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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Agrícola e do Meio Ambiente
Exercício Profissional e Cidadania
Professor James Hall

TRABALHO APLICADO 3 - REFLEXÃO SOBRE PERTENCIMENTO OU NÃO A UM


CONSELHO PROFISSIONAL

Aluna: Manuella Candido Moscardini

A palestra em questão, ministrada pelo Prof. João Marcos Bittencourt, visa esclarecer sobre
o Exercício Profissional de Designer e O Despertencimento a um Conselho de Classe. O
professor discorre sobre o fato da profissão não ser regulamentada, e que na prática
qualquer pessoa pode se autodenominar designer. A discussão sobre a regulamentação
tem mais de 30 anos com profissionais tanto contra e a favor. Um dos motivos que têm
impedido o avanço da regulamentação é o argumento que de os projetos que derivam da
prática do design não colocam vidas em risco.

Inicialmente, são apresentados alguns projetos de lei para estabelecer a regulamentação,


mas que não foram aprovados ainda. Logo, entende-se que sem a regulamentação, o
governo não pode contratar serviços de design através de licitações ou concorrências
públicas, não há regulamentação para prática profissional e não existe aposentadoria como
designer. Assim, um órgão regulamentar poderia ajudar a tornar a profissão mais conhecida
e aumentar a inserção na indústria. A concorrência desleal com profissionais despreparados
e sem conhecimento iria diminuir e, com fiscalização proveniente da regulamentação, a
conduta de maus profissionais pode ser punida. Além disso, uma nova ética seria
instaurada na profissão e existiria a criação de benefícios trabalhistas para os profissionais.

Por outro lado, são analisados as razões dos que são contra a regulamentação, entre eles
estão: novos encargos serão cobrados, aumentando o preço do serviço, dificuldade de
acesso a micro e pequenas empresas ao serviço, tendência de faculdades criarem cursos
de qualidade inferior para atender a demanda de mercado, controle sindical pode forçar
pisos salariais em favor de empregadores e se a regulamentação vai atender todas as
vertentes do design.

Dessa forma, surge a questão: Por que um cenário tão desarticulado? João Marcos explica
que a construção da profissão é historicamente desarticulada, até porque, a maioria das
pessoas nem sempre sabem o que faz um designer. Poderíamos nos arriscar em dizer que
nem mesmo os designers sabem o que outros fazem, por conta das áreas de atuação
serem muito diversificadas.

Assim, o professor propõe alguns caminhos para seguir, já que o processo de


regulamentação, sem um plano articulado de valorização da profissão, não dará resultado.
Uma forma de construir essa articulação seria por meio de eventos, palestras, prêmios,
programas subsidiados, destaque na mídia e mostrar resultado financeiro. Logo, entende-se
que é preciso estudos para avaliar o impacto a médio e longo prazo de uma possível
regulamentação. Além de um estudo comparativo com países que fizeram a
regulamentação.
Por fim, João Marcos explica um pouco sobre como ser um trabalhador autônomo pelo MEI
(Micro empreendedor individual), o que muitos designers acabam fazendo pois, com uma
taxa de R$57,00 e faturamento anual de R$81.000,00 o profissional tem direito a INSS,
aposentadoria, licença maternidade e afastamento por saúde.

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