ALIANÇA VIVA 2015

AULA 01 – ALIANÇA CONJUGAL1

O Peso da Aliança Conjugal
Malaquias 2:13-16 (NVI) – “Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar
do Senhor; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita
com prazer. E vocês ainda perguntam: "Por quê? " É porque o Senhor é testemunha entre
você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade,
embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. Não foi o
Senhor que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E por que um só?
Porque ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém
seja infiel à mulher da sua mocidade. "Eu odeio o divórcio", diz o Senhor, o Deus de Israel,
e "o homem que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o Senhor dos
Exércitos. Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis.”

Essa passagem de Malaquias revela-nos como Deus vê e valoriza a aliança conjugal.

Alguns pensamentos encontrados no texto:

O Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a
sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu
acordo matrimonial. (v.14)

Deus estava presente naquele momento lindo e solene quando os cônjuges livremente
fizeram promessas de amor e fidelidade um ao outro. Ele é a testemunha principal do
acordo matrimonial. A Palavra de Deus diz que é melhor não votar de forma alguma do
que votar e não cumprir (Eclesiastes 5:4-5).

Como em qualquer outra aliança, a aliança de casamento contém promessas, condições e

tempo de duração. No dia da cerimônia de casamento prometemos um ao outro:

Noivo: “Eu ____________, porque te amo como a mim mesmo, recebo a ti _______, como
minha esposa, passando a ser contigo uma só carne, sendo eu a cabeça da qual serás o
corpo. Por isso, empenho a minha vida e a minha honra em guardar fielmente a aliança
que firmo contigo na qual recebo-te como um dom de Deus para minha vida. Prometo
amar-te, honrar-te, e prover tuas necessidades espirituais, emocionais e materiais,
acolhendo-te, protegendo-te e sendo paciente contigo em toda e qualquer situação, na
alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na abundancia e na privação financeira,
conforme a graça de Deus para conosco. Peço ao nosso Deus e Pai que nos conceda fé
crescente para que a nossa aliança possa florescer e frutificar para a glória do Senhor

1
Utilizamos o livro “O propósito da Família”, do Pastor Luciano Subirá como fonte principal de consulta para
a elaboração dessa ministração. Acrescentamos nossa própria experiência conjugal, e incluímos outros
autores cristãos com larga experiência em relacionamento conjugal.

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nosso Deus, até que a morte nos separe.”

Noiva: “Eu ____________, porque te amo como a mim mesmo, recebo a ti _______, como
meu esposo, passando a ser contigo uma só carne, sendo eu o corpo da qual serás a
cabeça. Por isso, empenho a minha vida e a minha honra em guardar fielmente a aliança
que firmo contigo, recebendo-te como provisão de Deus para minha vida. Por isso, quero
amar-te como a mim mesma, respeitando-te e estando submissa a ti, com mansidão,
sabedoria e obediência, contando com a graça de Deus para edificar nosso lar, sendo a
esposa que Deus quer para você. Prometo fidelidade e companheirismo em toda e
qualquer situação, , na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na abundancia e na
privação financeira, conforme a graça de Deus para conosco. Peço ao Senhor que o nosso
leito seja sempre sem mácula e nossas orações recebidas por Deus, em nome do Senhor
Jesus Cristo.”

Essas promessas vêm acompanhadas de algumas condições, tais como: na alegria ou na

dor, na riqueza ou na pobreza. Vem ainda com prazo de validade: “até que a morte nos
separe”.

Nesta aliança compartilhamos tudo o que tínhamos antes de casar: nossa história, nossa
bagagem emocional, nosso modo de pensar, nossas riquezas, pertences e nosso próprio
corpo (I Co 7:4). A partir dos votos (aliança) de casamento tudo pertence um ao outro
conjuntamente. Por quê? Porque a Palavra de Deus diz que os dois se tornam uma só
carne, e em uma aliança tudo pertence aos dois.

Na Apostila de treinamento do curso “Casados Para Sempre” (MMI) encontramos uma

afirmação poderosa:

“Se os casais não entendem esta completa troca e compartilhar mútuo de todas as
coisas, certos problemas podem surgir no casamento. Discórdias financeiras
frequentemente centralizam em volta do “meu” salário ou da “sua” divida.
Presentes ou herança dadas a um ou outro podem ser vistos como pertencendo
exclusivamente a este e não ao relacionamento de aliança. Conflito e divisão
podem começar quando a morte para o “eu” não é manifestada, e o bem do
relacionamento de uma-só-carne não constitui a preocupação principal de ambos
os parceiros.”2

Não foi o Senhor que o fez um só? (v15) Marido e Mulher tornam-se uma só carne através
do acordo matrimonial. E qual o resultado disso: Uma descendência consagrada. (v.15)

A fidelidade conjugal abençoa nossos filhos, Deus vê nossos filhos como uma
descendência consagrada, uma descendência que pertence ao Senhor. É importante
lembrar que casais com enteados precisam reconhecer que seus filhos estão incluídos na
troca de aliança. A partir da aliança estabelecida, enteados pertencem tanto aos
padrastos como aos seus pais naturais. Se não houver essa compreensão problemas

2
Manual de Treinamento do curso Casados Para Sempre, seção “comentários das lições”, pág. 02

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surgirão trazendo conflito familiar e rebelião, e acaba dando aos filhos o poder de separar
marido e mulher. Um belo exemplo de disso foi Jesus. José recebeu seu enteado como a
um filho, e a Bíblia nos mostra que Jesus se submeteu em obediência a seu padrasto e
sua mãe.

Por isso o Senhor declara: Eu odeio o divórcio. (v16); pois o divórcio é um ato de violência
contra a instituição divina chamada casamento. (Deus uniu e o homem separou)

Infidelidade ao cônjuge é infidelidade a Deus

Quem casa deve saber que está entrando em uma aliança com uma pessoa e também
com Deus. O assunto é sério para ser tratado de qualquer maneira, pois existem
implicações profundas quando entramos em uma aliança.

Vejamos o texto de Provérbios 2:16-17 que descreve o comportamento da mulher adultera:

Ela (a sabedoria) também o livrará da mulher imoral, da pervertida que seduz com suas
palavras, que abandona aquele que desde a juventude foi seu companheiro e ignora a
aliança que fez diante de Deus. (NVI)

Outras versões bíblicas trazem: e se esquece da aliança do seu Deus. No contexto da

aliança com Deus a fidelidade conjugal é fortemente declarada. Quebrar a aliança com o
cônjuge significa quebrar a aliança com Deus. (Êxodo 34:27-28)

Veja um dos termos da Aliança em Êxodo 20:14:

"Não adulterarás.’’

O casamento é uma dupla aliança; aliança dos cônjuges entre si, mas também é uma
aliança de ambos com Deus. Deus é uma testemunha de nosso casamento no dia da
cerimonia de benção (Malaquias 2:14). Ao instituir o casamento a intenção de Deus era
ser parceiro no casamento e fazer dessa união uma representação terrena da unidade de
aliança entre Deus e o homem (Jeremias 32:38-41).

No Antigo Testamento o sangue era utilizado para formalizar (dar efeito legal) a aliança
estabelecida, na passagem de Êxodo 24:4-8 vemos isso demonstrado:

Moisés, então, escreveu tudo o que o Senhor dissera. Na manhã seguinte Moisés levantou
-se, construiu um altar ao pé do monte e ergueu doze colunas de pedra, representando as
doze tribos de Israel. Em seguida enviou jovens israelitas, que ofereceram holocaustos e
novilhos como sacrifícios de comunhão ao Senhor. Moisés colocou metade do sangue em
tigelas e a outra metade derramou sobre o altar. Em seguida, leu o Livro da Aliança para o
povo, e eles disseram: “Faremos fielmente tudo o que o Senhor ordenou”. Depois Moisés
aspergiu o sangue sobre o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança que o Senhor fez
com vocês de acordo com todas essas palavras.

O sangue no contexto bíblico representa a vida, algo de grande valor aos olhos do Senhor,

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tanto valor que Deus diz a Noé logo depois do dilúvio, Gênesis 9:4:

Mas não comam carne com sangue, que é vida. A todo aquele que derramar sangue, tanto
homem como animal, pedirei contas; a cada um pedirei contas da vida do seu próximo.

Uma aliança formalizada com sangue representa um compromisso absoluto entre duas
partes, um compromisso de fidelidade. Parceiros de aliança dão a vida um pelo outro.
Quando entramos em uma aliança devemos ter isso em mente, não é uma coisa qualquer,
as implicações são eternas, e essa questão do sangue nos comunica dois conceitos
importantes:

1º - Numa aliança vidas são misturadas significando a morte para a vida independente.
Deixa de existir o “eu” para se tornar “nós”.

2º - Compromisso de lealdade até a morte.

O Divórcio virtual
Voltemos um pouco para Malaquias 2:16: Eu odeio o divórcio, e também odeio homem
que se cobre de violência como se cobre de roupas, diz o Senhor dos exércitos. A segunda
parte desse versículo poderia ser traduzido da seguinte maneira: e também odeio homem
que cobre sua mulher de violência como se cobre de roupas.

Algumas traduções bíblicas também utilizam a expressão repúdio no lugar de divórcio. É

importante enfatizar isso porque muitos casais podem estar vivendo um divórcio virtual,
vivendo debaixo do mesmo teto, mas separados emocionalmente, simplesmente
mantendo as aparências, sem experimentar a benção da aliança conjugal.

É importante ressaltar que a violência em um relacionamento pode ser física ou

emocional; e ambas, podem ser classificadas como uma espécie de repudiou ou rejeição,
o que é inaceitável aos olhos do Senhor.

No dicionário a palavra repúdio significa: Deixar só ou sem ajuda, abandonar, desamparar,

não considerar aceitável, rejeitar, opor-se, rechaçar, divorciar-se. Todas essas atitudes
configuram um divórcio em uma aliança de casamento, ainda que não consumado
judicialmente.

Devemos nos arrepender do divórcio virtual, devemos nos arrepender do repúdio em todas
as suas formas e manifestações, devemos buscar a paz em nossos relacionamentos,
devemos cuidar para não nos vestirmos de violência, quer seja física ou emocional. Que
possamos cuidar uns dos outros.

OS EFEITOS DA ALIANÇA Conjugal

Hernandez Dias Lopes em seu livro “Casados e Felizes” faz uma afirmação que vale a
pena repetir aqui:

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Aquela ideia de que duas pessoas se casaram e foram felizes para sempre é uma
utopia e um romantismo inocente; isso não passa de mito. Todo casamento é um
campo a ser cultivado. Todo casamento precisa de investimento e renúncia. Não
há casamento perfeito nem casamento ideal. Não existe essa ideia de duas
pessoas completamente compatíveis. Um casamento feliz é construído com
inteligência, dedicação e esforço.3

Ele diz mais: Há um ditado chinês que diz que devemos abrir bem os olhos antes
do casamento e depois fechá-los. Hoje é diferente. Muitas pessoas parecem fechar
os olhos durante o namoro, e, depois do casamento, sofrer de insônia e viver não
apenas de olhos abertos, mas carregando uma grande lupa.4

Bem, já que deixamos claro que o casamento é uma construção, que exigirá investimento
e renúncia para que a obra seja bem feita, passemos a analisar os efeitos da aliança
conjugal, e vejamos como podemos aproveitá-los a nosso favor.

1º - Uma só carne
Genesis 2:24 – “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e
eles se tornarão uma só carne”.

Mateus 19:6 – “Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus
uniu, ninguém o separe".

O homem deixa seu lar, seu lugar de criação, seus mais intensos relacionamentos, para se
unir à sua mulher (e vice-versa). Isso significa que sua esposa passa a ser mais
importante que qualquer outra pessoa, pois após o casamento passa a haver uma
dimensão de união com sua esposa maior do que aquela que o homem provou com seus
próprios pais.

O casal deverá deixar pai e mãe. Isso não significa cortar relações com os pais, mas
significa estabelecer um relacionamento prioritário, principal com o cônjuge. Laços
emocionais doentios e dependência afetiva severa com os pais devem ser eliminados e
curados e não transferidos para o casamento. Thomas Adams afirmou: “Assim como pela
criação Deus de um fez dois, pelo casamento, Ele de dois fez um”.

Pelo casamento de dois fez um é uma poderosa afirmação, e pelo que vimos essa
simbiose se desenrola e se afirma com o passar dos anos através de investimentos e
renúncias de ambos os cônjuges.

No Manual de treinamento do curso “Casados Para Sempre” encontramos uma ilustração

poderosa: “Unir é um posicionamento ativo e proposital e significa “aderir, se ajuntar, ser
capturado pela busca”. Esse unir, o ato de dois se tornarem um, cria um relacionamento

3
LOPES, Hernandez Dias. “Casados e Felizes”, pg. 13
4
Ibidem, pg. 15

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com sinergismo (o total é maior que a soma de suas partes)”.5

2º - Morte a vida egoísta e independente

Ninguém deve casar para ser feliz; este é um mito que tem sido perpetuado mesmo no
meio evangélico. O princípio bíblico fala de casar para FAZER seu cônjuge feliz:

“Homem recém-casado não sairá à guerra, nem se lhe imporá qualquer encargo; por um
ano ficará livre em casa e promoverá felicidade à mulher que tomou.” Deut 24.5

Portanto, ao entrar na aliança matrimonial, cada um deve estar ciente da necessidade de

morrer para si mesmo e procurar agradar ao seu cônjuge. Quem procura a felicidade de
seu cônjuge alcança sua própria felicidade, o apóstolo Paulo declarou aos efésios que
“quem ama a esposa a si mesmo se ama”. Logo, é justo declarar que quem alegra seu
cônjuge, a si mesmo se alegra. (Efésios 5:28-29)

3º - Posses Comuns
Lucas 15:31 – “Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é
seu.”

Fica evidente o princípio bíblico de posses comuns nessa afirmação do Pai. Em Romanos
8:17 somos chamados de herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Se as posses
comuns já existem entre pai e filho, fica evidente que compartilhar os bens é a visão de
Deus para o matrimônio.

Se a Bíblia afirma que devemos ter a mesma fé (2Co 6:14), isto é, devemos ter uma fé
comum, imagine as questões materiais.

Quando o casal se une pelos laços do matrimônio, não há mais “meu” salário e “seu”
salário; “minhas” contas e “suas” contas; “meus” bens, e “seus” bens, “suas” dividas. Tudo
o que é de um passa, automaticamente, a ser do outro.

Essa postura de compartilhar todas as coisas é uma grande arma contra a vida
independente.

4º - Deveres de um para com o outro

1Co 13.11: Quando eu era solteiro, falava como solteiro, sentia como solteiro, pensava
como solteiro; quando cheguei a ser casado, desisti das coisas próprias de solteiro.

Falemos um pouco sobre coisas próprias de solteiro... Quais?

A aliança matrimonial tem benefícios e responsabilidades.

1Co 7:3 – Uma dívida a ser paga:

5
Manual de Treinamento do curso Casados Para Sempre, seção “comentários das lições”, pág. 05

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“O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma
forma a mulher para com o seu marido.”

É preciso cuidado para não focar nos deveres do outro, ignorando os seus.

Lc 6:41- “ Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho’,
se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire
primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu
irmão".

Riscos a serem considerados: Mentalidade Parasita

Provérbios 30.15 (Bíblia Mensagem) – O parasita tem filhas gêmeas: chamadas “Me dá” e
“Quero Mais”.

“Parasitas são organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os
meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro,
um processo conhecido por parasitismo.”

Graig Hill ilustra esse relacionamento parasitário com a seguinte frase: os que se casam
com a mentalidade parasita são “duas pulgas e nenhum cachorro”.6

Quando casamos com a mentalidade errada, isto é, buscando no outro a realização de

nossos sonhos, somos como uma pulga que encontrou o seu tão esperado cachorrinho.
Porém, a tragédia pode ficar ainda maior se o outro cônjuge também é uma pulga
esperando a vida toda por seu cachorrinho; e não vai demorar muito tempo para ambos
descobrirem que o casamento deles é a união de duas pulgas e nenhum cachorro!

Se queremos um casamento abençoado devemos abandonar esta atitude parasita e

procurar entender a visão bíblica de servir ao cônjuge. (1Co 7:32-34)

Precisamos aprender a servir nosso cônjuge. Gary Chapman, um extraordinário estudioso

e observador do comportamento conjugal, afirmou: “Se me pedissem para dar uma chave
que abre um casamento feliz esta seria a atitude de serviço mútuo. Praticar o serviço.”.

O padrão divino para os relacionamentos está claramente revelado na Bíblia: eu não exijo
(dos outros) aquilo que desejo (para mim mesmo). Eu primeiramente ofereço (aos outros)
aquilo que desejo e, então, como consequência, eu mesmo recebo de volta o que dei! Foi
o que o Senhor Jesus ensinou a fazer:

Mateus 7.12- “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós

6
HILL, Graig. “Duas pulgas e nenhum cachorro”.

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também a eles; porque esta é a lei e os profetas”.

Devemos viver os relacionamentos não apenas removendo a mentalidade parasita (de só

querer receber), mas indo muito além e adotando a mentalidade divina (de que dar é mais
importante). (Atos 20.35)

5º - Benção ou Maldição
Alguns acreditam que para terem a benção divina sobre o seu matrimônio, tudo de que
precisam é ter a sua cerimônia de casamento na igreja e a oração de um ministro.
Contudo, o que atrai a bênção de Deus ao matrimônio (ou a afasta) é a maneira como
honramos (ou deixamos de fazê-lo) a aliança que contraímos. Não só honrar a aliança em
si, no sentido de fidelidade, mas cada aspecto e efeito da aliança contraída.

Salmo 103:17-18 – “Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno está com os que o
temem, e a sua justiça com os filhos dos seus filhos, com os que guardam a sua aliança e
se lembram de obedecer aos seus preceitos.”

A alegria da Aliança
O casamento não foi instituído por Deus para ser um peso, um fardo a ser carregado ou
um lugar de tristeza e dor.

Gn 2:18- “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe
corresponda.”

Em todos os passos anteriores na criação Deus afirmara: Ficou bom; porém ao ver o
homem sozinho disse: Não é bom. Ele precisa de uma companheira, e então finalmente
temos o decreto divino: Ficou muito bom. Se Deus avaliasse hoje seu relacionamento
conjugal ele ficaria à vontade para dizer: Uau! Ficou muito bom. Veja como eles estão se
tornando aquilo para o qual eu os uni.

Fica claro que ao trazer a mulher até o homem, Deus estava planejando algo bom, na
verdade muito bom, o propósito do Senhor era prover uma companheira para o homem,
alguém que o abençoasse, alguém que o complementasse, alguém que lhe permitisse
constituir uma família, e não uma família qualquer, a família de Deus. Então, podemos
concluir que o casamento é um lugar de deleite: físico, espiritual e emocional.

Vamos nos lembrar de um princípio antigo:

Dt 24:5 – “Recém-casado deve ficar em casa (por um ano) e fazer feliz a mulher com
quem se casou.”

Essa é a expectativa de Deus para nosso casamento, um lugar onde os cônjuges buscam
promover a alegria do outro.

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Unidade completa: resultado de uma-só-carne

O homem foi criado por Deus como um ser de três partes: espírito, alma e corpo (I
Tessalonicenses 5:23). Para o casamento Deus idealizou que o homem e a mulher
tivessem completa unidade em todas as três partes do ser deles.

Genesis 2:24 indica a unidade física: “E eles serão uma só carne”.

Genesis 2:25 indica a unidade de alma: “... e não se envergonhavam”. Eles não tinham
nada para esconder. Tudo era transparente e havia entendimento e consentimento mútuo.
Portanto, não havia confusão entre eles, ambos estavam alinhados em seus propósitos e
direção com a vontade de Deus, havendo desta forma, acordo entre eles.

Malaquias 2:15 indica unidade no espírito: “Não foi o Senhor que os fez um só? Em corpo
e em espírito eles lhe pertencem”.

O relacionamento idealizado por Deus para nós contempla a transparência no corpo, alma
e espírito. Essa condição nos possibilita liberdade para sermos nós mesmos abertamente
e honestamente. Esse é o plano de Deus para uma-só-carne.

Deleite Físico
O matrimônio foi idealizado por Deus para que o casal desfrute de deleite físico, da
plenitude do ato sagrado do sexo:

Provérbios 5:18-19 – “Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude.
Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e
sempre o embriaguem os carinhos dela.”

Deleite Emocional
A realização física, proveniente do contato íntimo dos cônjuges, é importantíssima, mas
não é tudo. Há uma dimensão de deleite emocional que as Escrituras chamam de “gozar a
vida”, a ser desfrutada também. Envolve a alegria de se construir o lar juntos; gerar e criar
filhos, envelhecer juntos em bela amizade e parceria, adquirir e conquistar bens materiais
e outros alvos. O texto de Eclesiastes 9:9 define isso em termos bem interessantes.

Eclesiastes 9:9 – “Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta
vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido!
Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol.”

Deleite Espiritual
Além do deleite físico e emocional, é importante destacar o aspecto da realização
espiritual: Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma benção do

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Senhor. (Provérbios 18:22)

Pedro revela essa parceria espiritual existente entre um homem e uma mulher, afirmando
que devemos ser sábios no convívio com nossas mulheres, que devemos trata-las com
honra, como sendo elas a parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida. (1
Pedro 3:7)

Marido e esposa desfrutando da mesma realidade espiritual (co-herdeiras do dom da

graça da vida) é uma benção poderosa para o relacionamento conjugal; talvez por isso a
advertência bíblica acerca do jugo desigual, que seguramente traz muitos dissabores e
dificuldades para o avanço do relacionamento.

Rob Bell, um pastor norte-americano, descreve as três manifestações de amor

encontradas na Bíblia (Hebraico: Raya, Ahava e Dod) como sendo três chamas de amor,
que ao se encontrarem produzem grande prazer e realização conjugal.

Quando um casal compartilha a mesma fé, e vivem intensamente a sua fé, amadurecem
espiritualmente e emocionalmente, aprendem a valorizar um ao outro, e
consequentemente são capazes de alcançar a plena realização física.

Conclusão
Que o Senhor nos conceda uma graça especial para valorizarmos nossa aliança conjugal,
que todos nós possamos compreender que honrar esta aliança libera bênçãos poderosas
sobre nossas vidas e sobre a nossa descendência. Que possamos nos lembrar como
aprendemos que o casamento é um campo a ser cultivado, e que investimento e renúncia
são vitais para um casamento feliz.

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Atividade para o casal realizar juntos nesta semana:

1º - Leiam Malaquias 2:13-16. Descreva com suas próprias palavras o que seria HONRAR
A ALIANÇA CONJUGAL?

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2º - Leiam os votos do Noivo e da Noiva apresentados na apostila; conversem sobre cada

promessa que um fez para o outro. Qual tem sido a maior dificuldade de vocês em relação
aos termos do voto? (Qual a promessa mais difícil de ser praticada?) Explique...

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3º - Hernandez Dias Lopes em seu livro “Casados e Felizes” faz uma afirmação que vale a
pena repetir aqui:

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Aquela ideia de que duas pessoas se casaram e foram felizes para sempre é uma utopia e
um romantismo inocente; isso não passa de mito. Todo casamento é um campo a ser
cultivado. Todo casamento precisa de investimento e renúncia. Não há casamento
perfeito nem casamento ideal. Não existe essa ideia de duas pessoas completamente
compatíveis. Um casamento feliz é construído com inteligência, dedicação e esforço.

Pense em seu casamento como um jardim, e então indiquem cinco (5) sementes que se
forem plantadas vão gerar benção, e cinco (5) sementes que vão gerar maldição. (Pensem
em cinco atitudes que cada cônjuge pode ter que vão fortalecer o casamento e cinco
atitudes que vão enfraquecer o relacionamento conjugal).

Sementes da Benção:

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__________________________________________________________________________5______________
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Sementes da Maldição:

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__________________2_____________________________________________________________________
_____________________________________3___________________________________________________
_______________________________________________________4________________________________
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4º - Vamos relembrar os efeitos da aliança conjugal:

a) Uma só carne

b) Morte a vida egoísta e independente

c) Posses comuns

d) Deveres de um para com o outro (Mentalidade de Parasita)

Releiam cada um dos efeitos acima em sua apostila. Qual destes efeitos citados
podem trazer maior prejuízo ao relacionamento conjugal quando não são bem
compreendidos?

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5º - Vamos ler Gênesis 2:24, Gênesis 2:25 e Malaquias 2:15. Segundo esses textos o
casamento cristão deve experimentar deleite físico, emocional e espiritual. Descreva com
suas próprias palavras porque a unidade espiritual, emocional e física precisam estar
presentes para que um casamento seja pleno.

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