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Corridas de Cavalos - Apresentação sucinta do conteúdo do episódio/objetivos do mesmo

Resumo:

O capítulo X começa com o fim do encontro de Carlos com Gouvarinho e e dá a entender que Carlos já se sente farto desta.

Quando, depois, Carlos ia a descer a rua de S.Roque, encontrou o marquês que o informou das corridas de cavalos que se
iriam realizar no domingo seguinte, e Carlos ficou feliz pois viu este evento como uma oportunidade de conhecer Maria
Eduarda. Quando Carlos chega ao Ramalhete revela a Dâmaso que pretende levar os Castro Gomes a visitar a casa de Craft
nos Olivais, como forma de se aproximar de Maria Eduarda.

Chega domingo, o dia das corridas, um dia quente e de céu azul. Carlos, o visconde de Darque, Taveira e Craft foram ver
das mulheres, e Carlos pensou ainda em encontrar-se com Dâmaso para lhe perguntar o porquê de o mesmo não ter
trazido os Castro Gomes aos Olivais, como haviam combinado.

Entretanto, após alguma desordem no hipódromo, Carlos vê a Gouvarinho, que lhe informa que tem que ir para Norte, a
pedido do pai que fazia anos. Combina então com ele para se encontrarem na estação e seguirem juntos no comboio até
Santarém onde passariam a noite juntos num hotel; depois, ela seguiria até ao Porto e ele regressava a Lisboa. Carlos não
gostou da ideia, e recusou.

O evento estava a ser um fiasco, então Taveira propõs que se fizessem apostas para animar o evento. Maior parte das
pessoas apostaram no “Minhoto”, que era o favorito para ganhar a corrida, mas Carlos apostou num outro cavalo
“Vladimiro”, o qual acabou por ganhar, rendendo a Carlos 12 libras. A ministra da Baviera lembra ainda a Carlos o
provérbio “Sorte no jogo, azar no amor”.

Entretanto, Carlos vai falar com Dâmaso. Este conta-lhe que Castro Gomes partiu para o Brasil e que Maria Eduarda está
num apartamento no prédio do Cruges. Em seguida, Carlos arranja a desculpa de querer falar com Cruges para ver Maria
Eduarda. Mas, quando chega, ao prédio, a criada diz que Cruges não está; Carlos acaba também por não ver Maria
Eduarda.

Carlos regressou ao Ramalhete, onde recebe um bilhete de Castro Gomes, que lhe pedia para visitar um familiar doente, e
assim termina o capítulo.

Objetivos:

Desejo de imitar o estrangeiro: O autor critica a sociedade que ao tentar imitar o que de melhor e mais chique há no
estrangeiro, um evento como as corridas, quando inserido na sociedade portuguesa não funciona, e resulta num tremendo
fiasco, pois a mesma não tem presente nem a cultura nem o hábito das corridas, pelo que se manifesta uma procura pelas
falsas aparências, em detrimento da verdadeira cultura portuguesa.

Mentalidade provinciana: As corridas apesar das criticas e da pouca dimensão comparativamente ao estrangeiro,
continuavam a ter lugar, o que permitia uma visão panorâmica sobre a alta sociedade lisboeta, sendo que um cenário que
deveria ostentar a exuberância e a chiqueza de um acontecimento como as corridas de cavalos, demonstra, uma imagem
provinciana indesmentível. Isto torna-se mais significativo se pensarmos que no clima do Hipódromo predominava uma
carência de motivação e vitalidade, justificado pelos hábitos contrastantes dos portugueses em comparação aos
estrangeiros.

Visão caricatural da sociedade feminina: O comportamento da assistência feminina “que nada fazia de útil” e a sua vida são
no seu todo caricaturados. O traje escolhido não era o mais correcto face à ocasião, daí até alguns dos cavalheiros se
sentirem embaraçados pelas suas figuras. As senhoras de “vestidos sérios de missa”, acompanhando “chapéus
emplumados” da última moda, que não se adequavam ao evento, muito menos à restante etiqueta da sociedade, assim, o
ambiente que devia ser requintado, mas, ao mesmo tempo, ligeiro como compete a um evento desportivo, era deturpado,
pela falta de gosto e pelo ridículo da situação que se queria requintada sem o ser.

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