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Vidas Secas

Graciliano Ramos

Eletiva "De olho no ENEM e nos Vestibulares"


Professora Eliane
Integrantes: Leonardo Alves, Lucas Solda, Caio Giovani, Jefferson Noriyuki e
Maria Eduarda

Biografia
Graciliano Ramos foi um escritor e jornalista brasileiro que participou à segunda
fase do modernismo.
Nasceu no município alagoano de Quebrângulo, dia 27 de outubro de 1892,
Graciliano era o primogênito de 16 filhos. Viveu em diversas cidades do nordeste
brasileiro e teve uma difícil infância, passada por dificuldades na relação com
seus pais.
Estudou no Internato em Viçosa e, em 1904, publicou sua primeira obra : o
Pequeno Pedinte".
Quando terminou o segundo grau, 1914, seguiu para Rio de Janeiro. Atuou também
como prefeito da cidade de Palmeira dos Índios, em 1928, e assumiu a direção da
Imprensa Oficial e da Instrução Pública do Estado em Maceió.
Casou-se 2 vezes, com Maria Augusta Barros e com Heloísa Leite de Medeiros.

Obras de destaque do autor


Graciliano escreveu romances, contos, crônicas, literatura infanto-juvenil:
• Caetés (1933)
• Vidas Secas (1938)
• São Bernardo (1934)
• Angústia (1936)
• A Terra dos Meninos Pelados (1939)
• Brandão entre o Mar e o Amor (1942)
• Histórias de Alexandre (1944)
• Infância (1945)
• Histórias incompletas (1946)
• Insônia (1947)
Contexto Histórico
Contextualiza-se no ano de 1938, logo após o autor ser libertado da prisão por
ideais comunistas em uma década de crise financeira.
O local de desenvolvimento da estória é o sertão brasileiro nordestino, onde
Graciliano Ramos retrata a vida de uma família de retirantes, traçando a figura
do sertanejo. Ao mesmo tempo, ele explora os temas da miséria e da seca do
Nordeste. Em resumo, a obra descreve os momentos de uma família de retirantes
que atravessam o sertão nordestino. Todos estão fugindo da miséria e da seca e
em busca de uma vida melhor.

Período Literário
Vidas Secas pertence ao modernismo brasileiro. Mais especificamente, pertence ao
segundo tempo do modernismo brasileiro, período compreendido entre 1930 e 1945.
O modernismo brasileiro surgiu na primeira metade do século XX e foi uma
corrente artística e cultural que revolucionou o panorama nacional. O movimento
chegou ao território brasileiro através do eco das vanguardas europeias, como o
futurismo, o cubismo e o Surrealismo.
São exemplos do modernismo no Brasil o uso do senso de humor e a crítica das
situações do cotidiano. Outra característica marcante do modernismo brasileiro
foi a busca constante pela liberdade total nas formas de criação e expressão
artísticas.
A segunda fase do modernismo brasileiro durou de 1930 a 1945. Sua poesia é
marcada pelo conflito existencial e pela reflexão sobre os problemas
contemporâneos. Sua prosa possui caráter regionalista. Fatos como a ditadura de
Vargas e a Segunda Guerra Mundial influenciaram a escrita dos seus autores.

Elementos da Narrativa
Tempo
O tempo da narrativa não está especificado. Mas tudo indica que a história se
passa em algum momento durante as três primeiras décadas do século XX. Assim,
nessa obra, o que predomina é o tempo psicológico.

Personagens
Fabiano O menino mais novo Baleia Tomás da bolandeira
Sinha Vitória O menino mais velho O soldado amarelo Sinha Terta
Espaço
O sertão nordestino é o espaço da ação do livro Vidas secas.

Narrador
O romance Vidas secas conta com um narrador onisciente, o qual tem
conhecimento total dos fatos e do mundo interior dos personagens. Desse modo, a
história é narrada segundo a perspectiva desses personagens.

Obra de Arte - "Os Retirantes" (Cândido Portinari)

Nessa obra, Portinari aborda o tema da migração nordestina, triste realidade de


uma parte da população brasileira, que deixa seu lugar de origem em busca de
melhores condições de vida em outras partes do país. A pintura exibe uma família
de retirantes, emigrantes nordestinos que estão se deslocando de sua terra a fim
de fugir da seca, fome, miséria e falta de perspectiva.
O pintor retratou o grupo de maneira sombria e triste. As pessoas tomam grande
parte da composição e ao fundo temos uma paisagem seca e sem vida. Os corpos,
muito magros, traduzem a fome daquele povo e as expressões nos rostos dão
conta de expor o desespero daqueles que lutam pela sobrevivência em um país tão
desigual.
Música ou poema que contextualiza com a obra

Poema "Retirantes" de Guibson Medeiros

Na terra tão rica


a chuva não cai
sem água na bica
a planta não sai
um sonho que fica
uma esperança que vai.

Análise do poema:

O poema fala diretamente sobre os retirantes. Esse termo é usado para se referir as
pessoas ou aos grupos nordestinos que abandonavam suas moradas, devida a seca e
a miséria, na esperança de achar um local que lhes fornecessem melhores condições
de vida.
Os quatro primeiros versos do poema fazem alusão a terra nordestina. Aonde uma
terra tão bonita sofre com a seca intensa.
Já os dois últimos versos remetem aos retirantes, dizendo que seus sonhos de um dia
ter uma terra produtiva e boa se esvaem ao irem embora em busca de uma terra
melhor.

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