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Apresentação dos Maias

Cap.VIII

 Fazer uma breve contextualização relativamente ao capítulo anterior- (VII)

Capítulo VII
Carlos tinha poucos doentes e foi trabalhando no seu livro. Ega andou ocupado com a
organização de um baile de máscaras. Carlos, foi ao Aterro outra vez, e voltou a ver, Maria
Eduarda acompanhada do marido. Carlos deslocou-se várias vezes, durante a semana, ao
Aterro na esperança de ver novamente Maria Eduarda. A condessa Gouvarinho, com a
desculpa que a filha se encontrava doente, foi à procura de Carlos no consultório. Carlos
convida Cruges a ir a Sintra no dia seguinte, pois tomou conhecimento que Maria Eduarda se
encontrava lá, na companhia de seu marido, e de Dâmaso.
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Neste capítulo, Carlos da Maia e o seu amigo, o maestro Cruges, foram visitar Sintra. A ideia é
de Carlos que obrigou Cruges a ir com ele. Cruges, que já não visitava Sintra desde os 9 anos,
acaba por ficar rendido à ideia e prepara-se para desfrutar do passeio. Esta viagem tem o
propósito escondido por Carlos, de encontrar a Sra. Castro Gomes, que ele julgava estar em
Sintra.
 hotel Nunes → onde Carlos e cruges se instalaram
Após algumas horas de viagem de break, chegam a Sintra e logo se vão instalar no Hotel
Nunes, por sugestão de Carlos, que temeu que ao instalarem-se no Lawrence’s Hotel, se
cruzassem de imediato com os Castro Gomes, perdendo o seu encontro aquele efeito de
casualidade que ele lhe procurava empregar.
 hotel Lawrence´s → lugar onde a Sra Castro Gomes (Maria Eduarda) estava instalada
Aí encontram o amigo Eusebiozinho, acompanhado por um amigo, Palma, e duas senhoras
espanholas, acompanhantes de ambos. Após um pequeno episódio cómico, em que uma das
espanholas se enfureceu, Carlos e Cruges, partem num pequeno passeio pedestre para visitar
Seteais.
 Seteais → onde encontram Alencar
Pelo caminho encontram outro amigo, Alencar, o poeta, vindo justamente de Seteais, mas que
fez questão de os acompanhar lá, fazendo aquele caminho pela segunda vez nesse dia. Chegados
a Seteais, Cruges, que não conhecia o local, ficou desapontado quando verificou o estado de
abandono em que se encontrava a construção. Depressa Alencar o fez pensar doutro modo, ao
apontar-lhe os pormenores do local e a beleza da vista. De volta ao casario, passaram pelo
Lawrence e sentaram-se a tomar algo
 volta para Lisboa
. Carlos já informado sobre o destino dos Castro Gomes, e desiludido, pois não consegue
satisfazer a sua expectativa de se cruzar com a mulher que domina os seus pensamentos,
decide voltar para Lisboa, dando boleia a Alencar que também estava de partida.

- Caracterização do Espaço
Sintra é um lugar que representa a beleza paradisíaca, com a sua soberba paisagem,
lembrando o passado histórico e romântico.
Mas também, que era um espaço propício a encontros fortuitos com mulheres, como se
depreende da estadia de Eusebiozinho e do jornalista Palma Cavalão no Hotel Nunes,
acompanhados de duas espanholas.
Tem várias ligações com as personagens: o Palácio da Vila, pela sua austeridade, pode ser
comparado ao Ramalhete e, metaforicamente, a Afonso; o Palácio da Pena, solitário no cume
da serra, como que perdido na paisagem romântica, liga-se à figura de Pedro (que foi
abandonado pela mulher); a riqueza paisagística de Sintra evoca Santa Olávia, pequeno
vergel nas margens do Douro.
Personagens:
Carlos Eduardo da Maia.
Cruges
Amigo de Carlos e íntimo do Ramalhete;
Eusebiozinho
Amigo de infância de Carlos, com quem brincava em Santa Olávia;
Casou-se, mas enviuvou cedo;
Procurava, para se distrair, bordéis ou aventureiras de ocasião, pagas à hora.
Alencar
É o poeta do ultrarromantismo.
Palma Cavalão
Proprietário e redator do jornal "A Corneta do Diabo", Palma Cavalão surge em Os Maias, de Eça de
Queirós, como um jornalista corrupto, facilmente "agitado com o tinir do dinheiro".
Baixo e gordo, como se depreende das palavras de Alencar que o define como "canalha", "vil bolinha de
matéria pútrida!..." e "chouricinho de pus!", Palma Cavalão é o símbolo do jornalismo de escândalo, feito
por jornalistas imorais e corruptos – mau jornalismo, corrupto e parcial (capítulo XV).
Diretor do jornal "Corneta do Diabo".
Lola Prostituta espanhola acompanhante de Palma - Estava vestida de cetim preto e era Amável
Concha Prostituta espanhola acompanhante de Eusébio - seca,mal humorada e vestida tb de cetim preto

 Tecer comentários críticos (sempre que possível utiliza o humor) aos


aspetos abordados no capítulo

Críticas:
- “Isto é um país impossível…” à Ironia - também não fazem nada
Com Eusebiozinho, Eça de Queirós critica e ridiculariza a educação tradicional portuguesa que
não prepara para a vida. Mesmo em adulto, esta personagem é um falhado medíocre, de triste
figura e com ar tísico.

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