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BLUMENAU
2022
DANIELA TALIA MARIOTTO
BLUMENAU
2022
Daniela Talia Mariotto
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título
de Engenheira de Materiais e aprovado em sua forma final pelo Curso de
Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina.
Acadêmica
Banca Examinadora:
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina
Prof. Dr. João Batista Rodrigues Neto
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmão, pela compreensão e carinho, essenciais para o bom
andamento deste trabalho.
A empresa onde este estudo foi conduzido, na qual também realizei meu
estágio e obtive minha primeira experiência profissional.
“Espero que você leve uma vida da qual se orgulhe. Ou que tenha força para começar
tudo de novo”.
Scott Fitzgerald
RESUMO
Figura 1: Microestrutura de ferro fundido nodular, de matriz ferrítica. Ataque: Nital. ..... 21
Figura 2: Estágio de crescimento da grafita esférica e austenita .................................. 24
Figura 3: Crescimento da austenita e grafita no ferro nodular ....................................... 25
Figura 4: Variação do volume específico em função da temperatura, na solidificação
dos ferros fundidos. ........................................................................................................ 25
Figura 5: Principais etapas do desenvolvimento e da produção de componentes obtidos
por processos de fundição de metais. ............................................................................ 27
Figura 6: Tipos de Modelo usados na fundição de areia. a) Modelo sólido, b) Modelo
dividido, c) Modelo Match-Plate, d) Modelo Cope-and-Drag .......................................... 30
Figura 7: Representação gráfica da contração volumétrica desde a temperatura de
vazamento até a ambiente ............................................................................................. 31
Figura 8: Macrorrechupes, microrrechupes e distorções dimensionais. ........................ 34
Figura 9: Microporosidade em ferro fundido nodular. Sem ataque ................................ 35
Figura 10: Solidificação direcional para o alimentador ou massalote ............................ 38
Figura 11: Classificação dos massalotes ...................................................................... 38
Figura 12: Vista a) superior e b) inferior da peça fundida usinada (condição de
fornecimento). Nos balões, indica-se as dimensões aproximadas da mesma ............... 43
Figura 13: Ferramental com o sistema de alimentação original a) modelo superior e b)
modelo inferior................................................................................................................ 44
Figura 14: Ferramental de fundição utilizado inicialmente para a produção das peças
fundidas. ......................................................................................................................... 45
Figura 15: Região onde houve o corte da peça para a análise interna (linha pontilhada
em vermelho) ................................................................................................................. 47
Figura 16: Microrrechupe (circulado em vermelho) encontrado na primeira peça
analisada ........................................................................................................................ 50
Figura 17: Microrrechupe (circulado em vermelho) encontrado na segunda peça
analisada ........................................................................................................................ 50
Figura 18: Microestrutura da região defeituosa da primeira peça analisada. Aumento
100x. Sem ataque .......................................................................................................... 52
Figura 19: Microestrutura da região defeituosa da segunda peça analisada. Aumento
100x. Sem ataque .......................................................................................................... 52
Figura 20: Resultados de solidificação do ferramental antes da modificação indicando a
formação de porosidades destacas em azul. ................................................................. 54
Figura 21: Sistema de alimentação proposto. As setas em vermelho indicam os
massalotes realocados e, as setas em azul indicam os locais onde se encontravam os
massalotes do sistema de alimentação no modelo original. ........................................... 55
Figura 22: Resultados de solidificação do ferramental proposto ................................... 56
Figura 23: Ferramental com novo sistema de alimentação a) modelo superior e b)
modelo inferior................................................................................................................ 57
Figura 24: Identificação dos locais de corte (traços em vermelho) para a análise interna.
....................................................................................................................................... 59
Figura 25: Imagem da análise de sanidade da Peça 1 do molde. As setas indicam as
seções do massalote ...................................................................................................... 59
Figura 26: Imagem da análise de sanidade da Peça 2 do molde .................................. 60
Figura 27: Imagem da análise de sanidade da Peça 3 do molde .................................. 60
Figura 28: Imagens da análise de sanidade das Peças 4, 5 e 6 do molde .................... 61
Figura 29: Microestruturas apresentadas pelas amostras após fundição no novo modeo
de alimentação. a) sem ataque e b) com ataque Nital 3% ............................................. 61
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................15
2. OBJETIVOS .......................................................................................................17
3. JUSTIFICATIVA. ................................................................................................ 18
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................19
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................50
7. CONCLUSÕES ...................................................................................................64
ANEXO A ..................................................................................................................71
1 INTRODUÇÃO
15
contribui para a produção de peças fundidas isentas de rechupe.
Sendo assim, este trabalho tem como intuito realizar um estudo no sistema de
alimentação de um produto em ferro fundido nodular FE 60003 que apresenta a
formação de porosidades na matriz metálica e ainda possui um baixo rendimento
metalúrgico. Dessa forma, além de identificar o tipo e a causa do defeito, buscam-se
soluções para evitar a formação destes defeitos através do uso de software de
simulação e análises macro e microestruturais da peça.
16
2 OBJETIVOS
17
3. JUSTIFICATIVA
18
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
São ligas ferrosas que contêm na sua totalidade ferro, carbono e silício.
Normalmente são classificadas como ferro ligas cujo teor de carbono está acima
2,14%. Porém, na prática, a grande parte dos ferros produzidos contém entre 2,5 e
4,5% de carbono, também chamados pela nomenclatura de fofo (ferro fundido).
Essas ligas apresentam uma reação eutética durante a solidificação e são
classificados como: (CALLISTER, 2017)
a) Ferros fundidos cinzentos São ferros cujo teor de carbono varia normalmente
de 2,5 a 4,0% e silício de 1,0 a 3,0%, as fases formadas na solidificação são
austenita e grafita, segundo o diagrama de equilíbrio estável, sua principal
característica são suas grafitas na forma de veios e sua matriz pode ser ferrita (ferro-
α) ou perlita [ferro-α + cementita (Fe3C)]. O nome é dado em função da superfície
fraturada desta liga, pois possui uma aparência acinzentada, isto em função dos
flocos de grafita. Possuem elevada resistência ao desgaste, elevada resistência à
compressão, possuem boa eficiência na absorção de vibração, alta fluidez e baixo
custo de fabricação (SANTOS e BRANCO et al, 1991).
19
c) Ferros fundidos vermiculares São ferros que possuem resistência a tração
compatíveis com os ferros dúcteis e maleáveis, a sua ductilidade é intermediária
entre o cinzento e nodular (CHIAVERINI, 2008). A sua grafita se apresenta na forma
de um verme, daí o nome de ferro fundido vermicular, é obtido adicionando-se
pequenas quantidades de elementos de liga inferiores ao nodular. Suas principais
características são: maior condutividade térmica, melhor resistência a choques
térmicos e menor oxidação em temperaturas elevadas (SANTOS e BRANCO et
al,1991).
21
6916:2017.
Limite Limite mínimo
Faixa
mínimo de de Alongamento Estrutura
aproximada
Classe resistência escoamento mínimo em metalógrafica
da dureza
a tração (0,2%) - LE (%) predominante
Brinell
(Mpa) (Mpa)
FE 380 240 17 140-180 Ferrítica
38017
FE 420 280 12 150-200 Ferrítica
42012
FE 500 350 7 170-240 Ferrítica e
50007 Perlítica
FE 600 400 3 210-280 Perlítica
60003
FE 700 450 2 230-300 Perlítica
70002
FE 800 550 2 240-312 Perlítica
80002
FE 380 240 17 140-180 Ferrítica
38017
Fonte: Adaptado de ABNT, 2017.
22
C 3,4 a 3,8 3,4 a 3,8 3,4 a 3,8 3,4 a 3,8 3,4 a 3,8 3,4 a 3,8
Si 2,1 a 2,8 2,1 a 2,5 2,8 2,5 a 3,8 2,3 a 2,8 2,1 a 2,8
Mn (máx) 0,3 0,3 0,5 0,5 1,0 1,0
P (máx) 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09
S (máx) 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
Cu - - 0,2 a 0,7 0,5 a 0,10 0,5 a 0,10 0,5 a 0,10
Mg 0,04 a 0,06 0,04 a 0,06 0,04 a 0,06 0,04 a 0,06 0,04 a 0,06 0,04 a 0,06
Fonte: Adaptado de ABNT, 2015.
24
Figura 3: Crescimento da austenita e grafita no ferro nodular.
25
Fonte: Adaptado de BALDAM, 2018.
Ainda vale lembrar que no ferro fundido nodular, a grafita cresce pela difusão de
um halo de austenita, e dessa forma a expansão da grafita durante o avanço da
solidificação se transmite primeiro a este halo, de modo que esta expansão não
compense a contração do líquido e da solidificação da austenita tão
significantemente quanto os ferros fundidos cinzentos, que transmitem sua expansão
diretamente no líquido (GUESSER, 2019).
Durante o resfriamento a difusão do carbono da austenita para a grafita deve
ocorrer até se atingir a linha eutetóide, que corresponde a temperatura de 723ºC do
diagrama ferro-carbono metaestável, posteriormente a austenita sofrerá
transformação de fase dando lugar as fases ferrita (fase com baixa concentração de
carbono) e/ou perlita (fase com maior concentração de carbono constituída de ferrita
e cementita dispostas alternadamente em forma de lâminas) (CALLISTER, 2017;
COMIN, 2013).
4.3 FUNDIÇÃO
26
Fonte: IPT, 2015.
27
Fonte: Adaptado de BEELEY, 2001
28
limpeza da panela, a temperatura e a velocidade de vazamento. Uma velocidade
e altura de vazamento muito alta podem provocar turbulências, ocasionando
erosão da areia e inclusão de grãos na peça. A temperatura muito alta pode
ocasionar o rompimento das paredes dos moldes com espessura de areia muito
pequenas, e também a microestrutura do material é influenciada pela temperatura
de vazamento (KIMINAMI; CASTRO; OLIVEIRA, 2013).
30
de solidificação da liga, a forma, o tamanho e a posição destes vazios ou rechupes
variam (PLUTSHACK; SUSCHIL,1996). Para eliminar esses defeitos nos fundidos,
devem-se utilizar massalotes, que têm as funções de acomodar, em seu interior, as
contrações líquida e de solidificação durante o resfriamento no molde (PLUTSHACK;
SUSCHIL,1996).
O processo Cold Box ou caixa fria é um sistema que utiliza areia aglomerada
com ligantes orgânicos e um catalisador na forma de gás. Este sistema incorpora
uma variedade de resinas e catalisadores (TUTTLE, 2012). O sistema de caixa fria
original que utiliza aglomerante orgânico é o sistema de caixa fria Fenólico Uretano,
e foi introduzido na fundição no final do ano de 1960. Este sistema é constituído de
três componentes, sendo eles:
4.3.4.1 Porosidade
34
Figura 9: Microporosidade em ferro fundido nodular. Sem ataque.
35
O massalote deve fornecer líquido suficiente para alimentar as contrações
volumétricas durante o resfriamento do líquido e durante a solidificação, é de se
esperar que ele se solidifique após a peça ou seção que ele está alimentando.
Dessa forma, ele deve ser dimensionado e estar posicionado corretamente
(STEVEN; BLAIR, 1995; PLUTSHACK; SUSCHIL,1996).
Um projeto de alimentação ou massalotagem deve objetivar ou prover uma
quantidade certa de metal, no lugar certo e no tempo certo. A estas três
considerações podem-se adicionar outras como (STEVEN; BLAIR, 1995;
PLUTSHACK; SUSCHIL,1996):
M =V/S Equação 2
Para que o massalote se solidifique depois da peça, deve-se seguir a “Regra dos
módulos”, ou seja, é necessário que ele possua módulo (M𝑚) superior ao da peça
(M𝑃), conforme a Equação 3 (BALDAM, 2018):
M𝑚 ≥ k. M𝑃 Equação 3
38
Fonte: Adaptada de Brown, 2000.
39
e o peso total do fundido. Logo, minimizar o uso de massalotes e ainda garantir a
sanidade interna da peça deve ser uma busca constante nas fundições (SCHMIDT,
2003).
A simulação nos dias atuais é um diferencial para as fundições e cada vez mais
se torna exigência dos clientes pelo alto grau de confiabilidade, onde custos podem
ser reduzidos e prazos de entrega são minimizados devido a menores chances de
erros.
Dessa forma, percebe-se que nos últimos quinze anos a simulação numérica no
processo de fundição passou a ser reconhecida como uma ferramenta essencial
para a maioria das grandes empresas. Atualmente a simulação numérica tem sido
utilizada para o desenvolvimento de pessoal técnico, além de construir um banco de
dados técnicos que permite o treinamento e a formação técnica em fundição, para o
desenvolvimento de pessoal. Tudo isso estabeleceu uma nova linguagem de
comunicação entre as fundições, seus fornecedores e clientes (OLIVEIRA;
GALHARDI, 2016).
Dessa forma, esses softwares modernos podem simular a solidificação para
moldes de fundição, convertendo os dados resultantes em valores de módulo dos
fundidos. Várias ações possibilitam otimização de alimentação com uso de projetos
de simulação, como o uso de elementos finitos, que determinam a direção da
solidificação, desenho e projeto de sistemas de alimentação (massalotes e canais)
em softwares auxiliares, e simulação de solidificação que otimizam a previsão de
cavidade de contração e com isso, defeitos como rechupe (BALDAM, 2018).
Dessa forma, o MAGMASOFT é um software CAE (Engenharia Assistida por
Computador) usado em fundição que calcula numericamente o comportamento do
material durante a etapa do preenchimento e da solidificação, usando para isso a
Análise de Elementos Finitos. Este software identifica defeitos de fundição e permite
que os usuários visualizem frente de fluxo, fração sólida, módulo de solidificação,
perfis de temperatura e de velocidade. O programa funciona essencialmente da
seguinte forma:
Primeiramente é necessário obter a geometria da peça a ser analisada por um
40
modelamento com uso de software de projeto, como o CAD 3D, para depois ser
importada no formato STL para o software de simulação (MACHADO, 2014). A
segunda etapa é criação da malha, ou seja, a geometria da peça será dividida em
pequenos elementos que serão conectados entre si por pontos, denominados de nós
ou pontos nodais. Esta etapa é a mais importante, pois as análises matemáticas se
darão em função dessas subdivisões da geometria.
As equações matemáticas não serão resolvidas de maneira exata, mas de forma
aproximada por este método numérico. Para a realização dos cálculos, o MAGMA
faz o uso do método de volumes finitos, as equações aproximadas são obtidas a
partir da integração de equações diferenciais em um volume de controle de
geometria conhecida, utilizando um conjunto de malhas estruturadas (VAZ, 2015).
A malha computacional é uma representação do plano físico utilizado na
simulação numérica. Ela é composta por linhas e pontos, estes pontos, onde as
linhas se interceptam servem como orientação para os cálculos de propriedades
físicas baseados em modelos matemáticos (MALISKA, 1995). Desta forma, quanto
menor for o tamanho e maior for o número de elementos em uma determinada
malha, maior a precisão nos resultados da análise, contudo maior será o tempo de
cálculo total (SORIANO, 2003).
Depois da criação da malha, é necessário definir os parâmetros do processo, ou
seja, fornecer ao software informações como o material a ser fundido, a temperatura
de vazamento do metal bem como o tipo de molde utilizado (MACHADO, 2014).
A última etapa consiste na análise dos resultados, que permitirá observar o
comportamento do material durante o processo de solidificação.
41
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 MATERIAIS
42
Figura 12: Vista a) superior e b) inferior da peça fundida usinada (condição de
fornecimento). Nos balões, indica-se as dimensões aproximadas da mesma.
Fonte: A autora.
43
duas peças por massalote (centrais) e 1 massalote justaposto a peça. Todos os
massalotes possuem diâmetro de 48,5 mm e altura de 88 mm cada. O rendimento
metálico indicado era de 55% com a utilização de filtro cerâmico de 20ppi. A
temperatura de vazamento está contida no intervalo de 1380ºC a 1390ºC. O
ferramental com o sistema de alimentação original é mostrado na Figura 14 abaixo.
Fonte: A autora.
44
estabelecidos no seu projeto de utilização. Aliado a isso, tinha-se o baixo rendimento
metalúrgico, que contribuía para o aumento de custos e também no tempo maior de
quebra de canal e rebarbação nas regiões do sistema de alimentação com os
massalotes centrais. Com isso, havia uma suspeita de que o sistema de alimentação
(canais e massalotes) utilizado não atendia ao esperado, necessitando, portanto, de
análise e reprojeto, se necessário.
Fonte: A autora.
5.2 MÉTODOS
45
Para a minização ou eliminação dos problemas observados no projeto inicial do
ferramental de fabricação dos moldes de fundição foi necessário o entendimento
sobre o processo de alimentação de ferros fundidos nodulares e o entendimento das
variáveis que deverim ser controladas no processo para se obter a peça sem defeitos.
Figura 15: Região onde houve o corte da peça para a análise interna (linha
pontilhada em vermelho).
Fonte: A autora.
Para a preparação dos cortes foi utilizada uma serra fita vertical de bancada
1
Buscar a presença de descontinuidades internas como rechupes, trincas e porosidade com o
corte da peça em diferentes direções.
47
com o uso de refrigeração. Não houve necessidade de lixamento e polimento devido
a dimensão dos defeitos, facilmente identificáveis à olho nu. Contudo, para
diagnóstico das dimensões aproximadas do defeito foi utilizado um paquímetro.
Após a etapa de localização dos defeitos e retirada das amostras, estas foram
lixadas com lixas de grana 150, 320 e 600, e polidas com suspensão de alumina de
1μm. Após o polimento das amostras, as mesmas foram atacadas com com solução
Nital 3%, e posteriormente analisadas em microscópio óptico (Olympus, modelo 41M-
LED) para a identificação do tipo de defeito, e de sua microestrutura.
48
moldagem Cold Box.
49
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: A autora.
50
Fonte: A autora.
Dessa forma, foi possível constatar que ambas peças analisadas por
apresentarem rechupes visíveis estavam fora dos critérios estabelecidos pelo cliente.
Por essa razão, não houve a necessidade de buscar por mais defeitos na peça.
51
Figura 18: Microestrutura da região defeituosa da primeira peça analisada.
Aumento 100x. Sem ataque.
Fonte: A autora.
52
Fonte: A autora.
Peça
Fonte: A autora.
54
Fonte: A autora.
55
Fonte: A autora.
56
Fonte: A autora.
Como pode ser observado na Figura 24, nesta nova configuração houve a
retirada dos massalotes centrais do canal de alimentação e, o massalote que estava
justaposto a peça foi realocado sob a região que apresentou o defeito na condição
original. Nesta estrutura foram fundidas 6 peças ao todo, correspondentes a um
molde e foram analisadas quanto a sua sanidade para a validação do projeto.
57
Fonte: A autora.
A segunda validação foi o corte para análise da sanidade nas 6 peças, sendo
cada uma fatiada em 4 partes, conforme a Figura 25. O padrão de corte foi escolhido
de modo que toda a condição interna da peça fosse visualizada uniformemente ao
longo das seções.
58
Figura 24: Identificação dos locais de corte (traços em vermelho) para a
análise interna.
Fonte: A autora.
59
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
60
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
61
Fonte: A autora.
62
Como pode ser evidenciada pelas micrografias, há a formação de grafita de
morfologia tipo VI. Com relação ao tamanho da grafita, observou-se uma
predominância da grafita de tamanho 5 – 7. O grau de nodularização ficou em 98%.
63
7 CONCLUSÕES
64
8 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
65
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. NBR NM ISO 6506-1. Materiais Metálicos - Ensaio de dureza Brinell - Parte
1: Método de ensaio. p. 8 – 26. 2010.
BLAIR, M. et al. Predicting the occurrence and Effects of Defects in Castings. JOM.
(2005), may. P 29-34.
CASOTTI, Bruna Pretti; BEL FILHO, Egmar del; CASTRO, Paulo Castor de. Indústria
66
de fundição: Situação atual e perspectivas. Disponível
em:<https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/1721/2/A%20BS%2033%20Ind
%>. Acesso em: 01 maio 2022.
GUESSER, Wilson Luiz. Propriedades mecânicas dos ferros fundidos. São Paulo,
SP: Blucher, 2019.
67
IPT. Projeto busca superar desafios na produção de peças de ferro fundido com
maior aproximação de equipes do IPT e da Tupy. Disponível em:
https://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=899. Acesso em: 10 junho de 2022.
68
MÜLLER, Arno. Solidificação e análise térmica dos metais. Porto Alegre, RS: Editora
da UFRGS, 2002. 278 p.
69
castings - a review. International Journal of Cast Metals Research. (2005), vol.18 No.
3 p 129-143.
TUTTLE, Robert B. Foundry engineering: the metallurgy and design of castings. s.l.:
s.n., c2012. 331 p.
70
ANEXO A
71