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BOLETIM DA
REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE
MOÇAMBIQUE
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. Art. 2. É revogado o Decreto n.º 11/2009, de 29 de Maio, e
demais normas que contrariem o presente Decreto.
Art. 3. O presente Decreto entra em vigor 90 (noventa) dias
AVISO após a sua publicação.
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 26 de
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma Fevereiro de 2019.
por cada assunto, donde conste, além das indicações
Publique-se.
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte,
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
da República». Regulamento de Transporte em Veículos
Automóveis e Reboques
CAPÍTULO I
SUMÁRIO
Disposições Gerais
Conselho de Ministros: ARTIGO 1
Decreto n.° 35/2019: (Definições)
Aprova o Regulamento de Transporte em Veículos Automóveis O significado dos termos e expressões utilizados no presente
e Reboques e revoga o Decreto n.º 11/2009, de 29 de Regulamento consta do Anexo I, que faz parte integrante do
Maio. mesmo.
ARTIGO 2
(Objecto)
CONSELHO DE MINSTROS O presente Regulamento estabelece as regras para o
exercício de actividade de transporte em veículos automóveis e
reboques.
Decreto n.º 35/2019
de 10 de Maio ARTIGO 3
(Âmbito de aplicação)
Havendo necessidade de simplificar os procedimentos de
licenciamento e promover a competitividade na actividade de 1. O presente Regulamento aplica-se ao exercício da
transporte rodoviário de modo a garantir segurança e conforto actividade de transporte em veículos automóveis e reboques.
na mobilidade de pessoas e bens, urge rever o Regulamento de 2. Exceptua-se do disposto no número anterior o
Transporte em Veículos Automóveis e Reboques, aprovado transporte quando realizado em veículos das forças de defesa e
pelo Decreto n.º 11/2009, de 29 de Maio, ao abrigo do disposto segurança.
na alínea f) do n.º 1 do artigo 203 da Constituição da
República, o Conselho de Ministro decreta: CAPÍTULO II
Artigo 1. É aprovado o Regulamento de Transporte em Transporte
Veículos Automóveis e Reboques, em anexo, que é parte ARTIGO 4
integrante do presente Decreto.
1024 I SÉRIE — NÚMERO 90
ARTIGO
CAPÍTULO III
Transportes de Aluguer
ARTIGO 18
(Delimitação)
ARTIGO
19 ARTIGO 24
(Tipo de serviço) (Atribuição de licença)
O transporte de aluguer, quanto ao serviço prestado, pode ser: 1. A atribuição de licença para o transporte
a) Personalizado; personalizado, dependendo das condições específicas de cada
b) Escolar; distrito ou autarquia, deve ser feita por concurso público.
c) Turístico; 2. O concurso destinado a atribuição de licença referido
d) Sem condutor; no número anterior é realizado pela respectiva entidade
e) Pronto-socorro; licenciadora.
f) Mercadoria. 3. Preenchidos os requisitos previstos no artigo 12 é
emitida a licença respectiva.
ARTIGO 20
ARTIGO 25
(Serviço de Transporte Ocasional)
(Identificação de veículos)
1. O serviço de transporte ocasional deve realizar-se ao
1. Nos veículos de transporte personalizado de
abrigo de um documento descritivo do serviço ou folha de
passageiros deve-se colocar, na parte interior do guarda-vento
itinerário, o qual deve estar abordo do autocarro, devidamente
ou em local visível, um letreiro com a palavra “LIVRE”,
preenchido e numerado.
provido de luz verde.
2. Do documento descritivo deve constar a
2. De noite, o letreiro manter-se-á iluminado, sempre que
identificacação do transportador e do organizador, a finalidade
o veículo estiver desocupado.
do serviço e o respectivo itinerário, com indicação das
3. Os veículos de transporte personalizado de
localidades de origem, destino e de tomada e largada de
passageiros devem ainda obedecer os seguintes requisitos:
passageiros, bem como as datas de início e termo da viagem.
a) Ter a cor verde e amarela;
SECÇÃO I b) Ter um letreiro com a palavra “Táxi”, visível a um
Transporte Personalizado ângulo de 360º devidamente iluminado durante a noite
ARTIGO 21 sempre que estiver em circulação;
c) Ter na parte da frente no interior da viatura, em lugar
(Licenciamento da actividade)
bem visível a indicação do nome da empresa ou do
1. O licenciamento para o exercício da actividade de proprietário e contacto;
transporte personalizado é titulado por licença do tipo C, d) Ter taxímetro devidamente aferido por entidade
emitida pelo Administrador de Distrito ou pelo Presidente do reconhecida para efeitos de controlo metrológico, a ser
Conselho Autárquico, conforme a competência aplicável na colocado em local bem visível para os passageiros.
área de jurisdição. 4. Os veículos de serviços de transporte personalizado
2. A licença referida no número anterior é valida pelo para mercadorias devem ter na parte superior da frente, uma
período de um ano, intransmissível e renovável mediante chapa com dimensões mínimas de 0,80m x 0,50m, tendo
comprovação de que se mantêm os requisitos de acesso à pintado a vermelho, em fundo branco, o número de telefone, o
actividade. nome da cidade ou localidade onde se situa a sede da empresa.
ARTIGO 22 ARTIGO 26
(Licenciamento de veículos) (Tipos de serviço)
1. Os veículos afectos ao transporte personalizado estão Os serviços de transporte personalizado são prestados em
sujeitos ao licenciamento nos termos do artigo 12 do presente função da distância percorrida e dos tempos de espera, ou:
Regulamento. a) À hora, em função da duração do serviço;
2. No transporte personalizado é obrigatório o uso de b) Por percurso, em função dos preços estabelecidos para
taxímetro e devem ser utilizados veículos automóveis ligeiros determinados itinerários;
com lotação não superior a nove lugares incluindo o condutor. c) Por contrato, reduzido a escrito por prazo não inferior
3. No transporte de mercadorias, o veículo deve ter peso a 30 dias, onde constam obrigatoriamente o respectivo
bruto até 3.500kgs. prazo, a identificação das partes e o preço acordado;
d) Por quilómetro, em função da quilometragem
ARTIGO 23 percorrida.
(Fixação do número de veículos)
ARTIGO 27
1. O número de veículos em actividade é fixado pela
(Prestação obrigatória de serviço)
respectiva entidade licenciadora e abrangerá a totalidade do
distrito ou autarquia. 1. Os veículos de serviços de transporte personalizado
2. Na fixação de número de veículos, são tomadas em devem estar à disposição do público de acordo com o regime
consideração as necessidades globais de transporte de estacionamento que lhes for fixado, não podendo ser
personalizado na área do distrito ou autarquia. recusado o serviço solicitado em conformidade com a
1028 I SÉRIE — NÚMERO 90
ARTIGO
ARTIGO
a) Garantir, relativamente a cada estudante, o locais apropriados e seguros, para que não constituam qualquer
cumprimento das condições de segurança; risco ou incómodo para os estudantes ou crianças.
b) Acompanhar os estudantes ou crianças usando colete
reflector e raqueta com sinal de STOP. ARTIGO 42
(Poluição Sonora)
ARTIGO 37
1. Durante o exercício da actividade de transporte escolar
(Lotação)
a utilização de aparelhos radiofónicos ou de reprodução sonora
1. A cada lugar deve corresponder um estudante ou instalados a bordo dos veículos não devem constituir fonte de
criança sentado no automóvel. ruído ou causar incómodos aos estudantes ou crianças e ao
2. Nos automóveis com mais de nove lugares, os público em redor.
estudantes ou crianças menores de 12 anos não podem sentar- 2. A contravenção do disposto no número anterior é
se nos lugares contíguos ao do motorista nem nos lugares da punida nos termos da legislação específica.
primeira fila.
SECÇÃO III
3. Exceptuam-se do disposto no número anterior, os
automóveis que possuam separadores de protecção entre o Transporte Turístico
condutor e os lugares dos passageiros. ARTIGO 43
ARTIGO 38 (Delimitação)
ARTIGO
(Acordo de transporte)
ARTIGO 47
(Licenciamento da actividade)
ARTIGO 48
(Pedido de licenciamento)
g) Caracterização dos meios de transporte a serem 5. O alvará deve estar afixado em lugar visível e ser
usados indicando o ano de fabrico, o modelo, a apresentado às entidades fiscalizadoras sempre que estas o
capacidade, a marca e estado de conservação. solicitem.
3. Ao requerimento deve se juntar:
ARTIGO 52
a) Sendo pessoa colectiva na forma de sociedade
(Requisitos dos veículos automóveis)
comercial, com um ou mais sócios, cópia dos
estatutos, na qual deverá constar o exercício da Para além dos requisitos previstos no Código da Estrada e
actividade de transporte turístico; demais legislação aplicável, os veículos automóveis ligeiros e
b) Sendo pessoa singular, cópia de documento de pesados, para serem utilizados no exercício da actividade do
identificação e da certidão do registo comercial; transporte turístico e circuitos turísticos devem ainda possuir:
c) Prova de registo fiscal; a) Ar condicionado ou outro sistema de climatização;
d) Planta das instalações destinadas ao exercício da b) Sistema de som;
actividade na escala de 1:100, com a respectiva c) Manter os padrões técnicos de conforto, de segurança e
legenda indicando a zona administrativa e de de higiene, incluindo o bom estado de revestimento
atendimento ao público; interno e externo;
e) Plano técnico e justificado de oportunidade do d) Caixa de primeiros socorros equipada;
requerente no quadro das actividades turísticas da
e) Serviço de bar;
região e do país, tendo em conta o desenvolvimento
f) Fornecimento de almofadas, livros, jornais, revistas ou
turístico nacional;
outro tipo de entretenimento.
f) Memória descritiva.
ARTIGO 53
ARTIGO 49
(Circuitos turísticos)
(Pareceres)
1. As empresas constituídas para fins turísticos devem,
O Ministério que superintende a área dos transportes deve ao requerer a licença, submeter à aprovação da entidade que
solicitar parecer sobre o pedido de licenciamento ao Ministério superintende a área dos transportes, itinerários fixos que são
que tutela o sector do turismo, remetendo a documentação classificados como circuitos turísticos.
necessária no prazo de cinco dias após a recepção do 2. Os itinerários dos circuitos turísticos terão o ponto de
requerimento. partida e chegada coincidente.
ARTIGO 50 ARTIGO 54
(Vistoria) (Viagens turísticas)
1. O início do exercício da actividade de transporte Nas viagens turísticas entre cidades ou localidades onde
turístico está condicionado a realização de vistoria para a exista o exclusivo de transporte colectivo, o excursionista,
verificação da conformidade dos termos e condições em que o salvo caso de força maior, não poderá tomar ou abandonar o
pedido tiver sido autorizado. veículo senão no respectivo local de partida e chegada.
2. Compete aos Ministros que superintendem as áreas de
transporte e turismo autorizar a realização da vistoria referida ARTIGO 55
no número anterior, no prazo de 15 dias úteis a contar da data (Bagagem em viagens turísticas)
da recepção dos pareceres referidos no artigo 48 ou do termo
do prazo estabelecido para sua emissão. Nas viagens turísticas é proibido o transporte de
mercadorias, sendo, porém, permitido o transporte de bagagens
ARTIGO 51 até ao limite compatível com a capacidade do veículo.
(Emissão de alvará)
ARTIGO 56
1. A comprovação da autorização para o exercício da
(Transmissão de propriedade e cessação de exploração)
actividade de transporte turístico é feita através da emissão de
alvará pelo responsável da entidade licenciadora. 1. A transmissão da propriedade dos meios do transporte
2. O alvará é valido por 10 anos, devendo conter os e equipamentos utilizados no exercício da actividade de
seguintes elementos: transporte turístico e a cessação de exploração da actividade
a) Número de ordem do alvará; deve ser comunicada à entidade licenciadora, no prazo de
b) Identificação e endereço da entidade exploradora; quinze dias a contar da verificação do facto.
c) Serviços prestados. 2. Verificando-se o previsto no número anterior, a
3. Ocorrendo a modificação de qualquer dos elementos transportadora turística responsável pela exploração da
indicados no número anterior, deve o proprietário requerer a actividade de transporte turístico, deve no prazo de trinta dias,
substituição do alvará, mediante a devolução do anterior à requerer a alteração da titularidade do alvará, podendo a
entidade licenciadora. entidade, licenciadora, realizar vistoria previamente ao
4. A devolução do alvará é igualmente exigível em caso averbamento das alterações requeridas.
de cessação de actividade.
ARTIGO 57
1032 I SÉRIE — NÚMERO 90
2. O transporte colectivo deve ser efectuado em veículos se o concessionário opuser-se ao aumento do número de
de matrícula nacional, registados em nome do titular da licença viagens e veículos a que se refere o número anterior.
ou de quem tenha autorização de gozo ou de fruição.
3. O transporte de passageiros efectuado em veículos ARTIGO 79
pesados de 15 a 29 lugares só é permitido num percurso (Concessionário de carreiras regulares)
máximo de duas Províncias contíguas.
1. O concessionário nas carreiras regulares deve ter um
4. Compete à entidade licenciadora exceptuar as
número mínimo de autocarros definidos pela entidade
situações em que o disposto no número anterior não seja
licenciadora.
aplicável.
2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo,
ARTIGO 73 os concessionários de carreiras regulares podem, quando a
demanda assim o exigir, estabelecer desdobramento com início
(Condutores de transporte colectivo)
e origem ou pontos intermédios, dentro dos horários
Os veículos licenciados para utilização nos transportes estabelecidos.
colectivo só podem ser conduzidos por pessoas titulares de
carta de condução de categoria correspondente a esse tipo de ARTIGO 80
veículo. (Concessionário de carreira expresso)
estar disponíveis paragens, terminais, estações ou abrigos para definitivo, por despacho dos Ministros que superintendem as
o uso de passageiros. áreas de transporte e obras públicas.
2. As instalações devem localizarem-se em áreas 2. A proibição e o condicionamento referidos no número
definidas no plano de urbanização da localidade, podendo os anterior são precedidos de divulgação através da comunicação
concessionários associarem-se para exploração em comum de social, afixação de painéis de informação ou qualquer outro
estações rodoviárias. meio adequado.
3. Quando não existem terminais, estações ou abrigos, as
empresas autorizadas para explorar carreiras, devem construir ARTIGO 100
conforme o caso. (Carreiras urbanas)
4. Sendo as instalações construídas à expensas do
Nas carreiras urbanas, além das viagens correspondentes aos
concessionário, pode este, no termo da concessão, ou por
horários aprovados, ficam os concessionários obrigados a
efeitos do seu cancelamento, vendê-las ao concessionário
efetuar as viagens necessárias para satisfazer as exigências do
subsequente.
tráfego nas ocasiões de maior movimento.
ARTIGO 96
ARTIGO 101
(Itinerários e locais de estacionamento)
(Tarifas gerais)
1. Os itinerários, locais de estacionamento e demais
1. As tarifas a praticar no transporte de passageiros são
condições de percurso das carreiras de transporte colectivo são
fixadas conforme a classificação das licenças, devendo as
aprovados pela entidade licenciadora, sob proposta do
mesmas serem justas, razoáveis e não discriminatórias.
concessionário.
2. Compete aos Governos de Províncias, Distrito e dos
2. A fixação de itinerários, locais de estacionamento e
Conselhos Autárquicos estabelecer os princípios, critérios de
normas especiais de trânsito de veículos adstritos ao transporte
fixação de tarifas e sua aprovação, sob proposta fundamentada
colectivo dentro das localidades, deve ser feita pelos Órgãos
dos operadores de transporte.
Autárquicos ou, na sua falta, pelos Conselhos Executivos
3. As tarifas fixadas e aprovadas pelo Governo devem
Distritais.
ser do conhecimento público e publicitados, pelo menos, nos
3. Verificando-se que o itinerário indicado pelo
órgãos de informação de maior circulação.
concessionário é susceptível de ajustamento, para melhor servir
os utentes será este convidado a introduzir as necessárias ARTIGO 102
modificações e publicar em jornal de maior circulação ou rádio
(Isenção e redução de tarifas)
emissor com raio de cobertura da área abrangida pelo itinerário.
1. Os menores com idade igual ou inferior a cinco anos
ARTIGO 97 estão isentos de pagamento da tarifa nas carreiras urbanas e
(Tomada de passageiros, bagagens e mercadorias) interurbanas e só serão aceites quando acompanhados de
familiares adultos, desde que não ocupem assentos.
1. Aos automóveis utilizados em carreiras é permitido
2. Os menores com idade compreendida entre seis a dez
atravessar, parar, embarcar e desembarcar passageiros,
anos nas carreiras interurbanas pagam meio bilhete com direito
bagagens ou mercadorias em todas as localidades abrangidas
a um assento.
pela concessão da respectiva carreira.
3. Os passageiros portadores de Bilhete de Identidade ou
2. Nas localidades onde existir uma concessão de
outro documento oficial de identificação, com idade igual ou
transporte colectivo na qual se inclua o transporte em veículo
superior a sessenta anos, são isentos do pagamento de tarifa nas
automóvel de passageiros, bagagens e mercadorias é proibido
carreiras urbanas, correspondente a cinco por cento da lotação
embarcar passageiros, bagagens ou mercadorias cujo destino
por veículo.
corresponda a área exclusiva de transporte local.
4. Nas carreiras interurbanas, as pessoas idosas referidas
ARTIGO 98 no número três do presente artigo pagam uma tarifa reduzida
em 50%, sendo o máximo de 2 passageiros por veículo.
(Horários)
5. Nas carreiras urbanas, é aplicada aos estudantes do
1. Os horários das carreiras são aprovados pelas ensino superior com idade não superior a 25 anos e aos dos
entidades licenciadoras, sob proposta dos concessionários, ensinos primário e secundário, a tarifa reduzida em 50%,
podendo aquelas determinar a conjugação de horários das mediante a apresentação do cartão de identificação aceite pela
carreiras urbanas e interurbanas servindo a mesma região. entidade transportadora.
2. As carreiras regulares e provisórias podem ter, além 6. Os passageiros com deficiência em estado de
do seu horário normal, um horário extraordinário aplicável em dependência absoluta e as respectivas bagagens são isentos de
dias de tráfego excepcional. pagamento de qualquer tarifa nas carreiras urbanas e terão
tarifa reduzida em 50% nas carreiras interurbanas.
ARTIGO 99 7. A isenção acima referida não é extensiva as
(Proibição temporária ou definitiva da circulação de veículos) mercadorias destinadas a actividade comercial.
8. Os passageiros referidos no n.o 5 do presente artigo
1. Sempre que ocorram circunstâncias anormais de
são identificados através de um cartão emitido pela entidade
trânsito, a circulação de certos tipos de veículos pode ser
competente.
condicionada ou proibida, com caráter temporário ou
ARTIGO 103
10 DE MAIO DE 2019 1037
(Uso e conservação dos bilhetes) assinatura, mediante aviso prévio, com uma antecedência de 48
1. Em todas as carreiras é obrigatório o uso de bilhetes horas.
ou passes individuais que devem ser conservados durante a 2. As carreiras urbanas devem ter lugares reservados
viagem e apresentados sempre que forem solicitados pelos para mulheres grávidas, mulheres com criança ao colo, pessoas
empregados do concessionário ou pelos agentes de fiscalização. com deficiência física e pessoas idosas.
2. Nas carreiras interprovinciais e internacionais, se o ARTIGO 108
bilhete não for utilizado na viagem para que foi adquirido pode
(Lista de passageiros)
ser revalidado para nova viagem, a realizar-se dentro de trinta
dias, contados a partir da data de emissão mediante o 1. No transporte inter-provincial de passageiros é obriga-
pagamento de uma taxa adicional a ser fixada no contrato de tório manter abordo do veículo, a lista de passageiros referida
concessão. na alínea a) do n.° 2 do artigo 13 do presente Regulamento
devidamente preenchida, contendo os nomes dos mesmos e
ARTIGO 104 contactos de seus familiares directos, que deve ser actualizada
(Venda de bilhetes) ao longo do percurso.
2. A lista de passageiros referida no número anterior
1. A venda de bilhetes efectua-se nos terminais
deve ser em triplicado, sendo uma cópia depositada no ponto de
rodoviários, escritórios do concessionário ou por via
partida, outra depositada na empresa e a original levada a
electrónica, antes da hora da partida.
bordo.
2. A cada passageiro deve ser entregue o bilhete antes do
3. A cópia da lista de passageiros depositada na empresa
termo do percurso em que tiver tomado o veículo.
deve ser mantida no arquivo por período não inferior a sessenta
ARTIGO 105 dias.
(Conteúdo de bilhetes) ARTIGO 109
1. Nos bilhetes das carreiras deve constar: (Boletim de Viagem)
a) O nome e contactos da empresa concessionária; 1. No transporte inter-provincial e internacional de
b) Data da viagem e período de validade; passageiros é obrigatório manter abordo do veículo, o boletim
c) O percurso; de viagem, devidamente preenchido e carimbado no ponto de
d) O preço; partida pela entidade referida na alínea c) do artigo 146 do
e) Número do bilhete. presente Regulamento, e levada abordo para a devida
2. Os bilhetes das carreiras interprovinciais e actualização nos postos de controlo subsequentes.
internacionais, além dos elementos referidos no número 2. O boletim de viagem levado abordo deve ser
anterior, devem conter também o nome do passageiro. carimbado nos pontos de controlo ao longo do percurso
indicando o local, a data e a hora.
ARTIGO 106 3. O modelo de boletim de viagem referido no número
(Lotação) anterior, consta do Anexo VI do presente Regulamento.
1. Nas carreiras interprovinciais e internacionais, o ARTIGO 110
passageiro tem direito a um lugar sentado devidamente
(Inscrições no veículo)
demarcado.
2. Em carreiras urbanas, na ficha de inspecção será 1. O veículo empregue em transporte público de
indicado o número de passageiros que podem viajar em pé, passageiros deve ter:
observando as condições compatíveis do veículo e segurança a) No interior, em local bem visível, a tabela de horários,
dos utentes. tarifas das carreiras e a matrícula do veículo;
3. Por cada passageiro em excesso, o operador é b) No exterior, em local bem visível:
sancionado com multa correspondente ao valor da passagem do i) Legendas referentes à lotação, escritas em letras
trajecto mais longo em que a viatura se encontra licenciada, vermelhas sobre fundo branco de uma tabela de
para o transporte inter-provincial e internacional. dimensões não inferiores a 0,80 X 0,30m;
4. No transporte urbano, as multas por excesso de ii) Um letreiro, à noite devidamente iluminado, no qual se
lotação são aplicadas ao passageiro correspondendo ao valor da indica o local de destino da carreira e, quando o
passagem do trajecto em que a viatura encontra-se licenciada e veículo efectuar o desdobramento ou um serviço de
o mesmo é obrigado a desembarcar. aluguer ou de excursão ou se deslocar para outros fins,
5. O valor da passagem correspondente ao número de o letreiro indicará respectivamente: «Desdobramento»,
passageiros em excesso reverte a favor da entidade «Aluguer», «Excursão» ou «Reservado».
licenciadora.
2. Além das indicações referidas no número anterior, a
entidade licenciadora deve aprovar as cores e dimensões das
ARTIGO 107
faixas de identificação do veículo podendo ser em letras e
(Reserva de bilhete de assinatura) números, colocadas nos veículos em local bem visível.
1. Nas carreiras interprovinciais e internacionais, devem
ARTIGO 111
ser reservados lugares para os portadores de bilhetes de
1038 I SÉRIE — NÚMERO 90
ARTIGO 114
(Classificação e validade da licença de transporte internacional)
4. Nos veículos destinados ao transporte misto de 3. São igualmente reembolsados aos proprietários, os
passageiros e mercadorias, o operador é obrigado a transportar preços dos transportes e outras quantias despendidas com o
o excesso de peso de bagagem dentro dos limites da capacidade transporte das bagagens e volumes perdidos.
do veículo. 123
5. Os operadores devem aferir o peso da bagagem no (Indemnização por avaria)
ponto de partida, local onde deve estar disponível uma balança
para o efeito. 1. Em caso de danificação da bagagem ou mercadoria o
concessionário deve pagar o valor da depreciação sofrida pelas
ARTIGO 117 mesmas.
(Bagagem de meio bilhete) 2. A indemnização referida no n.º 1 do presente artigo
deve ser correspondente ao da totalidade ou parcialidade da
As crianças que viagem com meio bilhete têm direito ao expedição no caso de perda total ou parcial da parte da
transporte gratuito de 10kg de bagagem. mercadoria depreciada pelos danos.
ARTIGO 118 CAPÍTULO VII
(Bagagem em carreiras urbanas) Tripulação e Passageiros
Nas carreiras urbanas é obrigatório o transporte gratuito de ARTIGO 124
bagagem no interior dos veículos desde que pelas suas (Condutores)
dimensões e natureza, não incomodem os restantes passageiros
e prejudique ou danifique o veículo. 1. Os automóveis de aluguer de transporte de
mercadorias e de pronto-socorro devem circular em serviço,
ARTIGO 119 conduzidos por titulares condutores de carta de condução
(Restrições de bagagem) profissional respeitante a classe do respectivo veículo.
2. Os automóveis de transporte escolar, personalizado,
1. É proibido o transporte de bagagem no interior dos colectivo e semi-colectivo de passageiros devem circular, em
veículos em que as dimensões não permitam a fácil arrumação serviço, conduzidos por titulares de carta de condução
sob os bancos ou lugar a esse fim destinado, de forma a não profissional e serviços públicos.
incomodar ou prejudicar os passageiros.
2. É absolutamente vedado o transporte de animais, ARTIGO 125
mariscos e de um modo geral, todas as mercadorias que pela (Tempo de condução)
sua natureza possam causar incómodo ou prejuízo aos
passageiros. 1. O tempo diário de condução de veículos utilizados
para o transporte público de passageiros é de oito horas, não
ARTIGO 120 devendo conduzir por um período superior a quatro horas
(Declaração da bagagem) ininterruptas, sem observar o intervalo de, pelo menos, trinta
minutos de descanso.
Sem prejuizo de outros moldes de controle é obrigatória a 2. Os veículos de transportes públicos de passageiros e
declaração de bagagem no momento de tomada ou despacho da de mercadorias que excedam no seu itinerário 500 km de
mesma. distância, devem efectuar o registo do tempo de condução com
recurso a:
ARTIGO 121
a) Boletim de viagem;
(Objectos achados) b) Tacógrafo analógico ou digital;
1. Os objectos esquecidos pelos passageiros nos veículos c) Sistema de rastreamento via satélite, que permita a
serão depositados até uma semana na sede ou agência da leitura dos dados pelos agentes de fiscalização na via
empresa, enquanto não forem localizados os passageiros pública.
proprietários. 3. Para permitir o descanso, os condutores devem
2. Os objectos não reclamados dentro do prazo de 90 estacionar os seus veículos em locais acondicionados para o
dias, após observados os trâmites legais, podem ser vendidos efeito.
em hasta pública e a receita proveniente da venda é repartida
em 90%, para o Estado e 10%, para a empresa transportadora. ARTIGO 126
(Limitação de período de circulação)
ARTIGO 122
Por razões de segurança rodoviária o Ministro que
(Indemnização por perda)
superintende a área dos transportes pode, por despacho, limitar
1. Por perda total ou parcial da bagagem ou mercadoria o período de circulação de veículos de transporte público.
pode ser reclamada ao concessionário mediante a apresentação
ARTIGO 127
da reclamação escrita com comprovativos que dará lugar ao
reembolso do preço de transporte da bagagem e do valor da (Deveres do condutor de transporte personalizado)
mercadoria perdida. São deveres do condutor:
2. A reclamação referida no número anterior só produz
a) Não abandonar os veículos na praça, paragens, locais
efeito quando se trate de bagagem ou mercadoria declarada ao
de embarque e desembarque sem motivo justificado;
concessionário no acto de embarque.
1040 I SÉRIE — NÚMERO 90
ARTIGO
b) Obedecer ao sinal de paragem que lhes seja feito por d) Promover a identificação do passageiro no momento
qualquer pessoa que deseja utilizar o veículo, sempre de seu embarque e adoptar as demais medidas
que este circule com a indicação de “LIVRE”; pertinentes; e) Proceder o carregamento e
c) Não reduzir ou suspender intencionalmente o descarregamento das bagagens dos passageiros,
andamento que o trânsito permita, nem exceder a quando tiverem que ser efectuadas em local onde não
velocidade que o alugador indicar quando esta não haja pessoal próprio para tanto;
viole as regras de trânsito, seguindo, salvo por f) Não fumar, quando em atendimento ao público;
instruções expressas daquele, pelo caminho mais g) Não ingerir bebida alcoólica em serviço e nas doze horas
curto; que antecedem o momento de assumi-lo;
d) Não se fazer acompanhar de pessoas estranhas ao h) Não tomar refeições nos veículos, durante o período
serviço que efectua; laboral;
e) Usar da maior correcção e urbanidade para com os i) Não fazer uso de qualquer substância tóxica;
passageiros e agentes de fiscalização, prestando uns j) Não se afastar do veículo quando do embarque e
aos outros todos os esclarecimentos que lhes sejam desembarque de passageiros;
solicitados; k) Indicar aos passageiros, se solicitado, os respectivos
f) Não tomar refeições dentro dos veículos; lugares;
g) Não efetuar transporte mantendo o veículo com a l) Diligenciar a obtenção de transporte para os passageiros,
indicação de “LIVRE”; no caso de interrupção de viagem;
h) Durante o serviço à hora manter o taxímetro m) Providenciar alimentação e pousada para os passageiros
desligado; nos casos de interrupção da viagem, sem possibilidade de
i) Abrir ou fechar a capota ou o tecto móvel a pedido do prosseguimento imediato;
passageiro; n) Prestar à fiscalização os esclarecimentos que lhe forem
j) Não fumar ou consumir bebidas alcoólicas durante o solicitados;
período laboral; o) Verificar antes de abandonar os veículos em que prestam
k) Não tocar o aparelho sonoro com o volume alto que serviço, se nos mesmos não se encontram objectos que
incomode os passageiros; tenham sido esquecidos pelos passageiros;
l) Verificar antes de abandonar os veículos em que p) O cobrador é obrigado a dar sinal de paragem, sempre
prestam serviço, se nos mesmos não se encontram que lhe seja pedido, e só dará sinal de partida depois de
objectos que tenham sido esquecidos pelos passageiros assegurar que as portas do veículo se encontram bem
m) Não ingerir bebidas álcoolicas em serviço, nem as fechadas;
doze horas que antecedem o momento. q) Manter abordo sacos apropriados para recolha de lixo;
r) Não coagir os passageiros a embarcar no veículo que não
ARTIGO 128 seja da sua preferência;
(Deveres da tripulação do transporte de aluguer em automóveis s) Não gritar ou buzinar para chamar ou angariar
pesados de passageiros) passageiros;
t) Não deter os veículos fora dos locais sinalizados para
1. O operador adoptará processos adequados de selecção paragens;
e aperfeiçoamento do seu pessoal, especialmente daqueles que u) Não tocar o aparelho sonoro com o volume alto que
desempenham actividades relacionadas com a segurança do incomode os passageiros.
transporte e dos que mantenham contacto com o público.
2. O pessoal da transportadora, cuja actividade se exerça ARTIGO 129
em contacto permanente com o público, deve:
(Direitos e deveres dos passageiros)
a) Apresentar-se, quando em serviço, correctamente
uniformizado, identificado e asseado; 1. São direitos e deveres do passageiro:
b) Agir com atenção e urbanidade; a) Receber da transportadora informações para a defesa do
c) Dispor, conforme a actividade que desempenhe, de interesse individual ou colectivo;
conhecimento sobre a operação da rota, de modo que b) Obter e utilizar o serviço com liberdade de escolha;
possa prestar informações sobre horários, itinerários, c) Levar ao conhecimento do órgão de fiscalização as
tempo de percurso, distância e preços de passagens. irregularidades de que tenha conhecimento, referente ao
3. Sem prejuízo do cumprimento dos demais deveres serviço da concessionária;
previstos neste Regulamento, os condutores são obrigados a: d) Zelar pela conservação dos bens e equipamentos por
a) Conduzir o veículo de modo que não prejudiquem a meio dos quais lhes são prestados os serviços;
segurança e conforto dos passageiros; e) Ser transportado com pontualidade, segurança, higiene e
b) Não movimentar o veículo sem que estejam fechadas conforto, do início ao término da viagem;
as portas e as saídas de emergências; f) Ter garantido seu assento no autocarro;
c) Auxiliar o embarque e o desembarque de passageiros, g) Ser atendido com urbanidade pelo pessoal afecto à
especialmente crianças, senhoras e pessoas idosas ou transportadora e pelos agentes do órgão de fiscalização;
com dificuldade de locomoção; h) Ser auxiliado no embarque e desembarque,
10 DE MAIO DE 2019 1041
ARTIGO
ARTIGO
3. As empresas devem comunicar à entidade licenciadora 11. Bilhete de assinatura – bilhetes previamente
a mudança da sede, no prazo de 15 dias a contar da data da sua adquiridos mediante contrato.
ocorrência. 12. Boletim de Viagem – Documento de viagem, onde
estão registadas as informações dos pontos de partida,
ARTIGO 152 intermédios e chegada, durante as viagens.
(Abandono do exercício da actividade de transporte de 13. Cabotagem - Serviço de transporte que se realiza com
passageiros e mercadorias) origem e destino dentro do território nacional.
14. Caso fortuito – Situação em que a responsabilidade
1. O abandono do exercício da actividade de transporte,
civil é afastada em razão de facto natural, inevitável e
por tempo superior a trinta dias seguidos ou noventa
imprevisível que causa dano ou outro efeito jurídico.
interpolados dentro do período de um ano implica o
cancelamento de licença sempre que, não se provar tratar-se de 15. Carreira - Ligações entre diferentes locais
caso fortuito ou de força maior. estabelecidas por transporte colectivo com itinerários, horários
e tarifas previamente aprovadas pela entidade licenciadora.
2. O titular da licença cancelada fica proibido, durante o
período de três anos, contados a partir da data do cancelamento, 16. Carreira concorrente - Aquela que é servida por
de exercer a actividade de transporte em automóveis de mais de um operador.
aluguer, por si mesmo ou por interposta pessoa. 17. Carreira eventual - Aquela que se realiza
ocasionalmente para suprir a insuficiência de carreiras
ARTIGO 153 regulares para a satisfação de necessidades momentâneas e
(Legislação aplicável)
anormais de tráfego.
18. Carreira interurbana - Aquela que estabelece
Sem prejuízo do disposto nas demais legislações e no ligações entre localidades e cidades não adjacentes, distritos ou
presente Regulamento, a actividade de transporte está sujeita, províncias.
ao estipulado na legislação comercial, na parte relativa aos 19. Carreira provisória - Aquela quase realiza
contratos de transporte. temporariamente, através de uma concessão de caráter
provisório, em percursos onde não existam carreiras regulares.
20. Carreira regular - Aquela que se realiza repetida e
periodicamente no mesmo percurso, através de uma concessão
Anexo I de caráter definitivo.
Glossário 21. Carreira urbana - Aquela que se efectua dentro dos
limites das autarquias, povoações ou entre os centros
Para efeitos do disposto no presente Regulamento, entendese populacionais e as localidades vizinhas, desde que todo
por: percurso se faça através de vias urbanas ou urbanizadas.
1. Acompanhante – é um profissional responsável por 22. Carreira expresso - Aquela realizada com um
velar pela tomada e largada de estudantes e crianças num número reduzido e predeterminada de pontos de parada, bem
veículo de transporte; espaçados ao longo do itinerário, em geral relacionados com a
2. Alvará - Documento que dá direito à exploração dos presença de um grande polo gerador de tráfego no seu redor, a
serviços de transporte de interesse ou conveniência pública ou fim de garantir uma maior velocidade do veículo.
privada, que deve ser fixado na sede da empresa. 23. Carreira interprovincial especial - Aquela que
3. Área de circunscrição – limite da extensão territorial facilita ligações apenas entre duas províncias e que resulta da
sob o qual recai determinada competência. exigência das populações por serviços mais próximos.
4. Autocarro - Veículo automóvel construído ou 24. Carreira turística - Aquela que se destina ao
adaptado para o transporte de passageiros com lotação superior transporte de turistas.
a nove lugares, incluindo o condutor. 25. Circuito turístico - Itinerário que delimita a volta que
5. Automóveis Ligeiros – veículos com peso bruto até deve ser percorrida por uma carreira turística.
3.500kg e com lotação não superior a nove lugares, incluindo o 26. Concessionário - Pessoa singular ou colectiva
condutor. licenciada para exercer a actividade de transporte público em
6. Automóveis Pesados – veículos com peso bruto regime de exclusividade.
superior a 3.500kg ou com lotação superior a nove lugares, 27. Desdobramento - Acto ou efeito de
incluindo o do condutor, e veículos tractores. desdobrar/dividir-se em duas ou mais partes.
7. Avaria de bagagem ou mercadoria – danificação 28. Documentos específicos (Requisitos) - Documentos
parcial ou total da mercadoria, entre o percurso de ponto de exigidos para permissão do exercício da actividade de
partida e o de chegada. transporte de passageiros e de mercadorias, pela
8. Avisador luminoso – Sistema de luzes que se destina regulamentação nacional ou por Ronvenções internacionais.
a emitir feixe luminoso permanente ou intermitente. 29. Entidade licenciadora competente - Autoridade com
9. Basculante – característica de caixas de veículos que direito de conceder licença de transporte público, segundo a
lhes permite baldear as mercadorias com auxílio de classificação e níveis determinados neste Regulamento.
equipamento mecânico, hidráulico ou elétrico. 30. Excursionistas - Visitantes temporários que
10. Bilhete – senha que dá direito ao trânsito em meios de permaneçam menos de 24 horas no país visitado.
transporte colectivos.
10 DE MAIO DE 2019 1045
31. Licença - Documento emitido pela entidade equipamento especial destinado à remoção de veículos
competente o qual deve acompanhar o veículo, que autoriza automóveis avariados ou acidentados.
realizar determinada actividade de transporte. 50. Transporte de aluguer sem condutor (Rent-a-car) -
32. Mercadorias - Toda a espécie de bens que sejam Aquele que consiste no aluguer do veículo automóvel de
objecto de compra ou venda transportados em veículos passageiros ou de mercadorias, sob a responsabilidade do
automóveis ou conjuntos de veículos. locatário.
33. Motociclo – É o veículo dotado de duas, três ou 51. Transporte de praça - Serviço efectuado através do
quatro rodas, com motor de propulsão com cilindrada superior veículo automóvel ligeiro de aluguer dentro do território
a 50 cm3, ou que, por construção, exceda em patamar a autárquico ou do distrito.
velocidade de 45 km/h. 52. Transporte interprovincial - Aquele que estabelece
34. Objectos de valor - Bem cujo preço de compra deve ligações entre Províncias.
ser previamente declarado ao transportador para efeitos de
indemnização em caso de perda ou dano.
35. Passe - Bilhete de trânsito geralmente emitido pela
transportadora com validade durante um determinado período.
36. Licença de transporte internacional ou “Permit” -
Autorização emitida pela entidade licenciadora que habilita o
transportador de embarcar ou desembarcar passageiros,
carregar ou descarregar mercadorias de um ponto no território
nacional para outro no estrangeiro.
37. Peso bruto – conjunto da tara e da mercadoria que o
veículo pode transportar.
38. Praça - Local de estacionamento devidamente
sinalizado destinado à veículos de aluguer.
39. Reboque – É o veícilo destinado a transitar a outro
veículo.
40. Safari - Expedição por terra com objectivo para
observação e fotografia da vida selvagem.
41. Semi-Reboque – é o veículo a transitar atrelado a um
veículo a motor, assentando a parte da frente e distribuindo o
peso sobre este.
42. Serviço de transporte ocasional - Aquele que
assegura o transporte de grupos de passageiros previamente
constituídos e com uma finalidade conjunta, organizados por
iniciativa de terceiro ou do próprio transportador.
43. Transporte personalizado (Táxi) - Transporte
remunerado efectuado por meio de táxi ao serviço de uma só
entidade, segundo itinerário da sua escolha.
44. Terminal rodoviário de passageiros – Lugar de
partida ou de chegada de veículos automóveis licenciados para
o exercício da actividade de transporte público de passageiros,
dotado de infra-estruturas adequadas.
45. Terminal rodoviário de mercadorias – É um ponto
de partida, trânsito, ou destino final de realização das operações
de mercadorias, transbordo ou desmercadorias de mercadorias.
46. Transporte colectivo - Aquele que é efectuado por
meio de veículo automóvel utilizado por lugar da respectiva
lotação ou fracção da capacidade de mercadorias do veículo,
obedecendo à itinerários e horários previamente estabelecidos,
podendo servir várias pessoas simultaneamente sem ficar
exclusivamente ao serviço de nenhuma delas.
47. Transporte de aluguer - Aquele que é efectuado
através do veículo automóvel alugado em toda a lotação ou
capacidade parcial ou total de mercadorias ou de passageiros e
posto ao serviço exclusivo de uma entidade que realiza
itinerários de sua escolha.
48. Transporte de aluguer escolar - Serviço destinado
ao transporte remunerado de alunos e estudantes dos locais de
residências para os estabelecimentos de ensino e vice-versa.
49. Transporte de aluguer pronto-socorro -Serviço de
transporte público de aluguer do veículo automóvel, com
1046 I SÉRIE — NÚMERO 90
Anexo II
República de Moçambique
..................
Ministério dos Transportes e Comunicações
Frente
ALVARÁ
N.º.....................................
Faço saber aos que este Alvará virem que, em presença do processo respeitante ao pedido formulado por ....
................................................................................................................................................................................
.....................................................................
................................................................................................................................................................................
................................ de concessão de Alvará para exercer ................................................................ ..................
................................................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................. ..............
................................................................................................................ Localizado (endereço
completo)...............................................................................................................................................................
.. ............................................................................................................................................... ............Considera
ndo
que ............................................................................................. ...........................................................................
................................................ Nos termos do .................................................................................................. ...
................................................................................................................................................................................
................................................................... Concedo ao referido ..........................................................................
............... o Alvará requerido, válido até .......... de ..................................... de ....................................................
................................................................................................................................................................................
É Proibido alterar estas condições sem prévia autorização dada nos termos legais, sob pena de caducidade
deste Alvará.
Para constar se lavrou o presente Alvará que é por mim assinado e devidamente autenticado com selo
branco em uso neste
(a)............................. .......................................................................................................................
................................................................................................................................................................................
O ....................................................... ............................
...............................
Verso
...............................................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................
1048 I SÉRIE — NÚMERO 90
Averbamentos
................................................................................................................................................................................
...
................................................................................................................................................................................
...
................................................................................................................................................................................
...
................................................................................................................................................................................
..
Observações
................................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................
Este alvará deve ser fixado no estabelecimento em lugar visível, sendo obrigatório a sua apresentação a
todos os agentes de fiscalização que assim o exigirem.
10 DE MAIO DE 2019 1049
Anexo III
República de Moçambique
___________
_______________________
Nome do
Transportador____________________________________________________________________
NUIT
__________________________________________________________________________________
Localização
_____________________________________________________________________________
N.º de Telefone/Fax______________________________________________________________
Anexo III
República de Moçambique
___________
_______________________
Nome do
Transportador____________________________________________________________________
NUIT
__________________________________________________________________________________
Localização
_____________________________________________________________________________
N.º de Telefone/Fax______________________________________________________________
ANEXO IV
Apresenta-se no quadro que se segue, as taxas de pagamento de emolumentos referentes à licenças fixadas em meticais:
Tipo de Licença
Passageiros
De igual modo, apresenta-se no quadro que se segue, as taxas de pagamento de emolumentos na emissão de permits, fixadas
para o transporte Internacional de passageiros e de mercadorias, nomeadamente:
Passageiros
Permit
N.º Lotação
Ocasional Trimestral Semestral Anual
1. Até 15 lugares 1.000,00 2.500,00 4.000,00 8.000,00
Mercadorias
• Os valores fixados na tabela correspondem ao período de validade de licença por cada veículo automóvel.
ANEXO V
República de Moçambique
_____________
Ministério dos Transportes e Comunicações
1052 I SÉRIE — NÚMERO 90
SELO DE VISTORIA
10 DE MAIO DE 2019 1053
ANEXO VI
Frente
República de Moçambique
_____________
Ministério dos Transportes e Comunicações
Frente
N.º...........................
Boletim de viagem
Tempo de Condução do Motorista
Terminal Rodoviário de _________________________
Data ____/____/____
Verso
ANEXO VII
(Multas)
a) do n.º 3 e n.º 6 Falta de bancos, afixação irregular de bancos nas dimensões previstas no 3.000,00Mt
regulamento.
alínea b) do n.º 3 Falta de escadote que permite acesso a carroçaria. 2.000,00Mt
Artigo 103, n.º 1 Falta do uso do bilhete ou passe é punível com a multa de: 7.000,00Mt
Artigo 106 A contravenção é punível com a multa correspondente ao quíntuplo do
preço do bilhete de passagem desse trajecto.
Artigo 108 A falta de lista de passageiros é punível com a multa de 5.000,00Mt onde a
penalização recai sobre a tripulação.