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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Grupo X

SEMINÁRIO
A POESIA EM PÂNICO – MURILO MENDES

São Cristóvão – Sergipe


2022
Universidade Federal de Sergipe - Centro de Educação e Ciências Humanas -
Departamento de Letras Vernáculas – Literatura brasileira III - Turma 02. 2022.1 - Prof.
Igor Miranda. Seminário – 16/11/2021.

SEMINÁRIO
POESIA EM PÂNICO – MURILO MENDES

Bianca Santos
Alves
Igor Timóteo
Renaria Santos
Susan Santos
Vitória Elliane

AUTOR
Murilo Monteiro Mendes nasceu no dia 13 se maio de 1901 em Juiz de Fora – Minas
Gerais. Iniciou seus estudos em sua cidade natal, onde estudou poesia e literatura entre
1912 e 1915. Mudou-se para Niterói em 1917, quando ingressou no Colégio Interno
Santa Rosa de onde fugiu e recusou retornar.
Aos 20 anos, Murilo introduziu sua participação no mundo literário, passou a escrever
para o jornal “A tarde” da sua cidade natal, produzindo artigos para a coluna Chronica
Mundana. Posteriormente, Murilo começou a escrever poemas para duas revistas
conhecidas: “Terra Roxa e outras terras” e “Antropofagia”.
Neste sentido, em 1930, foi publicado o seu primeiro livro: “Poemas”, o qual fora
bem reconhecido pela crítica, ganhando o prêmio Graça Aranha.
Em 1947, Murilo casou-se com a poetisa Maria da Saudade Cortesão, filha de um
poeta português exilado no Brasil durante o regime ditatorial de Salazar em Portugal.
Entre 1952be 1956, Murilo e Maria vivem na Europa, mudando-se apenas em 1957 para
a Itália.
Sendo assim, em 1972, Murilo visita o Brasil pela última vez e faleceu em maio de
1975, em Lisboa.

CONTEXTO/OBRA
No que se refere à contexto na obra de Murilo Mendes, sobretudo nesta que será
analisada no presente seminário, podemos considerar a segunda fase do Modernismo
(1930 a 1945), período este que traz o reflexo de um período histórico conturbado. No
Brasil, houve a ascenção de Getúlio Vargas e a consolidação da ditadura militar.
Portanto, a poesia desta época além de trazer uma temática mais politizada, apresenta a
abordagem voltada para o espiritualismo e o intimista, como é o caso da segunda fase da
poesia de Murilo Mendes, sobretudo da obra em questão: “A poesia em pânico”, que foi
escrita entre 1936 a 1937.
Nesse sentido, a obra apresenta uma forte influência cubista (movimento artístico de
grande influência na arte Moderna) que desestrutura os versos conforme a criação
divina. O eu-lírico, portanto, está marcado em pânico uma vez que vivencia o profano
constantemente. Conclui-se, no respectivo âmbito da poesia de Murilo Mendes
elementos que remetem a religiosidade, ao sagrado, ao profano, além da presença
exacerbada de paradoxos.

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