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INSTITUTO DE LOGÍSTICA DA AERONÁUTICA

DIVISÃO DE ENSINO
::: SEÇÃO DE AVALIAÇÃO :::
TRABALHO AVALIADO INDIVIDUAL

2S DIEGO MARADONA ROCHA DE MELO – ALA 12

Curso de Atualização de Mantenedores/2021


Noções de Metrologia Aeronáutica

RIO DE JANEIRO, 2021


INTRODUÇÃO

Com a convivência em sociedade, manifestou-se a necessidade de aferir dimensões para ter precisão dos
tamanhos ou espaços com o intuito de que as criações idealizadas na época pudessem ser confeccionadas de
modo apropriado. Atualmente com o aperfeiçoamento da tecnologia é fundamental que essas medidas
tornem–se cada vez mais precisas. Em nossa atividade fim, operamos com equipamentos de alta precisão
para que as falhas sejam mitigadas, de modo que as operações realizadas pelas aeronaves da FAB como
transporte logístico, defesa aérea, busca e salvamento, entre outras, sejam concluidas com extrema
eficiência.

LABORATÓRIO

Foi realizado visita no laboratório de Metrologia da Ala12, sediada em Santa Cruz.


O laboratorio utiliza-se do SISMETRIA e segue as normas definidas na NSCA9-4 Laboratório Setorial,
sendo subordinado ao Laboratório Regional situado no PAMA-GL

CADEIA DE RASTREABILIDADE

Com o propósito de apresentar uma adequada confiabilidade metrológica, os diversos laboratórios de


calibração dispõem-se a cumprir com uma lista de procedimentos que asseguram a rastreabilidade do
equipamento. Baseando-se no dicionário metrológico que unificou os termos metrológicos, o VIM-
Vocabulário Internacional de Medidas, identificamos que a rastreabilidade é a caracteristica do resultado de
uma aferição ou a similaridade de uma dada medição estar relacionado a uma referência estabelecida,
normalmente nacional ou internacional, mediante uma série ininterrupta de comparações, aplicando-se em
cada caso as incertezas da medição. Na figura 1 identificamos a pirâmide de rastreabilidade do SISMETRA,
onde o nível de precisão pode ser assemelhado a quantidade de casas decimais utilizados nas medições, ou
seja , ao ser utilizado uma quantidade maior de casas decimais isso se traduz numa maior qualidade do
laboratório.
(Figura 1- Rastreabilidade metrológica no SISMETRA)

APOIO LOGÍSTICO AS UNIDADES

As unidades sediadas na Base aérea de Santa Cruz são atendidas pelo laboratório Setorial de Santa Cruz. As
unidades 1ºGAVCA operam as aeronaves F-5EM, 1º/7º GAV com os P-3AM, 3º/8ºGAV operando com os
helicópteros H-36(Caracal), 3°ETA com os C-95(Bandeirantes), GLOG-12( Grupo Logístico), DTCEA e
1°/1°GCC , recebem apoio logístico e de manutenção do laboratório metrológico de santa cruz.Entre as
diversas assistências que são prestadas pelo laboratório, ressalto a necessidade de calibração especifica e a
calibração precisa das ferramentas de aferição.

PROCEDIMENTO DE RECEBIMENTO DE MATERIAL

Os itens que chegam ao Laboratório Setorial de Santa Cruz seguem os processos descritos no
fluxograma da figura 2, desde sua entrada até sua liberação pelo laboratório.

A maior parte dos itens calibrados neste laboratório é composta por torquímetros, manômetros,
tensiômetros e multímetros. Estes ítens são usados em todos os projetos
operados na ALA 12, obviamente cada projeto tem sua especificação própria.

Além dos itens mencionados acima o laboratório possui também a capacidade de calibrar outros itens
que não são comumente solicitados como osciloscópios, thermocouples, testes de circuito de ignição,
valise entre outros.

(Figura 2. Fluxograma de Processos do LSC-SC)

PROCESSO DE CALIBRAÇAO
Depois de se certificar da temperatura ambiente, o operador realizara uma analise da última Folha de
Informação de Calibração (FICA), que é um lembrete de cálculo do item. Além disso, cada laboratório possui
um livro, no qual as informações tecnicas como: PN, SN, Data de Chegada, Data de Saída e Técnico
Responsável são lançadas. Essas precauçoes servem para que haja um controle maior dos itens de entrada e
saida na seçao. As FICA’s são baseadas nas Ordens Técnicas (TO) do fabricante e pra cada segmento de
leitura são efetivadas três aferiçoes. No cabeçalho da FICA (figura 3), estão todos os dados necessários para a
correta rastreabilidade do item. Informações como a TO utilizada, OS, Técnico executante, temperatura
ambiente, número do memorial e padrão utilizado na calibração com seu respectivo memorial devem constar
na FICA. Durante as aferiçoes, o técnico fará três leituras (figura 4), com as quais irá obter um valor médio
cujo valor estará associado a um erro médio. O valor médio deverá estar dentro da tolerância da faixa de
medição para que a leitura seja classificada como “Ok”. Caso o valor esteja fora dessa faixa, a leitura será
classificada como “fora”. No entanto, caso a leitura esteja “fora”, caberá ao técnico avaliar se o equipamento
precisa ser encaminhado ao LRC-GL ou se os mantenedores podem usá-lo com auxílio de uma tabela de
referência. A verificação da FICA em equipamentos com etiqueta amarela é fundamental, para que as
medidas sejam interpretadas corretamente pelos usuários

(Figura 3- Cabeçalho da FICA)

(Figura 4- Leitura no memorial de Calibração)

Ao termino da calibração, conforme os dados observados da FICA, o operador realizara o processo de


etiquetagem do EMP com as etiquetas do SISMETRA (Figura 5). Na etiqueta, o técnico acrescentara as
informações como: PN, SN, TO, Observações, Número da FICA e data da validade do equipamento.
Posteriormente o item sera direcionado ao setor de expedição, onde terá sua OS concluída e será retornado ao
detentor do material. Em relação a controle de datas de validade, todo mês é enviada uma relação com todos
os itens calibráveis e a situação atual de cada um deles ao Comando da OM. Os itens podem ter os status: Em
calibração, Aguardando Manutenção, Calibrado e Calibração Atrasada.

(Figura 5, Etiqueta de calibração EQ3)

EQUIPAMENTOS E PADROES AFERIDOS NA LSC

A seguir algumas imagens e informações sobre os equipamentos utilizados pelo Laboratório Setorial
de Calibração de Santa Cruz.

5500A
TDS 540 C

HP 34401A
TORQUE TEST
REFERÊNCIAS

ICA 66-12, Metrologia nos Sistemas de Material Aeronáutico e Bélico. Comando da Aeronáutica, 2013.

NSCA 9-1, Sistema de Metrologia Aeroespacial. Comando da Aeronáutica, 2014.

NSCA 9-4, Estrutura Funcional do Sistema de Metrologia Aeroespacial. Comando da Aeronáutica, 2009.

VIM, Vocabulário Internacional de Metrologia. INMETRO, 1a Edição. Rio de Janeiro, 2012.

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