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Não podemos deixar que o que norteia o casamento seja afetado por exemplos
negativos na família de origem ou por valores de uma sociedade cada vez mais distante
do que o Criador determinou para a humanidade. Nosso critério tem de ser um só: a
Bíblia. Precisamos resgatar os valores bíblicos não apenas para tentar trazer a restauração
ao casamento de muitos desta geração, mas para evitar desastres conjugais nas próximas
gerações.
Dessa forma, o pacto matrimonial não é apenas uma aliança dos cônjuges entre si,
mas também uma aliança do casal com Deus. A ideia bíblica de aliança fala não apenas
da aliança entre os cônjuges, mas do pacto deles com Deus, da obediência à lei do Senhor,
e do matrimônio como um compromisso do qual Deus deseja participar, como se vê nos
textos de Êxodo 34.28 e Malaquias 2.13-16. Portanto, o casamento é uma dupla aliança
entre os cônjuges e entre eles e Deus.
Deus não fez alianças porque precisasse delas, mas porque desejava que os
homens entendessem o próprio compromisso. As palavras "aliança" e "compromisso"
podem, muitas vezes, ser interpretadas com parcialidade, em decorrência de uma leitura
emocionalmente imatura. Para muitos, o conceito de aliança sugere mais o peso de
obrigações do que a ideia de benefícios a serem desfrutados. Contudo, temos de enxergar
de modo mais abrangente esse conceito tão importante. Se por um lado é certo que há um
compromisso a ser honrado, não menos certo é que há, também, um benefício a ser
desfrutado.
O Senhor não brinca com seus compromissos, seja cumprindo sua parte nos
pactos, seja estabelecendo que não devemos rompê-los. E, como o casamento é, aos olhos
de Deus, uma aliança, não podemos tratá-lo de modo diferente do que o próprio Deus
trata as alianças que ele firma. A conclusão é que qualquer aliança firmada entre os
homens e Deus, incluindo a conjugal, deve ser levada muito a sério.
Para refletir e compartilhar
Se o casamento é uma dupla aliança - dos cônjuges entre si e deles com Deus -, seria
correto afirmar que a dedicação ao matrimônio reflete não apenas o nível de compromisso
que temos com o cônjuge, mas, também, com Deus? Por quê?
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Deus é imutável e firme. Não descumpre o que promete. Ele realiza o que afirmou
que realizaria. Em muitas situações, na Bíblia, os relatos descrevem a quebra de
compromissos do povo para com seu Deus. O Senhor gosta de firmar alianças, pois Ele
ordena ao povo para realizar tudo com fidelidade, contudo alerta quanto às pessoas
envolvidas no pacto. Como o casamento é uma instituição divina, quebrar a aliança nele
é algo sério, pois o divórcio não deveria ser uma fuga tão rápida assim. Ao assumir
qualquer responsabilidade, muitas coisas envolvem essa decisão. Quando há o casamento
os efeitos são:
Somente quem entende o que é o pacto conjugal viverá os efeitos da aliança. Quando
esses efeitos não são experimentados, isso se deve a ignorância, a negligência ou a ambas?
Comente, de forma generalizada, e aproveite para fazer uma avaliação personalizada em
sua vida matrimonial.
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Percebemos nas Escrituras que Deus não apenas reivindica para si a criação e a
instituição do casamento, mas também o defende daqueles que o ferem: "Digno de honra
entre todos seja o matrimônio, bem como o leito conjugal sem mácula; porque Deus
julgará os impuros e os adúlteros" (Hebreus 13,4).
Não temos todos os detalhes sobre como ele julgará, mas uma coisa é certa:
quando a Palavra de Deus fala da Cidade Santa e do lugar bendito que o Senhor tem
preparado para os salvos, determina, de modo explícito, quem não poderá entrar: "Fora
ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama
e pratica a mentira" (Apocalipse 22.15). A palavra grega traduzida como "impuro" é
pornos, que tem como significados: "homem que prostitui seu corpo à luxúria de outro
por pagamento", "prostituto", "'homem que se entrega à relação sexual ilícita",
"fornicador Portanto, o texto se refere a todo aquele que desonra o leito matrimonial,
vivendo o sexo antes ou fora do casamento, por prazer ou pagamentos. Além da
condenação eterna, a Bíblia sugere que Deus exerce o juízo sobre essas questões ainda
nesta vida:
Pois a vontade de Deus é a santificação de vocês: que se abstenham da imoralidade sexual; que cada um
de vocês saiba controlar o seu próprio corpo em santificação e honra, não com desejos imorais, como os
gentios que não conhecem a Deus. E que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude o seu irmão.
Porque, contra todas estas coisas, como antes já avisamos e testi-ficamos, o Senhor é o vingador. Pois
Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação (1Tessalonicenses 4.3-7).
Portanto, fica claro que Deus não apenas instituiu o casamento, mas o defende. Os
valores do casamento não mudaram, não mudam e não mudarão, mesmo que a sociedade
tente alterá-los. E o Senhor vai tratar com cada um por ter vivido, ou não, o casamento
segundo aquilo que ele estabeleceu.
Como a consciência a respeito do julgamento de Deus para a infidelidade por nos advertir
sobre a seriedade e compromisso de mantermos nossa aliança diante do outro e diante
Dele?
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OS DELEITES DA ALIANÇA PARA O CASAL
O casamento não foi instituído por Deus para ser um peso, fonte de tristeza e dor.
Apesar do fracasso de muitos, sabemos que o Senhor planejou o matrimônio para ser um
ambiente de deleite, de alegria. Isso não significa que não haverá conflitos ou a
necessidade de ajustes, mas que a felicidade e a realização no casamento devem
prevalecer sobre qualquer tipo de circunstância ou sentimento.