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Unid 5 - Eleições & Participação Política
Unid 5 - Eleições & Participação Política
Material teórico
Eleições e Participação Política
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização
Quando votamos em um político, é para que ele nos represente; ou seja, para que seja
um representante de nossos interesses junto às estruturas de poder, aqueles que, por meio de
políticas públicas, teriam em tese poder efetivo para tornar nossas vidas melhores.
A grande mídia também teria um papel decisivo a cumprir nessas relações, para
denunciar e cobrar ações punitivas que rompam com esses esquemas. Mas qual é a condição
de imparcialidade da grande mídia, para denunciar a uns segundo alguns critérios, e a outros
segundos outros imperativos?
Adicione-se a este quadro a questão do marketing político, cada vez mais voltado a
elaboração de uma imagem para aquele que se propõe representar os interesses do povo,
desassociada de projetos concretos para o exercício da representatividade.
Nesta unidade, vamos tratar criticamente dessas questões, escapando dos simplismos
aforísticos que via de regra, professando fé inabalável num complicado e desigual progresso e
no desenvolvimento capitalista, eivado de contradições, se limitam a rasas e ideológicas
definições.
Democracia e Representatividade
Escultura de Pisístrato.
Contudo, representatividade e
democracia só são correspondentes, ou a
representação só se torna democrática, quando
suas relações forem caracterizadas pelos
seguintes aspectos:
Revolução Francesa
Esses três aspectos devem se constituir como processo, dinâmico e contínuo, em que a
soberania popular se imponha à presença de um soberano; processo, portanto, de
democratização da representação.
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Veja abaixo a imagem em: vila.vgk.unizd.hr/~msoric07/Osobe/Habermas.htm
Adicione-se a este quadro a questão do marketing político, cada vez mais voltado a
elaboração de uma imagem para aquele que se propõe representar os interesses do povo,
desassociada de projetos concretos para o exercício da representatividade. Evidentemente,
isso só é possível graças ao rebaixamento do grau de consciência política do eleitorado
mediano sobre os próprios princípios da democracia e da representatividade, pois cada vez
mais se verifica a ascensão de políticos que não detêm projetos claros para o exercício de sua
representatividade em nome do povo; o que não está desassociado do colapso do ensino e de
outros meios necessários à disseminação de valores democráticos e de cidadania.
Reunido desde setembro de 1814 até junho do ano seguinte, o Congresso de Viena foi uma das
conferências de maior importância na história das relações internacionais.
Para que se opere uma democracia de fato, as classes oprimidas nas desiguais relações
de produção devem cobrar o seu papel nas decisões das quais não pode se furtar, haja vista o
perigo já tratado aqui de não estarem sendo, de fato, representadas. Desta forma, pode-se
conceber o estabelecimento do papel de agente histórico a cada um de nós, aptos a interagir
com a História, moldá-la e invertê-la enquanto a construímos no embate cotidiano das lutas
por direitos.
A necessidade de estabelecimento de
políticas que minimizem as desigualdades
sociais, que passa necessariamente pela re-
significação do que se entende por
democracia, fica evidente quando ao voltar
ao séc. XIX, citando o diplomata brasileiro
Hipólito José da Costa Pereira Furtado de
Mendonça (1774-1823) às vésperas da
independência, Comparato concluiu que a
participação popular na reestruturação
política opunha-se ao interesse das classes
dominantes e passava por seu desprezo ao
povo, tendo de fato boa parte de seus
privilégios assistidos pelo projeto imperial.
O autor propõe assim uma reformulação das instituições que já operam secularmente
em favor das classes dominantes, para que possam atender aos anseios populares, levando
assim a uma possível regeneração de nossa vida política.
Material Complementar
• Brasil: Muito Além do Cidadão Kane; dir.: Simon Hartog, Brasil, documentário,
colorido, 1993.
Referências
BARROS, Edgard Luiz; FARIA, Antonio Augusto. O retrato do velho. São Paulo: Atual,
1984.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2004.
FAYARD, J.; FIERRO, A.; TULARD, J. Historia da Revolução Francesa. Lisboa: Livos do
Brasil, 1989.
FLORENZANO, Maria Beatriz Borba. A cidade, o estado, a pólis. São Paulo, 2009,
Disponível em: 22.09.2009 http://www.mae.usp.br/labeca.
MORTON, A.L. A História do povo inglês. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970.
TOCQUEVILLE, Alexis de. O antigo regime e a revolução. Brasília: Ed. UnB, 1997.
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