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SITUAÇÃO DE USO
- Discussão sobre padrões de beleza.
MARCADORES
Comportamento; Relações Sociais; Pessoas.
EXPETATIVAS DE APRENDIZAGEM
- Exprimir opiniões.
- Conjugar verbos no futuro do conjuntivo.
- Compreender segundos sentidos de textos.
- Comparar perspetivas de beleza.
- Construir questionários.
ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO
A B
BLOCO DE ATIVIDADES
A Beleza é fundamental?
Suspiro. Acabei de ler uma notícia da BBC que diz que os japoneses gastam anualmente cerca de 7 mil
milhões de euros por ano em cuidados estéticos com cães e gatos. Outra notícia do Financial Times
informava que o mercado da beleza no Brasil, um país onde a pobreza ainda é disseminada, já é o
terceiro maior do mundo (cresceu 245,5% entre 1996 e 2007). Qualquer pessoa sensata pensaria que
a nossa sociedade materialista perdeu a noção do excesso. A História diz-nos, contudo, que não há
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nada de específico acerca da nossa geração.
Até ao princípio do século XX era comum as mulheres chinesas mais abastadas terem "pés de lótus".
A prática implicava fracturar os quatro dedos menores dos pés, dobrá-los para debaixo da palma e
atá-los para impedir o crescimento. Para seguirem um ideal de formosura, as mulheres sofriam dores
profundas, má formação óssea e osteoporose. Na Europa, foi popular até ao século XIX o uso do
corpete que, ao forçar a redução drástica das ancas, causava problemas de circulação sanguínea e
desmaios. No antigo Egito e Pérsia, as mulheres colocavam antimónio nos olhos, um elemento
químico metálico que causava brilho, mas também um ardor intenso. Já no século XVI eram as pupilas
dilatadas que personificavam a beleza. Por isso, as mulheres nobres europeias aplicavam gotas de
atropa belladonna (o nome de Linnaeus já é indicativo), uma planta tóxica que, em contacto com os
olhos, pode causar glaucoma e cegueira.
Ainda que a beleza tenha sempre servido como um mecanismo para as mulheres acederem ao topo
da hierarquia social, a nossa geração produziu grandes alterações. Primeiro, a beleza deixou de ser
monopólio feminino. Desafiado pela emancipação das mulheres, o homem tem conseguido invadir e
colonizar essa fonte de poder. Em segundo lugar, o culto da beleza democratizou-se. Como escreveu
Umberto Eco, na conhecida História da Beleza (Difel, 2009), a beleza deixou de ser um luxo confinado
às classes mais abastadas e passou a ser usada pelos pobres como instrumento de socialização.
Exemplo claro disso é a proliferação de manicuras e cabeleireiros nas favelas brasileiras ou a
abundância de lojas de cosméticos nas ruas de Sana'a, capital do Iémen, o país mais pobre do Médio
Oriente.
O impacto desta mudança social na política começa agora a despontar. Não só o acesso à estética
começará a fazer parte dos programas partidários, mas as classes menos abastadas começarão a
exigir que a classe política sirva de repositório dos ideais de beleza vigentes. Em 2006, pesquisadores
alemães e suecos demonstraram cientificamente que a beleza dos candidatos a eleições, na Finlândia,
foi um critério mais preponderante do que a competência ou a inteligência. Outro estudo australiano
provou que quanto mais baixa é a classe social, mais susceptíveis são os eleitores à beleza. Ao longo
da História, vários líderes políticos maquilharam a sua imagem para veicular uma ideia de poder
(basta reparar nos sapatos com tacão de Nicolas Sarkozy), mas o verdadeiro impacto da beleza na
política ainda está para vir. Fim do suspiro.
http://visao.sapo.pt/a-beleza-e-fundamental=f548415#ixzz31EJjf8MG
Ao longo da sua carreira, fez várias cenas ousadas. Essa exposição do corpo foi um dos motivos que
a levaram a pôr silicone?
Tive uma depressão e perdi não só peso mas peito, o que foi muito complicado para a minha cabeça.
Uma das coisas que disse que queria fazer quando tivesse um filho, neste caso, uma filha, porque eu
sempre quis ser mãe cedo, era fazer essa intervenção. E fiz! E estou muito satisfeita!
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Porque é que acha que as figuras públicas têm tantos problemas em falar das cirurgias plásticas,
quando muitas das vezes as alterações são evidentes?
Não sei. Tenho de dizer às pessoas que isto não foi de borla. Se um dia fizer alguma coisa ao rosto,
não vou ter coragem de esconder isso às pessoas. Porque as pessoas estão habituadas a ver-me e, de
repente, há uma melhoria física qualquer, vão achar que é um creme milagroso? Não há, não é? Não
existe! Então, se existe, por favor digam-me qual é [risos]! Mas é a minha postura. Não julgo ninguém.
http://www.dn.pt/revistas/ntv/interior.aspx?content_id=3483261 (adaptado)
Ex: Se um dia fizer alguma coisa ao rosto, não vou ter coragem de esconder
isso às pessoas.
EXTENSÃO DA UNIDADE
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Quatro
"A procura do novo tem sempre norteado o meu trabalho. De uma forma
geral convivo com pessoas muito jovens. Aliás costumo dizer que o target
etário dos meus amigos não pode ultrapassar os cinquenta anos. E
quando são mais velhos têm uma mentalidade próxima da minha. Outras
características: nunca penso na idade que tenho, prefiro andar e sair em
vez de ficar no sofá, gosto de rir e de partilhar, deito fora as más
recordações e guardo só as boas, tenho sempre uma enorme curiosidade
e estar sempre a aprender. Sei que nada de sei, falta-me fazer tudo. "
"Gosto mais de falar de uma vida ativa mais longa. Só envelhece quem, de
facto, deixa de pensar no presente e de ter projetos para o futuro,
limitando-se a recordar o passado.
Sempre pensei ser um erro olhar para a idade da reforma como uma data
fixa, sobretudo agora que se vive cada vez mais tempo. Mais importante
que uma data é a capacidade que mantemos e que pode ser não só útil
para nós como para os outros. Será que a experiência dos mais velhos é
de desprezar? Certamente que não.
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mantendo as pessoas 'egoisticamente' ocupadas - mas também
mantendo-as, familiar e comunitariamente, ativas e solidárias.
"Creio que é importante afivelar, para dentro e para fora de nós, uma
atitude de fazer de conta, de viver "como se" a questão não se nos
pusesse existencialmente, mas sem deixar de gerir física e mentalmente a
idade que se tem com algum humor, uma certa dose de fair play e muita
sensatez, e sobretudo sem fazer partes gagas de rejuvenescimento custe
o que custar.
"Poderia dizer que não penso na idade, não é verdade, tenho de pensar.
Sobretudo, porque continuo a trabalhar, o meu maior medo é não ter
tempo para acabar os trabalhos. Agora, não me passa pela cabeça que
sou velha. Na minha cabeça, ainda tenho 20. E se tenho rugas e vincos,
não os atribuo à idade. Penso apenas que não sou tão bonita como
gostaria. A morte não me mete medo.
É verdade também que não oiço bem - mas a minha surdez nada tem a
ver com a velhice, já não ouvia bem aos 36. As coisas que me acontecem
são assim porque tinham de ser. Os outros é que me estão sempre a falar
da idade. Sempre que me estendem o braço ou a mão, na rua, para
atravessar a estrada, para não cair, são os outros que estão sempre a
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lembrar-me disso. "
http://visao.sapo.pt/palavra-de-senior=f672804#ixzz31EN1qvxu
d. Quando tiver mais idade, com que depoimento é que acha que se
vai identificar mais?
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO