Você está na página 1de 36

BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes

2o ano – 4o Bimestre

LO

7
TU

CA

ARTRÓPODES

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 1 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Características gerais dos artrópodes


Apresentam corpo metamerizado e revestido por exoesqueleto quitinoso.
São dotados de apêndices articulados (pernas, antenas, peças bucais etc.),
característica que dá nome ao filo.

LARVA Metâmeros
ADILSON SECCO

ADULTO

Asas

Antena

Olho

Peças
bucais Pernas

CABEÇA TÓRAX ABDÔME

TAGMAS

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 2 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Devido a sua rigidez, o exoesqueleto não permite o crescimento do corpo;


por isso, os artrópodes precisam trocá-lo periodicamente para poder crescer.
A troca de exoesqueleto, denominada ecdise, ou muda, pode ocorrer várias
vezes ao longo da vida do animal.

Crescimento após ecdise


TAXA DE CRESCIMENTO

Gráfico que mostra o crescimento descontínuo de


um artrópode; há fases longas sem crescimento,
intercaladas com fases curtas, logo após as ecdises,
em que há grande aumento de tamanho corporal.
Eclosão do ovo Adulto
TEMPO

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 3 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Diversidade dos artrópodes


Crustáceos
Têm dois pares de antenas, e o corpo geralmente é dividido em cefalotórax
e abdômen.
A maioria é dioica. Em algumas espécies o desenvolvimento é direto, em
outras, indireto.
Exemplos: siris, caranguejos, camarões, cracas e tatuzinhos-de-jardim.
Olho Branquiostegito
composto Cefalotórax (carapaça sobre
Rostro
as brânquias)

Abdome

1a antena
2o
3a maxilípede 1o
4o
3o Télson
5o Representação esquemática do aspecto
Pleópodes externo de um camarão. O esquema
2 antena
a Pereiópodes
Urópodes mostra apenas os apêndices de um dos
lados; as maxilas e os dois primeiros
maxilípedes não estão mostrados.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 4 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Quelicerados
Apresentam um par de quelíceras, estruturas afiadas que participam
da captura de alimento, e o corpo é geralmente dividido em cefalotórax
e abdômen.
São dioicos, a fecundação é interna e o desenvolvimento, direto.
Exemplos: aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros.

VISTA DE CIMA VISTA FRONTAL Olhos simples

Pernas Região
frontal do
prossomo

ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA


Opistossoma Pedipalpo Quelícera
(abdômen)
Quelícera
Ânus
Olhos simples
Fiandeira VISTA LATERAL
Glândulas
Olhos de veneno
simples

Prossoma
(cefalotórax) Quelícera

Anatomia externa de uma aranha. Aguilhão

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 5 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Myriapoda (miriápodes)
Os miriápodes se dividem em:
Quilópodes – mais conhecidos são as centopeias e as lacraias. Têm o corpo
formado por cabeça e tronco. Na cabeça há um par de antenas. O tronco é
alongado e constituído por um número de metâmeros que varia entre 15 e
170, dependendo da espécie. Cada metâmero tem um par de pernas.
Diplópodes – os representantes mais conhecidos são os piolhos-de-cobra.
Vivem em ambientes úmidos, sob folhas e troncos em decomposição. Têm
corpo formado por cabeça, tórax e abdome. A cabeça é pequena, com um
par de antenas. O tórax é curto, formado por apenas quatro metâmeros;
o segundo, o terceiro e o quarto metâmeros torácicos têm, cada um, um
par de pernas. O abdome é longo, formado por 25 a 100 metâmeros. Cada
segmento abdominal é formado por dois metâmeros fundidos e, por isso,
apresentam dois pares de pernas.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 6 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Hexápodes
Apresentam três pares de pernas e um par de antenas.
A maioria pertencente ao grupo dos insetos, os únicos invertebrados
capazes de voar.
São dioicos e apresentam fecundação interna. O desenvolvimento pode ser
direto ou indireto.

ASAS LEVANTADAS ASAS ABAIXADAS

ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA


Tergo abaixado Tergo levantado

Pleura
Músculos
Músculos tergoesternais
longitudinais contraídos
distendidos Esterno Músculos Músculos
longitudinais tergoesternais
contraídos distendidos

Antagonismo dos músculos de voo dos insetos: a contração de


músculos tergoesternais levanta as asas e a contração de músculos
longitudinais as abaixa.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 7 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Anatomia e fisiologia dos artrópodes


Artrópodes têm sistema muscular bem desenvolvido. Os músculos fixam-se
às partes internas do exoesqueleto e funcionam em antagonismo.
Os insetos são os únicos invertebrados capazes de voar. Suas asas
são es trut uras laminares revestidas por exoesqueleto quitin oso. Nelas
pod em-se distinguir linhas mais espessas, as nervuras, no interior das
quais circula hemolinfa.
A estrutura e a função dos apêndices bucais apresentam grande
diversidade entre as espécies, refletindo sua adaptação ao tipo de
alimentação. A digestão nos artrópodes é extracelular.
Os artrópodes têm sistema circulatório aberto ou lacunar.
Nervuras
das asas
Corações
Antena acessórios
CECÍLIA IWASHITA

Aorta
Cabeça Coração
Óstio
Representação esquemática do sistema circulatório
aberto de um inseto. As setas verdes indicam o sentido
Abdome do fluxo da hemolinfa pelo corpo, impulsionada pelas
contrações do coração. As setas pretas indicam o
Pernas
retorno da hemolinfa ao coração.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 8 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Nos insetos, o grande vaso dorsal apresenta uma porção dilatada, o coração. A
hemolinfa transporta apenas nutrientes e excreções; os gases circulam em um sistema
separado, o sistema traqueal.
Nos crustáceos, o coração situa-se no cefalotórax e a hemolinfa passa pelas
brânquias, onde ela é oxigenada. Ela também transporta gases respiratórios. Na
maioria das espécies de crustáceo, a hemolinfa contém hemocianina.
Os crustáceos apresentam respiração branquial. Essas brânquias são estruturas
filamentosas, ricas em vasos capilares, que se projetam da superfície de certas
regiões do corpo do animal. A passagem de água entre os filamentos branquiais
permite a troca de gases.
Parede
Insetos, quilópodes, diplópodes, alguns Espiráculos
abdominais
do
corpo
carrapatos e algumas aranhas têm respiração

CECÍLIA IWASHITA
Traqueia
traqueal. As traqueias são tubos ocos que
partem de aberturas corpóreas, os espiráculos.
O ar atmosférico penetra através deles e Espiráculo
difunde-se pelas grandes traqueias, que se Células
ramificam e atingem todas as células. O gás musculares Ramificações das
traqueias (traquéolas)
carbônico produzido no metabolismo celular Representação esquemática do sistema
faz o caminho inverso. traqueal.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 9 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Muitos aracnídeos têm estruturas respiratórias denominadas filotraqueias,


localizados no interior do abdome e em comunicação com o exterior através
do poro respiratório. As filotraqueias são formadas por lâminas de tecido onde
circula hemolinfa. O ar atmosférico que penetra pelo poro respiratório circula
entre as lâminas oxigenando a hemolinfa e dela recebendo gás carbônico.
Nos artrópodes há três tipos principais de sistema excretor: glândulas
antenais, túbulos de Malpighi e glândulas coxais.
As glândulas antenais, típicas dos crustáceos, correspondem a tubos com
uma extremidade fechada e outra que se abre em um poro excretor. Têm
partes que filtram a hemolinfa e removem dela as excretas.
Os túbulos de Malpighi estão presentes em insetos e em alguns
aracnídeos. Esses túbulos filtram a hemolinfa, dela removendo as excreções,
que são lançadas no intestino e eliminadas com as fezes.
Túbulo de Malpighi (com
extremidade removida)
CECÍLIA IWASHITA

Cloaca Representação esquemática do sistema


Cavidade excretor de um inseto, constituído por
intestinal Abertura
Túbulos cloacal túbulos de Malpighi, que removem as
de excreções da hemolinfa e as eliminam na
Túbulo de Malpighi
Malpighi
(corte longitudinal) cavidade intestinal.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 10 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

O sistema nervoso dos artrópodes é formado por um gânglio cerebral


localizado na cabeça, do qual parte uma cadeia nervosa que percorre o corpo
ventralmente. Do gânglio cerebral e da cadeia nervosa partem nervos que
conectam o sistema nervoso aos músculos e às estruturas sensoriais.
Os sentidos dos artrópodes são bem desenvolvidos. Há estruturas
sensoriais especializadas na captação de estímulos mecânicos (tato),
químicos (olfato e paladar), sonoros (audição) e luminosos (visão).

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 11 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 7 Artrópodes
2o ano – 4o Bimestre

Desenvolvimento em insetos
• Insetos com desenvolvimento DESENVOLVIMENTO

direto são denominados


ametábolos. A

• Insetos com desenvolvimento AMETÁBOLO


(traça-de-livros)
indireto são denominados
metábolos, podendo ser
hemimetábolos (passam por
metamorfose incompleta) ou B

holometábolos (passam por HEMIMETÁBOLO


(gafanhoto)
Ninfa Ninfa com asas Adulto
metamorfose completa). em formação

ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA


C

HOLOMETÁBOLO
(mosca-doméstica)

Larva Pupa contida Adulto


no pupário

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 12 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

LO

8
TU

CA

EQUINODERMOS E
CORDADOS

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 13 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Equinodermos
Apresentam endoesqueleto revestido por epiderme fina. A maioria também
apresenta espinhos.
O sistema ambulacral (ou hidrovascular), exclusivo do grupo, atua na
locomoção, na fixação e na captura de alimentos.
São dioicos, e o desenvolvimento é indireto.
Exemplos: ouriços-do-mar, estrelas-do-mar e bolachas-do-mar.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 14 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Placa madrepórica
Espinhos Intestino
Ânus
Canal radial
Representação Placa do esqueleto
Pés ambulacrais
esquemática de corte
Gônada
longitudinal de um
Canal pétreo Ampolas
ouriço-do-mar, mostrando

ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA


alguns órgãos internos e Estômago Vesícula de Poli
o sistema hidrovascular.
De A a D, sequência que Nervo radial
Músculo mastigador
mostra como ocorrem Canal circular
os movimentos dos pés SUBSTRATO
Dente Boca Nervo Esôfago
ambulacrais. circular

A B C D

Relaxamento da
Contração Canal radial musculatura
da ampola da ampola

Distenção Relaxamento da
ambulacral musculatura
Contração da de sucção
musculatura Glândulas Contração do pé
de sucção de muco ambulacral
SUBSTRATO
Pé ambulacral
Pé ambulacral fixado no substrato solto no substrato

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 15 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Características gerais dos cordados


Uma das estruturas exclusivas do filo é a notocorda, um cordão dorsal
semirrígido localizado embaixo do tubo nervoso.
Sua presença em todos os embriões de vertebrados indica que tunicados,
anfioxos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos tiveram um ancestral
comum do qual herdaram essa característica.
Além da notocorda, todo Fendas faríngeas CORTE
embrião de cordado também TRANSVERSAL

apresenta tubo nervoso


dorsal, fendas faríngeas Mesoderma

e um prolongamento do Epiderme
Endoderma
Celoma
corpo além do ânus, a CORTE
LONGITUDINAL
Tubo nervoso
dorsal Notocorda
cauda pós-anal.
Tubo
digestivo

Embrião de cordado em

CECÍLIA IWASHITA
corte longitudinal e em corte Cauda pós-anal
transversal mostrando as quatro Ânus
características marcantes do filo.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 16 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Protocordados
Tunicados
São marinhos, e a maioria é séssil, ou seja, vive aderida a substratos submersos.
Apresentam o corpo revestido por um envoltório espesso (túnica), e a
notocorda restringe-se à região caudal das larvas.
Alimentam-se pela filtração da água que circula pelo organismo, a qual
entra e sai pelos sifões.
B ADULTO Sifão inalante Gânglio cerebral
A LARVA Boca

Sifão Tubo Sulco produtor Sifão exalante


Olho exalante nervoso Cauda de muco
dorsal pós-anal Faringe
Sifão Ânus
Músculos Poro
inalante
Fendas faríngeas genital

ILUSTRAÇÕES: CANÇADO
Túnica
Notocorda
Coração Átrio
Tubo
digestivo Gônada
Estômago
Corpo de um tunicado em diferentes estágios de Coração

desenvolvimento. As larvas são livre-natantes (A),


enquanto os adultos são sésseis (B). Base fixada ao substrato

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 17 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Cefalocordados
São marinhos e apresentam corpo A Tubo nervoso Nadadeira
dorsal caudal
achatado lateralmente e afilado nas Plano de corte Notocorda
extremidades. transversal Intestino

Sua notocorda estende­‑se até a

ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA


extremidade anterior do corpo e persiste Cirros Fendas Ceco Atrióporo
Ânus

durante toda a fase adulta. bucais faríngeas hepático

Vivem semienterrados em praias de areia


CORTE TRANSVERSAL
relativamente grossa, em posição quase
B

vertical, com a boca exposta. Alimentam­ Epiderme

‑se de partículas presentes na água, Músculos


Tubo nervoso
que entra no organismo pela boca e sai dorsal Miótomos

pelo atrióporo. Notocorda


Protonefrídio
Celoma
Ceco hepático
Corpo de um anfioxo em vista Fendas
lateral com os órgãos vistos faríngeas Ovário

por transparência (A) e em


Átrio
corte transversal (B).

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 18 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Características gerais dos craniados


São cordados que têm crânio, compartimento localizado na cabeça, onde
ficam contidos o encéfalo e a maioria dos órgãos sensoriais.
Peixe Anfíbio Réptil Ave Mamífero
ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA

Parte superior: vista


dorsal mostrando
o tamanho relativo
das diversas regiões
REGIÕES DO ENCÉFALO encefálicas dos
Lobo olfativo principais grupos de
Cérebro craniados. Parte
Tálamo
Lobo óptico inferior: vista lateral
Cerebelo das diferentes
Bulbo raquidiano
Medula espinal regiões do encéfalo
Prosencéfalo Mesencéfalo Rombencéfalo de um craniado.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 19 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Principais relações filogenéticas entre os craniados


Hyperotreti Peixes-bruxa

Ancestral Hyperoartia Lampreias


craniado

Vertebrata Chondrichthyes Peixes


cartilaginosos

Peixes com
Gnathostomata Actinopterygii nadadeiras
radiais
ADILSON SECCO

Craniados que
apresentam Osteichthyes Dipnoi Peixes
coluna vertebral,
pulmonados
estrutura que dá
suporte e proteção
à medula espinal. Sarcopterygii
Amphibia Anfíbios

Vertebrados que Tetrapoda


apresentam mandíbula Mammalia Mamíferos
óssea ou cartilaginosa, Amniota
permitindo a abertura e Vertebrados
Reptilia Répteis
o fechamento da boca. dotados de e aves
quatro membros.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 20 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Peixes
O termo peixe designa informalmente craniados aquáticos que respiram
por brânquias (estruturas ricamente vascularizadas que participam das
trocas gasosas).
Vasos Filamentos
sanguíneos branquiais
Arcos entre
as fendas Arco entre as
faríngeas fendas faríngeas

ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA


Fluxo de água Fluxo
de água

Rede de capilares sanguíneos

Estrutura das brânquias de Sangue pobre em gás oxigênio


um peixe actinopterígio.
Sangue rico em gás oxigênio

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 21 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Peixes-bruxa
Animais marinhos de corpo alongado e coloração rosa acinzentada, cujo
esqueleto é constituído pelo crânio, pela notocorda (presente também na
fase adulta) e por raios cartilaginosos da nadadeira caudal.
Vivem semienterrados no fundo dos mares e têm o corpo revestido por
uma camada de muco. Apresentam tentáculos curtos em torno da boca, com
função sensorial.
São monoicos e apresentam desenvolvimento direto (sem estágios larvais).

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 22 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Lampreias
Animais de corpo alongado, com olhos bem desenvolvidos e sete orifícios
branquiais atrás da cabeça.
A notocorda perdura por toda a vida do animal, e sobre ela formam-se
longitudinal.
vértebras rudimentares. Apresentam boca circular guarnecida de
dentículos, utilizados para raspar e perfurar a pele do hospedeiro.
São dioicos e apresentam desenvolvimento indireto.

Tubo
Nadadeira Notocorda nervoso
dorsal

CECÍLIA IWASHITA
Nadadeira
caudal Ânus Tentáculos
Intestino Coração Boca bucais
Glândula
Fígado Fendas subfaríngea Arcos branquiais
faringianas com brânquias
Faringe

Representação esquemática da larva amocete, em corte longitudinal.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 23 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Condrictes
Peixes como tubarões, cações e raias, que possuem esqueleto totalmente
constituído de cartilagens.
São dioicos, apresentam fecundação interna (os machos possuem um par
de cláspers – estruturas formadas pela diferenciação das nadadeiras pélvicas)
e desenvolvimento direto. Há espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.
A Nadadeiras dorsais
Resto da Nadadeira
notocorda dorsal Nadadeira caudal
B Corpo da (heterocerca)
vértebra Testículo Baço Par de

CECÍLIA IWASHITA
Medula Rim Par de nadadeiras
espinal nadadeiras pélvicas
Espiráculo peitorais
Encéfalo
Olho Ducto deferente
Ureter Representação esquemática da
Cloaca
Abertura cloacal anatomia externa de um tubarão
Narina Clásper (A). Representação esquemática
Boca Estômago
Coração
Nadadeira pélvica da anatomia interna de um
Faringe
Fígado Intestino tubarão, mostrando os principais
C
Fendas com válvula
branquiais Pâncreas espiral órgãos internos (B). Detalhe do
interior do intestino mostrando
Nadadeira
peitoral a válvula espiral, que auxilia na
absorção dos nutrientes (C).

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 24 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Osteíctes
Peixes dotados de esqueleto ósseo, com ampla distribuição nos ambientes
aquáticos do mundo.
São divididos em actinopterígios (com nadadeiras radiais) e
sarcopterígios (com nadadeiras lobadas). Os actinopterígios possuem
bexiga natatória, estrutura que controla sua flutuação.
São dioicos, e a maioria é ovípara, com fecundação externa. O
desenvolvimento pode ser direto ou indireto.
Ducto
pneumático Nadadeira dorsal Nadadeira
Linha
Medula Rim Bexiga caudal
Gônada lateral
espinal natatória
Encéfalo

Narina

CECÍLIA IWASHITA
Opérculo em Nadadeira anal
corte Brânquias Bexiga urinária
Fígado Ânus
Coração Estômago Intestino Nadadeira pélvica

Representação esquemática da anatomia de um peixe


(truta), mostrando os principais órgãos internos.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 25 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Anfíbios
Recebem essa denominação porque muitas espécies têm uma fase larval
aquática, com respiração branquial, e uma fase adulta, com respiração
pulmonar e cutânea, adaptada ao ambiente de terra firme.
Anuros, cobras-cegas e salamandras adultos são carnívoros e alimentam-se,
em geral, de insetos, vermes, pequenos crustáceos, moluscos e outros animais.
Os girinos, alimentam-se de algas e restos de organismos mortos.
Coração
(ventrículo)
Fígado
Fígado
(lóbulo esquerdo)
(lóbulo direito)

CECÍLIA IWASHITA
Pâncreas Estômago

Intestino Ovário
delgado Representação
Rim
esquemática da
Intestino anatomia interna de
Oviduto
terminal um sapo, mostrando
Cloaca a localização dos
Abertura principais órgãos.
da cloaca

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 26 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Larvas de anfíbios respiram por meio de brânquias, pela pele e algumas por
pulmões; anfíbios adultos respiram por pulmões e também pela pele.
Nos anfíbios adultos, o coração tem três câmaras: dois átrios e um
ventrículo.
A excreção dos anfíbios é realizada por um par de rins que removem ureia
do sangue.
São dioicos, e a maioria é ovípara, com fecundação externa e
desenvolvimento indireto. O desenvolvimento larval termina com a
metamorfose, processo em que as brânquias desaparecem e surgem os
pulmões.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 27 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Répteis
Seu corpo é recoberto por uma grossa camada impermeável, constituída
de queratina. A camada epidérmica queratinizada forma placas denominadas
escamas córneas.
A maioria dos répteis é carnívora e se alimenta de diversos tipos de animais.
Algumas espécies de cágado, tartaruga e lagarto são herbívoras.
Apresentam pulmões eficientes nas trocas gasosas com o ambiente aéreo.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 28 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

O coração apresenta dois átrios e um ventrículo em répteis não


crocodilianos e dois átrios e dois ventrículos nos répteis crocodilianos, mas
nos quais pode ocorrer mistura de sangue arterial e venoso pelo forâmen de
Panizza.
Aorta
A esquerda B Aorta
Aorta
Artérias esquerda Artéria
direita
pulmonares pulmonar
Artéria Aorta
braquiocéfala Veias direita
pulmonares Veias pulmonares
Seio
Seio venoso

ILUSTRAÇÕES: CECÍLIA IWASHITA


venoso ÁTRIO
ÁTRIO
ESQUERDO ÁTRIO
DIREITO
ÁTRIO ESQUERDO
DIREITO Cavidade
ventricular
pulmonar

Septo Forâmen
VENTRÍCULO de Panizza
vertical
Cavidade Cavidade
ventricular arteriosa VENTRÍCULO VENTRÍCULO
ventricular
ESQUERDO
venosa Septo horizontal DIREITO

Representações esquemáticas de corações em corte de um réptil não


crocodiliano (A) e de um réptil crocodiliano (B), mostrando os caminhos
preferenciais do sangue oxigenado (em vermelho) e do não oxigenado (em azul).

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 29 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

São ectotérmicos.
A maioria dos répteis excreta seus resíduos nitrogenados na forma de ácido
úrico; substância, pouco solúvel em água e pode ser eliminada na urina com
grande economia de água pelo organismo.
A maioria é dioica e ovípara e tem fecundação interna e desenvolvimento
direto.
Anexos embrionários
Durante o desenvolvimento embrionário de répteis, aves e mamíferos,
formam-se estruturas associadas ao corpo do embrião denominadas
anexos embrionários.
Âmnio – bolsa cheia de líquido que envolve o embrião e o protege da
dessecação e de eventuais choques mecânicos.
Saco vitelínico – bolsa ligada ao sistema digestório do embrião, que
envolve o vitelo, retirando dele componentes nutritivos e transferindo-os
para os vasos sanguíneos do embrião.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 30 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Alantoide – bolsa ligada ao intestino do embrião e que tem por função


armazenar as excreções produzidas por este durante seu desenvolvimento.
Córion – envolve embrião e anexos embrionários, fica em contato íntimo
com a casca do ovo e possibilita trocas de gases respiratórios entre o sangue
embrionário e o ar atmosférico.
EMBRIÃO DE RÉPTEIS E AVES EMBRIÃO DE MAMÍFEROS PLACENTÁRIOS

Córion

Âmnio
Embrião

Alantoide
Cordão

CECÍLIA IWASHITA
umbilical
Saco
vitelínico

Casca Vilosidades
do ovo Alantocório
coriônicas
Placenta
Parede
uterina

Répteis, aves e mamíferos apresentam os mesmos tipos de


anexos embrionários. O embrião de répteis e de aves (à esquerda)
se desenvolve dentro de um ovo com casca. Nos mamíferos
placentários (à direita), o desenvolvimento embrionário ocorre
dentro do corpo da mãe.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 31 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Aves
Suas características mais
marcantes estão relacionadas ao
voo.
Têm o corpo coberto por penas, Língua
Faringe

que as protegem contra choques Cecos


Reto
Esôfago
mecânicos, impermeabilizam
a pele, auxiliam na manutenção da Papo
Cloaca

CECÍLIA IWASHITA
Proventrículo
temperatura corporal e possibilitam Fígado
Intestino
Pâncreas
o voo.
Moela
A lubrificação das penas das aves é
feita graças à secreção da
glândula uropigiana.
Apresentam papo, especializado Representação esquemática
do sistema digestório de uma
em armazenar e umedecer alimento; ave (galinha).
possuem também moela, estrutura
capaz de triturar os alimentos,
facilitando a ação das enzimas.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 32 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Possuem sacos aéreos, que ocupam as regiões anterior e posterior do


corpo, penetrando inclusive em alguns ossos.
O coração das aves, como o dos mamíferos, tem quatro câmaras: dois
átrios (aurículas) e dois ventrículos completamente separados.
Excretam ácido úrico.
São endotérmicas.
São dioicas e ovíparas, com desenvolvimento direto e fecundação interna.
A maioria apresenta dimorfismo sexual, com nítida diferença morfológica
entre os machos e as fêmeas.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 33 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Mamíferos
Caracterizam-se por apresentar glândulas mamárias; corpo total ou
parcialmente recoberto por pelos; dentes diferenciados em incisivos,
caninos, pré-molares e molares; e presença de diafragma, membrana
muscular que separa as cavidades torácica e abdominal.
Apresentam, sob a pele, células que armazenam gorduras formando o
panículo adiposo.
Os mamíferos têm coração com quatro câmaras: dois átrios (aurículas) e
dois ventrículos completamente separados.
Excretam ureia.
São endotérmicos.
São dioicos, com fecundação interna e desenvolvimento direto.
Dividem-se em três grupos: monotremados (Prototheria), marsupiais
(Metatheria) e placentários (Eutheria).

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 34 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Principais grupos de mamíferos


Monotremados

Representados atualmente por ornitorrincos e equidnas, são mamíferos


ovíparos encontrados apenas na Austrália e na Nova Guiné.

Marsupiais

Seus representantes mais conhecidos são os cangurus australianos e os


gambás sul-americanos.
Caracterizam-se por apresentar desenvolvimento embrionário que se inicia
no útero materno (vivíparos) e, após um curto período de gestação, nascem
os filhotes imaturos, que, em geral, deslocam-se até o marsúpio (bolsa de
pele no ventre), onde se abrigam até completar seu desenvolvimento.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 35 23/03/20 11:39


BIOLOGIA I CAPÍTULO 8 Equinodermos e cordados
2o ano – 4o Bimestre

Placentários

Correspondem a 95% das espécies de mamíferos.


• Exemplos: cães, gatos, girafas, cavalos, elefantes, coelhos, camundongos e
seres humanos.
Caracterizam-se pela presença de placenta, um órgão formado por tecidos
maternos e embrionários, por meio do qual o embrião recebe nutrientes e gás
oxigênio do sangue da mãe e elimina gás carbônico e excreções resultantes
do seu metabolismo.
• O embrião liga-se à placenta pelo cordão umbilical.

PDF_SFB_2EM_AA_BIO_I_4bim_M19.indd 36 23/03/20 11:39

Você também pode gostar