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I - O TEATRO GREGO

A TRAGÉDIA

1. Etimologia: TRÁGOS = bode + OIDÉ = canto

2. Definição de Aristóteles: “É pois a tragédia imitação de ações de caráter elevado,


completa em si mesma, de certa extensão, em linguagem ornamentada e com várias
espécies de ornamentos distribuídos pelas diversas partes do drama, imitação que se
efetua, não por narrativa, mas mediante atores, e que, suscitando o terror e a piedade,
tem por efeito a purificação (CATARSE) desses sentimentos.” (Poética)

3. Ditirambo: Hino em louvor de Dionísio, do qual provavelmente derivou a tragédia.

4. Hybris: Desmedida, insolência, orgulho. Exagerada autoconfiança que leva o herói da


tragédia grega a se contrapor à Divindade, cometendo assim uma falha grave
(HAMARTIA), da qual resulta desgraça ou morte.

5. Organização Formal da Tragédia Grega:

PRÓLOGO: Cena preliminar, que pode ser em forma de monólogo ou diálogo.


PÁRODO: Canto de entrada do coro na orquestra, em ritmo de dança.
EPISÓDIOS: Espécie de atos separados por “estásimos”.
ESTÁSIMOS: Cãnticos entoados pelo coro nos intervalos entre os episódios.
ÊXODO: Episódio final que se segue ao último estásimo.

6. Os Festivais de Teatro, no século V a.C. , estavam inseridos nas festas em honra do


deus Dionísio denominadas GRANDES DIONISÍACAS ou DIONISÍACAS URBANAS, que
se realizavam em março/abril de cada ano. Qualquer poeta podia concorrer, apresentando
uma TETRALOGIA (uma trilogia trágica e um drama satírico).

7.Três grandes poetas trágicos fazem a glória do Teatro Grego no século V a.C.:

ÉSQUILO (525 - 456 a.C.): “Prometeu Acorrentado”, “As Suplicantes”, “Sete Contra Tebas”,
“Os Persas”, “Agamênon”, “Coéforas”, “Eumênides” (Estas três últimas formam a trilogia
denominada “Oréstia”).

SÓFOCLES (496 – 406 a.C.): “Ajax”, “Antígone”, “As Traquínias”, “Édipo Rei”, “Electra”,
“Filoctetes”, “Édipo
em Colono”.

EURÍPIDES ( 480 - 405 a.C.): “Medéia”, “Hipólito”, “Electra”, “As Bacantes”, “As Fenícias”,
“Hécuba”, “Helena”, “Ifigênia em Àulis”, “Andrômaca”, “Orestes”, “Íon”, etc. E o drama
satírico: “O Cíclope”.

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A COMÉDIA

1. ETIMOLOGIA: KOMOS = FESTIM + CANTO

2. FASES DA COMÉDIA GREGA:

a. Comédia Antiga: preponderantemente política. Estrutura semelhante à tragédia:

PRÓLOGO, PÁRODO, AGÓN, CHORIKÁ, PARÁBASE, ÊXODO. (Parábase é a cena em


que a ação da comédia se interrompe e o coro, sem máscara, fala diretamente ao público).

ARISTÓFANES (445 - 385 a.C.): “As Nuvens”, “A Paz”, “Os Cavalheiros”, “As Rãs”,
“Lisístrata”, “Assembléia de Mulheres”, “Plutos”, etc.

b. Comédia Média:

Pôs em cena, sob uma forma cômica, as aventuras de deuses e heróis. Dela só chegaram
até nós alguns fragmentos.

c. Comédia Nova:

Descreve a vida doméstica, recorre a situações e caracteres esteriotipados. É a


precursora da Comédia de Costumes. Seu máximo representante na Grécia antiga foi
MENANDRO (343 - 292 a.C.). dele chegou até nós apenas uma comédia completa - O
Misantropo.

II - O TEATRO ROMANO

O Teatro Romano é de origem latina, etrusca e grega; dos latinos herdou os


diálogos, os etruscos forneceram as danças, gestos e movimentação, e os gregos o
assunto. Suas primeiras manifestações foram: a Satura, a Atellana, o mimo, os Versos
Fesceninos, a Pantomima.

COMÉDIA PALIATA - Imitação da Comédia Nova grega. Representantes:

PLAUTO (254 - 184 a.C.). Dele chegaram até nós 20 comédias: “A Panelinha”, “Anfitrião”,
“Soldado Fanfarrão”, “Os Cativos”, “Os Asnos”, etc.

TERÊNCIO (190 - 159 a.C.). Dele chegaram até nós 06 comédias: “Os Irmãos”, “O
Eunuco”, “Fórmio”, “A Sogra”, etc.

COMÉDIA TOGATA - Tem por assunto algum acontecimento romano. Não nos chegou
nenhuma Togata completa.

A TRAGÉDIA - Os primeiros grandes poetas trágicos romanos foram: Lívio Andronico,


Névio, Pacúvio, Ênio e Ácio, mas suas peças não chegaram até nós. A tragédia romana
só tomou impulso com Sêneca, e com ele morreu.

LUCIUS ANNAEUS SENECA ( 04 a.C. - 65 d.C.) - Escreveu nove tragédias, que não foram
representadas em vida do autor: “Medéia”, “Tiestes”, “Édipo”, “Agamenon”, “Hércules
Furioso”, etc.
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III - TEATRO MEDIEVAL ( Do séc. IX ao Séc. XV)

O Cristianismo rompeu os laços com a Cultura Greco-Romana. E o Teatro se viu na


contingência de re-nascer, e, por ironia, re-nasceu no seio da liturgia católica. Esse
afastamento dos padrões clássicos abriu, para o teatro, amplas perspectivas, rompendo
amarras, criando novas formas e novas maneiras de encenar e representar.

FORMAS DO TEATRO MEDIEVAL: Drama Litúrgico, Mistério, Milagre, Moralidade,


Laudas, Sotie, Farsa, Sermão Burlesco, etc.

TEATRO NO RENASCIMENTO

1. A Comédia Italiana do Renascimento:

a. As origens greco-romanas.
b. As primeiras comédias. Ariosto.
c. A Mandrágora, de Maquiavel.

2. A “Commedia Dell`Arte”:

a. precedentes
b. argumentos
c. personagens
d. improvisação
e. técnicas de representação
f. influências

TEATRO ELISABETANO

1. Henrique VIII e a Igreja Anglicana.

2. Organização cena inglesa no século XVI.

3. Alguns notáveis precursores e contemporâneos de Shakespeare:

a. John Lyly (1554 - 1606)


b. Chistopher Marlowe ( 1564 - 1593)
c. Thomas Kyd ( 1558 - 1594)
d. Ben Jonson ( 1572 - 1637)
e. Robert Greene ( 1560 - 1592)

4. William Shakespeare ( 1564 - 1616)

a. Traços biográficos
b. Principais Obras
c. Breve análise do Hamlet
d. “O engenho e a arte” de Shakespeare

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O SÉCULO DE OURO NA ESPANHA

1. Organização da cena espanhola no século XVII

2. Atores, cenários e vestuário.

3. Os grandes dramaturgos:

a. Lope de Vega ( 1562 - 1635)


b. Calderón de La Barca (1600 - 1681)
c. Tirso de Molina ( 1584 - 1648)

4. Algumas Obras significativas:

a) Fuenteovejuna - O Alcaide de Zalamea


b) A Vida é Sonho - O Grande Teatro do Mundo
c) O Sedutor de Sevilha e o Convidado de Pedra - Dom Gil das Calças Verdes.

O CLASSICISMO FRANCÊS DO SÉCULO XVII

1. Organização da Cena no Teatro Francês no Século XVII.

2. Os Grandes Dramaturgos:

a. Corneille ( 1606 - 1684)


b. Molière (1622 - 1673)
c. Racine - (1639 - 1699)

3. Algumas Obras significativas:

a. O Cid - Horácio - Polyeucte


b. Dom Juan - Tartufo - O Avarento - Médico à Força
c. Fedra - Berenice - Andrômaca

O TEATRO NO SÉCULO XVIII


1. Na Itália: - a Reforma de Goldoni.
2. Na França: Diderot, Beaumarchais, Marivaux.

O TEATRO ROMÃNTICO
1. Origens: o “Sturm und Drang”.
2. Goethe: Dramaturgo e Diretor de Teatro.
3. O Drama Romãntico de Schiller.
4. Duas Antecipações: Kleist e Büchner.
5. Teatro Romãntico Francês: Hugo, Musset, Dumas Filho.

O TEATRO REALISTA
1. Na França: O “Teatro Livre” de Antoine, Emile Zola.
2. Na Noruega: Ibsen .
3. Na Rússia: “Teatro de Artes de Moscou”. Stanislavski, Tchecov, Górki, Gogol.
4. Na Alemanha; “Freie Bühne” de Otto Brahm.
5. Na Inglaterra: Bernard Shaw.
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O TEATRO NO SÉCULO XX

1. Teatro Simbolista. Maurice Maeterlinck


2. Teatro Expressionista: Frank Wedekind, Ernst Toller.
3. Teatro Futurista.
4. O Teatro de Luigi Pirandello.
5. O Teatro Épico de Bertold Brecht.
6. O Teatro de Garcia Lorca.
7. O Teatro do Absurdo: Ionesco, Beckett, Arrabal.
8. O Teatro Ideológico de Sartre e Camus.
9. O Teatro da Crueldade: Antonin Artaud.
10. O Teatro Norte Americano: Eugene O’Neill, Thorton Wilder, Tenessee Williams, Edward
Albee.
11. O Teatro Contemporâneo.

O TEATRO BRASILEIRO

1. Primeiras Manifestações: O Teatro de Anchieta.


2. O Teatro no Século XVII - Manuel Botelho de Oliveira
3. Teatro no Século XVIII.
4. O encontro com a nacionalidade: o Teatro Romântico.
5. A Comédia de Martins Pena.
6. Poetas Dramaturgos: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo,
Castro Alves, Casimiro de Abreu.
7. O Teatro de José de Alencar e de Joaquim Manuel de Macedo
8. A presença de João Caetano
9. O Teatro de Artur Azevedo e de França Júnior.
10. Um novo teatro de costumes: Gastão Tojeiros, Armando Gonzaga, Joraci Camargo.
11. O Teatro de Oswald de Andrade.
12. O Teatro de Nelson Rodrigues.
13. Outros importantes dramaturgos: Jorge Andrade, Gianfrancesco Guarnieri, Dias Gomes,
Ariano Suassuna, etc, etc, etc.
14. História das principais Companhias de Teatro Brasileiras.
15. Tendências atuais.

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