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não gosto da ideia que as pessoas tem de mim, que eu sou foda-se para tudo, que eu

não me importo, porque no fundo eu sei o quanto tudo me magoa, até mesmo uma piada
que eu não entendi a ironia. odeio que as pessoas sempre tendem a me odiar, mesmo
eu não fazendo nada, porque eu não gosto da ideia de não ser aceita, mesmo que eu
saiba que é impossível alguém ser aceito pela maioria. eu to cansada, literalmente,
não consigo ter energia pra mais nada, nem pra sentir algo. eu só queria que tudo
acabasse de uma vez, que esse favoritismo explícito entre eu e meus irmãos
acabassem, porque eu sei que não sou metade deles, nunca vou ser, mas eu também sei
que não consigo alcançar eles e a declaração disso diariamente me deixa muito
triste. é como se a minha vida não fosse importante, porque nada que eu faço soa
importante. até porque tudo que eu faço, sempre alguém vai achar algo de mal, como
se eu não estivesse tentando, como se eu constantemente fizesse as coisas para dar
errado, para provocar alguém, para provar algo para alguém. mas nunca pensam que eu
faço as coisas simplesmente porque eu quero, me dá vontade, sinto a necessidade,
que as vezes os atos nem significado tem, só tendem a ser naturais. mas,
constantemente, vejo que o meu natural é falho e insuficiente, como se nada que eu
fizesse, mesmo seguindo ordens, fosse o suficiente, fosse o necessário. como se eu
sempre tivesse que provar para alguém. um exemplo é a tatuagem, que era algo que eu
realmente me sentia confortável e, quando me obrigaram a fazer no braço daquela
porra que se autodenomina de pai, mesmo eu falando que não me sentia confortável,
não era a hora, era muito cedo, eu fui obrigada mesmo assim. poxa, eu sei que as
coisas são feitas por vontade dele, mas e as minhas vontades? depois disso, algo
que era positivo pra mim, se tornou negativo. porque logo na primeira, ele já disse
que não gostou, ficou esquisito, eu tive que me contentar falhando já de primeira.
depois, ele começou a me forçar a fazer coisas que eu não me achava capaz e, toda
vez que dava um pouco diferente do original, eu já me sentia um lixo. porque aquilo
não era meu natural, era algo forçado. e, quando eu simplesmente deixei o que me
era confortável, eu virei a vadia? literalmente, eu virei uma prosituta? tudo
porque eu deixei um dia, que eu tava cansada, nao por ter começado a faculdade, mas
porque eu não aguentava mais emocionalmente e brigaram comigo? porra. o que
acontece, passa ou eu sinto, não vale de nada? por que sempre as emoções e
sentimentos das outras pessoas são mais importantes do que eu sinto? por que todo
mundo me ve mal e mesmo assim compete comigo? isso tudo é cansativo. é como se eu
não pudesse tomar posse de nada que me fizesse feliz que alguém viria e chutaria
meu castelo de areia, só pelo sentimento de destruir algo que eu felizmente
construi. é estranho. é doloroso. e é triste saber que mesmo eu enfiando um
estilete com força em vários lugares do meu corpo, nada disso faz a minha dor
passar, porque me doi fisicamente toda essa tristeza. é como se alguém,
constantemente, me chutasse na barriga e nenhuma outra dor sequer conseguisse me
afastar dessa dor principal. é esquisito. muitas vezes penso em na primeira
oportunidade sair daqui, mas pra onde eu iria? vou tentar fugir de novo pra minha
tia? nem tia me restou mais. e eu caio nesse ciclo que, quando eu consegui fugir
daqui, a tia morreu. era para eu não sair daqui? mas o que caralhos eu tenho aqui
que eu tenha que me prender tanto? pq eu tenho que ficar dependente de algo que só
me faz mal, que é o motivo que eu já tive cinco tentativas de suicido? que, aos
meus 12 anos, eu já planejava em como eu me mataria porque eu não aguentava mais.
que, aos meus 13, eu me senti liberta por finalmente não ter ele, por estar
evoluindo e aos 15 anos ter que ver ele tentando matar a única coisa que eu, na
época, tinha, o cachorro. que, aos 16 anos, eu não aguentava mais, tinha voltado
aos pensamentos de morte, já queria um fim pra todos esses sentimentos, mas não
conseguia me desapegar pela minha mãe. que, aos 16 ainda, apareceu aquela porra de
kunihiro que me fez ter a minha primeira tentativa de suicídio, depois de almoçar
no natal, porque eu não aguentava a ideia que minha mãe tinha se reunido com alguém
para conversar sobre mim, como se eu fosse o problema por não conseguir aguentar um
relacionamento que me fazia mal e que até no fim me perseguiu e sugou tudo de mim.
que, aos 17, voltou a porra de um mlk que sabe deus porque achou que tinha
oportunidade comigo e fez a porra do meu pai, que tem uma cabeça de rola, ficar
puto comigo na PORRA DA MINHA FORMATURA????? e me deixou desconfortavel, NA MINHA
FORMATURA, porque memso sabendo que eu odeio toque e pessoas perto ficou em cima de
mim, me deixando desconfortavel e a última memória que eu tenho com a porra da
minha tia é dela perguntando pq eu não dei chance senod que eu não sou obrigada a
ficar com ninguém. que, agora, na casa dos 18, eu perdi a única pessoa que eu
achava que me compreendia e, depois de 1 ano sem me cortar ou tentar me matar, eu
tentei de novo, porque não tinha mais sequer com quem conversar. pq se eu menciono
que to triste, quero morrer, alguem sempre faz uma paida ou essa porra que se chama
de pai sai por ai falando pra todos que eu tenho tudo que quero, que eu sou uma
otária por pensar nisso. abuso psicológico é ter tudo? eu simplesmente sempre penso
em abandonar tudo, todo o patrimonio pra ter um pouco de paz e ele cre que eu tenho
tudo so porque ele me dá uma casa pra morar, que é, por lei, obrigação dele?
me sinto traida. não consigo achar alguém que me aceite, me faça pelo menos desviar
dos pensamentos.

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