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.... 1- O QUE É TEATRO?
A palavra teatro define tanto o prédio onde podem se apresentar várias fonnas de artes
quanto uma determinada forma de arte.

o vocábulo grego Théatron estabelece o lugar fisico do espectador, "lugar onde se vê". Entretanto o
teatro também é o lugar onde acontece o drama frente aos espectadores, complemento real e
imaginário que acontece no local de representação. Ele surgiu, supõe-se, na Grécia antiga, no
século IV a.C.

Toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar numa tríade teatral: quem vê, o que
se vê, e o imaginado. O teatro é um fenômeno que existe nos espaços do presente e do imaginário,
e nos tempos individuais e coletivos que se formam neste espaço.

o teatro é uma arte em que um ator, ou conjunto de atores, interpreta uma história ou
atividades, com auxílio de dramaturgos, diretores e técnicos, que têm como objetivo
apresentar uma situação e despertar sentimentos no público.

2- A Origem e Evolução do Teatro


A origem do teatro pode ser remontada desde as primeiras sociedades primitivas, em que se
acreditava no uso de danças imitativas como propiciadores de poderes sobrenaturais que
controlavam todos os fatos necessários à sobrevivência (fertilidade da terra, casa, sucesso
nas batalhas etc.), ainda possuindo tanibém caráter" de exorcização dos. maus espíritos.
Portanto, o teatro em suas origens possuía um caráter ritualístico.

Com o desenvolvimento do domínio e conhecimento do homem em relação aos fenômenos


naturais, o teatro vai deixando suas características ritualistas, dando lugar às características mais
educacionais. Ainda num estágio de maior desenvolvimento, o teatro passou a ser o lugar de
representação de lendas relacionadas aos deuses e heróis.

Na Grécia antiga, os festivais anuais em honra ao deus Dionísio


(Baco, para os latinos) compreendiam, entre seus eventos, a
representação de tragédias e comédias. As primeiras formas
dramáticas na Grécia surgiram neste contexto, inicialmente com
as canções dionisíacas (ditirambos: poema lírico de estrofes
irregulares que exprime o delírio do entusiasmo, da alegria).

Estátua de Dionísio, exposta no Louvre em Paris.

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Teatro de Dionísio

theatron: é o auditório propriamente dito


orchestra: local onde o coro cantava e dançava
eisodos: os dois acessos laterais para o coro entrar e sair de cena
skene: palco onde os atores atuavam
mechané: grua ou guindaste para elevar atores

ei sodas .ei sodos

retaining
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Theater of Di onysus
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A tragédia, em seu estágio seguinte, se realizou com a representação da .primeira tragédia, com
Téspis (ator grego do séc. V a.C., reconhecido como o primeiro ator ocidental e também o primeiro
produtor teatral).

A introdução de segundos e terceiros atores nas tragédias veio com Ésquilo e Sófocles. Surgiu
também a peça satírica: o conservador Aristófanes 1 cria um gênero sem paralelo no teatro moderno,
pois a comédia aristofânica mesclava a paródia mitológica com a sátira polít~ca. Todos os papéis
eram representados por homens, pois não era permitida a participação de mulheres.

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J Dramaturgo grego. Escreveu "Lisístrata" ou "A Greve do Sexo" (411 a.C.), em que as mulheres fazem greve de sexo para forçar
atenienses e espartanos a estabelecerem a paz.
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Esta é uma máscara da comédia grega.
Havia duas para cada papel a desempenhar.

Os escritores participavam, muitas vezes, tanto das atuações como dos ensaios e da idealização das
coreografias. O espaço utilizado para as encenações, em Atenas, era apenas um grande círculo.
Com o passar do tempo, grandes inovações -foram sendo adicionadas ao teatro grego, como a
profissionalizaçãQ, a estrutura dos espaços cênicos (surgimento do palco elevado) etc. Os
escritores dos textos dramáticos cuidavam de praticamente todos os estágios das produções.

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Os juízes se sentavam nestas poltronas e premiavam as
melhores representações do ano.

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. 3- Nesse mesmo período, os romanos já possuíam seu teatro, grandemente influenciado pelo teatro
grego, do qual tirou todos os modelos. Nomes importantes do teatro romano foram Plauto e
Terêncio. Roma não possuiu um teatro permanente até o ano de 55 a.C., mas segundo é dito,
enormes tendas eram erguidas, com capacidade para abrigarem cerca de 40.000 espectadores.

Apesar de ter sido totalmente baseado nos moldes gregos, o teatro romano criou suas próprias
inovações, com a pantomima, em que apenas um ator representava todos os papéis, com a
utilização de máscara para cada personagem interpretado, sendo o ator acompanhado por músicos
e por coro?

Teatro romano de Emerita Augusta (Mérida)

Emerita Augusta, a atual Mérida, na Espanha, também referida como Augusta Emerita, foi uma
colônia romana estabelecida por volta de 25 d.C., pelo legado imperial Publio Carisio por ordem
de César Augusto, com a finalidade de estabelecer um posto intermédio para as legiões.

Com o advento do Cristianismo, o teatro não encontrou apoio de patrocinadores, sendo


considerado pagão. Desta forma, as representações teatrais foram totalmente extintas.

o renas cimento do teatro se deu, paradoxalmente, através da própria igreja, na Era Medieval. O
renascimento do teatro se deveu à representação da história da ressurreição de Cristo. A partir
deste momento, o teatro era utilizado como veículo de propagação de conteúdos bíblicos, tendo
sido representados por membros da igreja (padres e monges). O teatro medieval religioso entrou
em franco declínio a partir de meados do século XVI.

Desde o século XV, trupes teatrais agregavam-se aos domínios de senhores nobrés e reis,
constituindo o chamado teatro elisabetano. Os atores - ainda com a participação exclusiva
de atores homens - eram empregados pela nobreza e por membros da realeza. O próprio
2 Atualmente, pantomima é um teatro gestual que faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de gestos. É a arte de narrar com o
corpo. É uma modalidade cênica que se diferencia da expressão corporal e da dança, basicamente é a arte objetiva da mímica, é um excelente
artifício para comediantes, cômicos, atores, bailarinos, enfim, os intérpretes.

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Shakespeare, assim como o ator original de Otelo e Hamlet, eram empregados pelo Lorde
Chamberlain, e mais tarde foram empregados pelo próprio rei.

TEATRO ELlZABETANO (INTERIOR)

Globe Theatre, London

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. 4- Na Espanha, atores profissionais trabalhavam por conta própria, sendo empresariados pelos
chamados autores de comédia. Anualmente, as companhias realizavam festivais religiosos e,
sobretudo no século XVII, as representações nas cortes espanholas encontravam-se fortemente
influenciadas pelas encenações italianas. Os nomes mais proeminentes deste período (a chamada
idade de ouro do teatro espanhol) foram Calderón de La Barca e Lope de Vega.

Foi mais notadamente na Itália que o teatro renascentista rompeu com as tradições do teatro
medieval. Houve uma verdadeira recriação das estruturas teatrais na Itália, através das
representações do chamado teatro humariista. 'Os atores 'italianos 'deste, basicamente, eram
amadores, embora já no século XVI tenha havido um intenso processo de profissionalização dos
atores, com o surgimento da chamada "Commedia Dell'Arte", em que alguns tipos representados
provinham da tradição do antigo teatro romano: eram constantes as figuras do avarento e do
fanfarrão.3

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3 Fanfarrão: que se gaba de fazer o melhor, que faz alarde de sua falsa
valentia,

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II capitano: Capitão é um estrangeiro, tem sotaque característico, egoísta e presUJ).çoso ao falar,
mas na hora de agir mostra-se um covarde.
Pantalone: Pantaleão é o comerciante rico e avarento sempre à procura de jovens donzelas.
Pulchinella: Um duplo personagem; inicialmente alto e corcunda, se transformou em um
personagem baixo e gordo. Por um lado, temos um personagem grotesco e obscuro, e por outro
seu irmão gêmeo é carismático, sensual e inteligente.

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Il dottore: Doutor é a mistura sabedoria de aparências e do erudito. Distingui-se pelo gosto de falar.
Arlecchino: Arlequino é simples e ingênuo. Sempre alegre, não se perturba com nada e esta sempre
com fome.
Brighella: é astuto, inteligente, malicioso e espirituoso e gosta de tirar proveito de tudo e de todos.
Tartaglia: Tartaglia é um notário velho que enxerga mal e ouve mal.
A Commedia Dell'Arte foi uma forma de teatro popular improvisado,
que começou no séc. XV na Itália e se desenvolveu posteriormente na
França e que se manteve popular até o séc. XVIII. A "Commedia
Dell' Arte" vem se opor à "Comédia Erudita", também sendo chamada
de "Commedia All'improviso" e "Commedia a Soggetto". Esta forma
ainda sobrevive através de alguns grupos de teatro.

Suas apresentações eram feitas pelas ruas e praças públicas. Ao


chegarem à cidade pediam permissão para se apresentar, em suas
carroças ou em pequenos palcos improvisados. As companhias de
Commedia Dell' Arte eram itinerantes4 e possuíam uma estrutura de
esquema familiar. Seguiam apenas um roteiro, que se denominava
"canovacci", mas possuindo total. liberdade de criação; os
personagens ..eram fixos, sendo que muitos atores viviam
exclusivamente esses papéis até a sua morte.

Devido às muitas viagens que as pequenas companhias de Commedia Dell'Arte empreendiam por
toda a Europa, este gênero teatral exerceu grande influência sobre o teatro realizado em outras
nações. Um dos aspectos marcantes nesse teatro foi a utilização de mulheres nas representações,
fato que passou a se estender para os outros países.

5- No século XVII, o teatro italiano experimentou grandes evoluções cênicas, muitas das quais já o
teatro como atualmente é estruturado. Muitos mecanismos foram adicionados à infra-estrutura
interna do palco, permitindo a mobilidade de cenários e, portanto, uma maior versatilidade nas
representações.

Foi a partir do século XVII que as mulheres passaram a fazer parte das atuações teatrais na
Inglaterra e na França. Na Inglaterra, os papéis femininos eram antes representados por jovens
atores aprendizes. Na França, uma das atrizes que outrora havia sido integrante do grupo de
Moliere passou a fazer parte do elenco das peças de Racine. Therese du Parc, conhecida depois
como La Champmesle, foi a atriz que primeiro interpretou o papel principal de Fedra, da obra de
Racine, tomando-se então uma das principais atrizes da chamada "Commedie Française".

4 Que viaja, percorre itinerários, se desloca constantemente.

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6- No Brasil, o teatro tem sua origem com as representações de catequização dos índios. As peças
eram escritas com intenções didáticas, procurando sempre encontrar meios de traduzir a crença
cristã para a cultura indígena. Uma origem do teatro no Brasil se deveu à Companhia de Jesus,
ordem que se encarregou da expansão da crença pelos países colonizados. Os autores do teatro
nesse período foram o Padre José de Anchieta e o Padre Antônio Vieira. As representações eram
.realizadas com grande carga dramática e com alguns efeitos cênicos, para a maior efetividade da
lição de religiosidade que as representações cênicas procuravam inculcar nas mentes aborígines. O
teatro no Brasil, neste período, estava sob grande influência do barroco europeu.

No fim do século XVIII, as mudanças na estrutura dramática das peças foram reflexo de
acontecimentos históricos como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Surgiram formas
como o melodrama, que atendia ao gosto do grande público. Muitos teatros surgiram juntamente
com esse grande público.

No século XIX as inovações cênicas e infra-estruturais do teatro tiveram prosseguimento. O


teatro Booth de Nova Y ork já utilizava os recursos do elevador hidráulico. Os recursos de

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.. iluminação também passaram por muitas inovações e experimentações, com o advento da
luz a gás. Em 1881, o Savoy Theatre de Londres foi o primeiro a utilizar iluminação elétrica.

Os cenários, assim como o figurino, procuravam reproduzir situações históricas com um


realismo bastante apurado. As sessões teatrais, em que outrora se encenavam várias peças
novas ou antigas, foram passando a ser utilizadas apenas para a encenação de uma peça.
Todas as inovações pelas quais o teatro foi passando exigiram o surgimento da figura do
diretor, que trata de todos os estágios .artísticos de uma produção.

7- Ao final do século XIX uma série de 'autores 'passaram"a assumir uma postura de criação
bastante diversa da de seus predecessores românticos, visando a arte como veiculo de denúncia da
realidade. Escritores como Henrik Ibsen e Emile Zola foram partidários dessa nova tendência, cada
qual com sua visão particular.

O teatro do século XX caracteriza-se pelo ecletismo (reunião de diferentes correntes de


pensamento, arte etc.) e pela grande quebra de antigas tradições. O "design" cênico, a direção
teatral, a infra-estrutura e os estilos de interpretação não se vincularam a um único padrão
predominante. Entretanto, pode-se dizer que as idéias de Bertolt Brecht foram as que mais
influenciaram o teatro moderno. Segundo dizia Brecht, o ator deve manter-se consciente do fato
que está atuando e que jamais pode emprestar sua personalidade ao personagem interpretado. A
peça em si, por sua vez, assim como a mensagem social nela contida, deveria ser o supremo objeto
de interesse. Para tanto, os espectadores deveriam ser constantemente lembrados que estão vendo
uma peça teatral e que, portanto, não identifiquem os personagens como figuras da vida real, pôis
neste caso a emoção do espectador obscureceria seu senso crítico.

Dado o seu temor no caso dos atores mostrarem-se incapazes de desempenhar os papéis com tanta
imparcialidade, Brecht utilizou vários recursos que libertariam as encenações de quaisquer ilusões
de realidade que poderiam ser criadas nas mentes dos espectadores. A cenografia se dirigia a
muitos efeitos não-realísticos, assim como as próprias atividades de mudança de palco podiam ser
vistas pelo público. No teatro contemporâneo tanto as tradições realistas como as não-realistas
convivem simultaneamente.

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.. Vocabulário

- Tragédia: A tradição atribui a Téspis a criação da primeira tragédia. Quanto a sua origem,
aceitemos a opinião de Aristóteles de que a tragédia provém do ditirambo. Os conceitos de
Aristóteles sobre o fenômeno trágico, a despeito de terem sido os primeiros, permanecem íntegros
até hoje, ponto de referência obrigatório, aliás, para qualquer discussão sobre a matéria. Entre esses
conceitos, destaque-se o de ação*, o de imitação* e o de catarsis*. Aristóteles diz que "a tragédia é
a '-imitação de uma ação importante e completa, de certa extensão; num estilo tomado agradável
pelo emprego separado de cada uma de suas formas, segundo as partes; ação apresentada, não com
a ajuda de uma narrativa, mas por atores, e que suscitando a compaixão e o terror, tem por efeito
obter a purgação dessas emoções" (Poética capo VI). A base sobre a qual evoluiu o sentido do
trágico, em qualquer época ou cultura, pode, finalmente, ser definida como a consciência da atitude
íntegra e corajosa do homem. Face à derrota causada pela sua própria limitação diante de forças
que lhe são supenores.
- Imitação*: para Aristóteles, a imitação é algo instintivo ao homem. Assim sendo, este se expressa
artisticamente reproduzindo a realidade que o cerca, ou seja, "imitando" essa realidade através de
um processo de representação. A imitação, segundo Aristóteles, é um princípio comum a todas as
artes, poesia, música, dança, pintura ou escultura. As diferenças que essas artes apresentam são,
pois, de natureza formal, e podem ser quanto ao meio empregado para imitar, quanto ao objeto
imitado ou ao modo de imitação.
- Ação*: por ação, consideremos, como Hegel (1770-1831), "a vontade humana que persegue seus
objetivos" (parafraseado.porRenata Pallottini em Introdução à Dramaturgia, p.16).
- Catarsis*: termo empregado por Aristótelespara definir a finalidade 'última da tragédia como
sendo a purgação ou purificação das emoções de terror e compaixão. A complexidade de
determinar um significado preciso para tal conceito está relacionada tanto a problemas de tradução
quanto a problemas de interpretação. Catársis, em grego, na verdade pode significar tanto
"purgação", no sentido médico de limpeza do corpo, como "purificação", no sentido religioso de
limpeza de espírito.
- Comédia: uma das formas principais do drama, que enfatiza a crítica e a correção através da
deformação e do ridículo. O efeito principal é provocar o riso. Historicamente, as raízes da
comédia se perdem em períodos pré-documentados. A indicação mais precisa é dada por
Aristóteles, de que a comédia resulta de cantos fálicos entoados em honra ao deus Dionísio (cap.
IV da Poética)
- Ditirambo: forma pré-dramáticaôpertencente"ao teatro -grego. Gonsistia,empoesia ,lírica escrita
para ser cantada por um coro de cinqüenta membros em cerimônias em homenagem ao deus
Dionísio. O líder desse coro, ou corifeu, com a evolução do gênero, transformou-se num solista,
ou, mais especificamente, no protagonista, e o diálogo que se estabeleceu entre ele e os demais
membros do coro parece ter sido, segundo diversos teóricos, entre os quais Aristóteles, uma das
fontes da tragédia.
- Drama Satírico: no teatro grego, tipo de peça burlesca que era apresentada após a trilogia trágica.
Nos dramas satíricos, um personagem central, geralmente um dos heróis' trágicos vistos na trilogia
precedente, era caricaturado numa situação ridícula qualquer. O comentário crítico era feito por um
coro vestido de sátiros, os personagens mitológicos meio-homem, meio-cavalo que formavam a
corte de Dionísio. Os dramas satíricos eram escritos pelo mesmo autor da trilogia, como parte
integrante do concurso trágico. A linguagem verbal desses dramas era, em geral, licenciosa, e a
gestual, verdadeiramente indecente.

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..- Arconte: no teatro grego, o principal magistrado civil de Atenas, responsável pela
~. administração dos festivais dos festivais em que eram realizados anualmente os concursos
dramáticos.

- Coro: a principal característica do coro


é falar ou cantar em uníssono. O coro
aparece pela primeira vez no teatro grego,
originário das festividades comunais,
báquicas ou dionisíacas. O coro no teatro
representa em suas origens esse
sentimento do coletivo que deu início à
manifestação teatral na Grécia.

- Corego: as despesas com a produção de um espetáculo no teatro grego eram divididas


entre o Estado, responsável pela manutenção dos teatros, premiação e pagamento dos
atores, e o corego, responsável pelas despesas relativas ao coro, músicos, figurinos e
adereços. O
corego era um dos cidadãos de posses da comunidade. .

- Indumentária: em termos gerais, a arte do vestuário em relação a épocas e povos. Em


teatro, os trajes usados pelos personagens das peças.

- Máscara: possivelmente, o mais simbólico elemento de linguagem cênica


através de toda história do teatro. Seu uso, provavelmente, remonta à
representação de cabeça de animais em rituais primitivos, quando ou o
objeto em si ou o personagem que o usava representavam algum misterioso
poder. No teatro grego a máscara foi utilizada tanto na tragédia como na
comédia, atendendo a várias funções: diferenciar sexo e idade; permitir a
execução de mais de um papel pelo mesmo ator; e segundo alguns teóricos,
ampliar o som da voz humana numa espécie de caixa acústica.

- Coturno: calçado de solado alto, de aproximadamente 20 a 30 centímetros de altura,


supostamente usado pelo ator trágico no teatro grego. A função desse tipo de calçado era elevar a
estatura do ator, projetando-lhe a figura, o que se fazia necessário diante das enormes dimensões
dos teatros.
- Théatron: Palavra grega para denominar o auditório dos antigos teatros. Literalmente significa"
lugar de onde se vê".
- Skéne: o antigo teatro grego era constituído por duas unidades arquitetônicas separa~as, o
"théatron" e a "skené", ligadas pela "orchéstra". Literalmente, do grego, skené significa "tenda,
barraca", e originalmente o termo referia-se ao local onde os atores se vestiam.

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