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A cultura do Mosteiro

Trabalho realizado por:


Raquel Barreiro
Mónica Rosa
Introdução
O nosso trabalho é sobre a cultura do
mosteiro e foi proposto pela professora Berta.
• As invasões, primeira vaga a partir de finais
do século IV, seguida do desmembramento do
Império Romano do Ocidente, teve como
consequência uma inevitável fragmentação do
poder com o surgimento dos primeiros reinos
bárbaros cujos reis se vão convertendo ao
A Europa cristianismo e se vão acomodando, e ao seus
povos, em variadíssimas regiões da
do século IX ao Europa Ocidental. A segunda vaga de invasões,
século XII ainda num período de consolidação destes
reinos recentes que procuravam afirmar-se, a
partir do início do século VIII e que se
prolonga até ao século
XI, com as invasões muçulmanas, vikings e hún
garas, provocou muitos constrangimentos entre
a população europeia e o seu estilo de vida.
A Europa • Desde logo o aumento da taxa
do século IX ao século de mortalidade, a diminuição da
XII taxa
de natalidade, os sentimentos de ins
egurança e de medo generalizado,
a fuga das cidades para os campos já
que eram as cidades, mais ricas, os
alvos privilegiados dos ataques dos s
ucessivos invasores.
A Europa do século IX ao século XII
• O comércio quase desapareceu, a principal atividade económica pass
ou a
ser a agricultura, mas uma agricultura de subsistência onde praticame
nte não havia lugar para os excedentes. Os reis, sem conseguirem pro
teger convenientemente as populações, perderam poder para a nobre
za e o clero que vão assegurar a proteção possível a estas populações,
um pouco por toda a Europa e vão afirmando o seu poder.
Como se organizavam os mosteiros na Idade Média

• Os mosteiros foram grandes


centros civilizacionais na Idade
Média. Sua influência e poder
extrapolaram os aspectos
puramente religiosos e
espirituais. No seu interior, o
monge dedicava-se basicamente
à oração e ao trabalho (ora et
labora), mas também havia
espaço para o estudo e a leitura.
Como se organizavam os mosteiros na
Idade Média
• Os mosteiros medievais, fossem católicos ou ortodoxos, eram construídos
em lugares bem distantes de quaisquer centros urbanos que tivessem grande
fluxo de pessoas. Um exemplo notório é o mosteiro de Simonos Petras, na
Grécia, construído no alto de um penhasco, no Monte Athos (ver imagem
no topo do texto). A vida nos mosteiros era, além de ser dedicada a orações,
meditação, disciplina corporal etc., também marcada pela divisão de tarefas
do cotidiano, como o trabalho na lavoura, o trabalho na cozinha, o asseio
com as dependências do mosteiro, entre outras.
• Um dos grandes responsáveis pela formulação de normas para a vida no
mosteiro foi Bento de Núrsia (Itália). Seu conjunto de normas ficou
conhecido como Regra de São Bento. Em sua “Regra”, São Bento
expunha, item por item, como deveria ser o comportamento dos monges, o
modo certo e as horas certas de rezar, como manusear e guardar os
instrumentos usados na lavoura, entre outras coias.
• O modelo da vida monástica teve grande impacto na Idade Media,
sobretudo por apresentar-se como modelo civilizatório e moralizador. Da
mesma forma, os mosteiros tornaram-se ícones da Idade Média, como
ocorreu com as Universidades, que também se desenvolveram no mesmo
período.
Alguns mosteiros da
idade média
A escrita e as iluminuras da Idade Média
• Chamamos iluminuras aos ornamentos
presentes nos livros e manuscritos
efetuados com recurso a desenho, pintura e
aplicação de folha metálica.
• Esses ornamentos incidiam
frequentemente nas letras iniciais
decoradas com símbolos religiosos e eram,
na época medieval, executados
essencialmente por monges.
• Os textos tinham uma letra desenhada que
estava inserida no início (letra capitular ou
inicial).
A escrita e as iluminuras da Idade
Média • Estavam tão bem desenhadas e cheias de detalhes que
eram verdadeiras obras de arte, e elas próprias contavam
histórias.
• Os temas favoritos abordavam cenas bíblicas, os passos
da paixão de Cristo, episódios da vida dos Santos e
cenas mitológicas.
• Chegaram até nós alguns riquíssimos exemplares de
livros iluminados, infelizmente muitos outros de perderam
ao longo do tempo.
Alguns exemplos de livros da idade média
SÃO BERNARDO
CLARAVAL
• São Bernardo nasceu em 1090, no Castelo de
Fontaine, região de Borgonha, França. Filho de um
nobre chamado Tescelin Sorrel, o Vermelho e de
Aleth de Monthbard, mulher virtuosa venerada como
bem aventurada. Teve sete irmãos dentre os quais
era o terceiro. Bernardo sempre se destacou pela
inteligência e pela beleza física. Aos 9 anos foi para a
escola canônica, e destacou-se principalmente na
literatura.
• Em 1112, aos 22 anos, Bernardo entra na Abadia de
Cister, também em Borgonha. Esta abadia era
um mosteiro cisterciense fundado por São Roberto
de Molesme.
SÃO BERNARDO CLARAVAL
• Foi então que Bernardo convenceu mais de trinta homens,
irmãos, tios e vários amigos a entrarem para a ordem,
causando enorme surpresa e alegria para a Abadia e
para Santo Estevão Harding, abade sucessor do fundador
São Roberto.
• Bernardo era homem de estudo e oração, praticando com
austeridade a regra do mosteiro, a mesma escrita por São
Bento. Bernardo dedicava-se à oração e ao ensino da
catequese. Tinha grande dom de oratória e convertia muitos
com quem conversava, tanto que levou o para o mosteiro o
irmão mais novo e seu pai.
• Após dois anos em Cister, Bernardo foi enviado para o vale
de Langres em 1115, com a missão de fundar a Abadia de
Claraval, (vale claro), tornando o seu primeiro Abade, com
apenas 25 anos. Em pouco tempo a Abadia ficou
conhecida em toda a França e posteriormente por toda a
Europa como um lugar onde se vivia a oração, o trabalho, a
humildade, a caridade e a cultura profunda.
Sã o Bernardo de Claraval
• Bernardo era homem de estudo e oração, praticando com
austeridade a regra do mosteiro, a mesma escrita por São Bento.
Bernardo dedicava-se à oração e ao ensino da catequese. Tinha
grande dom de oratória e convertia muitos com quem conversava,
tanto que levou o para o mosteiro o irmão mais novo e seu pai.
• Após dois anos em Cister, Bernardo foi enviado para o vale de
Langres em 1115, com a missão de fundar a Abadia de Claraval,
(vale claro), tornando o seu primeiro Abade, com apenas 25 anos.
Em pouco tempo a Abadia ficou conhecida em toda a França e
posteriormente por toda a Europa como um lugar onde se vivia a
oração, o trabalho, a humildade, a caridade e a cultura profunda.
• Bernardo e os monges de Claraval viviam com amor e integridade
os votos de pobreza, castidade e obediência. Certa vez teve uma
visão: um menino envolto numa luz divina disse a ele: fala aos
outros sempre, pois serás inspirado pelo Espírito Santo e receberás
a graça especial de compreender as fraquezas das pessoas e ajudá-
las. Assim, Bernardo conseguiu muitas vocações para Claraval. O
Mosteiro chegou a ter 700 monges, inclusive Henrique de França,
irmão do Rei Luís Vll, que mais tarde foi bispo e arcebispo de Reims.
As obras de São Bernardo
• Com o passar dos anos, São Bernardo fundou 72 casas da ordem dos
Cistercienses na França e em vários países da Europa. Participou
ativamente do Concílio de Latrão, como secretário. Participou
também do Concílio de Troyes, onde exerceu grande influência, e
do Concílio de Reims, sempre a pedido do Papa, para tratar de todos
os assuntos da Igreja.
• A convite do Papa, pregou a segunda cruzada. Era conhecido como o
Pai dos fiéis, a Coluna da Igreja, o Apoio da Santa Sé, o Anjo Tutelar do
Povo de Deus.
• Sua devoção para com a Virgem Maria era incomparável. Quando
estava na Alemanha, na catedral de Spira, ajoelhou-se por 3 vezes
dizendo: Ó Clemente; Ó Piedosa; Ó Doce Virgem Maria!, invocações
que foram acrescentadas ao final da oração Salve Rainha.
• Por causa de sua fama de santidade e sabedoria reconhecida, São
Bernardo torna-se uma personalidade importante e respeitada em
toda a Europa. Tanto que ele intervém em assuntos públicos, defende
os direitos da Igreja contra abusos de Reis e é chamado para
aconselhar Papas e Reis.
Os Milagres de São Bernardo

• Bernardo reformou a Ordem


Cisterciense e levou-a a ser o que é
até hoje, quase mil anos depois. Ele
mesmo fundou muitos mosteiros na
Europa: 35 na França, 14 na Espanha,
10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em
Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2
na Suécia e 1 na Hungria, além de
muitos outros que se filiaram à
Ordem. Sua Ordem chegou aos cinco
continentes.
Caraterização geral do Românico

• A pedra como material predominante;


• Torres quadradas, com a central sendo a
mais alta;
• Pilares e arcos ornamentados e
detalhados;
• Harmonia e simetria das formas;
• Construções que combinavam
funcionalidade com luxo;
Caraterização geral do
Românico
• Paredes sólidas e resistentes;
• Portas estreitas e janelas
pequenas;
• Uso de abóbadas para substituir
os telhados frágeis de madeira;
• Alternância de pilares e colunas
na decoração;
• Interior escuro e luxuoso.
Caracterização da arquitetura românica

• Arquitetura românica é um estilo


arquitetônico que surgiu na Europa por
volta do século X e durou até a segunda
metade do século XII. Suas principais
características são as paredes robustas, os
arcos arredondados e as janelas
pequenas. O termo “românico” faz
referência à influência da arquitetura
romana presente em vários elementos
desse estilo arquitetônico.
• A arquitetura medieval trouxe
grandes contribuições para a história
e muitas delas surgiram nas igrejas
românicas, também conhecidas como
igrejas de peregrinação. Foi
Caracterização da na arquitetura românica que os
arquitetos começaram a fazer
arquitetura românica experimentações com os arcos
ogivais, que tornaram-se um
dos elementos icônicos da arquitetura
gótica.
• A Arquitetura românica em
Portugal, tal como o românico em toda
a Europa, tinha como principal função a
construção de castelos, fortificações e
também igrejas.
• Durante a Reconquista cristã, de que
Caraterizar a nasceu Portugal, a
arte peninsular não muçulmana continua
arquitetura românica va, na maior parte, os velhos
modelos visigóticos, quer revestindo as
em Portugal formas moçárabes duma arte popular,
do cristão submetido, a qual fundia
elementos da tradição hispano-visigótica
com os de origem cordovesa, quer
adquirindo características ainda mais
originais no reino das Astúrias, onde a
remota arte visigótica se esfumara com
a influência carolíngia, lombarda
e romana.
Caraterizar a arquitetura românica em
Portugal
• Os templos cristãos de então eram pesados, com paredes muito grossas,
poucas aberturas e iluminação. A planta era normalmente em cruz latina,
com três naves, duas laterais mais pequenas, e uma central mais
larga; eram separadas por arcadas ou grossas colunas de pedra. A
cobertura era feita em abóbada de berço ou de arestas.
• Anexados à igreja estavam o campanário (torre sineira), o baptistério e por
vezes claustros fortificados, que para além de terem a sua função religiosa
serviam de refúgio para os populares durante ataques à povoação.
• Um dos melhores expoentes do românico em Portugal é a Sé Velha de
Coimbra, cuja construção data do século XII.
Monumentos

•Ponte romana da Ribeira de Odivelas


Monumentos

• Sé do porto
Monumentos

• Ruínas de Conímbriga
Monumentos

• Ruínas do teatro Romano de Lisboa


Monumentos

• Ruínas romanas de Tróia


Caraterização da escultura românica
A escultura do românico insere-se, de um modo geral,
dentro dos objetivos artísticos do movimento, nomeada a
comunicação entre a igreja evangélica e os fieis, aquele que
é o reino de Deus na Terra, o templo. Deste modo a
escultura vai assumir uma íntima relação com a arquitetura,
inserindo-se no seu espaço como um elemento
complementar, e dedicando-se, principalmente, ao
ensinamento de cenas bíblicas através
de relevos em pedra compreensíveis ao crente leigo.
É no românico, a partir do século XI, que se dão a perder a
conhecer as primeiras obras de escultura monumental a
surgir desde o século V, período em que deixam de existir
peças de vulto redondo (peças tridimensionais) e se observa
uma maior produção de pequena estatuária e trabalhos em
metal, desenvolvidos durante o período pré-românico.
• O fator de impulso da nova produção
escultórica vai ser o caminho de
peregrinação em direção a Santiago
Caraterização de Compostela, ao longo do qual vão
ser erigidas novas igrejas, sob
da escultura organização da Ordem de Cluny.
românica • Apresentando um forte caráter
simbólico, as esculturas
românicas não eram feitas com
representações fiéis. Ou seja,
traziam, muitas vezes, como fonte de
inspiração a imaginação e, assim,
apresentavam formas e cores
relacionadas a ela, desconexas com a
realidade.
Igreja de São Pedro de Rates
• A Igreja de São Pedro de Rates, também referida
como Igreja Românica de Rates, localiza-se em São
Pedro de Rates, município da Póvoa de
Varzim, distrito do Porto, em Portugal. Constitui um
dos mais importantes monumentos românicos
medievais no então emergente reino de Portugal,
dada a relevância das formas arquitetónicas e
escultóricas.
• Situada junto à bacia do rio Ave, é um dos mais
importantes mosteiros beneditinos clunicenses e
está ligado à lenda de São Pedro de Rates, mítico
primeiro bispo de Braga, "primaz das Espanhas"
(reinos da Península Ibérica), hipótese que remonta
essencialmente ao século XVI.
• A Igreja de São Pedro de Rates encontra-se
classificada como Monumento Nacional desde
1910.
Caraterizar o
Canto Gregoriano
• O Canto Gregoriano é um tipo
de canto litúrgico monofônico,
realizado em uníssono por um coro,
geralmente praticado por monges,
acompanhando sua melodia as
palavras bíblicas. Nesse tipo
de canto não há nenhum tipo de
acompanhamento instrumental ou,
no máximo, o acompanhamento de
um órgão.
Livro de Kells
• O Livro de Kells, também conhecido como Grande Evangeliário de São
Columba, é um manuscrito ilustrado com motivos ornamentais, feito
por monges celtas por volta do ano 800 AD no estilo conhecido por arte
insular.
• Peça principal do cristianismo irlandês e da arte hiberno-saxônica, constitui,
apesar de não concluído, um dos mais suntuosos manuscritos
iluminados que restaram da Idade Média. Em razão da sua grande beleza e
da excelente técnica do seu acabamento, este manuscrito é considerado
por muitos especialistas como um dos mais importantes vestígios da arte
religiosa medieval. Escrito em latim, o Livro de Kells contém os
quatro Evangelhos do Novo Testamento, além de notas preliminares e
explicativas, e numerosas ilustrações e iluminuras coloridas. O manuscrito
encontra-se exposto permanentemente na biblioteca do Trinity
College de Dublin, República da Irlanda.
Livro de Kells

• O Livro de Kells é o mais ilustre representante de um grupo de manuscritos


conhecido por estilo insular produzidos entre o final do século VI e o início
do IX, nos monastérios da Irlanda, Escócia e do norte da Inglaterra. Estão
entre eles o Cathach de São Columba, o Ambrosiana Orosius, um fragmento
de evangelho na biblioteca da catedral de Durham (todos do início
do século VII), e o Livro de Durrow (da segunda metade do século VII). No
começo do século VIII foram produzidos os Evangelhos de Durham,
os Evangelhos de Echternach, os Evangelhos de Lindisfarne
• e os Evangelhos de Lichfield. Entre outros, o Evangeliário de St.
Gall pertence ao final do século VIII e do Livro de Armagh (datado de 807-
809) ao início do século IX.
Livro de Kells
• Todos estes manuscritos apresentam semelhanças
do ponto de vista do estilo artístico, da escrita e das
tradições escritas, as quais têm possibilitado
reagrupá-los na mesma família. O estilo
plenamente conseguido das colorações coloca o
Livro de Kells entre as obras mais tardias desta
série, por volta do final do século VIII ou início do
IX, ou seja, na mesma época do Livro de Armagh. A
obra respeita a maioria das normas iconográficas e
estilísticas presentes nestes escritos mais antigos:
por exemplo, a forma das letras decoradas que
iniciam cada um dos quatro Evangelhos é muito
semelhante entre todos os manuscritos das Ilhas
Britânicas compostos nesta época. Compare a
página introdutória do Evangelho segundo
Mateus nos Evangelhos de Lindisfarne com a do
Livro de Kells. Ambas possuem intrincados
desenhos decorativos no interior dos contornos das
letras iniciais do texto.
Conclusã o
Nós concluimos este trabalho dizendo que os
mosteiros foram muito importantes na idade
média.
Webgrafia
• https://cruzterrasanta.com.br/historia
-de-sao-bernardo-claraval/131/102/
• https://www.vivadecora.com.br/pro/a
rquitetura-romanica/
• https://laart.art.br/blog/arquitetura-r
omanica/
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Escultur
a_do_rom%C3%A2nico
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_de
_Kells
• https://www.vortexmag.net/15-

Webgrafia
monumentos-romanos-em-portu
gal-que-sobreviveram-ate-aos-di
as-de-hoje/
• https://www.historiadomundo.c
om.br/idade-media/mosteiros-m
edievais.htm
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Livr
o_de_Kells
FIM

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