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"Pedagogia do Oprimido" é uma obra seminal escrita pelo renomado educador

brasileiro Paulo Freire. Publicado pela primeira vez em 1968, o livro se tornou uma
referência fundamental para a educação crítica e transformadora, influenciando
pedagogos, educadores e pensadores em todo o mundo.

O livro parte de uma análise profunda das relações sociais, especialmente no


contexto brasileiro da época, marcado por desigualdades gritantes. Freire critica um
modelo tradicional de educação que, em sua visão, serve para manter as estruturas
de poder existentes, oprimindo os menos favorecidos e perpetuando a alienação.

A proposta central de Freire é uma educação libertadora, na qual tanto educadores


quanto educandos participantes ativos do processo de aprendizagem. Ele apresenta
o conceito de "educação problematizadora", na qual os temas emergem da realidade
vivida pelos estudantes, proporcionando uma educação mais conectada com suas
experiências cotidianas.

Freire destaca a importância de superar a "educação bancária", na qual os alunos são


vistos como receptáculos passivos de conhecimento depositados pelos professores.
Em vez disso, ele propõe uma educação dialógica, na qual o diálogo é a chave para a
compreensão mútua e a co-construção do conhecimento.

A obra também aborda a conscientização como um processo essencial na formação


dos sujeitos. Freire destaca a importância de desenvolver a consciência crítica para
que os oprimidos possam entender as estruturas que os mantêm subalternos e,
assim, participar na transformação de suas realidades.

O legado da “Pedagogia do Oprimido” transcende fronteiras e ainda é altamente


relevante nos debates contemporâneos sobre educação e justiça social. O livro de
Freire desafia a ideia convencional de educação e destaca a urgência de uma
abordagem pedagógica que liberte as mentes, incentivando a reflexão crítica e a
ação transformadora.

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