Você está na página 1de 7

MENU

Texto da aula Aulas do curso

Os Sacramentos

A Economia Sacramental
Os sacramentos “são como que forças que saem do Corpo de Cristo para curar as
feridas do pecado e para nos dar a vida nova do Cristo” (CIC 1116).

imprimir

O Catecismo da Igreja Católica é dividido em quatro partes: Credo


Apostólico, Sacramentos, Dez Mandamentos e, por último, o Pai Nosso.
Esta aula é a introdução à segunda parte que se inicia no número 1066.

A ideia dos sacramentos encontra representação na figura da


hemorroísa (Mc 5, 25-34), curada ao tocar a orla do manto de Jesus. Os
sacramentos "são como que forças que saem do Corpo de Cristo para
curar as feridas do pecado e para nos dar a vida nova do Cristo" (CIC
1116).

Os sacramentos são as formas que Jesus escolheu para distribuir ao


longo da história, nas várias gerações cristãs, a graça santificante que
brota da Sua Cruz, do Seu Corpo, quando do Seu lado aberto brotou
sangue e água dali brotaram também os sacramentos. Concretamente é
a chamada "economia sacramental". O Catecismo explica o termo da
seguinte forma:
Suporte
No Símbolo da Fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima
MENU
Trindade e seu "desígnio benevolente" sobre toda a criação: o Pai
realiza o "mistério de sua vontade" entregando seu Filho bem-
amado e seu Espírito para a salvação mundo e para a glória do
seu nome. Este é o mistério de Cristo, revelado e realizado na
história segundo um plano, uma "disposição" sabiamente
ordenada que S. Paulo denomina "a realização do mistério" e que
a tradição patrística chama de "Economia do Verbo Encarnado"
ou "a Economia da Salvação" (1066)

No Antigo Testamento, houve o anúncio da vinda de um Messias. Os


judeus esperavam que ele viesse e instaurasse novos céus e nova terra,
pois a humanidade sobrevive neste mundo marcado pelo pecado e
dominado pelo demônio (Gên 3).

No entanto, desde o início há também uma promessa divina. Deus diz:


"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela.
Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar" (3, 15). Trata-se do proto-
Evangelho, o primeiro anúncio da vinda de Jesus, pelo qual os profetas
esperavam. A descendência da mulher aniquilará a serpente. E veio
Jesus.

O grande escândalo dos judeus é que eles olharam para Jesus e se


perguntaram como pode ser ele o Messias esperado se o mundo
continua o mesmo, se a maldade persiste? Se a serpente continua viva?
O messias deveria vir e fazer justiça, fazer novos céus e nova terra.
João Batista também se sentiu confuso. Estando preso, ouviu falar sobre
MENU
os feitos de Jesus e lhe mandou um recado indagando: "És tu aquele que
há de vir, ou devemos esperar outro?" (Mt 11,3) O que Jesus estava
pregando, portanto, eram completamente assustador e novo para a
mentalidade da época. Jesus responde :

"Voltem e contem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: os


cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são
purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos
pobres é anunciada a Boa Nova. E feliz aquele que não se
escandaliza por causa da mim" (11, 4-7)

Ora, partes dos sinais previstos estavam acontecendo. Mas outra parte
não. O que não se sabia, contudo, era que a vinda do Messias seria em
duas etapas.

O que não se sabia ainda era que a aquela vinda de Jesus não seria a
última. A primeira seria de modo humilde, mas deixando claro que era o
Messias prometido. No entanto, não realizou tudo. Jesus morreu,
ressuscitou, subiu aos céus, enviou o Espírito Santo e inaugurou, assim,
o chamado "tempo da Igreja", que não havia sido previsto pelos profetas
do Antigo Testamento. Um tempo no qual se dá a "economia
sacramental."

Trata-se de uma novidade, de algo inesperado. Cristo morreu na Cruz e


com ela esmagou o inimigo. A sua vitória, aos olhos desavisados, é
praticamente invisível, pois o mundo continua o mesmo, com guerras,
maldades, doenças, morte, etc.
Contudo, apesar de a morte de Cristo na Cruz representar uma aparente
MENU
derrota, ela é, na verdade, uma vitória, uma graça, pois, é a Igreja que
brota do peito aberto de Cristo.

Esta é a novidade maior: Jesus não é somente o Messias, é o próprio


Deus que se fez homem; é a união entre Deus e o homem. Um mistério
denominado "união hipostática".

A economia sacramental, portanto, é a forma de o homem entrar em


unidade com o Cristo. Simbolicamente, como Eva brotou do lado de
Adão, também a Igreja brotou do lado de Cristo. Quando Adão dormiu,
Deus fez Eva; quando Cristo dormia morto na cruz, Ele fez a Igreja.

Do peito aberto de Cristo brota um rio de água e de sangue, que


significam a Eucaristia e o Batismo, os dois sacramentos principais que
fazem da humanidade Corpo de Cristo.

O protestantismo, por sua vez, nada mais fez do que jogar fora a
economia sacramental, pois não cria - e ainda não crê - que a Igreja
possa ser instrumento de salvação nem na eficácia dos sacramentos.
Em Lutero, esse processo não ocorreu plenamente, contudo, com esses
pressupostos (sola gratia, sola fide), com o decorrer do tempo, a
conclusão é de que os sacramentos nada fazem e que tudo depende da
própria pessoa. Os pentecostais são um bom exemplo.

Infelizmente não foram somente os protestantes que se afastaram dos


sacramentos. Muitos católicos também. Parece absurdo, mas muitos que
se dizem católicos já não creem na eficácia dos sacramentos.
Pregadores transformam os sacramentos numa pedagogia naturalista,
MENU
num psicologismo sem sentido. Para alguns deles, o batismo é para
"tomar consciência da fé" e não para inserir a pessoa no Corpo de Cristo.
Ele não perdoa pecados, não dá a graça santificiante, é apenas uma
tomada de consciência. Para outros, a Eucaristia é tão somente uma
partilha. A confissão é tratada como uma espécie de sessão terapêutica
gratuita, já não é mais um ato de arrependimento, de reconhecimento da
própria miséria diante de Deus que derrama sobre cada um a sua
infinita misericórdia, mas tão somente um momento para se livrar das
próprias culpas.

A Igreja é o Corpo de Cristo, portanto, o sacramento universal, como diz o


Concílio Vaticano II, através do qual a humanidade é salva. A fé é
necessária, evidentemente, mas existem também sinais eficazes nos
quais a graça santificante de Cristo é distribuída. Deste modo, em cada
sacramento dispensado há um crescimento na graça santificante.

O Catecismo da Igreja Católica explica de modo muito claro o que é e


como age a "economia sacramental":

No dia de Pentecostes, pela efusão do Espírito Santo, a Igreja é


manifestada ao mundo. O dom do Espírito inaugura um tempo
novo na "dispensação do mistério": o tempo da Igreja, durante o
qual Cristo manifesta, torna presente e comunica sua obra de
salvação pela liturgia de sua Igreja, "até que ele venha". Durante
este tempo da Igreja, Cristo vive e age em sua Igreja e com ela de
forma nova, própria deste tempo novo. Age pelos sacramentos, é
isto que a tradição comum do Oriente e do Ocidente chama de
"economia sacramental"; esta consiste na comunicação (ou
"dispensação" dos frutos do Mistério Pascal de cristo na
MENU
celebração da liturgia "sacramental" da Igreja. (1076)

Assim, esta nova etapa do curso de Catecismo da Igreja Católica tem por
objetivo abordar o novo tempo e a nova forma de Deus salvar os homens
através da Igreja, pela economia sacramental. 

Junte-se a nós! Nome E-mail


Receba novos artigos, vídeos e lançamentos de
Digite seu nome Enviar
Digite seu e-ma
cursos diretamente em seu e-mail.

MINHA SOBRE O CURSOS PROGRAMAS REDES SOCIAIS


CONTA SITE

Espiritualidade Homílias Youtube


Entrar Nossa
Teologia Pregações Facebook
Meus missão
Família A Resposta Instagram
dados Padre
História Católica Twitter
Meus Paulo
Mariologia Programa ao
cursos Ricardo
Cultura e vivo
Minha Fale
sociedade Conselhos
assinatura conosco
Sagradas Paternos
Política de
Escrituras Direção
privacidade
Espiritual
Termos de
uso
MENU
Christo Nihil Præponere
“A nada dar mais valor do que a Cristo”

Você também pode gostar