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CONTROLE
MÉDICO DE
MOTORISTAS
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

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LEGISLAÇÃO-PORTARIA N.º 76
21 DE NOVEMBRO DE 2008
(DOU de 25/11/08 – Seção 1 – Págs. 73 a 77)
Altera o Quadro I da Norma Regulamentadora n.º 4

 49 TRANSPORTE TERRESTRE
 49.1 Transporte ferroviário e metroferroviário
 49.11-6 Transporte ferroviário de carga 3
 49.12-4 Transporte metroferroviário de passageiros 3
 49.2 Transporte rodoviário de passageiros
 49.21-3 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região
 metropolitana 3
 49.22-1 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal,
 interestadual e internacional 3
 49.23-0 Transporte rodoviário de táxi 3
 49.24-8 Transporte escolar 3
 49.29-9 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, e outros
 transportes rodoviários não especificados anteriormente 3
 49.3 Transporte rodoviário de carga
 49.30-2 Transporte rodoviário de carga 3
 49.4 Transporte dutoviário
 49.40-0 Transporte dutoviário 3
 49.5 Trens turísticos, teleféricos e similares
 49.50-7 Trens turísticos, teleféricos e similares 3

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SISTEMA DE TRÂNSITO - BRASIL
 DECRETO LEI 237 DE 28/02/67 NO ART 7º CRIA O DETRAN
 As leis que regem são determinadas pelo CÓDIGO NACIONAL DE
TRÂNSITO (CNT), pelo REGULAMENTO DO CNT(RCNT) e, pelas
Resoluções emitidas pelo CONSELHO NACIONAL DE
 TRÂNSITO(CONTRAN).:
 ART 70- A habilitação para conduzir veículo automotor apurar-se-á através da
realização dos exames prescritos pelo CNT,requerida pelo candidato que tenha
completado 18 anos de idade à autoridade de trânsito de qualquer Unidade da
Federação,mediante a apresentação da prova de identidade expressamente re-
conhecida pela legislação federal.
 ART 72- O CNT estabelecerá os tipos, métodos, processos e modalidades a se- rem
empregados nos exames necessários à habilitação.
 ART 74- Para habilitar-se a dirigir veículos de transportes coletivos e de cargas
perigosas, o condutor deverá possuir vinte e um anos de idade.
 ART 77- O condutor condenado por acidente de trânsito...deverá ser submetido a novos
exames para que possa voltar a dirigir....

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CATEGORIAS DE VEÍCULOS
Resol 734 /89

 ART 69- “TRATA DAS CATEGORIAS DOS VEÍCULOS”


 ACC – autorização de condução de ciclomotor
 “A” -veíc. motorizados de 2 ou 3 rodas c/ ou sem side-car..
 “B”-veíc. mot. não “A” não exceda a 3.500Kg não mais que 8
lug
 “C”-veíc. mot. p/ transp. de merc. c/ peso máx. sup. 3.500Kg.
 “D”-veíc. mot.usado no transp.de passageiros mais que 8 lug..
 “E”-conjunto de veíc. acoplados , cujo caminhão-trator
esteja compreendido em qualquer das categoria B , C e D.,
para as quais o condutor esteja habilitado, mas que, pela sua
natureza, não se incluem em nenhuma dessas categorias .

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RESOLUÇÃO Nº 316, 08 DE MAIO DE 2009.
Estabelece os requisitos de segurança para
veículos de transporte coletivo de passageiros
M2 e M3 (tipos microônibus e ônibus) de
fabricação nacional e estrangeira

 2 DEFINIÇÃO DE VEÍCULOS M2 E M3:  3.3 BIARTICULADO: veículo M3 constituído


 2.1 M2: veículos para o transporte de por três (3) unidades rígidas, devidamente
passageiros dotados de mais de 8 lugares além acopladas, que permitam comunicação
do condutor, com Peso Bruto Total inferior ou entre elas. Pelo menos uma (1) unidade
igual a 5,0 toneladas; deverá estar dotada de tração. Somente
 2.2.1 M3: veículos para o transporte de será permitido veículo de piso simples.
passageiros dotados de mais de 8 lugares além  3.4 DUPLO PISO: veículo M3 simples ou
do condutor, com Peso Bruto Total superior a articulado, possuindo dois (2)
5,0 toneladas. compartimentos de passageiros, situados
em pisos sobrepostos total ou
 3 COMPOSIÇÃO: parcialmente, que comunicam-se entre si
 3.1 SIMPLES: veículo M2 ou M3 constituído por por meio de escada(s). O compartimento
uma (1) única unidade rígida, com motor do motorista pode ser ou não
 próprio e solidário e o compartimento de intercomunicável com um dos
passageiros situado em um piso único. O compartimentos de passageiros.
 compartimento do motorista pode ser ou não  3.5 COM REBOQUE: veículo M3 constituído
intercomunicável com o compartimento de por duas (2) unidades rígidas,
 passageiros. ambasbasicamente do tipo ônibus com piso
 3.2 ARTICULADO: veículo M3 constituído por único ou de duplo piso, e destinadas à
duas (2) unidades rígidas, devidamente acomodação dos passageiros e suas
acopladas, que permitam comunicação entre bagagens, interligadas por um sistema de
elas. Pelo menos uma (1) unidade deverá estar engate, sem possibilidade de livre
 dotada de tração. Pode ser de piso único ou passagem entre elas, sendo somente a
de duplo piso. primeira dotada de tração.

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RESOLUÇÃO Nº 316, 08 DE MAIO DE 2009.
Estabelece os requisitos de segurança para
veículos de transporte coletivo de passageiros
M2 e M3 (tipos microônibus e ônibus) de
fabricação nacional e estrangeira

 4 APLICAÇÃO:  5 COMPATIBILIDADE DOS TIPOS


 4.1 URBANO: veículo M2 ou M3 destinado ao DE VEÍCULOS DEFINIDOS PELO
transporte coletivo de passageiros em centros CTB e COM AS DEFINIÇÕES DE M2
urbanos, com assentos para passageiros e
provisão para passageiros em pé conforme o e M3 DO ITEM 2 DESTE ANEXO
tipode serviço.
 4.1.1 O veículo Urbano pode possuir versões
distintas para diferentes tipos de operação e
serviço oferecido.  Microônibus M 2 5t >6 m
 4.2 RODOVIÁRIO: veículo M2 ou M3 destinado  Microônibus M3 >5 t <7,7 m
ao transporte coletivo rodoviário de passageiros
exclusivamente sentados, para percursos de  Miniônibus M3 >8 t
médias e longas distâncias. <9,6 m
 4.2.1 O veículo Rodoviário pode possuir  Midiônibus M3 >10 t <11,5 m
versões distintas para diferenciar o tipo de
serviço oferecido, como por exemplo, em  Ônibus M3 >16 t <
aplicações INTERMUNICIPAIS que permitem o 14 m
transporte de passageiros em pé para  Ônibus Art. /Biart M3 >16 t >14 m
percursos de pequenas distâncias.
 4.3 ESCOLAR: veículo M2 ou M3 destinado
exclusivamente ao transporte de escolares,
com características específicas definidas pelo
Código de Trânsito brasileiro – CTB.

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CARACTERÍSTICAS DE ABSORÇÃO DE ENERGIA DA PARTE POSTERIOR
DO ENCOSTO DOS BANCOS DOS DO ENCOSTO DOS BANCOS DOS

VEÍCULOS DAS CATEGORIAS M2 E M3 NBR 6059, de out/89 .

 COMPONENTE MASSAS
 (KG)
 Elementos representativos do torso e das
nádegas 16,6
 Massas do torso –a 31,2
 Massas das nádegas -b 7,8
 Massas das coxas -c 6,8
 Massas das pernas -d 13,2
 Total 75,6

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RESOLUÇÃO Nº 300, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2008.
Estabelece procedimento administrativo para submissão do
condutor a novos exames para que possa voltar a dirigir
quando condenado por crime de trânsito, ou quando
envolvido em acidente grave, regulamentando o art. nº 160
do Código de Trânsito Brasileiro.

 Seção I
 Do condutor condenado por delito de trânsito
 Art. 3º O condutor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido e aprovado nos
 seguintes exames:
 I - de aptidão física e mental;
 II - avaliação psicológica;
 III - escrito, sobre legislação de trânsito; e
 IV - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo da categoria para a qual estiver
habilitado.
 Art. 4º O disposto no artigo 3º só poderá ser aplicado após o trânsito em julgado da sentença
condenatória.
 Art. 5º A autoridade de trânsito, após ser cientificada da decisão judicial, deverá notificar o
condutor para entregar seu documento de habilitação (Autorização/Permissão/Carteira Nacional de
Habilitação) fixando prazo não inferior a quarenta e oito horas, contadas a partir do recebimento.
 § 1º Encerrado o prazo previsto no caput deste artigo, deverá ser efetuado o bloqueio no
RENACH.
 § 2º Se o condutor for flagrado conduzindo veículo, após encerrado o prazo da entrega do
documento de habilitação, este será recolhido e encaminhado ao órgão de trânsito do registro da
habilitação.
 Art. 6º O documento de habilitação ficará apreendido e após o cumprimento da decisão
judicial e de submissão a novos exames, com a devida aprovação nos mesmos

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RESOLUÇÃO Nº 283 , DE 01 DE JULHO DE 2008
Altera a Resolução nº 267, de 15 de fevereiro de 2008, do CONTRAN, que
dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a avaliação psicológica e o
credenciamento das entidades públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e

§§ 1º e 4º e o art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB .


 O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições conferidas pelo art. 12
, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o
Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de adequação da legislação para credenciamento de médicos
e psicólogos peritos examinadores de trânsito;
 Considerando o conteúdo do Processo nº 80001.009388/2008-07; RESOLVE:
 Art. 1º Referendar a Deliberação nº 65, de 13 de junho de 2008, do Presidente do CONTRAN, publicada
no Diário Oficial da União de 16 de junho de 2008.
 Art. 2º O art. 18 da Resolução nº 267/2008, do CONTRAN, passa a vigorar com a seguinte redação:
 “Art 18. O credenciamento de médicos e psicólogos peritos examinadores de trânsito serão realizados pelos
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, observando-se os seguintes
critérios:
 I – médicos e psicólogos deverão estar regularmente inscritos nos respectivos Conselhos Regionais;
 II - o médico deve ter Título de Especialista em Medicina de Tráfego, expedido de acordo com as normas da
Associação Médica Brasileira – AMB e do Conselho Federal de Medicina - CFM ou Capacitação de acordo com
o programa aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM (Anexo XVI);
 III – o psicólogo deve ter Título de Especialista em Psicologia do Trânsito reconhecido pelo Conselho Federal
de Psicologia - CFP, ou ter concluído com aproveitamento o curso “Capacitação para Psicólogo Perito
Examinador de Trânsito” (Anexo XVII).
 § 1º Será assegurado ao médico credenciado que até a data da publicação desta Resolução tenha concluído e
sido aprovado no “Curso de Capacitação para Médico Perito Examinador Responsável pelo Exame de Aptidão
Física e Mental para Condutores de Veículos Automotores” o direito de continuar a exercer a função de
perito examinador.
 § 2º Será assegurado ao médico que até a data da publicação desta Resolução tenha
iniciado ou concluído o “Curso de Capacitação para Médico Perito Examinador Responsável pelo Exame de
Aptidão Física e Mental para Condutores de Veículos Automotores” o direito de solicitar o credenciamento até
15 de fevereiro de 2010 para exercer a função de perito examinador.

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RESOLUÇÃO Nº 267 DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008
Dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a avaliação
psicológica e o credenciamento das entidades públicas e privadas de
que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do Código de Trânsito
Brasileiro

 CAPÍTULO I
 DO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL E DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
 Art. 4º No exame de aptidão física e mental são exigidos os seguintes procedimentos
 médicos:
 I – anamnese:
 a) questionário (Anexo I);
 b) interrogatório complementar;
 II - exame físico geral, no qual o médico perito examinador deverá observar:
 a) tipo morfológico;
 b) comportamento e atitude frente ao examinador, humor, aparência, fala, contactuação e
 compreensão, perturbações da percepção e atenção, orientação, memória e concentração,
 controle de impulsos e indícios do uso de substâncias psicoativas;
 c) estado geral, fácies, trofismo, nutrição, hidratação, coloração da pele e mucosas, deformidades
 e cicatrizes, visando à detecção de enfermidades que possam constituir risco para a direção
 veicular;
 III - exames específicos:
 a) avaliação oftalmológica (Anexo II);
 b) avaliação otorrinolaringológica (Anexos III e IV);
 c) avaliação cardiorrespiratória (Anexos V, VI e VII);
 d) avaliação neurológica (Anexos VIII e IX);
 e) avaliação do aparelho locomotor, onde serão exploradas a integridade e funcionalidade de cada
 membro e coluna vertebral, buscando-se constatar a existência de malformações, agenesias ou
 amputações, assim como o grau de amplitude articular dos movimentos;
 f) avaliação dos distúrbios do sono, exigida quando da renovação, adição e mudança para as
 categorias C, D e E (Anexos X, XI e XII);

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RESOLUÇÃO Nº 267 DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008
Dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a avaliação
psicológica e o credenciamento das entidades públicas e privadas de
que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do Código de Trânsito
Brasileiro

 exames complementares ou especializados,  .


solicitados a critério médico.  Art. 6º Na avaliação psicológica serão utilizados
 §1º O exame de aptidão física e mental do as seguintes técnicas einstrumentos:
candidato portador de deficiência física
será realizado por Junta Médica Especial  I - entrevistas diretas e individuais (Anexo XIV);
designada pelo Diretor do órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal.  II - testes psicológicos, que deverão estar de
 § 2º As Juntas Médicas Especiais ao acordo com resoluções vigentes do
examinarem os candidatos portadores de Conselho Federal de Psicologia - CFP, que
deficiência física seguirão o determinado na definam e regulamentem o uso de testes
NBR 14970 da ABNT. psicológicos;
 Art. 5º Na avaliação psicológica deverão ser
aferidos, por métodos e técnicas Psicológicas ,  III - dinâmicas de grupo;
os seguintes processos psíquicos (Anexo XIII):
 I - tomada de informação;  IV - escuta e intervenções verbais. atender as
diretrizes do Manual de Elaboração de
 II - processamento de informação; Documentos Escritos instituído pelo CFP
 III - tomada de decisão;  Art. 7º A avaliação psicológica do candidato
portador de deficiência física deverá considerar
 IV - comportamento; suas condições físicas.
 V – auto-avaliação do
comportamento;
 VI - traços de personalidade

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CAPÍTULO II
DO RESULTADO DOS EXAMES
 Art. 8º No exame de aptidão física e mental o candidato será
considerado pelo médico perito examinador de trânsito como:
 I - apto – quando não houver contra-indicação para a condução
de veículo automotor na categoria pretendida;
 II - apto com restrições – quando houver necessidade de
registro na CNH de qualquer restrição referente ao condutor ou
adaptação veicular;
 III - inapto temporário – quando o motivo da reprovação para a
condução de veículo automotor na categoria pretendida for
passível de tratamento ou correção;
 IV - inapto – quando o motivo da reprovação para a condução
de veículo automotor na categoria pretendida for irreversível,
não havendo possibilidade de tratamento ou correção.
 § 1º No resultado apto com restrições constarão da CNH as
observações codificadas no Anexo XV.

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CAPÍTULO II
DO RESULTADO DOS EXAMES
 Art. 9º Na avaliação psicológica o candidato será
considerado pelo psicólogo perito examinador de
trânsito como:

 I - apto - quando apresentar desempenho condizente


para a condução de veículo automotor;

 II - inapto temporário - quando não apresentar


desempenho condizente para a condução de veículo
automotor, porém passível de adequação;

 III - inapto - quando não apresentar desempenho


condizente para a condução de veículo automotor
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CAPÍTULO II
DO RESULTADO DOS EXAMES
 § 1º O resultado inapto temporário constará na
planilha RENACH e consignará prazo de inaptidão,
findo o qual, deverá o candidato ser submetido a
uma nova avaliação psicológica.
 § 2º Quando apresentar distúrbios ou comprome-
timentos psicológicos que estejam temporariamente
sob controle, o candidato será considerado apto,
com diminuição do prazo de validade da avaliação,
que constará na planilha RENACH.
 § 3º O resultado da avaliação psicológica deverá ser
disponibilizado pelo psicólogo no prazo de dois dias
úteis.

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CAPÍTULO II
DO RESULTADO DOS EXAMES

 Art. 10. A realização e o resultado do exame de aptidão física e mental e da


avaliação psicológica são, respectivamente, de exclusiva
responsabilidade do médico perito examinador de trânsito e do psicólogo
perito examinador de trânsito.

 § 1º Todos os documentos utilizados no exame de aptidão física e


mental e na avaliação psicológica deverão ser arquivados conforme
determinação dos Conselhos Federais de Medicina e Psicologia.

 § 2º Na hipótese de inaptidão temporária ou inaptidão, o perito


examinador de trânsito deverá comunicar este resultado aos Setores
Médicos e Psicológicos dos órgãos ou entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, ou às circunscrições de
trânsito dos locais de credenciamento, para imediato bloqueio do
cadastro nacional, competindo a esses órgãos o devido desbloqueio
no vencimento do prazo.

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CAPITULO III
DA INSTAURAÇÃO DE JUNTA MÉDICA E PSICÓLOGICA E DO RECURSO DIRIGIDO
AO CETRAN/CONTRANDIFE

 Art. 11. O candidato considerado inapto, inapto temporário ou apto com restrições no
exame de aptidão física e mental e/ou considerado inapto ou inapto temporário na avaliação
psicológica, poderá requerer, no prazo de trinta dias, contados a partir do conhecimento do
resultado destes, a instauração de Junta Médica e/ou Psicológica aos órgãos ou entidades
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para reavaliação do resultado.
 § 1º A Junta Médica deverá ser constituída por, no mínimo, três médicos peritos
examinadores de trânsito nomeados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal.
 § 2º A Junta Psicológica deverá ser constituída por, no mínimo, três psicólogos
peritos examinadores de trânsito nomeados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal.
 Art. 12. Mantido o laudo de inaptidão, inaptidão temporária ou apto com restrições
pela Junta Médica ou Psicológica caberá, no prazo de trinta dias, contados a partir do
conhecimento do resultado da reavaliação, recurso ao Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN
ou ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE.
 Art. 13. O requerimento de instauração de Junta Médica ou Psicológica e o recurso
dirigido ao CETRAN ou CONTRANDIFE deverão ser apresentados no órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado onde reside ou está domiciliado o interessado.
 § 1º O órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
deverá, no prazo de quinze dias úteis, contados do recebimento do requerimento, designar Junta
Médica ou Psicológica.
 § 2º Em se tratando de recurso, o prazo para remessa dos documentos ao CETRAN

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QUESTIONÁRIO
1) Você toma algum remédio, faz algum tratamento de saúde?
SIM ( ) NÃO ( )
2) Você tem alguma deficiência física?
SIM ( ) NÃO ( )
3) Você já sofreu de tonturas, desmaios, convulsões ou vertigens?
SIM ( ) NÃO ( )
4) Você já necessitou de tratamento psiquiátrico?
SIM ( ) NÃO ( )
5) Você tem diabetes, epilepsia, doença cardíaca, neurológica, pulmonar ou outras?
SIM ( ) NÃO ( )
6) Você já foi operado?
SIM ( ) NÃO ( )
7)Você faz uso de drogas ilícitas ?
SIM ( ) NÃO ( )
8)Você faz uso não moderado de álcool?
SIM ( ) NÃO ( )
9) Você já sofreu acidente de trânsito?
SIM ( ) NÃO ( )
10) Você exerce atividade remunerada como condutor?
SIM ( ) NÃO ( )
Obs.: Constitui crime previsto no art. 299, do Código Penal Brasileiro, prestar declaração falsa
com o fim de criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Pena:
reclusão de um a três anos e multa.
______________________________
Local e data
________________________________________
Assinatura do candidato sob pena de
responsabilidade
Observações Médicas:
________________________________________
Assinatura do médico perito responsável
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ANEXO II
AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA
 1. Teste de acuidade visual e campo visual:
 1.1. Exigências para candidatos à direção de veículos das categorias C, D
e E:
 1.1.1. acuidade visual central igual ou superior a 20/30 (equivalente a 0,66)
em cada um dos olhos
 ou igual ou superior a 20/30 (equivalente a 0,66) em um olho e igual ou
superior a 20/40 (equivalente a 0,50) no outro, com visão binocular mínima
de 20/25 (equivalente a 0,80);
 1.1.2. visão periférica na isóptera horizontal igual ou superior a 120º em
cada um dos olhos.
 1.2. Exigências para candidatos à ACC e à direção de veículos das
categorias A e B:
 1.2.1. acuidade visual central igual ou superior a 20/40 (equivalente a 0,50)
em cada um dos olhos ou igual ou superior a 20/30 (equivalente a 0,66) em
um dos olhos, com pelo menos percepção luminosa (PL) no outro;
 1.2.2. visão periférica na isóptera horizontal igual ou superior a 60º em
cada um dos olhos ou igual ou superior a 120º em um olho.

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ANEXO II
AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA
 1.3. Candidatos sem percepção luminosa (SPL) em um dos olhos
poderão ser aprovados na ACC e nas categorias A e B, desde que
observados os seguintes parâmetros e ressalvas:
 1.3.1. acuidade visual central igual ou superior a 20/30 (equivalente
a 0,66);
 1.3.2. visão periférica na isóptera horizontal igual ou superior a
120º;
 1.3.3. decorridos, no mínimo, noventa dias da perda da visão,
deverá o laudo médico indicar o uso de capacete de segurança
com viseira protetora, sem limitação de campo visual.
 1.4. Os valores de acuidade visual exigidos poderão ser obtidos
sem ou com correção óptica, devendo, neste último caso, constar
da CNH a observação “obrigatório o uso de lentes corretoras”.
 As lentes intra-oculares não estão enquadradas nesta
obrigatoriedade.

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ANEXO II
AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA
 2. Motilidade ocular, tropia:
 2.1. Portadores de estrabismo poderão ser aprovados somente na
ACC e nas categorias A e B,
 segundo os seguintes parâmetros:
 2.1.1. acuidade visual central igual ou superior a 20/30 (equivalente
a 0,66) no melhor olho;
 2.1.2. visão periférica na isóptera horizontal igual ou superior a
120º em pelo menos um dos olhos.
 3. Teste de visão cromática:
 3.1. Candidatos à direção de veículos devem ser capazes de
identificar as cores verde, amarela e vermelha.
 4. Teste de limiar de visão noturna e reação ao ofuscamento:
 4.1. O candidato deverá possuir visão em baixa luminosidade e
recuperação após ofuscamento direto.

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ANEXO III
AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA
 1. Da avaliação auditiva:
 1.1. a acuidade auditiva será avaliada submetendo-se o candidato a prova
da voz coloquial, em ambas as orelhas simultaneamente, sem auxílio da
leitura labial, em local silencioso, a uma distância de dois metros do
examinador (Anexo IV);

 1.2. no caso de reprovação neste exame, o examinador solicitará ao


candidato a realização de audiometria tonal aérea;

 1.3. a audiometria deverá ser realizada por médico ou fonoaudiólogo,


conforme estabelecido nas Resoluções dos Conselhos Federais de
Medicina e Fonoaudiologia, respectivamente;

 1.4. os candidatos com média aritmética em decibéis (dB) nas freqüências


de 500, 1000 e 2000 Hz da via aérea (Davis & Silverman – 1970) na orelha
melhor que apresentarem perda da acuidadeauditiva inferior a 40 dB serão
considerados aptos para a condução de veículo em qualquer categoria;

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ANEXO III
AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA
 1.5. os candidatos que apresentarem perda da acuidade
auditiva igual ou superior a 40 dB na orelha melhor, serão
considerados inaptos temporariamente, devendo ser
encaminhados a avaliação complementar específica;

 1.6. os candidatos que após tratamento e/ou indicação do


uso de prótese auditiva alcançarem na média aritmética nas
freqüências de 500, 1000 e 2000 Hz na via aérea da orelha
melhor perda da acuidade auditiva inferior a 40 dB, serão
considerados aptos para a condução de veículo em
qualquer categoria. Esta média deverá ser comprovada
através de uma audiometria tonal aérea após tratamento ou
audiometria em campo livre com uso de prótese auditiva no
caso de sua indicação. Neste caso, deverá constar a
observação médica: “Obrigatório uso de prótese auditiva”;

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ANEXO III
AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA
 1.7. os candidatos que após tratamento e/ou indicação de prótese
auditiva apresentarem perda da acuidade auditiva na média
aritmética nas freqüências de 500, 1000 e 2000 Hz na via aérea na
orelha melhor igual ou superior a 40 dB somente poderão dirigir
veículos automotores enquadrados na ACC e nas categorias A e
B, com exame otoneurológico normal. Os veículos automotores
dirigidos por estes candidatos não passíveis de correção, deverão
estar equipados com espelhos retrovisores nas laterais.

 2. Da avaliação otoneurológica:

 2.1. Caso o candidato responda positivamente à pergunta 03 do


questionário do Anexo I, afirmando ser portador de tonturas e/ou
vertigens, o examinador deverá solicitar um exame otoneurológico
para avaliação da condição de segurança para direção veicular.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 28


ANEXO IV
PROCEDIMENTOS PARA A PROVA DA VOZ COLOQUIAL

 1. A prova deverá realizar-se em local silencioso, onde não haja


interferência de ruído de tráfego e que tenha pouca reverberação, com o
examinador situado a uma distância de dois metros do candidato, em
ambas as orelhas simultaneamente.

 2. O examinador deverá assegurar-se de que, durante esta prova, as


palavras sejam pronunciadas com calma e volume constante.

 3. O examinador não deverá inspirar profundamente antes de pronunicar


cada palavra, pois, do contrário, correrá o risco de que cada início de
emissão seja muito forte.

 4. As melhores palavras para esta prova são as dissílabas, tais como casa,
dama, tronco.

 5. O examinador deverá assegurar-se de que o candidato não veja os seus


lábios, pois neste caso,os resultados poderão ser afetados pela sua
capacidade de leitura labial

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 29


ANEXO V
AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA

 1. Deverá ser avaliada a pressão arterial e realizadas


auscultas cardíaca e pulmonar:
 1.1. a pressão arterial deverá ser aferida nas condições
preconizadas nas diretrizes estabelecidas pelas Sociedades
Brasileiras de Hipertensão, Cardiologia e Nefrologia, e o seu
valor registrado, obrigatoriamente, no formulário RENACH;
 1.2. será considerado apto na ACC e nas categorias A, B, C,
D e E, o candidato que apresentar valor da pressão arterial
sistólica inferior a 160 mmHg e diastólica inferior a 100
mmHg;
 1.3. será considerado apto na ACC e nas categorias A, B, C,
D e E, “com diminuição do prazo de validade do exame a
critério médico”, o candidato que apresentar valor da
pressão arterial sistólica igual ou superior a 160 mmHg e
inferior a 180 mmHg e/ou diastólica igual ou superior a
100mmHg e inferior a 110 mmHg;
Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 30
ANEXO V
AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
 1.4. será considerado inapto temporariamente o candidato que
apresentar valor da pressão arterial sistólica igual ou superior a
180 mmHg e/ou diastólica igual ou superior a 110 mmHg;
 1.5. o examinador poderá valer-se de relatórios comprovadamente
emitidos por médico assistente, dos quais constem o registro da
medição de pressões arteriais aferidas em outras ocasiões (Anexo
VI);
 2. O candidato portador de doença cardiovascular capaz de causar
perda de consciência ou insuficiência cardíaca congestiva, deverá
ser avaliado observando-se o Consenso estabelecido pela
Associação Brasileira de Medicina de Tráfego – ABRAMET (Anexo
VII). A diretriz médica pertinente passará a ser utilizada quando da
sua elaboração.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 31


ANEXO VI
RELATÓRIO MÉDICO

 Sr (a) _______________________________________________________
 RG _________________________ RENACH:______________________
 ____________________________________________________________
 Local e data
 Por ocasião do exame de saúde para habilitação foi constatado que sua pressão arterial
 estava em ______X_______mmHg.
 Solicitamos que o Senhor consulte o médico da sua preferência para realizar o tratamento
 adequado e que a sua pressão arterial seja verificada novamente em dois ou mais dias na
próxima semana. Quando alcançados os níveis preconizados pelo seu médico, retorne trazendo
este formulário. O objetivo destes cuidados será sempre a sua segurança e a dos demais
usuários do trânsito.
 _____________________________________
 Assinatura do Médico Perito Examinador
 Este formulário poderá ser utilizado para anotar a leitura da sua pressão arterial, realizada
 pelo médico clínico ou cardiologista que lhe assiste:
 Data Medida da PA Médico/ Carimbo
 Telefone
 Observações:
 ________________________________________
 Assinatura do Médico Assistente

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 32


 Este formulário poderá ser utilizado para anotar a leitura da sua pressão arterial,
realizada


pelo médico clínico ou cardiologista que lhe assiste :
 Data Medida da PA Médico/ Carimbo Telefone

 Observações:
 ________________________________________
 Assinatura do Médico Assistente

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 33


ANEXO VII
AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA
Condutores da ACC e das categorias A e B Condutores das
categorias C, D e E

 Angina Pectoris
 Apto com sintomas controlados. Diminuição do prazo de validade do
exame a critério médico.
 Aprovação condicionada a relatório cardiológico favorável.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.
 Infarto do miocárdio
 Apto com recuperação clínica após oito semanas.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.
 Aprovação com recuperação clínica após doze semanas, condicionada
a relatório cardiológico favorável.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 34


ANEXO VII
AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA
Condutores da ACC e das categorias A e B Condutores das
categorias C, D e E

 Revascularização Miocárdica
 Apto quando clinicamente recuperado após doze semanas.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.
 Aprovação com recuperação clínica após doze semanas, condicionada
a relatório cardiológico favorável.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.
 Angioplastia Sem infarto agudo do miocárdio:
 Apto quando clinicamente recuperado após duas semanas.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 35


ANEXO VII
AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA
Condutores da ACC e das categorias A e B Condutores das
categorias C, D e E

 Marcapasso
 Após duas semanas da implantação: Apto com exame
cardiológico normal.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.

 Após seis semanas da implantação: Aprovação condicionada a


relatório cardiológico favorável e avaliação da etiologia.
 Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.

 Arritmias Com repercussão funcional;


 Bloqueio AV de 2º e 3º grau;Bradicardia acentuada,
Taquiarritmias:
 inapto temporariamente.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 36


ANEXO VII
AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA
Condutores da ACC e das categorias A e B Condutores das
categorias C, D e E

Hipertensão Arterial
- pressão arterial sistólica inferior a 160 mmHg e diastólica inferior a 100
mmHg: apto.

- pressão arterial sistólica entre 160 e 179 mmHg e/ou diastólica entre 100
e 109 mmHg:
apto com diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.

-pressão arterial sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastólica


igual ou superior a 110 mmHg:
- inapto temporário.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 37


ANEXO VII
AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA
Condutores da ACC e das categorias A e B Condutores das
categorias C, D e E

Insuficiência cardíaca congestiva


inapto temporariamente.

Valvulopatias
Com repercussão hemodinâmica: inapto.
Sem repercussão hemodinâmica: apto.
Diminuição do prazo de validade do exame a critério médico.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 38


ANEXO VIII
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
1. Deverão ser avaliadas a mobilidade ativa, passiva e reflexa, a coordenação motora, a força
muscular, a sensibilidade profunda, a fala e as percepções.
1.1. Da avaliação das mobilidades ativa, passiva e reflexa:
1.1.1. mobilidade ativa: o candidato deverá realizar movimentos do pescoço, braços, antebraços,
pernas e coxa; fechar e abrir as mãos, fletir e estender os antebraços, agachar-se e levantar-se sem
apoio;
1.1.2. mobilidade passiva: o examinador pesquisará os movimentos passivos dos diversos segmentos
corporais do candidato, avaliando a resistência muscular;
1.1.3. mobilidade reflexa: pesquisa dos reflexos miotáticos.
1.2. A coordenação será avaliada através do equilíbrio estático e dinâmico.
1.3. A força muscular será avaliada por provas de oposição de força e pela dinamometria
manual:
1.3.1. na dinamometria para candidatos à ACC e à direção de veículos das categorias A e B
será exigida força igual ou superior a 20Kgf em cada uma das mãos, e para candidatos à direção de
veículos das categorias C, D e E, força igual ou superior a 30 Kgf em cada uma das mãos;
1.3.2. para o portador de deficiência física os valores exigidos na dinamometria ficarão a critério da
Junta Médica Especial.
1.4. Da sensibilidade superficial e profunda:
1.4.1. deverá ser avaliada através da sensibilidade cinético-postural e sensibilidade vibratória.
1.5. Da linguagem, das percepções:
1.5.1. avaliação de distúrbios da linguagem: disartria e afasia;
1.5.2. avaliação da capacidade de percepção Ricardo M MartinsSOGAMT
visual de formas, 2009
espaços e objetos. 39
epilepsia
 2. A avaliação do candidato portador de epilepsia deverá seguir os
seguintes critérios:
 2.1. O candidato que no momento do exame de aptidão física e
mental, através da anamnese ou resposta ao questionário,
declarar ser portador de epilepsia ou fazer uso de medicamento
antiepiléptico, deverá ter como primeiro resultado “necessita de
exames complementares ou especializados” e trazer informações
do seu médico assistente através de questionário padronizado
(Anexo IX);
 2.2. O questionário deverá ser preenchido por médico assistente
que acompanhe o candidato há, no mínimo, um ano;
 2.3. Para efeito de avaliação consideram-se dois grupos:
 2.3.1. grupo I - candidato em uso de medicação antiepiléptica;
 2.3.2. grupo II - candidato em esquema de retirada de medicação.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 40


epilepsia
 2.4. Para a aprovação de candidato em
uso de medicação antiepiléptica (grupo I),
este deverá apresentar as seguintes
condições:
 2.4.1. um ano sem crise epiléptica;
 2.4.2. parecer favorável do médico
assistente;
 2.4.3. plena aderência ao tratamento

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 41


epilepsia
 2.5. Para a aprovação de candidato em esquema de retirada
de medicação (grupo II), este deverá apresentar às
seguintes condições:
 2.5.1. não ser portador de epilepsia mioclônica juvenil;
 2.5.2. estar, no mínimo, há dois anos sem crise epiléptica;
 2.5.3. retirada de medicação com duração mínima de seis
meses;
 2.5.4. estar, no mínimo, há seis meses sem ocorrência de
crises epilépticas após a retirada da medicação;
 2.5.5. parecer favorável do médico assistente.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 42


epilepsia
 2.7. Quando considerados aptos no exame pericial, os seguintes
critérios deverão ser observados:
 2.7.1. aptos somente para a direção de veículos da categoria
"B";
 2.7.2. diminuição do prazo de validade do exame, a critério
médico, na primeira habilitação;
 2.7.3. repetição dos procedimentos nos exames de renovação
da CNH;
 2.7.4. diminuição do prazo de validade do exame, a critério
médico, na primeira renovação e prazo normal nas seguintes
para os candidatos que se enquadrem no grupo I;
 2.7.5. prazo de validade normal a partir da primeira renovação
para os candidatos que se enquadrem no grupo II.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 43


ANEXO IX RELATÓRIO DO MÉDICO ASSISTENTE
Identificação do paciente:
Nome:.........................................................................................RG........................................
Endereço residencial:
Rua.........................................................nº...........Apto..............Bairro....................................
CEP..................................Cidade..........................................e-mail:........................................
1- Crise Epiléptica:
a) Tipo de crise.........................................................................................................................
b)Número estimado de crises nos últimos
06 meses......................................
12 meses......................................
18 meses......................................
24 meses......................................
c) Grau de confiança nas informações prestadas (na avaliação do perito):
Alto ( ) Médio ( ) Baixo ( )
d) Ocorrência das crises exclusivamente no sono?
Sim ( ) Não ( )
e) Fatores precipitantes conhecidos: Sim ( ) Não ( )
Quais?.....................................................................................................................................
2- Síndrome Epiléptica:
a) Tipo....................................................................................................................................
b) Resultado do último E.E.G:................................................................................................
c) Resultado dos exames de imagem / data do último exame
T.C:. .......................................................................................................................................
R.M:. ......................................................................................................................................
3- Em relação ao tratamento:
a) Medicação em uso (tipo/dose)............................................................................................
................................................................................................................................................
b)Duração do uso ...........................................(Tempo de Uso)..............................................
c) Retirada da medicação atual em andamento? Sim ( ) Não ( )
Previsão do início.....................................Previsão do término...............................................
4- Parecer do médico assistente:
a) Nome .................................................................................................................................
b) Especialidade .....................................................................................................................
c) Tempo de tratamento com o médico atual .........................................................................
d) Aderência ao tratamento: Alta ( ) Média ( ) Baixa ( ) Duvidosa ( )
e) Parecer favorável à liberação para direção de veículos automotores:
1- Durante o uso de antiepilépticos: Sim ( ) Não ( )
2- Após o término / retirada de antiepilépticos: Sim ( ) Não ( )
Data ......./......./...........
Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 44
_______________________________________
Assinatura do médico responsável/ CARIMBO
Ciente (Paciente):__________________________________________
ANEXO X
AVALIAÇÃO DOS DISTÚRBIOS DE SONO
1. Da avaliação dos distúrbios de sono (CID 10 – G47):
1.1. Os condutores de veículos automotores quando da renovação, adição e mudança para as
categorias C, D e E deverão ser avaliados quanto à Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono
(SAOS) de acordo com os seguintes parâmetros:
1.1.1. parâmetros objetivos: hipertensão arterial sistêmica, índice de massa corpórea, perímetro
cervical, classificação de Malampatti modificado;
1.1.2. parâmetros subjetivos: sonolência excessiva medida por meio da Escala de Sonolência de
Epworth (Anexo XI ).
1.2. Serão considerados indícios de distúrbios de sono, de acordo com os parâmetros acima, os
seguintes resultados:
1.2.1. Hipertensão Arterial Sistêmica: pressão sistólica > 130mmHg e diastólica > 85mmHg;
1.2.2. Índice de Massa Corpórea (IMC): > 30kg/m2;
1.2.3. Perímetro Cervical (medido na altura da cartilagem cricóide): homens >45cm e mulheres
>38cm;
1.2.4. Classificação de Malampatti modificado: classe 3 ou 4 (Anexo XII);
1.2.5. Escala de Sonolência Epworth: > 12.
1.3 O candidato que apresentar escore na escala de sonolência de Epworth maior ou igual a 12 (>
12) e/ou que apresentar dois ou mais indícios objetivos de distúrbios de sono, a critério médico,
poderá ser aprovado temporariamente ou ser encaminhado para avaliação médica específica e
realização de polissonografia (PSG).

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 45


ANEXO XI
ESCALA DE SONOLÊNCIA DE EPWORTH
Nome:________________________________________________________________
_________
Qual é a probabilidade de você “cochilar” ou adormecer nas situações que serão apresentadas a
seguir, em contraste com estar sentindo-se simplesmente cansado? Isso diz respeito ao seu modo
de vida comum, nos tempos atuais. Ainda que você não tenha feito, ou passado por nenhuma
dessas situações, tente calcular como poderiam tê-lo afetado.
Utilize a escala apresentada a seguir para escolher o número mais apropriado para cada situação:
0 = nenhuma chance de cochilar
1 = pequena chance de cochilar
2 = moderada chance de cochilar
3 = alta chance de cochilar
SITUAÇÃO: CHANCE DE COCHILAR
Sentado(a) e lendo ____________
Assistindo TV ____________
Sentado(a) em lugar público (ex.: sala de espera) ____________
Como passageiro(a) de trem, carro ou
ônibus, andando uma hora sem parar ____________
Deitando-se para descansar à tarde,
quando as circunstâncias permitem ____________
Sentado(a) e conversando com alguém ____________
Sentado(a) calmamente após o almoço sem álcool ____________
Se você tiver carro, enquanto pára por alguns minutos
em virtude de trânsito intenso ____________
TOTAL:
___________ Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 46
ANEXO XII
ÍNDICE DE MALLAMPATI

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 47


ANEXO XIII
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
O candidato deverá ser capaz de apresentar:
1. Tomada de informação
1. 1. Atenção: manutenção da visão consciente dos estímulos ou situações.
1.1.1. atenção difusa ou vigilância: esforço voluntário para varrer o campo visual na
sua frente à procura de algum indício de perigo ou de orientação;
1.1.2. atenção concentrada seletiva: fixação da atenção sobre determinados pontos
de importância para a direção, identificando-os dentro do campo geral do meio ambiente;
1.1.3. atenção distribuída: capacidade de atenção a vários estímulos ao mesmo
tempo.
1.2. Detecção: capacidade de perceber e interpretar os estímulos fracos de
intensidade ou após ofuscamento.
1.3. Discriminação: capacidade de perceber e interpretar dois ou mais estímulos
semelhantes.
1.4. Identificação: capacidade de perceber e identificar sinais e situações específicas
de trânsito.
2. Processamento de informação
2.1. Orientação espacial e avaliação de distância: capacidade de situar-se no tempo,
no espaço ou situação reconhecendo e avaliando os diferentes espaços e velocidades.
2.2. Conhecimento cognitivo: capacidade de aprender, memorizar e respeitar as leis
e as regras de circulação e de segurança no trânsito.
2.3. Identificação significativa: identificar sinais e situações de trânsito.
2.4. Inteligência: capacidade de verificar, prever, analisar e resolver problemas de
forma segura nas diversas situações da circulação.
2.5. Memória: capacidade de registrar, reter, evocar e reconhecer estímulos de curta
duração (memória em curto prazo); experiências passadas2009
Ricardo M MartinsSOGAMT e conhecimentos das leis e regras de48
circulação e de segurança (memória em longo prazo) e a combinação de ambas na memória
operacional do momento.
2.6. Julgamento ou juízo crítico: escala de valores para perceber, avaliar a
realidade, chegando a julgamentos que levem a comportamentos de segurança individual e
coletiva no trânsito.
3. Tomada de decisão
3.1. Capacidade para escolher dentre as várias possibilidades que são oferecidas no
ambiente de trânsito, o comportamento seguro para a situação que se apresenta.
4. Comportamento
4.1. Comportamentos adequados às situações que deverão incluir tempo de reação
simples e complexo, coordenação viso e audio-motora, coordenação em quadros motores
complexos, aprendizagem e memória motora.
4.2. Capacidade para perceber quando suas ações no trânsito correspondem ou não
ao que pretendia fazer.
5. Traços de Personalidade
5.1. Equilíbrio entre os diversos aspectos emocionais da personalidade.
5.2. Socialização: valores, crenças, opiniões, atitudes, hábitos e afetos que
considerem o ambiente de trânsito como espaço público de convívio social que requer cooperação
e solidariedade com os diferentes protagonistas da circulação.
5.3. Ausência de traços psicopatológicos não controlados que podem gerar, com
grande probabilidade, comportamentos prejudiciais à segurança de trânsito para si e outros

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 49


ANEXO XIV
ROTEIRO DE ENTREVISTA PSICOLÓGICA

1. Na entrevista deverão ser observados e registrados os seguintes dados:


1.1. identificação pessoal;
1.2. motivo da avaliação psicológica;
1.3. histórico escolar e profissional;
1.4. histórico familiar;
1.5. indicadores de saúde/doença;
1.6. aspectos da conduta social;
1.7. envolvimento em infrações e acidentes de trânsito;
1.8. opiniões sobre cidadania e trânsito;
1.9. sugestões para redução de acidentes de trânsito.
2. Os dados obtidos por meio dos itens 1.7, 1.8 e 1.9 deverão ser registrados e
encaminhados mensalmente ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal que,anualmente, os remeterá ao DENATRAN para fins de pesquisa e ações
para melhoria do trânsito

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 50


RESTRIÇÕES CÓDIGO NA CNH

obrigatório o uso de lentes corretivas A


obrigatório o uso de prótese auditiva B
obrigatório o uso de acelerador à esquerda C
obrigatório o uso de veículo com transmissão automática D
obrigatório o uso de empunhadura/manopla/pômo no volante E
obrigatório o uso de veículo com direção hidráulica F
obrigatório o uso de veículo com embreagem manual ou com automação de
embreagem ou com transmissão automática G
obrigatório o uso de acelerador e freio manual H
obrigatório o uso de adaptação dos comandos de painel ao volante I
obrigatório o uso de adaptação dos comandos de painel para os membros
inferiores e/ou outras partes do corpo J
obrigatório o uso de veículo com prolongamento da alavanca de câmbio
e/ou almofadas (fixas ) de compensação de altura e/ou profundidade K
obrigatório o uso de veículo com prolongadores dos pedais e elevação do
assoalho e/ou almofadas fixas de compensação de altura e/ou profundidade L
obrigatório o uso de motocicleta com pedal de câmbio adaptado M
obrigatório o uso de motocicleta com pedal do freio traseiro adaptado N
obrigatório o uso de motocicleta com manopla do freio dianteiro adaptada O
obrigatório o uso de motocicleta com manopla de embreagem adaptada P
obrigatório o uso de motocicleta com carro lateral ou triciclo Q
obrigatório o uso de motoneta com carro lateral ou triciclo R
obrigatório o uso de motocicleta com automação de troca de marchas S
vedado dirigir em rodovias e vias de trânsito rápido T
vedado dirigir após o pôr-do-sol U
obrigatório o uso de capacete de segurança com viseira protetora sem
limitação de campo visual V
Aposentado por invalidez W Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 51
Outras restrições X
Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 52
Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 53
Cont. Resol 734/89
 ART 57- Os exames de sanidade física e mental a que estão sujeitos os condu-tores de
veículos automotores,deverão ser renovados ao término dos seguintes períodos
máximos :
 I - de 5 em 5 anos até completar 60 anos de idade.
 II - de 3 em 3 anos a partir dos 60 anos completados.
 § 1º - Devidamente justificado, o Serviço Médico.. poderá fixar prazo menor para a
validade do exame de sanidade ...
 § 2º - A renovação dos exames referidos neste artigo só poderá ser realizada na repartição de
trânsito em que o condutor estiver habilitado ou registrado.

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 54


AVALIAÇÃO OCUPACIONAL/NORTRAN

AVALIAÇÃO RH/PSICOLOGIA ADM


ANAMNESE OCUPACIONAL ADM
ANAMNESE CLÍNICA ADM/PER/DEM
EXAME FÍSICO (IMC) ADM/PER/DEM
TESTE VISUAL ADM/PER/DEM
ELETROCARDIOGRAMA ADM/PER>40
ELETROENCEFALOGRAMA ADM- PER>55
GAMA GT ADM
GLICEMIA(HEMOGL. GLICADA DM II) ADM/PER>40
AUDIOMETRIA ADM/PER
#ECG DE REPOUSO ALTERADO OU GRUPO DE RISCO > ERGOMETRIA
#EEG ALTERADO/SUSP > EEG SOB PRIVAÇÃO DE SONO E AVAL
NEUROL.
#ASMA/DPOC>ESPIROMETRIA, GASOMETRIA ARTERIAL

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 55


CONSIDERAÇÕES QUANTO À CRITÉRIOS PARA MOTORISTAS
IDOSOS

 Características positivas: EDUCADO, CUIDADOSO, OBSERVADOR DAS LEIS


DE TRÂNSITO E DE URBANIDADE, ÍNDICES DE ALCOOLEMIA MAIS BAIXOS
QUE OS MAIS JOVENS, PEQUENA AMEAÇA À SEGURANÇA NO TRÁFEGO
COMPARADA A MOTORISTAS MAIS JOVENS (9,6% X 55,4% EUA).
A Cerca de 1300 fatores independentes influenciam no ato de dirigir, somente alguns são
sensoriais e de percepção.Observa-se que em qualquer acidente concorrem pelo menos 15
causas diferentes (Mc Knight).
A A representação psicológica de ser habilitado a dirigir, em nossa cultura, eleva a auto-
estima com conseqüentes ações e mecanismos que resultam em superação de dificuldades
orgânicas naturais que evoluem com a idade.

 Características negativas: A PARTIR DOS 60 ANOS HÁ SENSÍVEIS REDUÇÕES


NAS PERCEPÇÕES SENSORIAIS (visão e audição). Ocorre perda da cognição a
partir dos 70 anos e diminuição da percepção das cores a partir dos 75 anos.
Critérios funcionais como força do joelho (20% menor), força de apreensão
(16% menor) e visão em declínio que torna-se crítica a partir dos 65 anos.
 A resolução do CONTRAN 7/98 regula os exames médicos para renovação da CNH de 5 em
5 anos até os 65 anos de idade, passando a partir daí para no mínimo de 3/3 anos
obrigatoriamente.
 Os motoristas idosos têm aumentado sua vulnerabilidade às lesões e a sua predisposição à
morte, bem como reduzida a sua capacidade de recuperação comparativamente a
motoristas mais jovens.
Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 56
PONTOS DE VISTA

 IDADE EM QUE A CREDIBILIDADE PROFISSIONAL E A AUTO-


ESTIMA EMBASADA NA HISTÓRIA PROFISSIONAL
SOLIDIFICAM VÍNCULOS COM COLEGAS, CHEFIAS ,
USUÁRIOS ( BOM MOMENTO PSÍQUICOx DETERIORAÇÃO
ORGÂNICA ).
1.Aposentam-se antes dos 60 anos e continuam trabalhando para
aumentar a renda e fazer aquisições e capitalizações que não
foram possíveis quando mais jovens.Em geral continuam nas
mesmas empresas com acompanhamento regular e mais
freqüente.
2.Aposentadoria sómente após os 60 anos.Devemos nos
preparar para com freqüência realizar exames admissionais
em trabalhadores com faixa etária acima dos 50 anos de
idade.Exames mais rigorosos na área cardiovascular e
neurológica e apoio da
Ricardo área de psicologia.
M MartinsSOGAMT 2009 57
CARGAS PERIGOSAS
18/05/88 - DL 96.044 - REGULAMENTO PARA O TRANSPORTE RODOVIARIO
DE CARGAS PERIGOSAS
ART 2º-...,os veículos e equip. utilizados no transporte de produto perigoso deverão
portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos , de acordo com as nor-
mas NBR-7500 e NBR -8286.
ART 3º-os veículos ...deverão portar o conjunto de equip. para situações de emer-
gência indicado por NB, ou na inexistência desta, a recomendada pelo fabricante..
ART 4º-vistorias de veic. e equip. de transp a granel -INMETRO 3/3 anos(credenc)
ART 5º-...deverão estar equipados com tacógrafos...arq. 3 meses..acidentes -1 ano
ART 15º-o condutor de veíc. utilizado no transp. de prod. perigoso.além das qualifi-
cações e habilitações previstas na legislação de trânsito, deverá receber treinamen-
to específico, segundo programa aprovado pelo CONTRAN...
ART 17º-O condutor, durante a viagem, é o responsável pela guarda,conservação e
bom uso dos equip. e acessórios do veículo..vazamentos..aquecimento,pneus ...

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 58


CARGAS PERIGOSAS
ART 18º-O condutor interromperá a viagem e entrará em contato com a transporta-
dora, autoridades ou a entidade cujo telefone esteja listado no ENVELOPE PARA O
TRANPORTE, quando ocorrerem alterações nas condições de partida, capazes de
colocar em risco a segurança de vidas, de bens ou do meio ambiente.
ART 19º-O condutor não participará das oper. de carreg. , descarr. e transbordo da
carga, salvo se devidamente orientado e autorizado pelo expedidor ou pelo destina-
tário, e com anuência do transportador.
ART 20º-Todo pessoal envolvido..usará traje e EPI, cfe norma e instruções do MT.
§único- Durante o transporte, o condutor do veíc. usará traje mínimo obrigatório, fi-
cando desobrigado do uso de EPI

Ricardo M MartinsSOGAMT 2009 59


NÚMEROS
SEST- SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE
SENAT - SERVIÇO NACIONAL DE APRESNDIZAGEM NO TRANPORTE
2,5 milhões de trabalhadores em empresas e 300 mil autônomos
? 40% motoristas - mais de 1 milhão

NÚMERO DE EMPREGOS NO SETOR TRANSPORTE E INDÚSTRIA 1989


indústria transporte
Paraná 311.157 63.874
Rio Grande do Sul 597.478 71.805
Santa Catarina 370.348 30.246
BRASIL 1.022.681 6.453.129

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LITERATURA
*Acuidade Visual de Mot de Veíc. Pesados... Arq Bras Oft 58(2) 04/95
visão corresponde por até 95% do ato de dirigir.400 motoristas avaliados 14,25% c/ déficit
e 30% destes com visão aquém do exigido por lei (4,2%)
*Causas de Reprovação no teste de AV ... Arq Bras Oft 57(5) 10/94
120 candidatos reprovados.46,7% poderiam ser aprovados.Erro de refração foi
encontrado em 79,2% dos reprovados
*Assoc de PAIR x Tempo Acumulado de Trab entre Motorista..Cad S.Públ RJ 6/94
Associação positiva entre PAIR e tempo acumulado de trabalho como condutor
*Aspectos Demográficos, Epidem. e Sociais do Alcoolismo.. Rev ABP/APAL 11/89
Pedreiros, lavradores e motoristas encabeçam a lista das prof. mais freq. ....
*Occup and Nonoc Corr Alcool Consup in Urban Transit Operators Prev.Med 24/95
1.835 condutores.A assoc entre tempo de motorista e consumo de alcool foi
estatisticamente significativa
*Tabagismo entre motoristas prof de Ribeirão Preto. Rev Bras S. Oc. 48/12 84 63%

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LITERATURA
*Patologia do Trabalho - René Mendes /1ª Ed pg 325
...,os ramos econômicos onde a prevalência da hipertensão foi mais elevada em
seus trabalhadores foram: ...o setor de transp. Públicos (18,9%)
*Alterações Cardiovasculares em Mot de Ônibus. Rev.Bras.Saúde Oc. 73 vol 1991
25 motoristas de Campinas.Idade média 34,16 anos.HAS 32%,arritmias 8%,alte
rações de ST-T 20%
*Incidence and Pred of Ischaemic H. Disease in London Busmann. Lancet 2: sep/66
687 motoristas entre 1956 e 1960.Aparecimento de doença coronariana em 47
6,8% em 4 anos, 1,7% ao ano.
*Hipertensão e Atividade Econômica em São Paulo-Brasil. Hypertension 3 dez/81
uma das 4 categorias profissionais de maior incidência de HAS - 18,9%
*Assoc entre PAD x Tempo Acum de Trab Entre Mot e Cob Rev.Saúde P. 27(5)93
associação positiva entre PAD e tempo acumulado de trab. como condutor.

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LITERATURA
*Indentifying safe X unsafe driver following brain impairment: The Coorabel Prog
Disability and Rehab. 14/3 1992. Royal Rehabilitation Centre, Sydney Austrália
Somente a aval méd é insuficiente p/ determi-
nar a competência de dirigir de pacientes com dano cerebral.A aval multidiscip.
deve ser utilizada para definir a aptidão.A participação do terapeuta ocupac e do
instrutor na aval. prática é essencial, e mais de um teste deve ser feito.O va
lor preditivo da avaliação deve ser submetida a estudos futuros.57 dos 129 clien
tes passaram por todos os estágios de avaliação e foram capazes de rehabilita-
rem-se a dirigir.
*Driving evaluation after traumatic brain injury. Am J Phys Med Rehab 71/3 6/92
Avaliar a correl entre medidas padrões de testes cognitivos e medidas de perfor
mance em dirigir em pac com pós trauma cerebral fechado (>1 de coma).Testes
de função cognitiva isolados não são suficientes e não são adequadamente pre-
ditivos de performance em dirigir.

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LITERATURA
*To drive or not to drive: neuropsychological assesment for driver’s licence among stroke
patients. Scand J of Psyc 36 1995
“Dirigir é para a maioria das pessoas visto como um direito democrático e uma condição
necessária para viver na sociedade moderna”
Quigley/De Lisa 1983: 19/50 48% seq. AVC hemisf. D .e 26% seq AVC hemisf E
falharam no teste de direção.
Jones et al 1983: 48% HD e 42% HE.
Fox et al 1991: 52% HD e 38% HE.
47% do grupo de Alzheimer envolveram-se em acidentes comparados com 10% do grupo
controle.
Katz et al 1990: sequelados de AVC que passaram nos testes de direção não mostraram
aumento de acidentes de trânsito por 5 anos, comparados com grupo controle de mesma
faixa etária.

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LITERATURA
*Driving with parkinson’s disease.A controlled laboratory invest. Acta N Scand 83/92
O principal reultado mostrou a falha em reagir a estimulos em muitas ocasiões ,
uma grande freq de reações erradas , erros direcionais, reduzida força e veloci-
dade de movimentos e aumento no tempo de reação.prolongamento da distan-
cia de reação em mais de 1/3 - 6m com carro a 80Km/h.
*Nistagmo congênito e licença para dirigir -o que é relevante na opinião de experts?
Klin Monatsbl Augenheilkd 207/95. A influência das posições da cabeça e do
olhar, fixação monocular, convergência, do movimento próprio ou do objeto em
movimento sobre a intensidade do nistagmo pode ter influência no ato de dirigir
porque pode influenciar a acuidade visual e a percepção de movimento.
*Medical conditions and severity of commercial motor veh drivers road’s accident
Accid Anal and Prev 28/96 Acidentes com motoristas de caminhão com proble-
mas de visão binocular e motoristas de ônibus com hipertensão são mais seve-
ros comparados com motoristas hígidos.

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LITERATURA
*Driving after cerebral damage: a model with implications for evaluation. The Am J
Occup Ther . 46/4 92. 35 pacientes com dano cerebral devido a trauma cranea-
no ou AVC participaram do estudo.Aval neuropsicologica através de bateria de testes
neuropsicologicos escolhidos prév. para testar o modelo.Após estes, a-
valiação em simulador e em a seguir avaliação de direção em circuito protegido e em
tráfego.Os resultados mostraram que 93% da conduta dirigindo no tráfego
foi explicada cumulativamente pelos achados da prévia avaliação neurops e no simulador
bem como da medidas comportamentais e operacionais durante a avaliação no
circuito protegido.Estes resultados referendam o valor preditivo deste modelo e sua
validade em termos de metodologia de aplicação para reha
bilitação.

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LITERATURA
*Prediction of police officer’s traffic accident involvement using behavioral observa-tions.
Accid Anal and prev 27/3 95.
Em 1990 estimou-se que acidentes resultaram em 46.000 mortes e 1.700.000
lesões i ncapacitantes.Os custos econômicos resultantes foram da ordem de
89 bilhões de dólares.Fatores preditivos individuais: experiência,traços de perso
nalidade, fatores cognitivos, estilo de percepção, atenção eletiva e tendência a
acidentes.Freqüentemente formas simplistas de avaliar tem sido empregadas,
resultando em baixa capacidade preditiva.Quenault(1968) instituiu uma metodo-
logia na qual dois avaliadores observam o motorista em seu próprio carro em uma rota
pré-determinada.Assim encontrou 3 comportamentos que diferenciam
o motorista imprudente do seguro.I -riscos a que se expõe ao dirigir ,II - frequên
cia em que é pego em flagrante, III - ocorrência de manobras desnecessárias.
Os classificados como não cuidadosos se envolveram duas vezes mais freqüen
temente em acidentes que os classif como seguros.

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LITERATURA
*Young novice driver”s: towards a model of their accident involvement Accid Anal and Prev
28/2 96. Duas principais finalidades deste artigo: a primeira é apre-sentar o modelo
testado, incluindo os mais importantes processos no desen-volvimento do seu
comportamento ao dirigir; a segunda é apresentar o estado-da-arte no que concerne ao
registro de diferentes apectos do modelo referidos na literaturas sobre o assunto.O
modelo descreve a relação entre o processo de aprendizado, as condições individuais
prévias, a influencia social, e como estas
relações influenciam no comportamento ao dirigir e na determinação do envolvi-
mento em acidentes através de diferentes processos como:habilidade adquirida
auto-crítica, processamento de informações,fedback e motivação.
*Medical aspects of drivers licensing in Wisconsin: a historical review Wisc M J 3/91

*Physician’s guide to driver examination Canadian Medical Association 1/64 91


*Diretrizes sobre habilitação de motoristas para juntas médicas consultivas
Dep Americano de Saúde, Educação e Bem-estar(Trad e adapt Mareu S Soares)

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LITERATURA
*Evaluation of neuropsychological function in patients with liver cirrhosis with special
reference to their driving ability Metabolic Brain Disease 10/3 95
Realização de 4 testes: teste de reação à emergência , teste de reação à emer-
gência contínua, teste de confirmação de sinal e teste de reação ao acelerador.
Comparados com hígidos da mesma idade.31% foram inaptos.Cirróticos alcoó-
licos foram tão mal nos testes quanto cirróticos não alcoóilicos.Em pacientes
com encefalopatia hepática subclínica definida pelos testes neupsicológicos ,
44% foram inaptos.Testes de rotina de habilitação em pacientes cirróticos po-
derão ter um maior impacto sobre a frequência de acidentes.

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EPILEPSIA
INCIDÊNCIA: 20 A 70/100.000 PREVALÊNCIA: 4 A 10/ 1.000/ANO
Embora o grau de severidade da epilepsia e a incapacidade associadas sejam
desconhecida na pop. geral, estimativa de fonte governamental dos EUA sugerem
que 1/3 dos casos prevalentes tem menos que uma crise anual, 1/3 tem entre uma
a doze crises anuais,e 1/3 tem mais que uma crise mensal.A avaliação criteriosa de
trabalhadores expostos a situações de risco, tais como operadores de máquinas,
direção de veículose outras tarefas que exijam atenção e concentração permanen
tes .Na avaliação destes pacientes devemos levar em consideração que grande
parte dos sintomas e sinais prodrômicos das crises de lobo temporal podem estar
relacionados a distúrbios de conduta, humor ou atenção.

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PROPOSTAS NA ÁREA POLÍTICA
COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANPORTES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Fixação, em 4 horas, do tempo máximo de direção ininterrupta a ser cumpridas
por motoristas de caminhão e de ônibus em rodovias.A cada 4 hs de direção, o mo-
torista terá direito a 1 h de descanso.Estabelece também que,dentro de um período
de 24 hs, o tempo de descanso, não poderá ser inferior a 12 hs.
Mas dois projetos propõe jornada de trabalho de 6 hs
Fernando Zuppo PDT-SP - mot. Ônibus interestaduais e intermunicipais
Álvaro Valle PL-RJ - todos os motoristas de transp. De passageiros e de carga.
REPERCUSÕES:
*O ítem mão-de-obra no transporte urbano representa 45 a 55% do custo total do serviço....
*O limite no tempo de direção produzirá acréscimo de pelo meno 20% na geração de
empregos.
*Implantação de postos de trocas nas rodovias.
*Os excessos deste mercado(transp. de cargas) selvagem serão contidos.

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Nossos pacientes são aptos a dirigir?( CAN. MED. ASSOC. J. 1994; 150(6) )

CORTE DE ONTARIO - Spillane v. Wasserman ..deve alertar os médicos sobre a


potencial responsabilidade pelo dever legal de comunicar a autoridade da inaptidão
de seus pacientes a habilitação de motorista.Obrigação legal do médico em comuni
car a autoridade sobre pacientes que apresentam condições clínicas que são de ris
co ao dirigir.A esposa e filhos do ciclista morto ,Jonh Spillane, processaram Nathan
Wassermann ( motorista com longa história de crises epilépticas que ultrapassou
o sinal vermelho) ,e seus empregadores.É comum a defesa dos empregadores
imputarem a responsabilidade a outrem.No julgamento o médico foi acusado de
negligente e condenado a indenizar mais de US$ 290.000 (40% do total da causa).
O caso serve como lembrança de que o médico,frente a paciente que recebe cuida-
dos para uma condição clínica definida de risco para dirigir, deve comunicar a au-
toridade de trânsito, sob pena de ser responsabilizado judicialmente pela omissão.
Karen Capen
Ottawa lawvier, CMA’s Dept of Ethics and Legal Affairs.

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 RICARDO MOREIRA MARTINS
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