Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título: Projeto de Sistema de Climatização para IFPR – Campus Jacarezinho.
Coordenador: Luiz Eduardo Pivovar
Vice-Coordenador:_____________________________________________________________
Colaborador(es):_______________________________________________________________
Bolsista(s):____________________________________________________________________
Voluntário(s):__________________________________________________________________
Programa de bolsa: ( ) PIBIC/IFPR ( ) PIBIC/CNPQ ( ) PIBIC/FA ( ) PIBIC – Jr
( ) PIBEX – EM ( ) PIBEX – Graduação ( ) PRADI ( x ) Não se aplica
( ) Outro: ____________
2.1. Resumo do projeto: O principal objetivo desta etapa do trabalho foi realizar um
levantamento dos equipamentos de climatização instalados no IFPR – Campus Jacarezinho,
bem como apresentar um primeiro valor de carga térmica para o referido edifício e realizar
uma comparação entre elas. Para tanto, inicia-se o trabalho com o levantamento dos
equipamentos de climatização presentes nos ambientes, bem como, a coleta de dados relativos
às fontes de calor das salas. Após isso, realiza-se um estudo conceitual das metodologias
utilizadas no cálculo da carga térmica de edificações para o desenvolvido da planilha eletrônica
associada. Por fim, a planilha foi aplicada para a obtenção da carga térmica do Instituto Federal
– Campus jacarezinho. Pode- se constatar que, de maneira geral, a maior parte da carga
térmica dos blocos está associada à insolação, ou seja, ao recebimento de calor através de
vidros e telhado. Para o bloco 01, a parcela dos vidros foi de 23% e dos telhados de 34%. Esses
dados indicam que os valores de carga térmica podem ser atenuados por meio de soluções
passivas de engenharia, como a implantação de mantas térmicas no forro e películas plásticas
Vale ressaltar que esses dados constituem- se como parâmetros gerais referente a
maioria dos ambientes analisados. Em relação a ambientes que exijam condições especiais de
funcionamento – como salas de infra estrutura; equipamentos elétricos e laboratório de
química – a norma NBR16401 estabelece que os dados de temperatura e umidade devem ser
estabelecidos de acordo com exigências especificas para cada ambiente.
Na figura 6, é apresentado o zoneamento térmico para o Bloco 02, onde são locadas
salas de aula e a cantina.
Na figura 7, é apresentado o zoneamento térmico para o Bloco 003, onde são locadas
salas de aula.
Figura 9. Bloco 04
DADOS GERAL
DADOS PROJETO LOCALIZAÇÃO CONDIÇÕES EXTERNAS
CONFORTO PROCESSO
Horas Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Horas Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom
01:00 01:00
02:00 02:00
03:00 03:00
04:00 04:00
05:00 05:00
06:00 06:00
07:00 1 1 1 1 1 07:00
08:00 1 1 1 1 1 08:00
09:00 1 1 1 1 1 09:00
10:00 1 1 1 1 1 10:00
11:00 1 1 1 1 1 11:00
12:00 1 1 1 1 1 12:00
13:00 1 1 1 1 1 13:00
14:00 1 1 1 1 1 14:00
15:00 1 1 1 1 1 15:00
16:00 1 1 1 1 1 16:00
17:00 1 1 1 1 1 17:00
18:00 1 1 1 1 1 18:00 1 1 1 1 1
19:00 19:00 1 1 1 1 1
20:00 20:00 1 1 1 1 1
21:00 21:00 1 1 1 1 1
22:00 22:00 1 1 1 1 1
23:00 23:00 1 1 1 1 1
24:00 24:00
e1 e 2 en
Rt = + + Equação 1
k1 k2 k n
A partir desse parâmetro determina-se o coeficiente global de transmissão de calor da
cobertura, de acordo com a equação 2.
1
U= Equação 2
Rt
Onde:
e= espessura do material (m)
0,015 0 , 2 0,015
Rt = + +
0 ,33 0 , 90 0 ,35
20
0 ,02 0 , 2 0 , 02 m C
ℜ= + + =0 , 61
1, 15 0 ,35 1 ,15 W
20
0 ,02 0 , 03 0 , 14 0 , 03 0 , 02 m C
Rd= + + + + =5 , 6
1, 15 0 , 35 0,026 0 , 35 1 , 15 W
20
0 , 61 x 5 , 6 m C
Rt = =0 , 55
0 , 61+ 5 ,6 W
Em relação aos pisos, considera-se um piso de concreto com espessura de 20cm, logo:
K = 0,5W/m.K
U= 2,5 W/(m².K)
A presença de um Brise Metálico localizado na faixada norte dos pavimentos, contribui
para diminuir o coeficiente de sombra associado às janelas, o qual é definido como a razão
entre o ganho de calor solar de um vidro qualquer e o de um vidro padrão de 3mm incolor, não
sombreado. Destaca-se que quanto menor for o coeficiente de sombra de um vidro, maior a
proteção que ele oferece (ASHRAE)
Para um Brise metálico de espessura igual a 1 cm, tem-se um coeficiente de sombra
igual a 0,33 (ASHRAE).
Para o cálculo da carga térmica foi desenvolvida uma planilha eletrônica utilizando o
software excel. A carga simultânea para o setor de conforto do bloco 01 é de 57,6 TR. Para os
estudos de viabilidade econômica foi utilizada a carga simultânea com um fator de segurança,
totalizando em 60 TR
De acordo com os dados de condições térmicas obtidas por meio da NBR16401 e dados
técnicos, é apresentado o resumo das cargas térmicas máximas para cada ambiente que
compõem as instalações do bloco 01. Esses dados são apresentados na tabela 4.
TOTAL 58,1 TR 53,6 TR 4,5 TR 26,5 m²/TR 2,67 W/(m².K) 1,32 m²/m² 20 %
A partir dos resultados das cargas térmicas foi possível identificar o período crítico para
o sistema de ar condicionado, ou seja, a carga térmica pontual de maior valor corresponde ao
mês de janeiro, durante o período da tarde. Os valores máximos de carga térmica mensal estão
indicados na tabela 5.
60,0 TR
57,6 TR 56,2 TR 56,5 TR 56,7 TR
50,0 TR 54,2 TR 54,8 TR
52,8 TR
48,6 TR
46,2 TR
40,0 TR
41,3 TR
39,8 TR
38,1 TR
30,0 TR
20,0 TR
10,0 TR
0,0 TR
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A carga simultânea para o setor de conforto do bloco 02 é de 168,5 TR. Para os estudos
de viabilidade econômica foi utilizada a carga simultânea com um fator de segurança,
totalizando em 170 TR
De acordo com os dados de condições térmicas obtidas por meio da NBR16401 e dados
técnicos, é apresentado o resumo das cargas térmicas máximas para cada ambiente que
compõem as instalações do bloco 02. Esses dados são apresentados na tabela 6.
TOTAL - 169,4 TR 135,9 TR 33,5 TR 10,1 m²/TR 2,72 W/(m².K) 2,22 m²/m² 31 %
A partir dos resultados das cargas térmicas foi possível identificar o período crítico para
o sistema de ar condicionado, ou seja, a carga térmica pontual de maior valor corresponde ao
mês de janeiro, durante o período da tarde. Os valores máximos de carga térmica mensal estão
indicados na tabela 7.
100,0 TR
80,0 TR
60,0 TR
40,0 TR
20,0 TR
0,0 TR
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A carga simultânea para o setor de conforto do bloco 02 é de 26,3 TR. Para os estudos
de viabilidade econômica foi utilizada a carga simultânea com um fator de segurança,
totalizando em 30 TR
De acordo com os dados de condições térmicas obtidas por meio da NBR16401 e dados
técnicos, é apresentado o resumo das cargas térmicas máximas para cada ambiente que
compõem as instalações do bloco 02. Esses dados são apresentados na tabela 8.
TOTAL 26,3 TR 20,8 TR 5,6 TR 12,6 m²/TR 2,90 W/(m².K) 1,59 m²/m² 16 %
10,0 TR
0,0 TR
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A carga simultânea para o setor de conforto do bloco 02 é de 33,4 TR. Para os estudos
de viabilidade econômica foi utilizada a carga simultânea com um fator de segurança,
totalizando em 35 TR
De acordo com os dados de condições térmicas obtidas por meio da NBR16401 e dados
técnicos, é apresentado o resumo das cargas térmicas máximas para cada ambiente que
compõem as instalações do bloco 02. Esses dados são apresentados na tabela 10.
TOTAL 33,4 TR 27,6 TR 5,8 TR 11,3 m²/TR 2,35 W/(m².K) 2,30 m²/m² 19 %
10,0 TR
0,0 TR
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
A maior dificuldade associada a esse trabalho foi obter as plantas arquitetônicas dos
edifícios, tendo em vista que tais documentos não se encontram no campus de Jacarezinho,
objeto desse estudo de caso. Foi necessário solicitá-los junto ao departamento responsável na
reitoria. Esse processo foi um pouco demorado.
A obtenção de dados climáticos referentes à idade de Jacarezinho também foi um fator
que dificultou o andamento do trabalho, sobretudo no que diz respeito aos dados de insolação
da região. Neste caso, foram utilizados dados de insolação da cidade de Londrina. Por fim, a
obtenção de dados técnicos e construtivos também foi dificultada, pelo fato de que o setor de
engenharia do IFPR encontra-se centralizado na reitoria.
2.6. Discussão:
Os dados de carga térmica obtidos, indicaram que os valores máximos concentram -se
nos meses de Janeiro e Dezembro, como indicam as tabelas de 4 a 11, sendo que o maior valor
encontrado corresponde ao bloco, por ter maior área ocupacional e maior ocupação
populacional.
A figura 12 indica a distribuição das fontes de calor, para cada bloco analisado. Pode- se
constatar que de maneira geral, a maior parte da carga térmica dos blocos está associada à
insolação, ou seja, ao recebimento de calor através de vidros e telhado. Para o bloco 01, a
parcela dos vidros foi de 23% e dos telhados de 34%. Esses dados indicam que os valores de
carga térmica podem ser atenuados por meio de soluções passivas de engenharia, como o
implantação de mantas térmicas no forro e películas plásticas nos vidros. Tais medidas,
proporcionariam um menor custo tanto na implantação quanto na utilização do sistema de
climatização.
Infiltração
2%
Pessoas Telhado
15% 34%
Vidros Piso
23% 0%
Par. Ext Par. Int. Telhado Piso Vidros Pessoas Iluminação Equipam. Ventilação Infiltração
a) Bloco 01
Infiltração
1%
Ventilação Par. Ext
Equipam. 2%
10% Par. Int.
9%
Iluminação 2%
4% Telhado
12%
Piso
0%
Vidros
15%
Pessoas
45%
b) Bloco 02
Infiltração
1%
Ventilação
Equipam. 2% Par. Ext
10% 14%
Par. Int.
Iluminação 1%
5%
Telhado
14%
Piso
Vidros 0%
4%
Pessoas
49%
b) Bloco 03
Infiltração
1%
VentilaçãoPar. Ext
Equipam.2%
8%Par. Int.
9% 2%
Iluminação
4%
Telhado
25%
Pessoas Piso
40% 0%
Vidros
9%
d) Bloco 04
Fonte: próprio autor
4. BIBLIOGRAFIA:
- ASHRAE, 2008, ASHRAE Handbook – HVAC Systems Equipment (SI), American Society of
Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning, Inc.
STOECKER, Wilbert F. Refrigeração e Ar condicionado. Editora McGraw- HILL. São Paulo, 1985.
___________________________________________
Assinatura do Coordenador do Projeto