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Legenda: o fundo branco corresponde à intriga principal;

o fundo verde à intriga secundária;


o fundo laranja à crónica de costumes

Capítulo Tópicos
* Apresentação do Ramalhete (casa de residência, em Lisboa, de Afonso da Maia e seu neto, Carlos da
Maia).
* Apresentação da família Maia com destaque para a caracterização física e psicológica de Afonso da
Maia.
* Exílio de Afonso da Maia por ser partidário das ideias liberais.
* Casamento de Afonso da Maia com D. Maria Eduarda Runa, uma mulher conservadora e com ideais
opostos aos do marido.
I
* Nascimento de Pedro da Maia.
* Educação de Pedro da Maia (modelo educacional imposto pela mãe e contrário aos valores de Afonso
de Maia).
* Morte de D. Maria Eduarda Runa.
* Pedro da Maia vê Maria Monforte e apaixona-se por ela.
* Casamento de Pedro da Maia com Maria Monforte (uma mulher muito elegante e muito bela, com toilettes
deslumbrantes).
* Partida de Pedro e Maria Monforte para Itália, onde tencionam passar o Inverno «numa felicidade de
novela».
* Maria Monforte, enfastiada de Roma, suspira por Paris e deseja «gozarem ali um lindo Inverno de amor».
* Gravidez de Maria e regresso a Lisboa.
* Pedro da Maia, antes de partir, escreve uma carta comovida ao pai, Afonso da Maia, informando-o do seu
regresso e dando-lhe a notícia de que iria ter um neto.
* Chegada a Lisboa. Ida de Pedro a Benfica (onde era suposto encontrar o pai que, por sua vez, tinha
partido para a quinta de Santa Olávia).
II * Pedro e Maria fixam-se em Arroios.
* Nascimento da filha, Maria Eduarda (Pedro, magoado com a atitude do pai não o informa do nascimento
da neta).
* Nascimento de Carlos Eduardo da Maia. Tentativa de reconciliação de Pedro com o pai.
* Tancredo (tal como Alencar) começa a frequentar os serões na casa de Arroios.
* Fuga de Maria com Tancredo. Maria leva com ela a filha.
* Ida de Pedra a casa do pai levando consigo o filho.
* Suicídio de Pedro da Maia.
* Partida de Afonso da Maia com o neto para a quinta de santa Olávia. Todos os criados o acompanham.
* Alguns anos mais tarde, Vilaça, procurador dos Maias, vai, nas vésperas da Páscoa, a Santa Olávia.
* Mr. Brown é o preceptor de Carlos da Maia, educado segundo o modelo inglês.
* Eusebiozinho recebe uma educação tipicamente à portuguesa.
* Crítica da educação de Carlos pelos criados e frequentadores da quinta de Santa Olávia.
III * Afonso da Maia confirma ao neto de que seu pai, num momento de loucura, se tinha suicidado.
* Tentativas, por parte de Afonso da Maia, de localizar a neta (Maria Eduarda, filha de Pedro da Maia e
Maria Monforte).
* Vilaça morre de apoplexia e deixa ao filho, Manuel Vilaça, a procuradoria da casa dos Maias.
* Carlos entra na Faculdade de Medicina em Coimbra.
* Carlos encontra-se em Coimbra matriculado em Medicina.
* Carlos habita uma linda casa em Celas.
* Vida boémia de Carlos em Coimbra.
* Início da relação de amizade entre Carlos e João da Ega, que cursava Direito.
* Dandismo e diletantismo de Carlos e de João da Ega.
* Festa da formatura de Carlos, em Celas.
* Partida de Carlos para uma longa viagem pela Europa, durante um ano.
IV
* Chegada de Carlos a Lisboa, no Outono de 1875, instalando-se no Ramalhete.
* Projetos grandiosos de Carlos – montar um consultório luxuoso e um laboratório (dificuldades de Carlos
em concretizar os seus projetos).
* Ega, exuberante e feliz, visita Carlos e anuncia-lhe a publicação do seu livro Memórias de um Átomo.
* Fala-se de Craft e dos frequentadores habituais do Ramalhete.
* Alude-se à importação que caracteriza Portugal: «Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas,
ciências, estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo nos vem em caixotes pelo paquete.»
Capítulo Tópicos

* Serões no Ramalhete: Afonso da Maia e os seus amigos jogam whist e bilhar.


* Habituais frequentadores do Ramalhete: D. Diogo, general Sequeira, Vilaça, Cruges, marquês Silveirinha
(o Eusebiozinho de Santa Olávia) e conde Steinbroken.
* Carlos visita a sua primeira doente e salva-a de uma pneumonia.
* Carlos, enquanto diletante, desinteressa-se do seu laboratório.
V * Idílio do Ega com a mulher do Cohen.
* João da Ega lê entusiasticamente a Carlos um episódio das Memórias de um Átomo intitulado «A
Hebreia» (nítida alusão a Raquel Cohen).
* Ega propõe a Carlos ser apresentado aos Gouvarinhos, que desejavam conhecê-lo, especialmente a
condessa.
* Carlos conhece a condessa numa soirée em S. Carlos.

* Carlos visita de surpresa a Vila Balzac (casa onde Ega se instala para se encontrar com Raquel Cohen).
* Carlos, através de Ega, conhece Craft.
* Caracterização de Craft.
* Ega, para homenagear Cohen, dá um jantar no Hotel Central.
* Carlos, ao dirigir-se para o jantar, vê no peristilo do Hotel Central, uma senhora muito elegante,
VI
«maravilhosamente bem feita» e «com um passo soberano de deusa».
* No jantar discute-se: literatura (Romantismo e Naturalismo), política, finanças, arte e crítica literária.
* Caracterização de Alencar.
* Alencar defendia o Romantismo e Ega o Naturalismo.
* Sonho de Carlos com a deslumbrante mulher que vira no peristilo do Hotel Central.
* Craft é íntimo no Ramalhete.
* Caracterização de Dâmaso Salcede (caricatura).
* Dâmaso quer, a todo o custo, ser amigo de Carlos,
* Anúncio do baile de máscaras em casa dos Cohen (dia de anos da Raquel).
* Carlos encontra no Aterro a senhora que vira no peristilo do Hotel Central (os olhos de ambos fixam-se
VII profundamente).
* A condessa de Gouvarinho vai ao consultório de Carlos sob pretexto de o filho estar doente movida pelo
interesse que tinha em se encontrar com Carlos.
* Dâmaso desaparece do convívio do Ramalhete para acompanhar os Castro Gomes a Sintra.
* Taveira diz a Carlos que Dâmaso tinha ido para Sintra com os Castro Gomes.
* Carlos convida Cruges a acompanhá-lo a Sintra (no intuito de ver a senhora que encontrara no Aterro).
* Partida de Carlos com Cruges para Sintra para se encontrar com a senhora que vira no Hotel Central.
* Inicialmente Carlos pensara alojar-se no Lawrence, mas decide repentinamente ir para o Nunes,
* Carlos pensa e reflete sobre os motivos que o levaram a Sintra: «mas havia duas semanas que ele não
avistara certa figura que tinha um passo de deusa pisando a Terra, e que não encontrava o negro
profundo de dois olhos que se tinham fixado nos seus».
* Carlos encontra no Nunes, Eusebiozinho com duas espanholas. Eusebiozinho apresenta-lhe o seu
amigo Palma.
* Passeio de Carlos e Cruges com intuito de encontrarem a senhora do Hotel Central.
VIII
* Encontro com Alencar.
* Ida dos três a Seteais.
* Carlos sabe por meio de um criado do Lawrence que os Castro Gomes haviam já partido para Mafra e
depois iriam para Lisboa.
* Desapontamento e desilusão de Carlos - «Sintra, de repente, pareceu-lhe intoleravelmente deserta e
triste».
* Regresso de Carlos a Lisboa com Cruges e Alencar.
* Cruges esquecera-se das queijadas que prometera à mãe aquando da partida para Sintra.
* Soirée dos Cohens.
* Carlos recebe um convite do Gouvarinho para jantar.
* Dâmaso pede a Carlos para fazer uma visita médica à filha dos Castro Gomes que se encontrava
IX
doente. Os Castro Gomes tinham partido para Queluz.
* Contacto de Carlos com a intimidade da mulher que ama, apesar da sua ausência.
* Dâmaso tenciona ter um romance com a mulher de Castro Gomes logo que ele partisse para o Brasil.
Capítulo Tópicos
* Chegada de Ega a casa de Carlos, mascarado de Mefistófeles. Ega, desesperado e ultrajado, conta a
Carlos que tinha sido «posto na rua» pelo Cohen.
* Intenção de Ega em desafiar Cohen para um duelo.
* Carlos e Craft tentam acalmar e aconselhar Ega.
* Os três amigos aguardam na vila Balzac o possível desafio de Cohen; todavia quem chega é a sra.
Adélia, criada e confidente de Raquel que os informa da partida dos Cohen para Inglaterra após se terem
IX
reconciliado.
* Fim do romance entre Ega e Raquel Cohen.
* Partida de Ega para Celorico.
* Carlos continua apaixonado pela mulher de Castro Gomes, no entanto não quer pedir a Dâmaso que a
apresente.
* Carlos vai lanchar a casa dos Gouvarinhos.
* O idílio entre Carlos e a condessa de Gouvarinho durou três semanas.
* Ega encontra-se em Celorico e andava a escrever uma comédia que se deveria chamar O Lodaçal.
* Carlos continua a ver a mulher de Castro Gomes e decide pedir a Dâmaso que lha apresente (o que
não se verificou).
X * Corridas no hipódromo de Belém.
* Carlos joga num cavalo contra o «campo» e ganha.
* Dâmaso informa Carlos que Castro Gomes partira para o Brasil.
* Carlos recebe um bilhete de Maria Eduarda para no dia seguinte ir visitar uma pessoa de família que se
encontrava doente.
* Carlos visita Madame Gomes na rua de S. Francisco.
* Carlos ouve pela primeira vez o nome da mulher de Castro Gomes: Maria Eduarda
* Carlos observa Miss Sara e diagnostica-lhe uma bronquite ligeira necessitando de ficar de cama pelo menos
durante quinze dias.
* Início da relação amorosa entre Carlos e Maria Eduarda (Carlos visita diariamente Maria Eduarda).
XI
* Carlos desloca-se a Santa Apolónia e encontra o Gouvarinho que vai com a mulher para o Porto o que,
aliás, o liberta «de um incómodo compromisso». Dâmaso ia a Penafiel para o funeral de um tio.
* Dâmaso e Carlos encontram-se em casa de Maria Eduarda.
* Ega escreve a Carlos anunciando-lhe a sua chegada a Lisboa.
* Regresso dos Cohen a Lisboa.
* Ega regressa a Lisboa e instala-se no Ramalhete.
* No comboio, a condessa convidou Ega e Carlos a jantarem na segunda-feira.
* Ega abandona a comédia O Lodaçal e tenciona continuar as Memórias.
* Afonso da Maia critica a ociosidade de Carlos e de Ega.
* Dâmaso, em tom difamatório, informa Ega da relação amorosa de Carlos com Maria Eduarda.
XII * Ega e Carlos vão jantar a casa dos Gouvarinhos onde está Sousa Neto (oficial superior da Instrução
Pública).
* Carlos frequenta a casa de Maria Eduarda.
* Dâmaso vai à Rua de S. Francisco e Maria Eduarda recusa recebê-lo.
* Carlos aluga a Craft uma casa, nos Olivais, para aí alojar Maria Eduarda.
* Carlos confidencia os seus amores a Ega.
* Ega espera ansiosamente uma carta de Raquel Cohen.
* Ega cruza-se com Cohen na Rua do Ouro.
* Carlos recebe uma carta da Gouvarinho a acusá-lo de ele faltar ao rendez-vous em casa da titi.
* Ega e Alencar informam Carlos da infâmia de Dâmaso contra ele e Maria Eduarda.
* Carlos encontra no Chiado o Gouvarinho, o Cohen e o Dâmaso e ameaça este de lhe arrancar as orelhas
no caso de continuar a difamá-lo.
* Carlos e Maria Eduarda visitam a casa que alugaram a Craft onde se dá a consumação do incesto
XIII
(inconsciente).
* Festa dos anos de Afonso da Maia.
* O marquês alude aos amores entre Dâmaso e Raquel.
* A condessa de Gouvarinho aparece numa tipóia, às 9 horas da noite, para conversar com Carlos. Ruptura
sentimental entre os dois.
* Teles da Gama, a pedido de Dâmaso, vai falar com Carlos para saber se quando este ameaçou Dâmaso de
lhe arrancar as orelhas tinha ou não intenção de o ofender.
Capítulo Tópicos

* Partida de Afonso da Maia para Santa Olávia no dia em que Carlos instalara nos Olivais, Maria Eduarda.
* Partida de Ega para Sintra deixando uma carta a Carlos.
* Os Cohen também foram para Sintra passar o Verão.
* Carlos e Maria Eduarda continuam no seu idílio amoroso e projectam uma viagem a Itália nos fins de
Outubro.
* Carlos surpreende Miss Sara deitada na relva com um homem que parecia um jornaleiro.
* Ega escreve a Carlos e diz-lhe, muito ciumento, que Dâmaso aparecia em toda a parte com a Cohen e
manifesta o desejo de «dar bengaladas no Dâmaso».
* Craft, ao regressar de Santa Olávia, diz a Carlos que o avô está muito desgostoso por ele ainda não o ter
visitado.
* No dia da partida de Carlos para Santa Olávia, Maria Eduarda visita o Ramalhete e aí encontra pela
primeira vez Ega.
XIV
* Castro Gomes recebe uma carta anónima onde lhe relatam os amores de Carlos e de Maria Eduarda.
* Castro Gomes visita Carlos e mostra-lhe a carta. Informa-o que Maria Eduarda não é sua mulher nem ele é
o pai de Rosa.
* Carlos, com esta revelação, fica profundamente humilhado e conclui que a mulher por quem estava
apaixonado não passava de uma «cocotte». Carlos desabafa com Ega acerca desta situação.
* Carlos vai a casa de Maria Eduarda com a intenção de lhe remeter um cheque e de se despedir com
palavras frias.
* No caminho para os Olivais, Carlos encontra a criada de Maria que lhe diz que Castro Gomes tinha estado
com a senhora e que ela ficara muito transtornada.
* Maria Eduarda, em tom justificativo e explicativo, fala a Carlos do seu passado.
* Após esta conversa, Carlos que inicialmente recriminava Maria, fica comovido e convence-se que ela não
era a mulher vulgar que imaginara e acaba por pedi-la em casamento.

* Maria Eduarda conta a Carlos todo o seu passado:


• nascera em Viena;
• não sabia nada do pai, apenas que era nobre e belo;
• tinha uma irmã que morrera;
• lembrava-se do avô que lhe contava histórias de navios;
• foi educada num colégio de freiras;
• recorda a vida da mãe (pouco edificante e com vários amantes);
• juntou-se com Mac Gren, um irlandês que morrera na guerra, e de quem tem uma filha: Rose;
• vida difícil para Maria, a mãe e a filha;
• regresso a Paris, onde Maria, sem amor, se junta a Castro Gomes.
* Carlos conta a Ega a história de Maria e sente-se apreensivo por saber que o avô nunca irá compreender
o passado de Maria.
* Ega sugere que Carlos case apenas com Maria após a morte do avô.
* Jantar na Toca com Ega e o maestro.
* Apresentação do marquês de Sousela a Maria (madame Mac Gren).
* Carlos recomeça a sua actividade, compondo artigos de medicina para a Gazeta Médica e rascunhos
XV
para o seu livro Medicina Antiga e Moderna.
* Palma CavaIão publicara, a pedido de Dâmaso, na Corneta do Diabo, um artigo difamatório contra Carlos
em que aludia num tom infame e em calão aos seus amores com Maria Eduarda.
* Ega informa Carlos de que tinha suprimido, mediante pecúnia, toda a tiragem com exceção de dois
números, um para a Toca e outro para o Paço.
* Ega vai falar com o Palma e propõe-lhe que a troco de dinheiro identifique a pessoa que lhe encomendou
o artigo difamatório contra Carlos e lhe forneça as respetivas provas.
* Carlos envia Ega e Cruges a casa do Dâmaso a desafiá-lo ou para um duelo ou a retratar-se.
* Dâmaso opta por assinar uma carta, redigida por Ega, afirmando que tudo o que fizera publicar na
Corneta sobre Carlos e Maria fora invenção falsa e gratuita e se devia a um estado de embriaguez, hábito
hereditário.
* Afonso da Maia regressa de Santa Olávia e Carlos e Ega contam-lhe o episódio comprometedor de
Dâmaso, omitindo-lhe os amores de Carlos.
* A carta de Dâmaso é publicada no jornal A Tarde, a troco de dinheiro.
Capítulo Tópicos
* Ega vai jantar à Rua de S. Francisco com Carlos e Maria Eduarda.
* A instâncias de Ega, Carlos vai ao sarau de beneficência, em favor das vítimas das cheias, no Teatro da
Trindade.
- No sarau intervêm:
• Rufino (que fala da caridade e do progresso recorrendo a imagens pouco originais e num registo
XVI inflamado e apelando à emoção e à sensibilidade do público);
• Alencar (que recita uma poesia intitulada) «A Democracia»;
• Cruges (que toca a Sonata Patética de Beethoven).
* Guimarães (tio do Dâmaso) pede a Alencar para ser apresentado a Ega por se sentir atingido com o teor
da carta que Ega redigira e onde Dâmaso declarava ter sido coagido a assiná-la.
* O intuito de Guimarães era que Ega declarasse que não o considerava bêbado.
* Carlos agride Eusebiozinho por este ter intervindo no caso da Corneta.
* Guimarães confia a Ega – por saber que é íntimo de Carlos – um cofre que continha papéis importantes
e que lhe tinha sido confiado, em Paris, pela mãe de Carlos, antes de morrer.
* Ega fica surpreendido e equivocado quando Guimarães, que estava de partida, lhe pede para entregar o
cofre ou a Carlos ou à irmã.
XVI * Perante a estupefacção de Ega, Guimarães «revela-lhe candidamente» que Maria Eduarda era irmã de
Carlos pensando que Ega estava ao corrente desta situação.
* O que Guimarães relata a Ega, acerca de Maria Eduarda, coincide com a história que esta contara a
Carlos.
* Ega, horrorizado, dirige-se com o cofre ao Ramalhete e resolve pôr Vilaça ao corrente desta situação e
pede- lhe para ser ele a dar a notícia a Carlos.
* Ega procura Vilaça para lhe contar o parentesco entre Carlos e Maria Eduarda e lhe entregar o cofre.
* Ega leu um documento do cofre, assinado por Maria Monforte da Maia, em que declarava que Maria
Eduarda era filha de seu marido, Pedro da Maia, e nora de Afonso da Maia.
* Vilaça entrega a Carlos os papéis do cofre.
* Carlos vai pedir explicações a Ega que lhe conta pormenorizadamente a conversa que tinha tido com
Guimarães.
* Carlos conta ao avô as terríveis revelações, esperançado de que ele soubesse alguma coisa que
pudesse desmentir o que lhe tinha sido contado.
* Afonso da Maia diz a Ega que conhecia a paixão e os amores entre Carlos e Maria Eduarda.
* Carlos dirige-se a casa de Maria Eduarda para esclarecer a situação em que se encontra; todavia não
XVII
consegue fazê-lo; dominado pela paixão e atracção física «dorme com ela em plena consciência da
consanguinidade».
* Carlos regressa ao Ramalhete, vindo de casa de Maria Eduarda e encontra o avô cujos olhos
esgazeados e cheios de horror o fixam profundamente lendo o seu segredo.
* No dia seguinte, Afonso da Maia morre.
* Carlos parte para Santa Olávia.
* Ega revela a Maria Eduarda o sucedido, pede-lhe que parta para Paris e dá-lhe dinheiro e a carta da mãe
onde se revelava o segredo.
* Partida de Maria Eduarda para Paris e de Ega para o Norte. Apanham os dois o mesmo comboio e
despedem-se no Entroncamento onde Ega vê Maria Eduarda pela última vez.

* A Gazeta Ilustrada noticia, na sua coluna do High Life, a viagem de Carlos e de João da Ega.
* Passado ano e meio, Ega regressa a Lisboa e anuncia o seu novo livro: Jornadas da Ásia.
* Nos finais de 1886, Carlos escreve a Ega dizendo-lhe que virá a Portugal, após uma ausência de quase
dez anos.
* Em Janeiro de 1887, Carlos e Ega almoçam no Hotel Bragança.
* Visitam ambos o Ramalhete e comentam o casamento de Maria Eduarda com um fidalgo francês.
XVIII
* Ambos passeiam por Lisboa e comentam a estagnação, a indolência, a decadência e a ociosidade em
que continua mergulhado o país.
* Ambos explanam a sua filosofia e teoria da vida: nada desejar e nada recear e comentam que falharam a
vida, isto é: «falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação».
* Ambos desatam a correr para apanhar o americano que, entretanto, viram ao longe, no escuro, com a
sua lanterna vermelha.

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