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A FORMAÇÃO DE

UM COMPÓSITO
As primeiras construções humanas remontam à
pré-história (início da civilização até o ano
3.500 AC).

Historiadores citam
Newgrange, uma tumba
irlandesa, como sendo um
dos monumentos mais
antigos construídos pelo
homem (3.200 AC).

As construções eram basicamente feitas


em madeira e alvenaria (com pedras,
areia, barro, água, etc).
Nos tempos atuais, o concreto é o material de
construção mais consumido no mundo, sendo
que um de seus principais componentes, o
cimento Portland, foi desenvolvido em meados
do século 18, ou seja, há menos de 200 anos.

Trata-se de um produto recente e inovador


que, por sua grande popularidade, nos passa
a impressão de ser muito antigo, atemporal.
O CONCRETO SIMPLES
(cimento,areia, pedra),
não armado, é um
material frágil,
quebradiço, com uma
baixa resistência à
tração e uma baixa
capacidade de
alongamento na tração.
COMPÓSITOS ou compostos ou composite
(em inglês) são materiais de moldagem
estrutural, formados por uma fase
contínua polimérica (matriz) e reforçada
por uma fase descontínua (fibras) que se
agregam físico-quimicamente após um
processo de cruzamento polimérico (cura).
FRC
Fiber Reinforced
Concrete

Separadamente, os constituintes do
compósito mantém suas características
individuais, porém, quando misturados,
formam um composto com propriedades
impossíveis de se obter com apenas um
deles.
A utilização de compósitos já ocorria no Antigo
Egito, como nos reportam as Sagradas
Escrituras:

“Naquele mesmo dia o Faraó


deu esta ordem aos inspetores
do povo e aos capatazes: não
continueis a fornecer palha ao
povo, como antes, para o fabrico
dos tijolos” (Êxodo 5, 6-7).
Ou seja, desde os
primórdios da civilização
humana, as fibras já
fizeram parte de
incontáveis obras, como
as palhas usadas nos
tijolos de argila, ou a
crina de cavalo
reforçando materiais
cimentados.
Portanto, nem de longe
trata-se de um material
experimental.
Outro bom
exemplo vem da
natureza, quando
há milhares de
anos, o pássaro
João de Barro vem
usando fibras
vegetais para
solidificar sua
moradia.
Nos primórdios de 1900, preocupados com
as trincas que ocorriam frequentemente no
concreto, e que comprometiam sua
resistência e segurança, pesquisadores
começaram a adicionar fibras de amianto
nas misturas.

Posteriormente, nos anos 1960, passaram a


usar fibra de vidro.
Entretanto, o amianto foi banido
comercialmente por ser cancerígeno.

E a fibra de vidro -
com o passar do
tempo – sofria
ataque pela álcalis
do cimento (o que
também acontece
com fibras PET),
gerando reação, e
inviabilizando sua
utilização.
Isto levou os laboratórios SHELL CHEMICALS
a desenvolver fibras sintéticas de
polipropileno, material inerte que não
absorve água e não sofre ataque de
qualquer espécie de álcalis, ácidos, graxas,
sais, fungos ou outros produtos químicos.
Os excelentes resultados obtidos com
este novo compósito motivaram o
desenvolvimento de novos produtos que
se alastraram por canteiros em toda a
Europa, Ásia e Américas.
Hoje o mercado de fibras é composto de
grandes conglomerados globais, o que
reafirma a força deste segmento que
cresce acima de 20% ao ano somente nos
Estados Unidos da América, projetando
mais de US$ 4 bilhões de faturamento em
2025 (perto de 1 bilhão de kg de fibra).
FIM – PARTE 1

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