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TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

GABINETE DO MIN. ALBERTO MENDES

Voto.

Assunto: Mandato de Prisão em Flagrante.

**VOTO:**

No dia de hoje, houveram por parte da Sra. Rosangela Cunha, ataques as urnas eletrônicas do
nosso Brasil, ataques a democracia brasileira, ataques ao intermédio que define os nossos
representantes.

A mesma, em uma ato terrorista quebra as urnas eletrônicas e além disso, quebra os princípios
de uma cidadã de bem.

Atualmente, a urna eletrônica é protagonista da maior eleição informatizada do mundo.O


antigo sistema de votação em cédulas de papel e apuração manual, além de ser passível de
fraudes, era um processo lento, cheio de erros e suspeição. Tudo isso foi transformado com a
instituição eletrônica do voto. Em todo esse tempo, jamais uma fraude foi comprovada, Todo o
processo é auditável e fiscalizado pelos próprios cidadãos, partidos políticos e instituições da
sociedade, com a emissão da zerésima e dos boletins de urna. As auditorias de código fonte e
avaliações públicas de segurança testam frequentemente a urna e a sua tecnologia. É um
equipamento que reconhece cada eleitor pela impressão digital. Qualquer tentativa de
executar software não autorizado resulta no bloqueio do seu funcionamento, sem contar que
toda operação fica salva no registro digital. Também vale ressaltar que todos os dados inseridos
na urna eletrônica e todos os resultados produzidos são protegidos por uma assinatura digital.

Com visor numérico e diversos recursos de acessibilidade, a urna eletrônica é um equipamento


inclusivo, com teclado em braile, recursos em áudio, fone à disposição de quem vota, tudo para
garantir um direito fundamental aos cidadãos do nosso país.

Do Oiapoque ao Chuí, em comunidades ribeirinhas, quilombolas, tribos indígenas, dentro do


sistema prisional, a urna vai onde o povo está. Como desembargador eleitoral à frente da Corte
baiana, defendo que a tecnologia jamais será um retrocesso, mas sempre um avanço nesse
sistema que é aprimorado a muitas mãos.
A urna eletrônica legitima a democracia. A sua eficiência traduz o entendimento dos eleitores
de que uma democracia representativa respeita a vontade do povo. E essa vontade se
expressa, sem dúvidas, em eleições limpas, ágeis e que são referência para o mundo.

Ainda, questiona a sra. Janja e os demais terroristas que tem o mesmo pensamento dela, do
porque os ataques as urnas eletrônicas, o porque do ataque a democracia, do ataque a um
instrumento que muda a vida de pessoas.

É totalmente prudente, na minha visão, presidente, repudiar tais atos que sejam relacionados
ou parecidos com esse. Uma forma de defender um ódio que atrapalha pessoas de votarem,
pessoas de exercerem o seu direito de cidadão e cidadã.

Cito o art. 41-A da Lei nº 9.504/1997 Constitui captação ilegal de sufrágio a doação, o
oferecimento, a promessa ou a entrega, pelo candidato, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o
voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública,
desde o registro da candidatura até o dia da eleição. Isso é crime, apenado com multa de mil a
50 mil Ufirs, e cassação do registro ou do diploma.

Violar ou tentar violar o direito do cidadão em sigilo votar, ou impedir é crime punível com
detenção de até dois anos (art. 312 do Código Eleitoral).

Por isso, presidente, expresso repudio a este ato, uma ameaça à segurança e integridade do
processo eleitoral, e voto pela CONCORDÂNCIA COM A RELATORA, ou seja, votando pela
prisão da sra. Rosangela Cunha, Cassando e retirando sua candidatura e demais disposições
expostas no voto da Ministra Rosa Weber, Acolhendo o Mandato de Prisão em Flagrante.

É como voto.

Min. Alberto Mendes

Datado e Assinado Digitalmente

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