O sistema circulatório é um dos identificamos o liquido do pericárdio (flu-
principais e mais importantes ído), estrutura facilitadora das maleabilida-
sistema do corpo humano, res- des cardíacas, sístole atrial e diástole ven- ponsável pela circulação dos tricular e vise versa durante toda a vida. fluídos do corpo, distribuídos através de vasos arteriais e venosos (circula sangue e hormônios) e ductos (circula linfa dos teci- dos intersticiais). O principal órgão da circulação sanguínea é uma bomba pulsora chamada de cora- ção, localizado dentro da cavidade torá- cica, protegido por costelas e músculos Do ventrículo esquerdo sai uma artéria entre os pulmões em um espaço cha- calibrosa em direção ao corpo, levando mado de mediastino. sangue rico em O2, chamada de artéria O coração é um órgão muscular formado aorta, está ao diminuir o seu calibre passa de fibras estriadas cardíaca de ação invo- a ser chamada de artéria seguindo em di- luntária, controlado pelo sistema neuro reção às micro células o calibre do vaso vegetativo (autônomo) ; O miocárdio é re- diminui mais ainda recebendo o nome de arteríolas, tornando-se finas como fio de vestido internamente por uma membrana cabelo recebendo o nome de capilares chamada de endocárdio, está tem como arteriais, nutrindo as micro células, essas principal característica a impermeabilidade, executando suas funções e liberando to- e revestido externamente por uma xinas (respiração celular) CO2, que será membrana denominada pericárdio, está formada por dois folhetos: um que man- conduzido pelas hemácias através de mi- tém contato direto com o miocárdio (vis- cro vasos chamados capilares venosos, esses aumentam de calibre recebendo o ceral) e outro que mantém contato com nome de vênulas, essas unem-se for- órgãos vizinhos (parietal) entre eles mando as veias, essas unem-se formando as veias cavas (inferior e superior) que chega no átrio direito do coração, passa pela válvula tricúspide, chegando no ven- Um dos principais e mais im- trículo direito, onde o sangue venoso rico portantes órgão responsável em CO2 segue para os pulmões através por impulsionar sangue para as das artérias pulmonares até chegar na diversas regiões do corpo, as- menor unidade funcional dos pulmões sim descrito. (alvéolos) onde ocorre a hematose (libera- O coração é formado por 4 cavidades ção de CO2 através das hemácias e absorção de denominadas átrio direito, átrio esquerdo, O2), agora o sangue rico em O2 segue ventrículo direito e ventrículo esquerdo. para o átrio esquerdo do coração através Do lado direito do coração circula sangue de 4 veias pulmonares, duas do pulmão rico em CO2 (toxinas celulares), já no direito e 2 do pulmão esquerdo, e, desta lado esquerdo circula sangue rico em O2, forma o ciclo circulatório continua. nutrientes, células e hormônios que nu- trem as células. O átrio direito comunica-se com o ventrí- culo direito através de uma válvula cha- mada tricúspide, já o átrio esquerdo co- munica-se com o ventrículo esquerdo através de uma válvula chamada de bicús- pide/mitral. Do ventrículo esquerdo sai uma grande artéria aorta para vascularizar todos os ór- gãos e células do corpo, inclusive o cora- ção através de duas artérias posicionadas na base do coração. Do lado direito a artéria coronária direita que se ramifica para vascularizar toda a região anterior direita do miocárdio. Do lado esquerdo sai a artéria coronária esquerda, está bifurca-se dando origem a duas importantes artérias: a artéria coro- nária mediana/interventricular, está rami- fica-se para vascularizar toda a região an- terior esquerda do miocárdio e a artéria coronária circunflexa, está se posterioriza ramificando-se e vascularizando toda a re- artérias pulmonares vão em direção a gião posterior do miocárdio. menor unidade funcional dos pulmões, chamados de alvéolos, onde as hemácias O retorno venoso drena todo o sangue que conduzem CO2 e penetram nos al- rico em CO2 através de veias correspon- véolos através do diferencial de pressão, dentes as artérias citadas, ou seja, onde chamado de perfusão, no interior dos al- existe uma artéria do seu lado existe uma véolos ocorre a hematose/respiração al- veia de mesmo nome, essas unem-se veolar, agora a hemácia rica em O2 tam- formando o seio coronário desembo- bém por diferencial de pressão deixa o cando no átrio direito através do óstiocar- alvéolo através da difusão (durante a ven- dio. tilação pulmonar o ato de inspirar au- O sangue rico em Co2 chega ao átrio di- menta a pressão intra alveolar, conse- reito através das veias cavas, quando este quentemente, a pressão extra alveolar ou se encontra em diástole atrial, onde iden- capilar é menor, possibilitando assim a di- tificamos os músculos pectíneos (responsá- fusão/ Já o ato de expirar diminui a pres- veis pelo controle da volemia sanguínea, fre- são intra alveolar, consequentemente, a quência cardíaca e velocidade do sangue) pressão extra alveolar ou capilar aumenta, quando este não consegue produzir re- possibilitando assim a perfusão). sultado no controle do sangue a fossa Agora o sangue rico em O2 e todos os oval, encontrada no septo interatrial, com seus componentes para nutrição celular alto coeficiente de elasticidade aumenta a retorna para o átrio esquerdo através de área, para diminuir a pressão dentro do 4 veias pulmonares, nesse momento átrio direito facilitando assim a entrada do ocorre uma diástole atrial, quando essa sangue venoso vindo do miocárdio atra- cavidade estiver completamente cheia a vés do seio coronário e do óstiocárdio. válvula bicúspide abre-se e o sangue Quando está cavidade estiver completa- passa para o ventrículo esquerdo sendo mente cheia ocorre uma sístole atrial e impulsionado para o corpo através de uma diástole ventricular e o sangue passa uma sístole ventricular e pela artéria aorta. para o ventrículo direito através das vál- vulas tricúspides controladas pelas cordas Condução elétrica do coração tendíneas e músculos papilares. O sistema nervoso é um dos principais e No ventrículo direito o sangue é armaze- mais importantes sistema de condução nado até que a cavidade esteja completa- elétrica visceral, ou seja, produz estímulos mente cheia, inicia-se a sístole ventricular elétricos que chegam as vísceras, órgãos que impulsiona o sangue venoso em dire- e estruturas corpóreas. ção aos pulmões através da artéria pul- O coração recebe estímulos elétricos monar e troncos pulmonares. Essas através do SNC e pelo X par de nervos craneanos (vago), este chega na base do No eletrocardiograma fisiológico, além da coração no átrio direito em um ponto onde P e do complexo Q. R. S., que pro- energético e fisiológico chamado de nó duz contração, temos a onda T, que é sino atrial, também conhecido como representada pelo repolarização. Ocasio- marca passo fisiológico, capaz de armaze- nando a diástole ventricular. nar estímulos elétricos e promover vida A repolarização atrial (diástole) própria ao coração. está inserida dentro do complexo Q. R. S, não visualizadas graficamente. Condução química e hormonal A condução elétrica do coração ocorre através de sinapse dos neurônios, onde ocorre a transmissão da carga elétrica, neste momento observa-se agentes quí- A partir do nó sino atrial identificamos fei- micos sendo transmitidos pelos neuro- xes atriais em direção aos átrios (direito e transmissores. Entre eles podemos obser- esquerdo) estimulando as fibras cardíacas var a serotonina, acetilcolina e noradrena- em uma ação despolarizadora, tendo lina, que tem papel fundamental na fre- como consequência a sístole atrial (con- quência fisiológica do coração da seguinte tração), que pode ser localizada através forma: da onda P do ECG, na parte inferior do • Acetilcolina: Promove um estimulo átrio direito, próximo a válvula tricúspide, de contração nas ondas P, Q, R e identificamos um outro ponto energético S. chamado de nó átrio ventricular, este tem • Serotonina: Age diretamente na como principal função receber estímulos onde T durante a repolarização. dos feixes atriais e retardar sua condução, posteriormente os estímulos elétricos se- • Noradrenalina: Neurotransmissor rão conduzidos pelos feixes de HIS atra- que atua diretamente no com- vés do septo interventricular em dois ra- plexo Q. R. S., onde identificamos a mos (direito e esquerdo), seguindo para despolarização ventricular e embu- os seus respectivos ventrículos através tida nessas ondas a repolarização das ramificações do feixe de porkinje que atrial. despolarizara as fibras ventriculares, pro- Os neurotransmissores tem função de movendo uma sístole ventricular que estimular através de ação excitatória e pode ser visualizada através das ondas do desestimular através de ação inibitória. complexo Q. R. S. no ECG. O coração como todos os órgãos do corpo sofre ação dos hormônios produzidos pelas glândulas que são ativa- das a partir de percepções sensitivas da seguinte forma: Quando percebemos es- Um dos principais e mais importantes sis- tímulos externos do corpo através dos temas de transporte de nutrientes, gases, sentidos essa informação chega numa hormônios e células de defesa. O sistema área do encéfalo chamados de giro do sanguíneo é formado através do sistema cíngulo, onde identificamos o tálamo e o ósseo: nas crianças o sistema sanguíneo hipotálamo que transmite informações acontece em todos os ossos, já nos adul- para a neuro hipófise (parte da hipófise) tos está presente nos ossos longos, que que transmitida para o corpo através da pode ser identificado através do corte adeno hipófise, os hormônios ali transmiti- transverso e por uma visão oblíqua, ve- dos seguem em direção ao seu órgão mos um canal central chamado de canal alvo e dali outros hormônios são produzi- de Hanvier onde temos o órgão hemato- dos. poiético, denominado de medula óssea (vermelha) responsável pela produção Supra renais produzem vários hor- sanguínea através de elementos da natu- mônios, entre eles a adrenalina, que tem reza como a radiação solar e alguns ou- como órgão alvo o coração, alterando as tros elementos proteicos e vitamínicos, funções elétricas e químicas. entre eles podemos especificar proteínas Todos os hormônios produzidos que são essenciais para o controle das pressões osmóticas e oncóticas. no corpo podem ser armazenados alte- rando a concentração química e emocio- O sangue humano é formado por dois nal do corpo, por isso é importante pro- elementos divididos em sólidos e líquidos; duzir descargas energéticas, através de ações da catarse.
O plasma compõe mais ou menos 90%
de substâncias líquidas e mais ou menos 10% de proteínas e sais, entre eles pode- mos ressaltar a albumina, responsável pelo controle osmótico, as imunoglobulinas, formado por leucócitos: células de defesa dividido em grupos: Elementos figurados do • Granulados – Fagocitose e pinoci- sangue tose; Podemos caracterizar os elementos figu- • Agranulados – Células responsáveis rados do sangue como componentes sóli- por processos inflamatórios (linfó- dos e celulares, entre eles: cito T e B). – Células sanguíneas estrutural- mente com formato oval achatado e sem núcleo central, possibilitando o transporte dos elementos sanguíneos com capaci- dade de ultrapassar estruturas em for- mato fibróticas e/ou estreitas, para que isso ocorra é necessária uma dependên- cia no controle de frequência cardíaca e pressão arterial.
As células de defesa chamadas de leucó- – Resíduo de grandes células
citos do grupo agranulado são produzidas que formam placas de fibrogênio que na medula óssea e desenvolvida no timo quando ocorre extravasamento sanguí- e nos gânglios linfáticos. Ambos linfócitos neo tem como finalidade formar coágulos (T e B) exterminam elementos estranhos para bloquear a perda sanguínea através do corpo, as células T agindo de forma da cascata de coagulação. imediata e as B de forma prolongada. – Células do sistema imunoló- gico que formam os glóbulos brancos, quer tem como principal função fagocitar estruturas sólidas residuais do corpo atra- vés dos macrófagos. a pressão do ar para dentro da cavidade nasal – nesta cavidade encontramos A fisiologia respiratória acontece dentro tecido esponjoso chamados de conchas dos alvéolos e/ou tecidos, porém para nasais (superior, média e inferior), com que esta fisiologia ocorra é necessário grande concentração vascular – em que aconteça inicialmente a ventilação média 2 a 3 litros de sangue circulam respiratória, através da inspiração (ar que nesta região – mantendo a temperatura entra nos pulmões) e expiração (ar que sai corpórea, logo, o aumento da dos pulmões), este processo mecanico temperatura e pressão produzem um fisiológico ocorre através de estruturas fenômeno chamado de ebulição, que influenciam a qualidade, pressão, separando a parte líquida da parte gasosa, temperatura e velocidade do ar. o líquido encontrado no ar segue para Fisiologicamente a ventilação pulmonar só esôfago e o ar aquecido segue para os pode ocorrer pelo nariz, a boca só pulmões. participa deste mecanismo durante a A umidade ideal do ar é entre 50 e 60. fonação, logo o nariz sendo uma A cavidade nasal apresenta limites que estrutura triangular, localizada no centro caracterizam essa região, anteriormente da face, com abas flexíveis favorecem o límen, posteriormente as coanas que este mecanismo da seguinte forma: filtram o ar porém deterioram-se mais Quando saimos do nível do mar a fácil na presença de monóxido e dióxido pressão da atmosfera aumenta tornando de carbônom inferiormente o osso o ar rarefeito, ou seja, as moléculas de palatino (separando cavidade nasal da oral) e oxigênio ficam afastadas e para ocorrer a superiormente o osso etmoide (separa inspiração (captação dessas moléculas) cavidade nasal de craniana) também ocorre uma dilatação nasal através das narinas. No interior do nariz (fossas nasais) chamado de osso pneumático por apresentar pequenas cavidades que identificamos pelos/cílios nasais e controlam a pressão intracraniana, essas mucosa/muco que associados filtram o ar, cavidades recebem o nome de: retendo partículas de poeira formando mucospilisacarídeos que são eliminados • Seios paranasais; durante a expiração. • Seio frontal; • Etmoidal; • Esfenoidal. Quando inflamados provocam sinusite, Na parte terminal das fossas nasais que impede o controle da pressão, notamos um estreitamento chamado ocasionando cefaleia. límen – que tem como função aumentar Posteriormente identificamos a faringe, vegetativo. Nesta mesma região tubo que relaciona-se com o sistema encontramos um outro aglomerado de respiratório e digestório, ou seja, parte da células imunológicas que protegem o faringe relacionada a cavidade oral sistema digestório e respiratório chamado chamamos de nasofaringe; parte da de tonsila palatina. faringe relacionada com a laringe LAINGOFARINGE – Interseção entre o chamamos de orofaringe. sistema respiratório e digestório, nesta região identificamos o tubo digestório: esofâgo, posicionado posteriormente; Tubo digestório: traqueia, posionada anteriormente. Entre eles identificamos a região da laringe (a laringe não é um órgão, é um espaço que tem como principal função a proteção), formada por cartilagens, musculo e ligamentos que protegem o sistema NASOFARINGE – Nesta região identificamos respiratório, são as seguintes cartilagens um pequeno orifício que liga a região impares de proteção: nasofaringe ao ouvido médio que • Epiglote – esta fecha a glote chamamos de osteofarinfeo da tuba (abertura de passagem de ar) durante a auditiva, este é responsável pelo controle deglutição, através de um ato da pressão extracorpórea quando saímos reflexo do sistema neuro do nível do mar, realizando constrição vegetativo: quando um elemento (fechamento) e dilatação (abertura); Está sólido ou líquido passa por essa região é protegida por uma aglomeração região o SNA aciona os nervos de células imunológicas chamadas de toro laringorecorrentes que aumentam a tubário, este divide-se em tonsila tubária pressão dos pulmões, promovendo e tonsila faríngea. uma hiperventilação (tosse), OROFARINGE – Parte da faringe expulsando o elemento estranho da relacionada ao sistema digestório e região; respiratório onde identificamos parte • Cricóide; tecidual do osso palatino (palato duro) e • Tireóide – que junto ao osso hióide parte do tecido esponjoso chamado de formam o tubo de proteção e úvula (palato mole), está é responsável em passagem de ar internamente. fechar a região nasofaringea durante a Nesta região encontramos 3 pares de deglutição, promovendo uma apneia cartilagens: fisiológica reflexa do sistema neuro • Aritenóides; • Cuneiformes; se os brônquios lobares inferior e • Corniculadas. superior, estes dão origem aos brônquios segmentares até chegarem nos alveólos, Essas formam as cordas vocais: duas do formando a árvore bronquica. lado direito, duas do lado esquerdo, as duas superiores são chamadas também Os bilhões de alvéolos desta região de cordas falsas e as duas inferiores formam o tecido esponjoso elástico chamadas de cordas verdadeiras. Entre originando os pulmões, o direito formando elas identificamos as fossas vocais, 3 lobos e o esquerdo formando 2 lobos e estruturas concavas onde ocorre a um prolongamento chamado de lingula vibração na formação da tonalidade de (alguns autores classificam como uma voz. involução do 3° lobo). Todos os pulmões Essas estruturas estão interligadas através são revestidos por uma membrana de de ligamentos: proteção e facilitação expansiva chamadas de pleuras (parietal e visceral), • Traqueocricóide; entre elas o espaço pleural (espaço • Cricotireóide; virtual de acordo com alguns autores), • Tireohióide. nesta região temos o líquido pleural, Formando uma estrutura única ligada a resultado da difusão plasmática e traqueia – esta formada por anéis drenagem linfática, ocasionando uma traqueais abertos onde vemos o musculo pressão negativa que mantém a traqueal, que mantém contato direto com expansão pulmonar. o esofâgo (em alguns momentos quando ingerimos alimentos não bem triturados este pressiona o músculo traqueal diminuindo a passagem do ar). Na porção terminal da traqueia identificamos a bifurcação traqueal Diferencial de pressão originando o brônquio principal direito e O ar atmosférico apresenta gases brônquio principal esquerdo, estes diferentes , uns benéficos outros nocivos. penetram nos respectivos pulmões O corpo humano necessita de ar através de uma abertura chamada de hilo oxigenado para sua sobrevivência e o ar pulmonar. CO2 é eliminado do corpo, beneficiando No pulmão direito o brônquio principal o meio ambiente, logo o equilíbrio entre ramifica-se em brônquio lobar superior, O2 e CO2 é essencial para a vida. Esta brônquio lobar médio e brônquio lobar troca ocorre por diferencial de pressão. inferior, já no pulmão esquerdo formam- O ar é medido por porcentagem, mHg, desta forma, por diferencial de nivelaado ao nível do mar, logo a pressão pressão, o CO2 penetra nos alveolos. parcial de O2 é cerca de mais ou menos Já nos capilares venosos , ligado ao 159 mHg e a pressão parcial de CO2 é capilar arterial por anastomose, a pressão de mais ou menos 0,15 mHg na parcial de O2 é cerca de 104 mHg, desta atmosfera. forma, por diferencial de pressão o O2 penetra nos capilares venosos. Dentro dos alveolos e dos capilares venosos a pressão de CO2 são equivalentes, não havendo troca. O volume corrente de ar circulando por minuto é de cerca de 500ml de ar, desses 350ml estão armazenados dentro dos alveolos para Dentro dos alveolos a pressão parcial de troca gasosa e 150ml ocupam o espaço intra alveolar é de 104 mHg de O2 e 40 morto, iniciado nas fossas nasais até os mHg de CO2. Desta forma podemos bronquiolos, nesta região ocorre a troca observar a diferença de pressão entre a gasosa. atmosfera e os alveolos. Como a pressão parcial de O2 na atmosfera é maior do Transporte gasoso que dentro dos alveolos, o O2 entra nos alveolos e como a pressão parcial de CO2 é maior do que na atmosfera o CO2 sai do pulmão (difusão). O transporte dos gases ocorre através Os alveolos são envolvidos por capilares, das hemácias e seus componentes sendo suas membranas capilar e alveolar (plasma e hemoglobina). O O2 impermeáveis, logo essas membranas transportado pelas hemácias ocorre de permitem passagem através da difusão e forma natural a qual chamamos de por diferencial de pressão assim oxidohemoglobina (elemento denominado observados. A pressão parcial de O2 como instável, podendo se desprender dentro do capilar arterial é cerca de 40 em qualquer momento por suprir a mHg e dentro dos alveolos a pressão necessidade de nutrição celular). parcial de O2 é cerca de 104 mHg, logo o Já outros gases tóxicos (monoxo e O2 não consegue penetrar nos alveolos, dioxido de carbono) ao serem a pressão parcial de CO2 nos capilares é transportados formam o elemento cerca de 45 mHg e dentro dos alveolos a dioxidohemoglobina, extremamente pressão parcial de CO2 é cerca de 40 nocivo ao corpo, tornando-se estável (nada que é estável é bom para o nosso corpo) por não se desprender das hamácias, dificultando a troca, aumentando a temperatura e causando a intoxicação por abrasamento (queimadura química). O transporte de CO2 ocorre de forma instável de 3 maneiras diferentes: • 7% dissolvido em plasma; • 23% transportado de forma plena, A quantidade total de ar presente nas vias formando o elemento aéreas de um adulto é tipicamente 5 a 6 carbohemoglobina; litros. Essa quantia pode ser dividida em • 70% transportado de forma ionica uma série de volumes e capacidades. do H, da seguinte forma: As células Volumes pulmonares produzem CO2 que através da respiração celular e por difusão • Corrente (VC): volume de ar inspi- entra nos capilares venosos, ao rado ou expirado em cada respira- penetrarem nas hemácias ção normal. combinam-se com o H2O através • Reserva inspiratória (VRI): volume da enzima anidrase carbonica máximo de ar que pode ser inspi- formando o ácido carbonico rado após uma inspiração espontâ- (H2CO3) por diassociação do ácido nea. Isso significa volume extra de carbonico perde H+ do HCO3 ar inspirado além do volume cor- (bicabornato de sódio), desta forma rente normal. o H será transportado para o • Reserva expiratória (VRE): máximo plasma, ao chegar nos capilares volume extra de ar que pode ser arteriais pulmonares o H plasmático expirado em uma expiração for- penetra nas hemacias associando- çada após a expiração espontânea. se ao bicabornato, formando o • Residual (VR): volume de ar que fica ácido carbonico novamente, que nos pulmões após uma expiração forçada máxima. perde a enzima anidrase, separando o H2O do CO2, este por difusão e Mesmo tentando ao máximo, é impossí- diferencial de pressão entra nos vel esvaziar completamente os pulmões alveolos. em uma expiração forçada. Esse volume que permanece é o volume residual. Fun- damental para manter a abertura dos al- véolos e impedir a tendência de colaba- mento alveolar. Capacidades pulmonares • Capacidade residual funcional = Vo- lume de reserva expiratória + Vo- As capacidades pulmonares são sempre lume residual formadas pela soma de 2 ou mais volu- • Cap. pulmonar total = Capacidade vi- mes pulmonares. tal + Volume residual • Capacidade pulmonar total = Capaci- • Capacidade pulmonar total (CPT): vo- dade inspiratória + Capacidade resi- lume máximo a que os pulmões dual funcional podem ser expandidos com o maior esforço. Ou seja, representa Pontuações sobre volumes pulmonares a quantidade total de ar presente nos pulmões na inspiração máxima. Além disso, vale ressaltar que os volumes Corresponde à soma dos quatro e capacidades pulmonares são cerca de volumes pulmonares. 20 a 25% menores em mulheres do que • Capacidade residual funcional (CRF): homens. E são maiores em pessoas atléti- quantidade de ar que permanece cas e com maiores massas corporais. nos pulmões ao final da expiração normal. Corresponde à soma do Considerando esses fatores, podemos volume residual com o volume de perceber que essas medidas são altera- reserva expiratória. das em diversas condições. • Capacidade inspiratória (CI): volume total de ar que pode ser inspirado a partir da CRF. Corresponde à soma do volume corrente com o volume de reserva inspiratório. • Capacidade vital (CV): quantidade to- tal de ar que pode ser mobilizado entre a inspiração máxima e a ex- piração máxima. Reflete a soma en- tre o volume de reserva inspirató- ria, o volume de reserva expiratória e o volume corrente.
Resumo rápido
• Capacidade inspiratória = Volume de
reserva inspiratória + Volume cor- rente • Cap. vital = Capacidade inspiratória + Volume de reserva expiratória hormonais da glândula hipófise. As informações captadas pelos sentidos Um dos chegam em uma área do encéfalo principais e chamada de giro do cinglo (sistema mais importante límbido), área do prazer, que será sistema de amadurecida através das vivências e dos absorção hábitos diários, levando o indivíduo a nutricional, reconhecer oque pode X não pode ser através de ingerido (nas crianças, por não haver um um complexo amadurecimento neuro hormonal, elas levam sistema de tudo a boca). órgão, ductos e glândulas acessórias com Sobre o sistema glandular, as glandulas o objetivo de transformar a hipófise e acessórias serão estimuladas a macromolécula em micromolécula através produção glandular e/ou enzimática. das 4 etapas distintas: • Ingestão – Decisão da ingestão do alimento; • Digestão – Transformação da É a transformação da macromolécula em macro em micromolécula através micromolécula através de ações de ações químicas e mecânicas; mecânicas e químicas. • Absorção – Captação dos Boca – Cavidade nutrientes através da corrente interna, limitada sanguínea, auxliado pela ação anteriormente hepática e pancreatica; pelos lábios • Egestão – Eliminação de resíduos. superior e inferior, entre eles uma abertura para ingestão chamada de fenda bucal, posteriormente a boca é Primeira etapa do processo digestório limitada pela região orofaringe, limitada que está relacionada com a decisão da inferiormente pelo assoalho da língua, ingestão do alimento, priorizado pelas formado pelos musculos supra hióides, percepções sensitivas (visão, olfato, tato, limitada superiormente pelo osso palatino gustação e e limitada lateralmente pelas bochechas; audição) e as Dentes – Em uma boca adulta saudável ações identificamos 32 dentes, divididos igualmente pelas arcadas, a superior Língua – formada pelo osso maxilar e a arcada Estrutura inferior formada pelo osso da madibula. muscular, Logo, 16 dentes superiormente e formada pelo inferiormente. Essas arcadas se dividem músculo longitudinalmente pela linha mediana, glosso, fixada na cavidade da boa no formando 4 quadrantes: 1° quadrante assoalho da língua, através de uma fina localizado na arcada superior do lado membrana chamada de fr~enulo da direito, o 2° quadrante localizado na língua que quando anteriorizada limita os arcada superior do lado esquerdo, o 3° movimentos da língua (língua presa). quadrante localizado na arcada inferior do lado esquerdo e o 4° quadrante localizado O músculo da língua é ativado pelo XII par na arcada inferior do lado direito, de nervos cranianos chamado de totalizando 8 dentes em cada quadrante, hipoglosso, este ativam mecanicamente a numerados e enfileirados da linha mediana língua no auxilio da mastigação em para as linhas laterais. movimentos para trás e para frente, para um lado e para o outro, para cima e para Nomenclaturas e funções dos dentes: baixo. Os dois primeiros dentes chamados de Junto com os dentes ocorre uma dentes incisivos tem a função de cortar sincronização de movimentos ativados os alimentos; pelo sistema neuro vegetativo. O terceiro é canino e tem função de Na parte inferior da língua notamos os furar o alimento; botões gustativos (papilas), formadas por Em seguida os pré-molares com função células fusiformes capazes de modificar- de triturar os alimentos; se para captar qualquer sabor em qualquer área da língua través do VIII par E os 3 últimos os molares (cisos) também de nervos cranianos, chamado de com função de triturar os alimentos. glossofaringeo, este capta a percepção Os dentes são numerados a partir da sensitiva da gustação e envia parta uma classe decimal, ou seja, a classe das área do encéfalo chamada de giro do dezenas representa o quadrante e a cinglo que junto com a visão e o olfato classe das unidades representa a posição geram o prazer, logo os 3 sentidos estão do dente. intimamente ligados. EX: O dente 11 será o dente incisivo, do Na parte posterior da língua identificamos quadrante superior direito, será inervado pelo papilas maiores, chamadas de papilas nervo maxilar, alveolar e o V par de nervos valadas, essas são maiores porém cranianos. apresentam baixa concentração de terminações nervosas, logo, apresentam musina salivar, esta com poder de baixa capacidade de absorção da umidificar alimentos. gustação. O pH salivar gira em torno de +/- 7 a 8, Na raiz da língua (bem mais posteriorizada) tornando a região entre neutra e alcalina, identificamos uma concent5ração de possibilitando assim que a flora bacteriana células imunológivas denominadas tonsilas da região auzilie na degradação nutricional da língua, que tem como função de através da gaseficação. impedir a entrada de agentes patogênicos A ação mecanica dos dentes e da língua no organismo, resultando em uma massa e química da saliva transforma o alimento branca chamada de borra, que tem odor em bolo alimentar. semelhante ao enxofre, gerando a halitose. Glândulas salivares – Associada a boca A delutição é a projeção do bolo identificamos 3 pares de glândulas alimentar de forma consciente do sistema salivares, a primeira e maior delas recebe nervoso central, ele atua em cima dos o nome de glândulas parótidas, localizadas musculos hioglosso, geneoglosso, próximas a ATM, essas conduzem a estiloglosso, supra hióides e infra hióides saliva em direção a cavidade da boca para a deglutição. através de ductos parotideos emergindo O bolo alimentar segue para a faringe, através de pequenos orifícios chamados assim a epiglote fecha a glote impedindo de ostio salivares, localizado entre os que resíduos entrem no sistema dentes 17 e 18 e os dentes 27 e 28. respiratório e segue para o esofâgo (tubo Abaixo da mandibula identificamos as muscular formado pelo musculo esofágico) glandulas sub-mandibulares e abaixo da controlado pelo sistema neuro vegetativo, lingua as glandulas sub-linguais. atravpes de movimentos peristalticos, Essas glândulas projetam suas enzimas empurra o bolo alimentar para o salivares através de ductos respectivos estômago. emergindo abaixo da língua através de Esofago – O esofago fica localizado ostios salivares.] posterior a traqueia, anterior as vértebras A saliva é formada por enzimas lateralmente a artéria aorta torácica, denominadas de amilase salivar ou porterior ao coração e entre os pulmões, pectialina, esta enzima tem o poder de sendo permeável. degradar o amido (vegetal) e o glicogênio Na porção terminal do esofago (animal) transformando em açúcares, identificamos a transição gastro esofágica, processo inicial da digestão química, a que passa entre as fibras do musculo saliva produz outra enzima chamada de diafragma através do hiato esofágico, no interior desta região encontramos a Essas se unem e formam o peritonio valvula cardia controlada pelos musculos (bolsa que reveste todas as vísceras); A parte esfincteres esofágicos controladas pelo anterior do peritonio é chamada de sistema neuro vegetativo, controlando a antroperitonio e a parte posterior de passagem do alimento em direção ao retoperitonio. estômago. O estômago se divide em 3 partes: • A parte mais alta chamada de fundo do estômago ou região gasosa; • O meio chamada de corpo ou antro – Local onde ocorre a digestão química e mecânica dos nutrientes; • A última parte chamada de região pilórica – liga-se ao duodeno através da transição gastroduodenal onde no seu interior identificamos a valvula pilórica.
O estômago está localizado na região
mesogastrica com duas curvaturas:
• Curvatua menor – Onde sai uma Durante o processo de mastigação e
membrana de fixação em direção deglutição o SNC ativa o hipotalamo para ao fígado, chamada de omennto que o estômago produza o hormônio menor; gastrina, este age sobre o próprio estômago estimulando as céluolas • Curvatura maior – Onde sai uma parietais e chefe da mucosa gástrica na membrana de fixação em direção produção do ácido cloridríco, que tem ao intestino, chamada de omento um pH em torno de +/- 2% e tem maior. objetivo de degradar as bactérias do bolo Do intestino saem membranas de alimentar, ao mesmo tempo em que isso revestimento e proteção: acontece o estômago produz uma enzima chamada de musina gástrica que • Intestino grosso – O mesocolo; tem como função proteger toda a • Intestino delgado – Mesentério. mucosa de revestimento do estômago. O ácido cloridríco também age artetonicamente para maior diretamente sob uma enzima inativa absorção nutricional. presente no estômago, chamadaq de Os intestinos estão ligados entre si por pepsinogênio transformando-a em uma valvula ilio-cecau. pepsina (enzima ativa) que tem como função degradar proteínas. Outra enzima Na região inguinal direita identificamos um que também está presente no estômago pequeno saco de armazenamento é renina que age principalmentre sob a temporario chamado de ceco e com um caseína (proteína do leite) melhorando prolongamento chamado de apêndice assim sua absoção, esta enzima está vermiforme, já o colo ascendente segue muito presente em crianças, que tem da região inguinal direita para a região do como seu principal alimento o leite, nos hipocondrio direito com uma curvatura adultos se apresenta baixa concentração ligada ao fígado chamada de flexura desta enzima. hepática. O colo transverso sai do hipocondrio direito em direção ao Essas enzimas e hormônios mais o ácido hipocrondrio esquerdo, formando uma cloridríco agem quimicamente sob o bolo curvatura que mantém contato com o alimentar fragmentando-o e baço, chamado de flexura esplênica. Já o transformando-o em quimo (recebe esse colo descendente sai do hipocondrio nome devido aos processos químicos). esquerdo em direção a região inguinal esquerda. Na cavidade pélvica os intestinos formam curvaturas de colo sigmóide terminando com a ampola retal, reto e ânus. Valvula O intestino mede aproximadamente de 8 retal ânus, formada pelos musculos a 9 m, dividido em intestino delgado e esfincteres internos (que sugam) e o grosso, posicionados dentro da cavidade externos (que espelem). abdominal e pélvica. O intestino grosso apresenta ondulações O instestino delgado divide-se atualmente que chamamos de hautros formado por em 2 partes: uma fita tendinosa chamada de tênia livre, onde identificamos um aglomerado de • Duodeno- - que mede tecido adiposo, chamado de apêndice aproximadamente de 20 a 30 cm, epiplóicos. posicionado na periferia do intestino delgado; O fígado e o pancrêas são glândulas • Jejuno-ilio – que é a junção do mistas capazes de produzir hormônios e jejuno e do ilio posicionados enzimas. Pãncreas – Localizado entrte o Já o hormônio colecistocinina também estômago e o duodeno, dividido em produzido pelo duodeno atua diretamente cabeça (relacionado ao duodeno), corpo sobre o fígado e sobre a vesícula biliar na (relacionado ao estômago) e cauda produção e distribuição de sais biliares (relacionado ao baço). com o objetivo de promover uma emulsi- ficação das gorduras, ou seja, fragmentar Fígado – Está localizado no hipocondrio as partículas e moléculas de gorduras. direito, dividido em 4 lobos: direito, Nesta mesma região identificamos o hor- esquerdo, quadrado e caudado. Com ductos hepatopancreáticos que mônio enterogastrona que tem o obje- conduzem as enzimas em direção ao tivo de diminuir a ação peristáltica aumen- duodeno de acordo com o desenho: tando o tempo de absorção e da área de contato das moléculas nutricionais com as vilosidades no intestino. CONTINUAÇÃO Desta forma todo material presente no Após o bolo ali- intestino será transformado em moléculas mentar sofrer uma nutricionais e captado ou absorvidos pelas ação química com microvilosidades, essas serão conduzidas alta concentração para o sistema circular venoso através gástrica no estô- das veias cólicas, mesentéricas e porta. mago formando o No interior do fígado ocorre a metaboliza- quimo este segue ção nutricional que é a transformação das para o duodeno através da válvula pilórica, moléculas nutricionais em glicose e glico- no duodeno o hormônio secretina pro- gênio e depois distribuídas de acordo duzido nesta região estimula o pâncreas a com a necessidade do corpo e/ou arma- produzir o cloreto de sódio que age zenadas em forma de gorduras. quimicamente sobre o quimo neutrali- zando sua ação ácida ao mesmo tempo Todo o material não absorvido sofrerá age quimicamente sobre o estômago ini- uma ação mecânica e química do hormô- nio enterogastrona e dos movimentos bindo a produção do hormônio gastrina peristálticos chamado de liquefação ou e consequentemente a produção do seja: a transformação dos resíduos em ácido clorídrico, este mesmo hormônio uma substância pastosa (liquida-pastosa) secretina atua sobre o pâncreas estimu- agora chamada de quilo que segue para o lando o mesmo a produzir as enzimas intestino grosso através da válvula ileoce- tripsina e quimotripsina essas agem quimi- cal camente sobre o quimo fragmentando em moléculas nutricionais. Intestino grosso - O quilo fica armazenado podemos identificar o gás carbônico, pro- temporaria- dutos nitrogenados como amônia, ureia, mente no ceco ácidos úricos, sais minerais, água, cloreto onde identifica- de sódio, dentre outros excretados atra- mos um pro- vés da ventilação expiratória, suor e a longamento urina. chamado de apêndice vermiforme - linfo- nodo responsável pela seleção e destrui- ção dos agentes patogênicos identificados no quilo tendo como resultado a elimina- Os principais ção dos agentes patogênicos através da órgãos de ex- diarreia líquida e consequentemente a creção urinária não absorção dos líquidos. são os rins es- ses localizados Quando a presença de agentes patogêni- na região toracolombar entre T11 e L2, cos permanece baixa o processo de ab- protegido pelas costelas flutuante. sorção dos líquidos ocorre ao longo do intestino grosso através dos haustros até O rim direito apresenta-se inferior em re- formar o bolo fecal na porção terminal do lação ao esquerdo pela presença do fí- colo descendente, sigmoide e ampola re- gado. tal. Os rins medem aproximadamente de 8 a 12cm com uma aparência semelhante a um caroço de feijão, revestido por uma cápsula fibrosa que protege e mantém contato com os órgãos vizinhos a partir das suas faces anterior ou visceral, poste- rior lateral ou costal, polo inferior ou vis- ceral cólico, polo superior ou glandular - onde identificamos a glândula suprarrenal - e face medial ou hilo renal onde identifi- camos entrada e saída de vasos e ductos. Um dos principais De cada hilo renal sai um ducto em dire- e mais importan- ção à bexiga chamado de ureter, em sua tes sistemas de porção proximal identificamos uma dilata- eliminação de ção chamada de pelve renal, local de ar- substâncias tóxicas mazenamento temporário da urina, onde catabolizadas pelas também formam -se os cálculos/cristais células, entre elas renais. Ao longo do Já a ure- ureter identifica- tra mas- mos neuro re- culina, de ceptores que maior di- percebem e mensão, transmitem estímulos sensitivos, causando divide-se a sensibilidade reflexa (dor) ocasionando em 3 uma postura antálgica quando referimos a partes. Ao passar por dentro da próstata dor (na região lombar). chamamos de porção prostática da ure- tra, ao passar entre membranas chama- A urina deslocada pelos ureteres chega mos de porção membranácea da uretra na bexiga, ou também conhecida como e ao passar no pênis chamamos de por- Trígono, localizada na cavidade pélvica, ção peniana/esponjosa da uretra, eclo- formada por uma estrutura elástica capaz dindo na glande peniana através do ostio de armazenar fisiologicamente de 600 a 800ml de urina, porém, quando chega- externo. mos ao limite de +- 200 ml de urina so- mos estimulados a micção, está urina Fisiologia do sistema reprodutor será conduzida para o meio externo atra- vés da uretra. O sistema reprodutor a bexiga masculina está localizada é um dos principais e mais importante sis- no homem na cavidade pélvica imediata- tema da perpetuação mente acima da próstata, já nas mulheres da espécie, isto fica localizada na cavidade pélvica, abaixo ocorre através da união dos gametas re- do útero. produtivos por estímulos sensitivos, capta- Uretra: ducto de condução da urina para dos do meio externo e direcionado para o meio externo. Na mulher a uretra mede uma área do sistema nervoso central em torno de 7 cm, eclodindo através de chamada de giro do cinglo ou sistema um pequeno orifício chamado de óstio límbico, esses estímulos chegam no hipo- externo da uretra, localizado na vulva, en- tálamo onde ocorre a produção do hor- tre o clitóris e o ostio da vagina. De difícil mônio gonadotrófico, esses estimulam a visualização em mulheres obesas, idosas e neuro hipofise (parte posterior da hipó- crianças. fise) na produção dos hormônios FSH e o hormônio luteinizante LH, esses entram na corrente sanguínea em direção das gónadas de reprodução, nas mulheres os ovários e nos homens os testículos. Fisiologia do sistema reprodutor feminino O sistema reprodutor feminino está rela- cionado na fisiologia da genitália, porém as glândulas mamarias estão diretamente re- lacionados ao processo reprodutivo e nu- tricional do feto, desta forma podemos entender que os seios começam a sofrer transformações através dos estímulos ex- Pelos pubianos/púbicos: Os pelos púbicos ternos e produção de hormônios. ou pubianos estão localizados no monte Sobre os arcos costais (costelas) identifica- púbico e na periferia da vulva com o ob- mos os músculos intercostais, peitoral jetivo de impedir que agentes patogêni- menor, peitoral maior e sobre o músculo cos penetrem na região, os pelos são peitoral maior identificamos as glândulas constituídos de uma substância chamada mamarias responsáveis pela produção do de queratina que tem como função repe- leite materno (lactose) sendo direcionado lir ou afastar microrganismos patogênicos. através dos ductos mamários em direção Grandes lábios: Dá forma a vulva prote- ao mamilo com micro furos denominados gendo contra choques e através da sua osteos mamários. composição de tecido adiposo e mitocôn- As glândulas e os ductos mamários são drias que trabalham de forma vibratória, protegidos por tecido adiposo dando for- mantém uma temperatura adequada para mato ao seio, o hormônio estrogênio é o controle do pH que gira em torno de responsável pelo acúmulo de gordura mais ou menos 4 a 4,5 de acidez, ambi- ente adequado para a vida da flora bacte- nesta região e o hormônio ocitocina é riana vaginal orgânica, quando ocorre mu- responsável pela egestão do leite ma- danças da acidez vaginal as bactérias or- terno. gânicas degradam-se e aparecem os Anatomofisiologia da genitália feminina agentes patogênicos nocivos na região. Estrutura externa do aparelho reprodu- Pequenos lábios: Estrutura de proteção tor e urinário feminino, vulva ou pudendo dos osteos da vulva formando uma bar- feminino formada pelas seguintes estrutu- reira e fechando os ostios, os pequenos ras: lábios são formados de tecido epitelial não estratificado com grande poder de absorção e cicatrização, logo está região torna-se vulnerável a IST's. Clitóris: Região proprioceptora capaz de permanente, durante a copulação o nível perceber estímulos através de neuro- de produção deste líquido aumenta em transmissores promovendo o prazer; até 100% de sua produção, essas caracte- rísticas podem mudar de acordo com es- Para muitos autores o clitóris é uma invo- tado orgânico, emocional, patológico ou lução do pênis durante o desenvolvi- viral e patogênico. mento embrionário, o mesmo apresenta um corpo e uma glande com grande ÚTERO: O útero é um órgão muscular concentração vascular, durante a excita- em formato de uma pera virada de ca- ção ocorre uma irrigação aumentando beça para baixo. Seu tamanho varia com assim o seu volume; a idade, número de filhos e eventuais al- terações, como miomas. Tem, normal- O clitóris é protegido por um tecido epi- mente, de 7 a 8 cm de comprimento, 5 telial chamado de prepúcio, ele está locali- a 7 cm de largura superior e paredes de zado no vértice anterior dos pequenos lá- espessura entre 2 e 3 cm. bios, próximo a sínfise púbica. Pode ser dividido em duas partes: Ostio externo da uretra: Protegido pelos pequenos lábios localizado entre o clitóris • Corpo – 2/3 superiores (parte ex- e o ostio da vagina, de difícil visualização pandida): o corpo uterino, além da em mulheres obesas, crianças e idosas, musculatura, tem uma camada in- local de micção. terna chamada endométrio. Esta é a camada que descama junto com Ostio da vagina: Localizado no vértice o sangue na menstruação e volta a posterior dos pequenos lábios, dentro do crescer, a partir do 1° dia do ciclo trígono uroretal entre a vulva e o ânus, menstrual, chegando à sua espes- onde identificamos os músculos do assoa- sura máxima (cerca de 10 mm) no lho pélvico que protege os órgãos inter- período ovulatório (14° dia do ciclo). nos. Se a mulher engravidar, o futuro O ostio da vagina é o local de copulação, bebê se alojará no meio desta pelí- concepção e passagem do fluxo mens- cula e lá permanecerá durante a trual, nesta região nos primeiros anos de gestação. Se, no entanto, não vida identificamos uma fina membrana ocorrer a gravidez, como acontece elástica com forma e características dife- na maioria dos ciclos, o endométrio rentes que protege o canal vaginal cha- sofrerá modificações produzidas mado de hímen, nesta região identifica- pelo hormônio progesterona e des- mos também as glândulas de barthuling camará na próxima menstruação. que secreta uma substância líquida, vis- Portanto, esta camada aumenta e cosa, incolor e inodora de forma diminui de espessura conforme a gravidez tubária, com consequências gra- fase do ciclo menstrual. ves. • Cérvix ou terço inferior do colo (parte O óvulo pode ser fecundado em até 48 cilíndrica abaixo do corpo do útero): o horas após a sua expulsão. Os esperma- colo cérvix faz a conexão entre a tozoides duram de dois a três dias no in- vagina e o corpo uterino. O colo terior do útero. O embrião demora de deve ter a anatomia perfeita, pois é quatro a cinco dias para percorrer o tra- por ele que os espermatozoides jeto no interior da tuba. depositados na vagina durante o ato sexual passam. O colo cérvix OVÁRIOS – Os ovários são as glândulas produz um muco que aumenta na reprodutivas da mulher. Em forma de época da ovulação e é percebido amêndoas, medem aproximadamente 3 x como um corrimento de aparência 2 cm e produzem os hormônios respon- de “clara de ovo”. Através deste sáveis pelo ciclo menstrual e pelas carac- muco, os espermatozoides “nadam” terísticas sexuais secundárias da mulher em direção ao interior do útero. No (voz fina, presença de mamas, pelos pu- fundo do útero, encontram-se os bianos, entre outras). dois cornos onde se implantam as O óvulo: estrutura microscópica que duas tubas uterinas provenientes cresce e amadurece dentro de folículos do ovário. nos ovários. Durante o ciclo reprodutivo, TUBAS (TROMPAS): As tubas uterinas estes folículos, vistos pelo ultrassom como “bolinhas pretas”, desenvolvem-se são pequenos “tubos” finos que transpor- até momento da ovulação tam os óvulos provenientes do ovário e os espermatozoides vindos do útero, além do embrião formado pela união das células sexuais femininas e masculinas Malformações uterinas são anomalias (óvulos + espermatozoides). Medem de 10 causadas pelo desenvolvimento anormal a 12 cm de comprimento e têm quatro do útero. Atingem 4 em cada 1.000 porções: parte uterina, istmo, ampola e as mulheres e são a causa mais comum de fímbrias. As fímbrias captam os óvulos ex- problemas reprodutivos. Quanto mais pelidos pelo ovário e direcionados para a cedo ocorrer a má formação durante o região ampolar. A fertilização ocorre na desenvolvimento do útero, maior será a ampola. Após a fertilização, o embrião lesão. “caminha” em direção ao útero onde é implantado (nidado). Se houver alguma fa- lha neste transporte, o embrião se desen- volverá no interior da tuba e ocorrerá a Entre as várias malformações uterinas, • escroto (bolsa): local de destacam-se: armazenamento dos testiculos formado por um tecido epitelial, com filamentos tendinosos formando haustrus (estrutura muscular que movimenta o escroto no controle da temperatura de +- • Útero com ausência de colo. 2 graus abaixo da temperatura • Útero arqueado: apresenta depressão corpórea, para a reprodução dos no fundo uterino. espermatozoides). • Útero bicorno: é dividido em dois • 2 Testículos (gônada de cornos. reprodução): estão localizamos fora • Útero didelfo: é duplo, tem dois da cavidade pélvica, protegido pelo colos, é associado a duas vaginas e escroto, com o objetivo de apresenta divisão do fundo uterino. controlar a temperatura. A partir do • Útero septado: é dividido por uma corte coronal identificamos membrana (septo) em duas partes, internamente duas importantes podendo alcançar o orifício interno estruturas, os túbulos seminiferos do colo do útero. Essa anomalia não onde ocorre a espermatogênese é visível externamente. por ação do hormônio fsh e o • Útero subseptado: apresenta divisão tecido intersticial onde identificamos incompleta do útero. as células intersticiais responsáveis • Útero unicorno: tem cavidade pela formação e produção do hormônio testosterona estimulados reduzida que corresponde à pelo hormônio LH. O hormônio metade de um útero normal. Só testosterona participa ativamente tem uma tuba e um ovário do processo da espermatogênese funcionando. e entra na corrente sanguínea com . o objetivo de promover as O sistema reprodutor características masculinas e masculino junto com o também controlar os níveis de aparelho reprodutor testosterona no corpo, através do feminino são efeito feedback positiva quando os responsáveis pelo hormônios FSH e LH estimulam as processo reprodutivo gônadas na produção de humano. testosterona, e pelo feedback negativo quando os níveis de Estruturas do sistema reprodutor/urinário: testosterona atingem altos limites • 2 Vesículas seminais: local onde os bloqueando o hipotálamo na espermatozoides recebem produção dos hormônios nutrientes através de uma reprodutivos. Os espermatozoides substância chamada de frutose, e produzidos no interior dos testiculos componentes da glicose. Uma outra seguem para o meio externo dos substância também vai se associar testiculos através do ducto a esses componentes chamada de eferente, externamente forma-se fibrinogênio, uma substância um novelo chamado de epidídimo viscosa, pegajosa, em forma de gel que vai armazenar que vai possibilitar que os temporariamente os espermatozoides se fixem as espermatozoides e participar da paredes do canal vaginal, do útero sua maturação. e das tubas uterinas. Quando todos • 2 Epidídimos: o epidídimo divide-se esses componentes se juntam em cabeça onde ocorre a primeira forma-se ali o semen, que segue fase de amadurecimento, corpo em direção a próstata através do onde ocorre a segunda fase de ducto ejaculatório, unindo-se a amadurecimento e a cauda onde porção prostática da uretra. ocorre a última fase de • Uma próstata (glândula amadurecimento. prostática): está tem a função de • 2 Ductos deferentes: a partir da produzir o líquido prostático que se cauda do epidídimo forma-se o junta ao semen com o objetivo de ducto deferente, este segue em alcalinizar o canal vaginal, além disso direção a cavidade pélvica. Em sua a próstata controla a saída do trajetória observa-se uma semen bloqueando a saída da urina membrana de proteção chamada e vise versa. A próstata ainda tem a de funículo espermático, onde função de durante a ejaculação, identificamos um aglomerado de por uma contração sistêmica, vasos, ductos e nervos chamados projetar jatos. de plexo pampiniforme, • Uma uretra: a uretra masculina, responsável pela seleção dos além de conduzir a urina para o espermatozoides que passam na meio externo, também conduz o região. No interior da cavidade esperma, porém na base do penis pélvica o ducto deferente passa identificamos a glândula bulbo sobre a bexiga em direção a uretral que secreta uma substância vesícula seminal. líquida, viscosa, incolor, inodora e alcalina que limpa o canal da uretra antes da ejaculação. Na porção terminal da uretra identificamos uma dilatação formando uma vesícula na glande peniana, onde acumulam-se urina. Um penis: o penis é um órgão de copulação, de formato cilíndrico com duas dilatações, internamente a dilatação chamada de região bulbar onde encontramos a glândula bulbo uretral, externamente é a glande peniana com formato piramidal a partir de uma membrana chamada de frenulo da glande, com um pequeno orifício chamado de ostio externo da uretra ou meato urinário. Esta região é formado por um tecido sensível epitelial com grande concentração vascular e