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A parede dos bronquíolos e alvéolos não possuem Fluxos sempre serão em relação a um gradiente. A
musculo liso para que não haja contração e, logo, respiração é sempre em função ao gradiente de
fechamento. Entretanto, tecido conectivo entre as pressão, ou seja: de maior pressão para menor
células alveolares possuem mt colágeno e elastina, pressão.
gerando um potencial elástico quando o pulmão se V1.P1 = V2.P2
estira.
Com isso: se o volume aumenta, a pressão diminui.
# isso é o que acontece no pulmão.
DIAFRAGMA: ele é um musculo que fica abaixo dos O pulmão possui estruturas elásticas (elastina e
pulmões. Como ele é um musculo, ele pode relaxar e colágeno), com isso, age como balão.
contrair. Onde ele fica?
Fica dentro da caixa torácica, envolto pelas costelas.
Contraído: inspira Meio: mediastino
Quando ele se contrai, a parte de baixo dos pulmões Frente: esterno
são puxadas para baixo, aumentando a área pulmonar. Atrás: coluna
Relaxado: expira Ele fica “flutuando”? Não. Ele é anexo a caixa torácica
Quando ele volta a sua posição original, ele relaxa e pela pleura. exceto no hilo, região do mediastino
acaba contraindo o pulmão.
# Entre as duas camadas da pleura há um líquido
Respirações vigorosas: utilizam da força da chamado de líquido pleural que lubrifica os movimentos
musculatura abdominal para aumentar a contração e dos pulmões dentro da cavidade.
expansão pulmonar.
Pleura visceral: para o pulmão
CAIXA TORÁCICA Pleura parietal: para o tórax
Quando há um aumento na área da caixa torácica, os Linfáticos drenam o liquido pleural fazendo
pulmões também se elevam. com que haja uma tração entre os pulmões e a
POR QUÊ? parede do tórax.
Os pulmões estão ligados no abdômen pela pleura,
logo, se há uma movimentação das paredes # RESUMO IMPORTANTE: o pulmão é ligado ao tórax
abdominais, os pulmões se movimentam junto. pela pleura (visceral e parietal). Esta possui um líquido
entre suas camadas que lubrificam a movimentação
Os pulmões estão localizando dentro da caixa torácica, dos pulmões na caixa torácica, mesmo havendo a
envolto pelas costelas e, no seu meio, o esterno – que tração destes em decorrência da sucção constante do
está na frente da coluna. liquido pleural pelo sistema linfático, gerando uma
pressão negativa.
Elevou caixa torácica: projetou costelas pra frente
junto com o esterno, aumenta a área em até 20% do PRESSÃO PLEURAL
seu volume. Isso é feito por músculos: da inspiração e
expiração. É a pressão do liquido pleural liquido entre os dois
folhetos pleurais
Intercostais externos: se contraem puxam as
costelas superiores para frente forma alavanca Sucção linfáticos pressão negativa (-5 cmH2O)
aumenta a caixa
Inspiração Essa pressão negativa é a necessária para que deixe
os pulmões abertos no repouso.
Intercostais internos: oposto se contraem puxam
as costelas superiores para trás diminui a caixa LOGO: existe uma pressão negativa que “puxa” o
Expiração pulmão para fora. Isso é por causa da pressão negativa
que os capilares linfáticos fazem sobre o liquido
RESUMO: Os músculos abdominais tem papel pleural.
importante na respiração, pois eles que garantem a Pelo pulmão possuírem fibras elásticas, ele tende a se
compressão pulmonar. contrair para dentro.
Pode-se analisar que: a função contração e expansão Inspira aumenta cx torácica aumenta pressão
é ampliada quando há um sistema pulmão-tórax. pleural negativa (mais negativa)
Essa tensão superficial pode provocar um fechamento
Com isso: aumenta o volume, diminui a pressão, entra no alvéolo.
ar.
Quanto maior a tensão superficial pulmonar, maior tem
PRESSÃO ALVEOLAR que ser a força (complacência) para que esta seja
rompida.
Pressão do ar dentro dos alvéolos.
Aumentou TSP diminuiu complacência
Quando a glote está aberta e não há fluxo de ar para
dentro dos pulmões, a pressão de toda região Por isso que nos alvéolos possuem surfactantes
pulmonar é igual a atm (0 cmH2O). (células alveolares tipo II) agente que diminui a
tensão superficial.
Para que haja inspiração pressão nos alvéolos deve
ser menor que a atm (abaixo de 0) para que tenha um Cél secretora: pneumócitos tipo II
gradiente de pressão.
Pulmão mais - ar entra Surfactantes: diminuem a tensão superficial pulmonar
Tem parte lipossolúvel e outra hidrossolúvel
Logo:
Inspiração pressão alveolar >0 cmH2O Mas o surfactante não está distribuído pelo pulmão de
Expiração pressão alveolar <0 cmH2O forma homogênea. Com isso, a distensibilidade
......................................................................................... alveolar se da pela distribuição do surfactante pelos
pulmões.
PRESSÃO TRANSPULMONAR: é a diferença entre
pressão alveolar e pressão pleural. #Cortisol: estimula a produção de surfactantes.
Ela mede a força elástica do pulmão que tende a Sabendo que quanto maior a tensão superficial, maior
colapsar a cada respiração pela pressão de será a elastância, podemos dizer que:
retração Quanto menor o raio do alvéolo maior será a tensão
......................................................................................... superficial
Trabalho de resistência das vias aéreas: trabalho Existe um volume máximo de ar que pode ser inspirado
para expandir os pulmões contra o movimento de ar e expirado. Normalmente, o volume de ar total nos
para dentro dos pulmões. pulmões é de 6L.
tipo de ar: resistência das vias aéreas Já a capacidade pulmonar é combinação de dois ou
quanto + turbulento, maior a resistência mais volumes.
área de secção transversal: resistênc. das vias aéreas Capacidade pulmonar total: volume máximo de ar que
quanto menor a área, maior a resistência. os pulmões podem ser expandidos das capac.
Bronquíolos médios é o ponto de resistência
Capacidade residual funcional: IMPORTANTE é o
volume de ar que é renovado nos pulmões. Ou seja: a
VOLUME PULMONAR cada inspiração, troca uma parcela desse ar que
sempre está dentro do pulmão.
resistência – volume pulmonar
Capacidade inspiratória: capacidade de ar que a
resistência – volume pulmonar
pessoa consegue respirar até o máximo de distensão
CI = VAC + VR
Quanto maior a resistência, menor será a capacidade
de distensibilidade pulmonar.
Capacidade vital: quantidade máxima de ar que a
pessoa consegue expelir depois de ter inspirado ao
máximo.
DISTRIBUIÇÃO DA VENTILAÇÃO PULMONAR
CV = VAC = VRins + VRexp
Mais volume de ar: ápice pressão
Deve-se entender que: se o pulmão trabalhar sempre
Área de maior ventilação: base em volumes máximos, o trabalho de troca será
prejudicado, pois os alvéolos estarão expandidos e,
No ápice, a pressão intrapleural é maior, isso faz com portanto, os capilares apertados.
que os alvéolos recebam mais ar e,
consequentemente, fiquem mais distendidos, além dos Essas capacidades variam entre as pessoas. Em
capilares estarem mais “apertados” (fator que dificulta a suma, homens possuem uma capacidade pulmonar >
troca). Já na base, a pressão intrapleural é um pouco que mulheres. volume residual que varia.
menor, isso garante uma melhor complacência nos
alvéolos da base. Sendo assim, no repouso, os A medição da capacidade vital permite avaliar:
alvéolos da base conseguem se distender melhor, Resistência das vias aéreas
garantindo uma troca gasosa eficiente.
Força dos músculos respiratórios
EPIROMETRIA
Essa avaliação acontece para verificar se não há
questões patológicas.
Registro das mudanças no volume pulmonar.
É a quantidade total de novo ar levado até as vias
respiratórias a cada minuto.
Relação normal da Capacidade Vital Funcional e o
Volume Expiratório Forçado VM = VolumeCorrente x FrequênciaRespiratória
(500mL x 12)
1º segundo: volume de ar expirado depende do esforço VM = 6L/min
muscular. Com isso, cerca de 80% da inspiração tem
que sair nessa expiração.
Com isso, sabe-se que a pessoa pode ter bronquite,
por exemplo.
Doenças obstrutivas: -80% ar saem no 1º seg
Doenças restritivas: não conseguem mov mt ar VENTILAÇÃO ALVEOLAR
Doenças obstrutivas: tem uma menor frequência É o ar que chega na região de troca. Isso quer dizer
respiratória, respira mais profundo que: é o volume de ar que entra na inspiração, menos
o volume de ar que fica nas zonas de condução.
Doenças restritivas: tem uma maior frequência, respira
menos profundo. Volume de ar que chega nas zonas de troca:
500mL volume corrente 30% fica na z. de condução
Volume na região troca: 350mL
AR NO ESPAÇO MORTO
A renovação do ar corresponde a capacidade residual
São regiões que o ar se aloja, mas que não são funcional. Isso quer dizer que a cada 350mL que chega
espaços de trocas. nos alvéolos é que está renovando a capacidade
Ex.: zonas de condução residual funcional (VRexp + VR).
Fluxo de sangue pelos pulmões. Vasos sanguíneos menores (+ próximos dos alvéolos):
Circulação pulmonar: realiza troca gasosa os alvéolos cheios de ar vão fazer compressão nos
Circulação sistêmica: nutrir cél. Pulmonares capilares alveolares, dificultando a troca gasosa.
A circulação sistêmica também está presente na região #Com isso: dinamicamente, os pulmões trabalham com
pulmonar: como forma de nutrição para as estruturas a capacidade residual funcional (VAC + VR) para que o
pulmonares circulação brônquica. sg flua de forma ideal.
Os pulmões trabalham com um volume ótimo
Circulação pulmonar: tem como principal função levar o
sangue para os capilares alveolares sangue para a
região de troca. AUMENTO DE O2 NO SANGUE
Como é a circulação?
Pressões muito menores Se por algum motivo há uma diminuição de oxigênio no
Resistência baixa alvéolo, o fluxo sanguíneo nessa região será
Complacência das artérias pulmonares é maior interrompido.
Comprimento dos vasos é menor
Vasoconstrição alveolar por hipóxia: se houver muco
no bronquíolo e a passagem de ar seja interrompida
RESISTÊNCIA DA CIRCULAÇÃO VASCULAR nesse alvéolo, haverá uma vasoconstrição nessa rede
PULMONAR de capilares. Não tem volume de sg suficiente no corpo
humano, com isso, deve-se “escolher” qual região
Pentrada−Psaída deverá ser vascularizada. Sendo assim, os capilares
RVP = desse alvéolo vão parar de receber sangue.
fluxo
Diferente na circulação sistêmica
Fatores que interferem a resistência vascular pulmonar
Variação da pressão arterial ou venosa
DIFERENTES PERFUSÕES NAS ZONAS DO
Atividade física PULMÃO
Variação de volume pulmonar
Hipoxia alveolar Ápice: alto volume residual
Postura Bloqueia os vasos porque os alvéolos estão cheios de
ar residual em repouso.
Base pulmonar: recebe + sangue gravidade
Base pulmonar: maior ventilação Corpo: pressão atrial > pressão alveolar
Intermitente Com isso, podemos entender que quanto maior o KPS
(coeficiente de solubilidade) do gás, mas facilmente ele
Base: menor volume residual atravessará a membrana respiratória.
Pressão nos vasos sanguíneos vence a pressão Co2 tem KPS maior que do O2
alveolar, ou seja, a perfusão do sangue na base do Co2 atravessa + fácil a memb. respiratória
pulmão é continua.
UMIDADE RESPIRATÓRIA
RELAÇÃO VENTILAÇÃO X FLUXO SANGUÍNEO
O ar que entra no sistema respiratório e chega nos
Para que tenha uma melhor função pulmonar, é alvéolos para realizar a troca, tem que atravessar uma
necessário que a quantidade de sangue seja membrana: membrana respiratória!
equivalente a quantidade de ar. Isso garante que haja
uma boa troca! Epitélio alveolar
Membrana basal alveolar
Espaço virtual
DIFUSÃO DO O2 E CO2 ATRAVÉS DA MEMBRANA Membrana basal capilar
RESPIRATÓRIA Endotélio capilar
No ar que respiramos encontramos mais do que
somente o2, com isso, cada substancia que compõe o Sabendo disso, percebemos que qualquer processo
ar possui uma pressão parcial diferente. que altere a estrutura da membrana respiratória irá
dificultar a respiração!
O fator que determina a pressão parcial de um gás é: Ex.:
KPS Água no pulmão: aumenta o espaço entre o endotélio
Concentração desse gás capilar e o epitélio alveolar, dificultando a troca.
VELOCIDADE DE DIFUSÃO DOS GASES NA Vamos entender como ocorre a saturação da
MEMBRANA hemoglobina. A PO2 nos alveolos é maior que a PO2
nos capilares, logo, por diferença de pressão, o o2
Sabemos que o co2 tem um KPS maior que do o2, logo atravessa a membrana respiratória e entra nos
ele passará mais facilmente. Mas qual é a equação que capilares. O oxigênio é transportado pelo grupo heme,
nos diz isso? grupamento com 4 ferros na hemoglobina.
VD: velocidade de difusão Isso quer dizer que uma hemoglobina consegue
A: área da superfície da membrana carregar até 4 moleculas de oxigênio.
CD: coeficiente de difusão do gás Se tem 4 oxigênios: Hb 100% saturada
E: espessura da membrana Se tem 2: Hb 50% saturada
Se tem 1: Hb 25% saturada
Capacidade de difusão de gases na membrana
Está envolvida pelo seu KPS, velocidade e P. com Mas o que faz diminuir a saturação da hemoglobina? A
isso, entendemos: pressão parcial de oxigênio nos alveolos! Quanto
menor a diferença de pressão entre a membrana
DIFUSÃO DE O2 alveolar e a membrana capilar, menor vai ser a força
repouso: P 11mmHg que “empurrará” o oxigênio para os capilares.
exercício: aumenta a P, melhora! Relação saturação e PO2: relação linear!
Mecanismos que melhoram a difusão de o2:
hiperventilação + recrutamento + distensão. Como tem somente 4 sítios ativos na hemoglobina,
chega uma hora que ela estará totalmente saturada,
DIFUSÃO DE CO2 independentemente do aumento da PO2 nos alveolos.
repouso: >1mmHg Isso vai fazer com que haja uma curva de saturação da
exercício: melhora muito mais hemoglobina (platô).
Segurança?
concluímos que não precisa de quase nenhuma
variação de pressão para que o co2 efetue sua Sabendo disso, vamos lembrar que somente 3% do
perfusão. oxigênio está dissolvido no plasma, os 97% restante
está ligado nos grupos heme.
Dissolvido: 7%
Ligado a Hb: 23%
Forma de HCO3: 70% RELAÇÃO DO PO2 DO LÍQUIDO INTERCELULAR E
Como se forma o HCO3 no sangue? DO SANGUE
Co2 + H2O H2CO3 H+ + HCO2-
Normalmente a PO2 do líquido intersticial é maior que
Pulmão: maior afinidade ao O2 da célula. Para que o equilíbrio se mantenha entre a
Hb: liga O2 e libera CO2 para alvéolo PO2 do interstício e da célula, é utilizado a PO2 do
sangue que vem pelos capilares sistêmicos que
Tecido: menor afinidade ao O2 possuem uma PO2 muito maior.
Hb: libera O2 p/ tecido, liga CO2