças que lhe são dadas, e anuncia a minha
glória”. NOSSA SENHORA se despediu e desapareceu.

QUARTA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


Foi uma visita rápida, mas NOSSA SENHORA fez questão de lembrar a Estelle Faguette,
a recomendação de anunciar a glória da SANTA MÃE DE DEUS.

QUINTA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


Sexta-feira dia 18 de Fevereiro, o estado de saúde de Estelle se agravou. Padre Salmon,
que era o seu confessor, julgando que ela se encontrasse no final de sua existência,
se dispôs a ouvir a sua Confissão. Ela se recusou, agradecendo a visita dele, mas disse
que só se confessará depois da sua cura, que ela espera com confiança, acontecer no
dia seguinte, sábado. O Padre saiu.
No dia seguinte ás 6 horas da manhã, o Padre Salmon voltou para ver como estava
Estelle. Encontrou-a ainda no leito, e para sua surpresa, “viva”. A previsão médica de
morte, não se confirmou. Ele então, como das vezes anteriores, celebrou a Santa Missa
no quarto dela, também na presença de outras pessoas. Terminada a Missa perguntou
a Estelle como ela se sentia? Ela fez o sinal da Cruz com o braço direito totalmente
cicatrizado (das injeções e drogas injetadas), levantou-se normalmente, foi ao lavatório
e vestiu-se sozinha, sorrindo e radiante de saúde. Sem exagero, a cidade quase inteira
de Pellevoisin veio visitá-la para ver o admirável e extraordinário milagre acontecido.
Também vieram os médicos que a julgaram condenada. Realizaram todos os exames
e ficaram impressionados. Estelle estava totalmente curada. Para a comprovação
definitiva, Estelle foi levada a Paris para o Dr. Bucquoy, da Academia de Medicina de
Paris a examinar. O parecer dele foi decisivo para a comissão de saúde que em 1877
estudava o caso. E a cura dela não foi passageira aos 33 anos de idade, Estelle viveu
em boa saúde até a idade de 86 anos.
Mas o que aconteceu durante aquela noite? NOSSA SENHORA apareceu e se postou
bem próxima ao leito de Estelle. Ao lado da Santa Mãe havia uma placa de mármore
com a seguinte inscrição: “Invoquei MARIA no auge de minha miséria, e ELA obteve
de SEU FILHO minha cura total”. Seguia-se a assinatura: Estelle F. Um coração
transpassado por um punhal e cercado de rosas na parte superior da placa. Era um
modelo para Estelle mandar fazer uma placa de mármore igual. Estelle prometeu a
VIRGEM MARIA se empenhar sempre para a maior Glória da SANTA MÃE. NOSSA
SENHORA lhe recomendou: “Se queres ME servir, sê simples; e que teus atos
correspondam às tuas palavras”. Estelle lhe perguntou se deveria se tornar uma
religiosa consagrada, e a VIRGEM respondeu: “Pode-se salvar em todas as condições.
Em qualquer trabalho. Podes fazer muito bem e anunciar a minha glória tal como está.
O que me aflige é existir pessoas com falta de respeito por MEU FILHO na Santa
Eucaristia, e a atitude de distração de algumas pessoas, pensando outras coisas
durante a oração. Digo isto para as pessoas que pretendem ser piedosas, para que não
façam isso”. Estelle perguntou se deveria transmitir aos outros tudo o que acabava de
ouvir, e NOSSA SENHORA respondeu: “Sim, claro, anuncia a minha glória, mas antes
de falar, espera o conselho de seu confessor e diretor espiritual. Porque sofrerás
ciladas, e lhe chamarão de visionária, de exaltada, de louca. Eu lhe ajudarei”. A VIRGEM
MARIA se despediu.
Uma vez curada, Estelle lançou-se ao trabalho pela glória de NOSSA MÃE SANTÍSSIMA,
tal como ELA lhe havia pedido.

SEXTA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


Afligindo-se com suas próprias imperfeições, na execução do trabalho para a Glória de
NOSSA SENHORA, durante a oração do Rosário a VIRGEM MARIA lhe apareceu:
“Calma, Minha filha. Paciência. Terás sofrimentos, mas estarei sempre ao seu lado”.
SÉTIMA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
No dia 2 de Julho, festa da Visitação da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, NOSSA
SENHORA lhe apareceu às 23h30. A MÃE DE DEUS estava linda como sempre, cercada
de rosas de todas as cores, particularmente brancas, vermelhas e amarelas. Foram três
curtas aparições, como a nos recordar os três Terços que compõem o Rosário. ELA
disse: "Tens anunciado a minha glória. Continua minha filha. Meu FILHO tem almas
prediletas. O CORAÇÃO DE JESUS tem tanto Amor pelo MEU CORAÇÃO, que nada
LHE recusa. Por MEU intermédio ELE tocará os corações mais empedernidos". Estelle
queria ainda pedir um sinal do poder da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, mas não
conseguia se exprimir adequadamente. NOSSA SENHORA lendo o seu pensamento,
disse: “Tua cura não é uma das maiores provas de meu poder?” E acrescentou: “Vim
para a conversão dos pecadores”.

OITAVA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


No dia seguinte NOSSA SENHORA apareceu mais uma vez cercada de rosas. Estelle a
esperava com certa agitação, e NOSSA SENHORA a repreendeu suavemente: “Gostaria
que fosses mais calma. EU não tinha marcado dia e nem hora em que voltaria.
Necessitas de repouso. Ficarei apenas alguns minutos”.

NONA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


Aconteceu no dia 9 de Setembro. NOSSA SENHORA insistiu com Estelle, que ela
deveria manter a necessária calma, procurando controlar a sua ansiedade. “Foste
privada de minha presença no dia 15 de Agosto (Assunção de NOSSA SENHORA aos
Céus),"porque não tinhas suficiente calma. Ainda ontem EU pensei em vir, mas tiveste
que ficar sem Minha Presença. Esperava de você, um decidido ato de submissão e de
obediência. Há muito tempo os Tesouros de MEU FILHO estão abertos”. Estelle, moça
simples, com pouca instrução social, ficava afobada, apressada, em face das visitas
de NOSSA SENHORA. E aquilo incomodava a MÃE DE DEUS, porque não era uma
atitude normal, e por isso ELA insistia, para que Estelle mantivesse a calma. Nesse
instante NOSSA SENHORA lhe deu o escapulário do SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS,
tirando-o de seu peito: “Tenho predileção por esta devoção, e nela estarei honrada".
NOSSA SENHORA, Apóstola da Devoção ao SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, trazia
consigo esse Escapulário, e nos recomendou, a todos nós, o CORAÇÃO que tanto
amou os homens.

DÉCIMA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA


A VIRGEM SANTÍSSIMA portava também esse Escapulário quando Apareceu pela
DÉCIMA VEZ, e não o deixará mais. Eram três horas da tarde, soaram as Vésperas, e
ELA disse antes de desaparecer: “Que todos rezem”.

DÉCIMA PRIMEIRA APARIÇÃO


Aconteceu na presença de 15 pessoas. Era uma sexta-feira, dia 15 de Setembro.
NOSSA SENHORA apareceu com as Mãos juntas em Oração. Ela disse: “Sei que fizeste
um grande esforço para se manter calma. Não é apenas a você que peço calma, mas
para toda Igreja e para a França. A Igreja não goza daquela paz que EU desejo”. .Após
profundo suspiro acrescentou: “Que todos rezem e tenham confiança em MIM. Oh
França! O que não fiz para este país? Quantas advertências! E mesmo assim ela se
recusa ouvir. Não posso mais conter o MEU FILHO”. E terminou acentuando
especialmente estas palavras: “A França sofrerá”.
Então, passaram diante dos olhos de Estelle vários quadros nunca vistos antes:
soldados com uniformes azuis, que ela não conhecia, usando capacetes diferentes “em
forma de caldeirão”, segundo a expressão que ela mesma usou. Estavam
entrincheirados. Tempos depois, durante a Primeira Grande Guerra Mundial, ela
reconheceu aquelas fardas nos soldados.

DÉCIMA SEGUNDA APARIÇÃO


Aconteceu no dia 1º de Novembro de 1876 e NOSSA SENHORA não falou nada. Apenas
pelos SEUS gestos carinhosos e por delicados sorrisos, revelou ternura e bondade em
relação à Estelle. Da mesma maneira que chegou, desapareceu, em silêncio.

DÉCIMA TERCEIRA APARIÇÃO


Esta Aparição aconteceu na presença de uma religiosa que rezava o Terço em
companhia de Estelle. NOSSA SENHORA disse: “EU escolhi você, pois escolho sempre
os pequenos e fracos para a MINHA Glória. Coragem Minha filha: o tempo das provas
vai começar”. Em seguida ELA cruzou os braços e desapareceu.

DÉCIMA QUARTA APARIÇÃO


Foi no sábado, dia 11 de Novembro, às 16 horas, em presença de cinco pessoas
rezando o Rosário na companhia de Estelle. NOSSA SENHORA lhe disse: “Hoje não
perdeste o seu tempo, trabalhaste para MIM”. De fato, Estelle tinha bordado um
Escapulário que ficou muito bonito, e a VIRGEM MARIA acrescentou: “É preciso fazer
muitos outros”.

DÉCIMA QUINTA APARIÇÃO


NOSSA SENHORA escolheu o dia da Festa da IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA,
dia 8 de Dezembro de 1876, pouco depois das 12 horas (meio-dia), para a SUA última
Aparição. Aconteceu na presença de 15 pessoas que rezavam o Rosário na companhia
de Estelle no quarto dela, que com a autorização do senhor Bispo, foi transformado
num belo e confortável Oratório. NOSSA MÃE SANTÍSSIMA apareceu maravilhosa
cercada por uma quantidade incalculável de rosas brancas, amarelas e vermelhas. Ela
disse a Estelle: “MINHA filha, lembre-se sempre das MINHAS Palavras e tenha absoluta
certeza que EU SOU Sua MÃE. SOU toda Misericórdia e SENHORA DE MEU FILHO
JESUS (MÃE DE JESUS) . Quero mais Amor e Respeito por ELE. O que mais me aflige
é a falta de respeito por MEU FILHO na SANTA COMUNHÃO (SAGRADA EUCARISTIA)
e as atitudes de pessoas revelando distração durante a Santa Missa, ou durante as
próprias orações na residência. O CORAÇÃO DE MEU FILHO tem tanto Amor pelo MEU
CORAÇÃO, que nada ME Recusa. Por isso mesmo, por MINHA intercessão, JESUS
tocará os corações mais empedernidos. Então saiba que EU Vim especialmente para a
conversão dos pecadores. Há muito tempo os tesouros de MEU FILHO está aberto à
disposição de todos que procuram e buscam a santidade. Que rezem e sejam
competentes no Amor. Não é somente a você que peço calma, mas a todos que quero
o bem. Guarde e procure repetir as MINHAS Palavras, elas irão fortificar os seus dias,
inspirar as suas ações e lhe reconfortar na hora da provação. Adeus. Não me reverás
mais”.
Estelle ficou meio perturbada pelas últimas palavras de NOSSA SENHORA. A VIRGEM
MARIA percebeu e acrescentou de modo profundamente materno: “Estarei
invisivelmente ao seu lado”. Estelle então percebeu ao longe, a esquerda da visão,
pessoas com gestos ameaçadores. Mas também, no outro lado da visão, ela viu
pessoas que pareciam boas. NOSSA SENHORA referindo-se ao grupo dos maus, disse:
“Não os temas. EU escolhi você para ME dar glórias e propagar esta devoção”. Estelle
vendo que NOSSA SENHORA segurava o escapulário pediu-o como presente, e a
VIRGEM MARIA lhe ordenou: “Levanta e beije-o”. Estelle obedeceu e exclamou
admirada: “Beijei verdadeiramente um Coração de Carne, pois senti o calor da
circulação do sangue e as pulsações”.
NOSSA SENHORA lhe disse para apresentá-lo ao senhor Bispo aquele modelo de
escapulário, exprimindo o desejo de que todas as pessoas o usassem, a fim de reparar
os ultrajes sofridos pelo SANTÍSSIMO SACRAMENTO. Assim, em sinal das Graças que
receberão aos que portarem o “ESCAPULÁRIO”, NOSSA SENHORA fez cair de suas
MÃOS uma chuva abundante de Graças. Ela disse: “Essas Graças são de MEU FILHO.
Colho-as em SEU CORAÇÃO. ELE nunca irá me recusá-las”.
Estelle então lhe perguntou o que conviria colocar do outro lado do escapulário, e
ouviu a seguinte resposta: “Quero que você escolha. Submeterás a sua idéia a Igreja,
que então definirá”. E afastando-se, a SANTA MÃE acrescentou:“Coragem. Se o senhor
Bispo não lhe conceder o que pedes e colocar algumas dificuldades, irás além. Nada
temas EU lhe ajudarei”. Com estas palavras NOSSA SENHORA desapareceu.

MORTE
Estelle tinha duas irmãs: Agostine a mais nova, e Genoveva mais velha 3 anos que
ela. Com problemas de saúde Genoveva morreu aos 24 anos de idade e deixou dois
filhos: o menino Eugênio que morreu com 13 meses de vida e uma menina muito
esperta Estelle Petitot com a idade de 5 anos.
A irmã mais nova Agostine com 17 anos de idade abandonou a casa dos pais e
desapareceu na imensidão do mundo. Nunca deu nenhuma notícia.
A sobrinha Estelle Petitot, filha de Genoveva, permaneceu vivendo com os avôs e tia
Estelle Faguette. Na época das Aparições ela já estava uma mocinha. A Tia Estelle
conseguiu colocá-la em Paris como aprendiz do comércio. Concluído o curso,
embora tivesse oportunidade de trabalho, decidiu voltar a Pellevoisin. Todavia, pouco
tempo passou na casa dos avôs e da tia Estelle. Certo dia saiu de casa e não voltou
nunca mais e nem deu nenhuma notícia.
Todos estes acontecimentos marcaram a vida de Estelle, que sempre foi uma mulher
religiosa e competente, preocupada com a manutenção e harmonia no lar, com a
saúde dos pais e com a sua própria saúde. Estes fatos acontecidos com membros da
sua família lhe trouxeram muitas angústias, sofrimentos e decepções, ao longo da
sua existência. Verdadeiramente as alegrias e a grande felicidade de Estelle, era
compartilhar bons momentos com seus pais e as inesquecíveis Aparições de NOSSA
SENHORA, que lhe proporcionaram um magnífico e impressionante caminho
amoroso na vida.
Depois das Aparições suas atividades aumentaram de modo admirável, com sua
permanente divulgação dos ensinamentos da MÃE DE DEUS, assim como, com o seu
laborioso esforço para implantar e difundir o uso do SANTO ESCAPULÁRIO DO
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS. Com saúde e muita disposição, Estelle
espiritualmente preparada, realizava um trabalho notável em Pellevoisin, que logo se
estendeu por toda a redondeza, e na continuidade, foi convidada a visitar e levar a
realidade dos fatos a muitas outras cidades, inclusive foi convidada a visitar o Sumo
Pontífice no Vaticano.
Seus pais, com idade avançada, faleceram e foram sepultados no túmulo que estava
reservado em seu nome no Cemitério local, presente da senhora Condessa de La
Rochefoucould. Estelle ainda viveu muitos anos, trabalhando com muito empenho,
cumprindo o pedido de NOSSA SENHORA e divulgando a Vontade Divina sem
esmorecimentos. Simples, fiel e humilde Estelle Faguette morreu com 86 anos de
idade e foi sepultada no mesmo túmulo onde anos anteriores foram sepultados os
seus pais, no Cemitério de Pellevoisin. No túmulo, foram colocadas apenas duas
palavras: "Seja simples" (conforme o desejo de NOSSA SENHORA).

A IGREJA RECONHECE
As primeiras investigações foram realizadas por Dom de La Tour d'Auvergne,
Arcebispo de Bourges. Em 30 de Abril de 1876, com licença eclesiástica, ou seja,
após a autorização do Arcebispo de Bourges, o quarto da Vidente Estelle foi
transformado em Capela. Em 8 de Dezembro a Capela foi transformada em Oratório, e
lhe foi concedida permissão para que ela fizesse cópias e distribuição do
ESCAPULÁRIO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS”. Também foi colocado na Igreja
um ex-voto de Estelle, uma placa de mármore semelhante aquela que apareceu ao
lado de NOSSA SENHORA, com os dizeres: “Invoquei MARIA do mais profundo da
minha miséria. ELA obteve de SEU FILHO a minha cura total”.
Em 1877, o Arcebispo de Bourges montou um inquérito e entrevistou 56 pessoas que
conheciam Estelle; todos falaram favoravelmente. Um segundo inquérito foi realizado
em dezembro de 1878, com resultados semelhantes.
Em 28 de julho de 1877 foi erigida a CONFRARIA DA MÃE DE TODAS AS
MISERICÓRDIAS, a qual foi elevada à dignidade de Arquiconfraria em 1894, pelo Papa
Leão XIII. O Papa recebeu Estelle Faguette em 30 de janeiro e nos dias 17/18 de
fevereiro de 1900; durante a entrevista, ele aproveitou para pedir a Estelle detalhes
sobre as alusões feitas por NOSSA SENHORA relativamente à Igreja e à França.
Também concordou que a Congregação dos Ritos do Vaticano, devesse autorizar o
uso do ESCAPULÁRIO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS. O reconhecimento
formal de liberação aconteceu no dia 04 de abril de 1900 por solicitação dele mesmo,
do Papa Leão XIII. Para justificar essa solicitação do Papa a Estelle, é suficiente
lembrar que ele, o Sumo Pontífice, já havia publicado 15 encíclicas sobre o Rosário, e
tinha um amplo conhecimento de todas as Aparições da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA
O mesmo Papa ofereceu um círio a Capela que funcionava no quarto onde viveu
Estelle, concedendo indulgências aos peregrinos que a visitasse. Em 1904, o Cardeal
Merry Del Val ofereceu a São Pio X um livro recentemente publicado sobre as
Aparições de NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA DE PELLEVOISIN.. O Pontífice
enviou bênção em testemunho da sua acolhida favorável, e também recebeu Estelle
em março de 1912.
Em 1922, o Papa Pio XI concedeu aos párocos de Pellevoisin o poder de impor o
ESCAPULÁRIO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, bem como de conceder
indulgências a todos que o usassem.
Em 17 de outubro de 1915, o Papa Bento XV fez um comentário inspirado sobre as
Aparições de NOSSA SENHORA, dizendo que a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA
escolheu Pellevoisin como um lugar privilegiado para ELA dispensar as SUAS
GRAÇAS.
Em 22 de dezembro de 1922, a Congregação dos Ritos autorizou uma Santa Missa
votiva de NOSSA SENHORA DE PELLEVOISIN a ser celebrada no dia 9 de setembro
de 1923 na Igreja Paroquial e no Mosteiro adjacente, em Pellevoisin.
No dia 7 de junho de 1936, pela mão do Cardeal Pacelli (que posteriormente se tornou
o Papa Pio XII) enviou uma pintura de NOSSA SENHORA DE PELLEVOISIN como
presente a uma Comunidade Dominicana.
Em 1979, o Cardeal Ciappi OP, mestre do Palácio Apostólico, entregou ao Papa João
Paulo II um livro sobre o Centenário das Aparições de NOSSA SENHORA em
Pellevoisin.
Em 1983, a comissão teológica que analisou os relatórios médicos a respeito da cura
de Estelle, concluiu os seus trabalhos. O atual Arcebispo de Bourges, Dom Paul
Vignancour, com base nas conclusões, reconheceu oficialmente o milagre com as
palavras:“Um grande e admirável milagre”.
Em 19 de setembro de 1984, foi concedido pelo Arcebispo de Bourges, Dom Paul
Vignancour, “Imprimatur” para uma Novena a NOSSA SENHORA DE PELLEVOISIN.
O lugar das Aparições em Pellevoisin, que aconteciam no quarto da Casa da Vidente
Estelle, com as necessárias autorizações ao longos anos, foi se transformando em
Oratório, Capela Diocesana, e hoje é a Capela do Convento das Irmãs Dominicanas,
um local de convergência das peregrinações dos cristãos e devotos marianos de
todo o mundo.

CATEQUESE DA VIRGEM MARIA

1) A SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA pede a cada um de nós, calma, paciência e


confiança, na realização dos nossos projetos de vida, assim como nos
acontecimentos quotidianos da existência. A Calma conduz a tranquilidade espiritual
e abre caminho para a Paz.
2)NOSSA SENHORA disse: por MEU intermédio JESUS tocará os corações mais
empedernidos, para convertê-los.
3) ELA confirma: Sou toda misericordiosa e vim pela conversão dos pecadores.
4) Os tesouros do MEU FILHO estão a disposição de todos, sem exceções, porque
são os verdadeiros filhos de DEUS.
5) Mesmo os pecados veniais ofendem e são detestados por JESUS e NOSSA
SENHORA.
6) Seja simples, que seus atos correspondam as suas palavras. Evite a mentira e a
falsidade.
7) Não só as pessoas religiosas consagradas se salvam. Todos podem se salvar,
desde que ame a DEUS, tenha fé, pratique as Leis de DEUS e fuja do pecado.
8) Usem o Escapulário com o objetivo de reparar os ultrajes sofridos pelo
SANTÍSSIMO SACRAMENTO, e também para me agradar.
9) Quero mais AMOR e RESPEITO para o MEU QUERIDO E AMADO FILHO.
10) Mas para receber as graças de DEUS, é necessário viver praticando uma
existência digna e respeitosa, perseverante e cristã.
11) NOSSA SENHORA se preocupa muito com a falta de respeito por SEU FILHO
JESUS na SAGRADA COMUNHÃO, assim como a irreverência das pessoas durante
as Orações, na Igreja e no lar, feitas com o espírito ocupado em digressões
(distrações, desvios inúteis). ELA menciona essa realidade inclusive para as pessoas
que afirmam ser piedosas. Recomenda seriamente que não façam assim.
12) NOSSA SENHORA confirma: aqueles que se arrependem e buscam o caminho da
conversão, tentarei reparar as suas faltas e os ultrajes feitos ao MEU FILHO,
principalmente no Sacramento de SEU AMOR (a EUCARISTIA).
13) Ficarei muito feliz em ver que MEUS filhos usam o ESCAPULÁRIO DO SAGRADO
CORAÇÃO DE JESUS. Eles receberão as graças pela grandeza da sua fé. As graças
são do MEU FILHO que ME permite retirá-las de SEU MISERICORDIOSO CORAÇÃO.
14) Rezar e ser perseverante nas Orações, é o caminho para receber todos os
benefícios de DEUS.
15) A preocupação em consolidar a fé verdadeira, deve ser o principal objetivo de
todo cristão. Acreditar em DEUS e respeitar a SUA Justiça.
16) Cumprir a Justiça Divina consiste em aceitar todas as decisões e leis do SENHOR
e fielmente permanecer no CAMINHO DELE.

Você também pode gostar