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"Vidas Secas" é a obra mais emblemática

do escritor brasileiro moderno


Graciliano Ramos (1852-1953). O livro
foi publicado em 1938 e trata-se de um
romance documental inspirado nas
experiências do autor.
Graciliano Ramos foi um escritor brasileiro. É considerado
o mais importante ficcionista do Modernismo.

Nasceu no dia 27 de outubro de 1892.

Em 1904 publicou seu primeiro conto, O Pequeno Pedinte.

Estreou na literatura em 1933 com o romance Caetés.

Em 1936 foi preso por acusação de ser comunista.

Em 1952 viajou para os países socialistas do Leste Europeu,


experiência descrita na obra Viagem, publicada em 1954,
após sua morte.
Vidas Secas foi escrito e publicado em 1938,

logo após o seu autor ser libertado da prisão.

Na Europa, acirraram-se os conflitos que

dariam origem à Segunda Guerra Mundial, em

1939. Da mesma forma, crescia a tensão entre o

capitalismo e o socialismo. No Brasil, sob o

governo de Getúlio Vargas, iniciava-se uma

“caça aos comunistas”.

Graciliano escreveu um conto para cada

membro daquela família. Nascia assim sua obra

mais famosa: Vidas Secas.


A Baleia é a cadela que curiosamente tem um
nome. Ela é muito adorada pelos meninos e no
decorrer da história adoece e por fim, morre.
Vidas Secas é um profundo retrato da sociedade
brasileira, sobretudo de seus problemas sociais. Vale lembrar que a obra muitas vezes não possui
diálogos.
Dessa forma, Graciliano traça uma crítica social
retratando as dificuldades encontradas por uma Quando a família encontra um lugar para

família pobre de retirantes. Eles têm de conviver descansar do sol escaldante, se deparam com o

constantemente com a miséria e a seca que assola dono da terra, que será o patrão de Fabiano.

o sertão nordestino.
O romance é repleto de pequenas felicidades

Fabiano e Sinhá Vitória é um casal simples que dentro da família de retirantes. No entanto, os

possuem dois filhos. Dos filhos, nenhum nome é problemas sociais e a animalização das

mencionado durante toda a história. personagens permeiam toda a obra.


Fabiano – o chefe da família, homem rude e
quase incapaz de expressar seu pensamento
com palavras.

Filhos – crianças pobres sofridas e que não


tem noção da própria miséria que vivem.

Sinhá Vitória – mulher de Fabiano, sofrida,


lutadora e inconformada com a miséria em
que vivem.

Baleia – cadela da família, tratado como


gente, muito querido pelas crianças.
Tomás da Bolandeira – dono da fazenda, onde
a família se abrigou durante uma tempestade.

Soldado Amarelo – Corrupto, oportunista e


medroso, o Soldado Amarelo é símbolo de
repressão e do autoritarismo pelo qual é
comandado (ditadura Vargas).

Seu Inácio – Dono do bar.


O sertão nordestino é o espaço da ação do
livro.

O tempo da narrativa não está especificado.


Mas tudo indica que a história se passa em
algum momento durante as três primeiras
décadas do século XX. Assim, nessa obra, o
que predomina é o tempo psicológico.
O romance Vidas secas conta com um
narrador onisciente, o qual tem conhecimento
total dos fatos e do mundo interior dos
personagens. Desse modo, a história é narrada
segundo a perspectiva desses personagens.

O narrador usa o recurso do flashback para


fazer valer momentos memoráveis da vida de
uma das personagens.
● A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é
qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.

● O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso
econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos
sobre as pessoas que ali estão.

● O livro consegue desde o título mostrar a desumanização que a seca promove nos
personagens.
Fim

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