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Lição 8

A aliança com Deus e a aliança com o cônjuge

Objetivo: nesta oitava lição estudaremos sobre a importância de fundamentarmos


nossa visão familiar na relação com Deus a partir da dupla aliança que estabelecemos:
com o nosso cônjuge e com o Senhor.

Olá e a paz do Senhor Jesus!

Em nossa sociedade, o conceito de aliança matrimonial parece estar


desaparecendo. Vivemos uma cultura de contratos rescindíveis, dos negócios ao
casamento. Nos dias atuais, quando um casal vai ao cartório e se casa aos olhos da lei,
está firmando um contrato que depois poderá vir a ser revogado por meio do divórcio.
Porém, a Palavra de Deus nos diz que o casamento é uma aliança, um pacto, um
compromisso que não deve ser rompido.

Não podemos deixar que o que norteia o casamento seja afetado por exemplos
negativos na família de origem ou por valores de uma sociedade cada vez mais distante
do que o Criador determinou para a humanidade. Nosso critério tem de ser um só: a
Bíblia. Precisamos resgatar os valores bíblicos não apenas para tentar trazer a restauração
ao casamento de muitos desta geração, mas para evitar desastres conjugais nas próximas
gerações.

No Antigo Testamento, a palavra hebraica que foi traduzida em português por


“aliança” é beriyth e significa “acordo”, “aliança”, “compromisso”. Em sua raiz, em
hebraico, a palavra transmite a ideia de firmar um pacto com sangue. De uma forma em
geral, essa aliança envolve juramentos, objetos memoriais (como o anel de compromisso)
e testemunhas.

Dessa forma, o pacto matrimonial não é apenas uma aliança dos cônjuges entre si,
mas também uma aliança do casal com Deus. A ideia bíblica de aliança fala não apenas
da aliança entre os cônjuges, mas do pacto deles com Deus, da obediência à lei do Senhor,
e do matrimônio como um compromisso do qual Deus deseja participar, como se vê nos
textos de Êxodo 34.28 e Malaquias 2.13-16. Portanto, o casamento é uma dupla aliança
entre os cônjuges e entre eles e Deus.

A ALIANÇA AOS OLHOS DE DEUS

Deus não fez alianças porque precisasse delas, mas porque desejava que os
homens entendessem o próprio compromisso. As palavras "aliança" e "compromisso"
podem, muitas vezes, ser interpretadas com parcialidade, em decorrência de uma leitura
emocionalmente imatura. Para muitos, o conceito de aliança sugere mais o peso de
obrigações do que a ideia de benefícios a serem desfrutados. Contudo, temos de enxergar
de modo mais abrangente esse conceito tão importante. Se por um lado é certo que há um
compromisso a ser honrado, não menos certo é que há, também, um benefício a ser
desfrutado.

Um compromisso conjugal que deve ser sustentado com honra, na alegria e na


tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, não é um fardo, até porque serve
de proteção contra o abandono de ambos os cônjuges. Há quem reaja à mensagem de
fidelidade do casamento como se fosse uma enorme proibição à possibilidade de diversão
extraconjugal. Porém, é esse mesmo princípio que protege ambos de serem traídos. Ao
firmar alianças com os homens, Deus não quis apenas estabelece um compromisso deles
consigo, mas levar os homens a descansar no compromisso dele conosco.

O Senhor não brinca com seus compromissos, seja cumprindo sua parte nos
pactos, seja estabelecendo que não devemos rompê-los. E, como o casamento é, aos olhos
de Deus, uma aliança, não podemos tratá-lo de modo diferente do que o próprio Deus
trata as alianças que ele firma. A conclusão é que qualquer aliança firmada entre os
homens e Deus, incluindo a conjugal, deve ser levada muito a sério.
Para refletir e compartilhar

Se o casamento é uma dupla aliança - dos cônjuges entre si e deles com Deus -, seria
correto afirmar que a dedicação ao matrimônio reflete não apenas o nível de compromisso
que temos com o cônjuge, mas, também, com Deus? Por quê?

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A ALIANÇA AOS OLHOS DE DEUS E OS SEUS EFEITOS

Deus é imutável e firme. Não descumpre o que promete. Ele realiza o que afirmou
que realizaria. Em muitas situações, na Bíblia, os relatos descrevem a quebra de
compromissos do povo para com seu Deus. O Senhor gosta de firmar alianças, pois Ele
ordena ao povo para realizar tudo com fidelidade, contudo alerta quanto às pessoas
envolvidas no pacto. Como o casamento é uma instituição divina, quebrar a aliança nele
é algo sério, pois o divórcio não deveria ser uma fuga tão rápida assim. Ao assumir
qualquer responsabilidade, muitas coisas envolvem essa decisão. Quando há o casamento
os efeitos são:

1) Uma só carne – esse processo, biblicamente acontece quando o casal se une no


Senhor, gerando uma fusão de vidas;

2) Morte da vida egoísta – na vida a dois, numa união saudável e feliz, o


pensamento egoísta precisa ser substituído por gestos e comportamentos altruístas, rumo
à felicidade do outro;

3) Posses comuns – tudo na vida a dois é partilha, tudo se transforma em comum;


4) Deveres mútuos – as obrigações do casal são espontaneamente acertadas pelo
casal;

5) Exclusividade sexual – a intimidade do casal é associada somente a eles dois.


Nessa área também não deve haver nada que os torne vulneráveis.

6) Bênção ou maldição – no livro de Hebreus, um texto registra que há dois tipos


de solos: um que produz fruto por reter a água da chuva e receber a bênção de Deus e
outro solo que simplesmente, não frutifica e está perto da maldição. (Hebreus 6. 7,8);

Para refletir e compartilhar

Somente quem entende o que é o pacto conjugal viverá os efeitos da aliança. Quando
esses efeitos não são experimentados, isso se deve a ignorância, a negligência ou a ambas?
Comente, de forma generalizada, e aproveite para fazer uma avaliação personalizada em
sua vida matrimonial.
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O JULGAMENTO DE DEUS PARA A QUEBRA DAS


ALIANÇAS

Percebemos nas Escrituras que Deus não apenas reivindica para si a criação e a
instituição do casamento, mas também o defende daqueles que o ferem: "Digno de honra
entre todos seja o matrimônio, bem como o leito conjugal sem mácula; porque Deus
julgará os impuros e os adúlteros" (Hebreus 13,4).

Não temos todos os detalhes sobre como ele julgará, mas uma coisa é certa:
quando a Palavra de Deus fala da Cidade Santa e do lugar bendito que o Senhor tem
preparado para os salvos, determina, de modo explícito, quem não poderá entrar: "Fora
ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama
e pratica a mentira" (Apocalipse 22.15). A palavra grega traduzida como "impuro" é
pornos, que tem como significados: "homem que prostitui seu corpo à luxúria de outro
por pagamento", "prostituto", "'homem que se entrega à relação sexual ilícita",
"fornicador Portanto, o texto se refere a todo aquele que desonra o leito matrimonial,
vivendo o sexo antes ou fora do casamento, por prazer ou pagamentos. Além da
condenação eterna, a Bíblia sugere que Deus exerce o juízo sobre essas questões ainda
nesta vida:

Pois a vontade de Deus é a santificação de vocês: que se abstenham da imoralidade sexual; que cada um
de vocês saiba controlar o seu próprio corpo em santificação e honra, não com desejos imorais, como os
gentios que não conhecem a Deus. E que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude o seu irmão.
Porque, contra todas estas coisas, como antes já avisamos e testi-ficamos, o Senhor é o vingador. Pois
Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação (1Tessalonicenses 4.3-7).

Portanto, fica claro que Deus não apenas instituiu o casamento, mas o defende. Os
valores do casamento não mudaram, não mudam e não mudarão, mesmo que a sociedade
tente alterá-los. E o Senhor vai tratar com cada um por ter vivido, ou não, o casamento
segundo aquilo que ele estabeleceu.

Para refletir e compartilhar

Como a consciência a respeito do julgamento de Deus para a infidelidade por nos advertir
sobre a seriedade e compromisso de mantermos nossa aliança diante do outro e diante
Dele?
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OS DELEITES DA ALIANÇA PARA O CASAL

O casamento não foi instituído por Deus para ser um peso, fonte de tristeza e dor.
Apesar do fracasso de muitos, sabemos que o Senhor planejou o matrimônio para ser um
ambiente de deleite, de alegria. Isso não significa que não haverá conflitos ou a
necessidade de ajustes, mas que a felicidade e a realização no casamento devem
prevalecer sobre qualquer tipo de circunstância ou sentimento.

1) Deleite físico – a intimidade do casal foi satisfatoriamente criada por Deus;

2) Deleite emocional – criar juntos, crescer e envelhecer tem um detalhe


exclusivo de amplitude emocional e afetiva.

3) Deleite espiritual – o casal pode desfrutar de bênçãos espirituais a partir do


que vivem dentro da comunhão do Senhor.

Para refletir e compartilhar

Você tem experimentado o deleite físico, emocional e espiritual no seu casamento? Se


não, como podem alcançar juntos esse ideal de Deus para o seu relacionamento?
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